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Macroeconomia Para Países Em Desenvolvimento_Modelos Teóricos e Empírcos
Macroeconomia Para Países Em Desenvolvimento_Modelos Teóricos e Empírcos
PESQUISADOR COORDENADOR
NOME: Leonardo Flauzino de Souza
Departamento: Faculdade de Economia
Campus: Cuiabá
Cuiabá - 2024
2
Sumário
Resumo .......................................................................................................................... 3
Introdução e Justificativa ............................................................................................... 3
Objetivos ........................................................................................................................ 6
Metodologia ................................................................................................................. 17
Estimativas e Custos .................................................................................................... 19
Cronograma de Execução ............................................................................................ 20
Referências Bibliográficas ........................................................................................... 22
3
Resumo
Introdução e Justificativa
Dynamic Stochastic General Equilibrium DSGE (Carlin; Soskice, 2005; Lucas, 1976;
Romer, 2000; Woodford, 2009). Já a literatura heterodoxa tem uma gama de modelos
com diferentes finalidades: modelos kaldorianos para compreender o crescimento e
desenvolvimento de longo prazo (Kaldor, 1957; Lavoie, 2017); modelos Stock-Flow-
Consistent (SFC) para compreender as implicações das relações financeiras no ciclo de
médio prazo (Dos Santos, 2021; Godley, 1999; Tobin, 1982); e modelos Agent-Based
(AB) para microfundamentar as relações macroeconômicas a partir da tecnologia e suas
implicações sobre estruturas de mercado e sistema financeiro (Caverzasi; Russo, 2018;
Di Guilmi, 2017; Dosi et al., 2015; Dosi; Fagiolo; Roventini, 2010; Melo; Possas;
Dweck, 2016; Possas, 2008).
Uma vez estabelecido as estruturas-padrão de cada um dos modelos, a literatura
avança na construção de congêneres para outros países do mundo, como os europeus,
ou os países em desenvolvimento (latino-americanos, asiáticos ou africanos). O modelo
ortodoxo quando voltado para os países em desenvolvimento reúne um conjunto amplo
de ideias: a maldição dos recursos naturais (Hausmann; Hwang; Rodrik, 2007; Sachs;
Warner, 1999); as commodities currencies (Chen; Rogoff, 2003); a incapacidade de
geração doméstica de dívida e as fragilidades financeiras decorrentes (Aizenman et al.,
2021; Calvo; Izquierdo; Talvi, 2003; Eichengreen; Hausmann; Panizza, 2003; Reinhart;
Rogoff; Savastano, 2003); e as dificuldades em se fazer política econômica decorrente
da dominância fiscal (Blanchard, 2004).
No entanto não há um modelo DSGE capaz de reunir tal miríade de
características. Sachs & Warner (1999) constroem um modelo de dois setores
analisando as funções de produção desses setores, sem integração com o lado da
demanda. Hausmann et al (2007) elabora o modelo de dois agentes – modelagem de
fronteira na ortodoxia atual – com uma função de bloqueio exógena que impede o
crescimento do agente que produz, consome e poupa não-commodities. Blanchard
(2004) elabora um modelo DSGE de macroeconomia aberta a lá Romer (2000) com
efeitos de balanço de pagamentos e endividamento externo sobre a combinação das
políticas fiscais e monetárias dos países em desenvolvimento. Há uma extensa literatura
de testes empíricos para as ideias propostas nos modelos dos autores supracitados. Chen
& Rogoff (2003), Calvo et al. (2003), Eichengreen et al (2003) e Aizenman et al. (2021)
chegam a importantes relações empíricas sobre as relações de balanço de pagamentos
dos países em desenvolvimento sem a construção de um modelo DSGE adaptado.
5
contribuir para reduzir a condição de BPC (Althouse; Guarini; Gabriel Porcile, 2020)T,
abrindo uma enorme possibilidade de expansão dos modelos SFC e AB voltados para
mudança climática em países em desenvolvimento.
Neste sentido, há na ortodoxia uma extensão de resultados empíricos indicando
importantes características de um país em desenvolvimento, mas uma dificuldade de
adaptar o modelo DSGE para todos estes elementos. O que de certa forma é
consequência da própria estrutura do modelo DSGE que permite a existência de poucas
alterações que ainda mantenham uma solução matemática possível compatível com a
escolha intertemporal. Por outro lado, os modelos heterodoxos ainda emergentes, como
os modelos SFC e AB, apresentam muitas possibilidades de adaptação de suas
estruturas à realidade dos países em desenvolvimento, uma vez que não precisam
obedecer à rigidez matemática da escolha intertemporal, embora a literatura heterodoxa
apresente poucos estudos empíricos sobre a temática. Além disso, há uma fronteira em
expansão para se desenvolver nos modelos heterodoxos voltados a países em
desenvolvimento abarcando as questões do desenvolvimento sustentável. Assim, este
projeto busca preencher esta lacuna na literatura desenvolvendo modelos teóricos e
empíricos heterodoxos voltados para países em desenvolvimento.
Objetivos
𝜕𝑌
𝐼0𝑡 = 𝜕𝐾 𝑛𝑡𝜕𝑡 (1.a)
𝑡
(𝛽 )𝑡+𝑗
∑∞ 𝑡
𝑗=0 (1+𝑖 )𝑡+𝑗 (1 − 𝜏)𝐶𝑡+𝑗 = 𝑆𝑡 (1.b)
𝑡
(1−𝛽 )𝑡+𝑗
∑∞ 𝑡 ∞
𝑗=0 𝑈 [(1+𝑟 )𝑡+𝑗 (1 − 𝜏)𝐶𝑡+𝑗 ] = ∑𝑗=0 𝑈[(1 + 𝑟𝑛𝑡 )(𝛽𝑡 )]
𝑡+𝑗
[(1 − 𝜏)𝐶𝑡+𝑗 ](1.c)
𝑛𝑡
inflação futura, 𝑟𝑛𝑡 é a taxa natural real de juros, 𝜋𝑡 o nível de inflação corrente, 𝜋̅ a
meta de inflação.
As Equações de 1 a 3 formam o que é usualmente definido como modelo de três
equações e explicam o comportamento da economia do curto e médio prazo (Carlin;
Soskice, 2005). Neste modelo, sempre que por decisões de política econômica, via
redução da taxa de juros (𝑖𝑡 ) ou expansão exógena do gasto público acima da tributação
(1−𝛽𝑡 ) 𝑡+𝑗
sobre o consumo (𝐺̅ > ∑∞
𝑗=0 (1+𝑖 )𝑡+𝑗 (𝜏)𝐶𝑡+𝑗 ), se transformar em uma elevação da
𝑡
demanda acima da oferta (𝑌𝑡 maior que 𝑌𝑛𝑡 ), haverá aumento de preços (∆𝑃𝑡 será
positivo) e elevação da taxa de juros via regra de Taylor (Equação 3), a depender do
tamanho da diferença entre 𝑌𝑡 e 𝑌𝑛𝑡 e de quanto a variação dos preços (∆𝑃𝑡 ) fez a
inflação corrente (𝜋𝑡 ) ficar ou não acima da meta de inflação (𝜋̅). As Equações 1.a e
1.b garantem a convergência da demanda às condições de oferta definida pela Equação
4 no longo prazo. A Equação 1.c define 𝛽𝑡 ao equiparar a utilidade do consumo de hoje
ao consumo futuro, cumprindo um princípio clássico de uma economia não monetária
(Lucas, 1976).
A Equação 4 e suas três sub equações posteriores formam a explicação para o
crescimento de longo prazo a partir do modelo de Solow (Solow, 1956), com o
acréscimos dos choques exógenos de tecnologia discutidos ao conceito de ciclos reais
de negócios (Eichenbaum, 1991; Kydland; Prescott, 1990) via uma simples equação de
autorregressivo, representado pela Equação 4.c. Pode-se supor que qualquer outro
choque aleatório, representado pelo erro aleatório (𝜀𝑡 ), que não apenas a tecnologia,
pode afetar a Equação 4.c.
Em perfeito equilíbrio estacionário de longo prazo, 𝑌𝑡 ⁄𝑃𝑡 = 𝑌𝑛𝑡 , 𝜋𝑡 = 𝜋̅ =
𝑒
𝜋𝑡+1 , 𝑖𝑡 − 𝜋𝑡 = 𝑟𝑛𝑡 , fazendo a taxa de juros convergir para seu nível natural, definido
(𝛽 )𝑡+𝑗 𝜕𝑌
pelo equilíbrio intertemporal ∑∞ 𝑡
𝑗=0 (1+𝑖 𝑡+𝑗
(1 − 𝜏)𝐶𝑡+𝑗 = 𝑛𝑡 − 𝑎𝑖𝑡 , de tal forma que
𝑡) 𝜕𝐾 𝜕𝑡
𝑡
a taxa de juros natural é definida por condições não relacionadas à demanda. Ademais,
os recursos que o governo retira da sociedade retornam a ela sem aumento do
(1−𝛽𝑡 ) 𝑡+𝑗
endividamento público, sendo 𝐺̅ = ∑∞
𝑗=0 (1+𝑖 )𝑡+𝑗 (𝜏)𝐶𝑡+𝑗 , obedecendo a hipótese
𝑡
𝐼𝑡 𝐼
= 𝑌𝑡 𝑢 (5.d)
𝑌𝑛𝑡 𝑡
𝐼𝑡 ⁄𝑌𝑡
𝑔𝑛𝑡 = 𝑢 (5.f)
𝑣
Onde 0 < 𝜎1 < 0 e 0 < 𝜎2 < 0. Isto significa que quanto maiores os gastos em
pesquisa e desenvolvimento, maiores as probabilidades de sucesso da inovação e da
imitação. As Equações 10 e 11 cumprem a função de evidenciar que a criação e
dispersão da tecnologia funcionam de forma semelhante a uma curva logística
(Andersen, 1999; Marchetti, 1980), uma vez que quanto maiores os gastos em P&D
maiores as chances de criar novo tecnologia ou imitar uma tecnologia do mercado
(Equações 10.a; 10.b; 11.a; 11.b). O acúmulo destes sucessos eleva o nível de
tecnologia:
𝑖𝑛 𝑖𝑚
𝜃𝑗𝑡−1 𝐼𝑛𝑗𝑡−1 +𝜃𝑗𝑡−1 𝐼𝑚𝑗𝑡−1
𝑔𝑇𝑡 = 𝜑0 ∑𝑛𝑗=1 ( ) (12)
𝐾𝑗𝑡−1
Desta forma, variáveis tratadas aqui como exógenas – taxa de lucro ponderada pelo
estoque de capital (𝑟𝑐𝑓𝑡 ), a taxa real de juros dos empréstimos tomados pelas firmas
(𝑟𝑙𝑡 ), a razão do passivo total das firmas por estoque de capital (𝑙𝑡 ), o q de Tobin (𝑞𝑡 ), a
capacidade utilizada (𝑢𝑡 ) – tornam-se endógenas nos modelos SFC e AB, criando
modelos extremamente complexos.
Todos os componentes acima detalham as principais diferenças entre modelos
ortodoxos e heterodoxos. Mas, para os países em desenvolvimento, os problemas de
balanço de pagamentos são preponderantes e não estão incluídos nestes modelos-
padrão. De um lado, como descrito anteriormente, a ortodoxia conseguiu compreender
por uma série de modelos econométricos as várias relações de balanço de pagamentos
de um país em desenvolvimento de forma isolada: (i) são exportadores de recursos
naturais (Hausmann; Hwang; Rodrik, 2007; Sachs; Warner, 1999); (ii) possuem
correlação negativa entre preços de commodities (principais produtos exportados) e
suas taxas de câmbio (Chen; Rogoff, 2003), (iii) apresentam dificuldades em obter
financiamento externo (Aizenman et al., 2021; Eichengreen; Hausmann; Panizza,
2003), e (iv) tem limites de atuação das políticas fiscal e monetária (Blanchard, 2004).
Estas características não são novidade nas teorias estruturalistas e heterodoxas
e podem ser definidas como: (i) crescimento com restrição de balanço de pagamentos
(Thirlwall; Hussain, 1982); (ii) tendência de queda de longo prazo dos preços relativos
das commodities em relação aos produtos manufaturados (Prebisch, 1950; Singer,
1950); (iii) ciclos de crescimento influenciados por ciclos de preços das commodities
(Furtado, 2007; Prebisch, 1950); (iv) processo de financeirização das commodities
(Carneiro, 2012); (v) volatilidade dos movimentos de capitais (de Paula; Fritz; Prates,
2017; Prates, 2020); (vi) tendência de apreciação permanente da taxa de câmbio
(Bresser-Pereira, 2012, 2020a); e (vii) limites de atuação das políticas monetárias e
fiscais (Dvoskin; Landau, 2023; Prebisch, 1950).
As ideias acima expostas estão expressas pela taxa de crescimento de equilíbrio
de balanço de pagamentos (𝑦𝑏𝑝𝑡 ) proposta por Thirlwall & Hussain (1982):
((𝐸 ⁄𝑅 𝜂+𝜓+1)(𝑝𝑑𝑡 −𝑒𝑡 −𝑝𝑓𝑡 )+𝐸 ⁄𝑅 𝜀(𝑧𝑡 )+𝐶 ⁄𝑅(𝑐𝑡 −𝑝𝑑𝑡 ))
𝑦𝑏𝑝𝑡 = (13)
𝜋
⁄
Onde 𝐸 𝑅 𝜀⁄𝜋 assume o papel de componente estrutural e 𝑐𝑡 𝐶 ⁄𝑅 assume o
papel de componente cíclico. As características (i), (ii) e (vi) podem ser captadas no
componente estrutural, as características (v) e (vii) são captadas pelo componente
cíclico, e as alterações de preços, características (iii) e (iv), são captadas por choques
temporários na Equação 13. O crescimento de longo prazo (𝑔𝑦𝑡 ) das economias em
desenvolvimento irá se comportar pela equação:
𝑔𝑦𝑡 = min(𝑔𝑛𝑡 ; 𝑦𝑏𝑝𝑡 ) (15)
𝑔𝑦𝑡
modelos BPC, e, principalmente, em modelos SFC e AB. Por parte dos modelos SFC,
sua principal vantagem é a capacidade de construir um robusto sistema financeiro capaz
de impor restrição de financiamento que impactam na taxa de investimento (Nikolaidi;
Stockhammer, 2017). Já os modelos AB permitem construir um sistema de interações
microfundamentado que mostram as mudanças nas estruturas de mercado propiciadas
pelas inovações produtivas e seu impacto macroeconômico (Caverzasi; Russo, 2018;
Di Guilmi, 2017; Fagiolo; Roventini, 2012).
Para um país em desenvolvimento, um modelo SFC permite analisar como as
condições externas de financiamento alteram a dinâmica de crescimento doméstica. Isto
significa importantes alterações sobre a Equação 6.a, já que as firmas terão acesso à
financiamento externo, ou ainda mais importante terão necessidade de capitar
financiamento externo, além de modificações sobre o mercado acionário e o 𝑞 de Tobin
(Aizenman et al., 2021; Eichengreen; Hausmann; Panizza, 2003). Ademais a abertura
da economia também pode impactar significativamente na dinâmica dos lucros,
alterado 𝑟𝑐𝑓𝑡 , devido tanto ao componente estrutural influenciado pelas razões de
elasticidades-renda 𝜀 ⁄𝜋, quanto aos choques de preços de commodities e taxa de
câmbio.
Em um modelo AB, a capacidade de importar, ou restrição de importar,
tecnologia afeta as estruturas de mercado doméstica, exercendo impacto sobre a
dinâmica macroeconômica e efeitos de balanço de pagamentos, dificultando alterações
na razão de elasticidades-renda. Isto cria importantes modificações na estrutura das
Equações 7 a 12. De um lado, a estrutura do mercado doméstico e os efeitos de balanço
de pagamentos irão afetar o nível de lucro das firmas, impactando na capacidade de
realizar P&D. Por outro lado, sendo a tecnologia importada, os efeitos de imitação serão
preponderantes aos efeitos de inovação e dependerão da capacidade de importar das
firmas, fortemente associada à capacidade de emitir dívida externa.
Para além das alterações nos elementos supracitados, os modelos AB e SFC
precisam obedecer a um conjunto de identidades contábeis, o que implica mudanças
sobre toda a estrutura de sub equações não demonstradas neste projeto. Todo o exposto
acima demonstra as possibilidades de expansão dos modelos BPC, SFC e AB para os
países em desenvolvimento.
17
Metodologia
Firmas de
Famílias Bancos Governo
produção ∑
(1) (3) (4)
(2)
Empréstimos −𝐿 +𝐿 0
Dinheiro +𝑀 +𝑀 −𝑀 0
Depósitos +𝐷 −𝐷 0
Títulos +𝐵 +𝐵 −𝐵
Ações +𝑒 ∙ 𝑝𝑒 −𝑒 ∙ 𝑝𝑒 −𝑒 ∙ 𝑝𝑒 0
Capital tangível +𝐾ℎ +𝐾𝑓 +𝐾
Patrimônio líquido 𝑁𝑊ℎ 𝑁𝑊𝑓 𝑁𝑊𝑏 𝑁𝑊𝑔 +𝐾
Fonte: Godley & Lavoie (2007).
Consumo −𝐶 +𝐶 0
Investimento +𝐼 −𝐼 0
Gastos Gov. +𝐺 −𝐺 0
Salários +𝑊𝐵 −𝑊𝐵 0
Lucros +𝐹𝐷𝑓 −𝐹𝑓 +𝐹𝑈𝑓 0
Tributos −𝑇 +𝑇 0
Juros s/ Depósito +𝑖𝑑 𝐷 −𝑖𝑑 𝐷 0
Juros s/ Títulos +𝑖𝑏 𝐵 +𝑖𝑏 𝐵 −𝑖𝑏 𝐵 0
Juros s/ Emprés. −𝑖𝑙 𝐿 +𝑖𝑙 𝐿 0
Resultado 𝑆𝐴𝑉𝑓 0 𝑆𝐴𝑉𝑓 𝑆𝐴𝑉𝑏 𝑆𝐴𝑉𝑔 0
∆ Emprés. +∆𝐿𝑓 −∆𝐿 0
∆ Dinheiro −∆𝐻 −∆𝐻 +∆𝐻 0
∆ Depósitos −∆𝑀 +∆𝑀 0
∆ Contas −∆𝐵 −∆𝐵 +∆𝐵 0
∆ Ações −∆𝑒 ∙ 𝑝𝑒 +∆𝑒 ∙ 𝑝𝑒 0
∑ 0 0 0 0 0 0
Fonte: Godley & Lavoie (2007).
vetor fluxo resultante dos recebimentos menos pagamentos e 𝐶𝐺𝑡 representa o vetor de
ganhos líquidos de capital ocasionados por mudanças de preços dos ativos. Cada uma
das colunas das matrizes apresentam variáveis que devem ser modeladas para os
agentes, sendo necessário o fechamento contábil da matriz, o que implica que 𝑛 − 1
variáveis serão modeladas para cada um dos agentes (Le Heron; Mouakil, 2008).
Os modelos AB trabalham na microfundamentação (bottom-up) das firmas,
modelando os impactos da inovação sobre a estrutura de mercado das firmas, o que
significa que todas as variáveis na coluna firmas precisam ser modeladas ao nível
unitário de 𝑗 firmas. Isso significa uma complexidade adicional ao modelo uma vez que
o número de firmas não será constante, havendo criação e destruição de firmas no
mercado, dificultando o fechamento contábil do modelo. Nem sempre um modelo AB
apresenta total compatibilidade de fluxo e estoque nas suas equações, isso dependerá
do objetivo principal do modelo. Os modelos AB com total compatibilidade de fluxo e
estoque, obedecendo o princípio da Equação 29, são modelos chamados de AB-SFC
(Caiani et al., 2016). Todos estes modelos funcionam de forma parametrizada,
permitindo a construção de cenários e testes de contrafactual.
Estimativas e Custos
Capital
Obras e Instalações 0
Cronograma de Execução
mar/25
mar/26
mar/27
mai/25
mai/26
mai/27
nov/24
nov/25
nov/26
ago/24
ago/25
ago/26
dez/24
dez/25
dez/26
out/24
fev/25
abr/25
jun/25
out/25
fev/26
abr/26
jun/26
out/26
fev/27
abr/27
jun/27
jan/25
jan/26
jan/27
set/24
set/25
set/26
jul/25
jul/26
jul/27
Atividades / Mês
Levantamento
X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X
Bibliográfico
Revisão da Literatura X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X
Elaboração do
X X X X
Relatório Parcial
Estruturação de
X X X X X X X X X X X X
Artigos
Redação de Artigos
X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X
Científicos
Revisão de Artigos
X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X
Científicos
Entrega do Relatório
X X
Final de Pesquisa
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