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Tutorial Clp
Tutorial Clp
A sigla CLP vem da sigla em inglês PLC - Programmable Logic Controller, como é mais
conhecido no mercado.
Introdução
Desde o início da Revolução Industrial o homem vem sendo forçado a conviver em meio à
automação e à robótica, vendo seus postos de trabalho serem substituídos por máquinas,
as quais executam suas tarefas de forma mais precisa, mais econômica e com muito mais
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rapidez. Desta forma o homem hoje se insere em um contexto de interação e
manipulação, pois é ele quem vai lapidar as funcionalidades das máquinas, através de
mecanismos eletromecânicos. E um componente que tem um papel de destaque é o
Controlador Lógico Programável, o CLP.
Os relés são muito úteis ainda hoje, porém àquela época existiam alguns inconvenientes:
primeiro, o espaço físico ocupado por essa lógica de acionamento dentro de um quadro
elétrico, uma vez que os quadros eram muito grandes (conforme a figura 3); segundo,
quando existia necessidade de mudança na linha de produção da fábrica, isso
demandava tempo e dinheiro para que essas mudanças fossem implementadas (troca de
2
fiação, novo comando de acionamento); terceiro, como eles contêm partes mecânicas, se
desgastam e precisam ser substituídos periodicamente.
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Figura 5 – (a) CLP da Schnneider (zelio). (b) CLP da weg (clic 02);
O primeiro CLP foi instalado na General Motors, pela MODICON (Modular Digitial
Controller), uma empresa cujo fundador, Dick Morley (Figura 6), foi o precursor do
primeiro PC (Programmable controller), que mais tarde viria a ser o CLP ou o PLC.
Portanto, dos anos 1970 para cá muitas características foram incorporadas pelos CLP's:
incremento de temporizadores, contadores, portas de comunicação com computadores,
etc. Este último viabilizou a introdução de linguagens de programação, as quais são
regidas de acordo com a norma IEC 61131, criada na década de 90, ela é dividida em 8
partes, sendo a parte 3 que trata sobre “linguagens de programação”, são elas: Diagrama
de blocos, Lista de instruções, Linguagem Ladder, Sequenciamento Gráfico de Funções e
Texto Estruturado. Essas linguagens serão mais detalhadas na próxima aula, bem como
suas características.
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Atualmente, os CLP's estão dotados de funções de controle cada vez mais específicas
que permitem a ligação entre si e a computadores em rede, formando sistemas
integrados. Portanto, para quem trabalha com automação de máquinas, entender como
funciona o controlador lógico programável é fundamental de modo a utilizá-los e
programá-los de forma correta.
Detecção: Leitura dos sinais dos sensores, das chaves, distribuídas pelo sistema
da máquina;
Ciclo de varredura: É a rotina de checagens passo a passo que o CLP faz durante
a sua operação.
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No processo industrial, antes de entrar no ciclo de operação, o CLP realiza uma série de
checagens, que tratam basicamente de checar o hardware (o estado do CLP) que está
incluído dentro da rotina do CLP (é uma espécie de programa exclusivo do fabricante do
CLP instalado na “memória ROM”). Caso alguma avaria venha a surgir então é gerada
uma indicação de “Erro”; caso contrário, se não transcorrer nenhum problema, o CLP
entra no ciclo de operação, que se divide em processo comum, execução do
programa e serviço a periféricos externos.
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Acerca do ciclo de operação existem duas possibilidades: quando o CLP está em modo
RUN e quando está em modo STOP. E em cada um dos casos o CLP se comporta de
maneira diferente:
Isto parece ser simples, mas dentro da CPU do CLP é feito com diferentes entradas,
diferentes saídas e ainda combinado com vários relés, temporizadores e contadores. O
tempo de varredura é o tempo que leva para percorrer os três passos básicos. Esse
tempo afeta diretamente a rapidez com que as entradas são lidas.
Outro indicador existente no CLP é o de falha, que mostra quando encontra um erro na
etapa de autodiagnóstico ou de ciclo de varredura, e neste caso a CPU para
automaticamente a execução do programa. Ao final da sequência do ciclo, ele regressa
ao topo e começa novamente. Chamamos isso de ciclo de varredura.
O programa também pode ser transferido salvo em um cartão de memória que o CLP
suporte, que ficará armazenado e mantido e, quando solicitado, basta carregá-lo e colocá-
lo em modo RUN para que o CLP execute as suas tarefas.
O programa do usuário pode ser feito de várias maneiras, porém duas se destacam: A
linguagem em diagramas de blocos e em Ladder, sendo esta última a linguagem universal
para programação de CLP's.
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Observações
1. Para que o CLP tenha funcionalidade é necessário conter um programa que condiz
com o funcionamento desejado;
2. Quando compramos um CLP o mesmo vem “virgem”, ou seja, sem programação
nenhuma;
3. Hoje em dia, com a corrida pelos ganhos de produção, quando se compra uma
máquina de produção industrial qualquer, a mesma já vem com o CLP;
4. O sistema de varredura das linhas de programação é cíclico e sequencial.
5. A velocidade com que se pode escrever e ler os estados das entradas e saídas é
importante na velocidade e operação do CLP;
Os CLPs são compostos por alguns componentes básicos que servem para ativar seu
funcionamento básico:
Memórias. É o local onde o CLP armazena tudo que necessita para manejar e
executar suas tarefas de controle, tais como:
Dados do processo;
Variáveis internas;
Dados de controle;
O programa de usuário;
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O termo “configuração externa” ou estrutura externa de um CLP refere-se à sua aparência
física, ou seja, sua divisão em blocos ou elementos. Atualmente são 3 as estruturas mais
significativas que existem no mercado:
Estrutura Compacta;
Estrutura Compacta
Este tipo de CLP caracteriza-se por apresentar um só bloco com todos os seus
elementos, ou seja, fonte de alimentação, CPU, memória, entradas e saídas. São mais
simples e de baixo custo. A figura 9 mostra a arquitetura interna desse tipo de CLP:
10
A figura 10 mostra um exemplo de CLP da Siemens da família o LOGO 8.
Estrutura Semimodular
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Figura 12 - CLP Semimodular da KOYO.
Estrutura Modular
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Figura 14 - Detalhe de um CLP SLC 500 da Allen Bradley.
Estrutura Compacta II
Figura 15 - (a) Vista do CLP weg Clic 02. (b) Detalhe do cabo de comunicação com
pc. (c) Imagem do cabo de comunicação com conector tipo DB-9.
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Para esse modelo apresentado temos que sua alimentação é em corrente
alternada (CA) e pode ser tanto 110V como em 220V. As entradas são digitais e
somente poderão receber sinais em corrente alternada (CA), se receber em
corrente contínua, simplesmente o CLP não reconhecerá e não ativará as
entradas. Na prática, geralmente utiliza-se o mesmo nível de tensão que usamos
para alimentá-lo. As saídas são a relé, são quatro e são formados por contatos
abertos (observe pelo detalhe da figura 15a), pode-se utilizá-las tanto em CA
quanto em CC e praticamente em qualquer nível de tensão (por exemplo de 5V a
220V). O display fornece informações importantes do estado de operação do CLP,
como as indicações dos estados das entradas, saídas. Se o CLP está em modo
RUN ou modo STOP, etc. As teclas de navegação servem para “navegar” pelos
menus do CLP, bem como para programá-lo também; A figura 15b mostra detalhes
do cabo de comunicação bem como as portas de conexão entre CLP e
computador. O cabo pode ser tanto com conector USB quanto conector tipo DB-9
(figura 15c), ambos são fornecidos pelo fabricante separadamente. A comunicação
entre CLP e computador via cabo é de forma serial. Como podemos observar, esse
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tipo de CLP contém a fonte de alimentação, CPU, memória, interfaces de entrada e
saída e IHM em uma única unidade.
Diferentemente, como podemos notar, esse tipo de CLP é mais robusto. Suas
partes são separadas, tipo: Fonte - CPU - Módulos de I/O (entradas e saídas).
Referênci
Cor Descrição
a
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Referênci
Cor Descrição
a
Onde:
DI → “Digital Inputs”
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DO → “Digital Outputs
AI → “ Analog Inputs”
AO → “Analog Outputs”
Atividade 01
2. Faça uma pesquisa a respeito do CLP OMRON ilustrado abaixo (figura 18) e
detalhe suas características: Fonte - CPU - Memória - Conexões - Entradas -
Saídas, etc.
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Figura 18 - Imagem de um CLP OMRON.
18
Figura 19 - Organograma de viabilidade de processos automatizados.
Nos dias de hoje os processos de automação industrial são caracterizados por constantes
inovações tecnológicas, nos quais pequenas máquinas já vêm com sistemas totalmente
controlados automaticamente através de: transmissores sensores, reguladores,
controladores e atuadores. Esses equipamentos combinados serão, portanto, olhos,
ouvidos, braços, pernas e cérebro do homem, que lá no início desempenhava funções,
com a diferença que ele “cansava”, então havia necessidade de revezamento com outros
trabalhadores, já os equipamentos eletrônicos não tinham “cansaço”, hora de almoço, etc.
Observe que para processos automatizados é importante saber o que controlar e como
controlar, e é aí que entra toda a eletrônica existente hoje, que junto com os controladores
(como é o caso do CLP) farão essa interface entre coletar informações, tratá-las e acionar
motores, ligar aquecedores, compressores, bombas, iluminação, etc.
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Figura 20 - Diagrama ilustrativo do sistema de funcionamento de um refrigerador.
1. Medição do valor atual da variável do processo que se quer regular, “no nosso
caso a temperatura”, por um “sensor de temperatura”;
2. Comparação do valor atual com o valor desejado. Operação feita pelo sensor
juntamente com um “controlador de temperatura”. O controlador recebe informação
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do sensor, compara com o valor desejado (set point), gerando ou não uma
diferença (“Desvio”) de valores;
3. No desvio gerado (do que se quer para o que se tem) o controlador gera um sinal
de correção, que nesse caso vai acionar um relé que “manda” ligar o compressor;
4. E, assim, constantemente o conjunto sensor + controlador farão medições e
comparações de modo a eliminar o desvio, isto é, conduzir a variável do
processo ao valor desejado (set point). No nosso caso o compressor irá partir,
sempre que houver diferença entre a temperatura interna do refrigerador, quando
esta for maior que a temperatura desejada.
Resumo
Nesta aula, foi apresentado o Controlador Lógico Programável (CLP) cujas principais
características são a substituição dos relés eletromecânicos nas máquinas industriais bem
como a introdução de um programa capaz de executar a tarefa que a máquina terá que
realizar. Vimos também que existem vários tipos de CLP e que cada um possui
características individuais que se adequam a determinadas atividades, como foi o caso
entre o CLP compacto e o modular. Vimos também que com os constantes avanços
tecnológicos, praticamente pode-se automatizar qualquer processo, bastando para isso
fazer uma reflexão de custo benefício para implantação do mesmo. Nesse contexto,
encontramos várias aplicações que estão à nossa volta hoje, por exemplo: Máquinas de
lavar, forno micro-ondas, sistemas de aquecimento, sistemas de iluminação, sistema de
bombeamento, etc.
Apresentação
Nesta aula serão abordadas as características dos componentes internos que constituem
os Controladores Lógicos Programáveis (CLP), a importância que cada componente
exerce para constituição e configuração do hardware. As interfaces de entradas, saídas e
suas peculiaridades. E no caso de aplicação, como selecionamos o CLP adequado para
uma determinada tarefa e, após sua seleção, como é iniciada a lógica de programação
utilizando a álgebra booleana para isso.
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Objetivos
Introdução
Nesta aula, abordaremos justamente este tópico, identificar entradas e saídas, saber
como elas funcionam através da eletrônica envolvida. E o principal, saber dimensionar um
CLP dadas as características de uma aplicação, este, sim, é de suma importância para o
técnico de automação.
Voltando à questão das conexões dos sensores, chaves, etc., o CLP recebe entradas e
saídas tanto digitais quanto analógicas, as quais controlam e monitoram todo o processo.
Esses módulos ou interfaces de entradas e saídas são a seção do CLP onde sensores e
atuadores estarão conectados.
Todos os sinais provenientes do campo são informados à CPU logo ao serem detectadas
pelos “sensores de entrada” e, por sua vez, as ordens geradas pela CPU são
comunicadas aos elementos do processo por meio das interfaces de saída.
Após isso tenha em mente que os CLP's são capazes de manejar sinais de tensões e
correntes a nível industrial, isto devido ao bloco de circuitos destas interfaces (são os
conversores), ou seja, permitem se conectar diretamente com sensores e atuadores do
processo, através de suas interfaces de entrada e saída.
Entrada Digital
Este tipo de interface tem a função de informar à CPU, da presença ou ausência de sinal
de tensão ou corrente, em um circuito, abertura ou fechamento de um contato, que pode
ser de uma botoeira, de um fim de curso, sensor, etc. Por exemplo, quando uma entrada
digital está sendo alimentada por um sinal de 24V, a CPU interpreta como nível alto “1” e
quando o sinal é desligado é interpretado como nível baixo “0”.
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Sinais digitais ou discretos
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Diagrama 1 – circuito conversor AC-DC de uma entrada digital.
Como exemplo de ligação de uma entrada digital veja uma interpretação do CLP que será
estudado nesta aula. Trata-se de um CLP da Siemens (conforme figuras 1 e 2), cuja
família é Simaitc S7-1200 e, portanto, observe a ligação nos terminais de entrada deste
CLP:
Em primeiro lugar observe sempre a referência do CLP, neste caso, Simatic S7-1200,
CPU 1214C DC/DC/DC:
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Em seguida é importante saber o esquema de ligação para ativar uma entrada digital
(I0𝐼0) através de uma botoeira:
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Observações
Mas, atenção! A entrada só será ativada com os referenciais todos interligados. Isso é de
extrema importância!
Portanto, a ligação ilustrada serve para ativar a entrada digital (I0). Mais adiante, veremos
que podemos usar essa configuração de entrada para “ligar uma lâmpada”, por exemplo.
Saída digital
Da mesma maneira que ocorre na entrada, a interface de saída permite que sinais em
baixa amplitude, originada na CPU, comandem contatores, solenoides, relés, etc.
Basicamente são três os tipos de saídas: A triac (diagrama 3), a transistor (diagrama 4) e
a relé (diagrama 5), esta última mais utilizada:
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Diagrama 4 - Circuito DC-DC de uma saída digital a transistor.
Diagra
ma 5 - Circuito conversor DC-AC de uma saída digital.
Observações
1. No caso das saídas a relé, o bloco “normalmente aberto (NA)” se comporta como
um contato seco, ou seja, quando a saída for ativada o contato fecha. Observe que
podemos colocar uma carga CC ou AC;
2. Em todos os aspectos as saídas dos CLP's são usadas para implementação do
comando da máquina, tendo em vista que essas saídas suportam no máximo 8A.
“Portanto, não é recomendado conectar cargas elevadas nas saídas dos CLPs
para não correr o risco de queimá-las”;
3. http://materiais.imd.ufrn.br/prog_clp/aula02.php. As características, tanto das
entradas quanto das saídas, estão indicadas no modelo do CLP (é a referência),
basta consultar o manual do fabricante e então terá acesso às suas características;
Cabe ao programador decidir qual o melhor custo benefício na escolha da melhor saída, a
qual lhe proporcione confiabilidade do sistema a ser automatizado.
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Como exemplo de ligação, observe a figura 3, uma continuação do CLP S7-1200, só que
desta vez com uma ligação de uma lâmpada utilizando uma saída Q0𝑄0:
Observações
Atividade 01
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Figura 05 - Ilustração do CLP Omron.
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Entrada Analógica
Sinais de tensão
0 a 10V
-10 a +10V
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Sinais de corrente
4 a 20mA
0 a 20mA
Sinal analógico
À medida que a complexidade vai aumentando, é necessário contar com outro tipo de
interface que possa interpretar sinais analógicos provenientes do processo e emitir
como saídas.
Esses sinais são como “controles de volume” com um range de valores entre “0” e o “topo
da escala”, normalmente representados com valores inteiros pelo CLP, com vários ranges
de precisão, dependendo dos dispositivos utilizados. Variáveis como pressão,
temperatura, vazão e peso, são normalmente representados como sinais analógicos. Os
sinais analógicos podem usar tensão ou intensidade de corrente (4 a 20mA) com
magnitude proporcional ao valor do sinal que é processado, conforme mostra o gráfico 2.
Saída Analógica
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Os módulos de saída analógicos permitem que o valor de uma unidade numérica,
armazenada e processada pela CPU do CLP, converta-se em tensão ou intensidade de
corrente através de uma conversão digital analógica (D/A). Geralmente, quando a entrada
analógica foi em nível de tensão “0 a 10V”, a saída também é processada em “0 a 10”, o
mesmo ocorre com intensidade de corrente, conforme mostra a figura 7.
1. Conversão digital analógica: Uma vez que a CPU pegou o sinal contido na
memória ele processa esse sinal e em seguida entrega sua resposta para o
Conversor Digital Analógico;
2. Circuitos de amplificação: O conversor recebe o sinal em baixa potência. Para
elevar o sinal a níveis desejados há um circuito eletrônico que amplifica esse sinal;
3. Proteção eletrônica da saída: Para evitar sinais de retorno por interferência, uma
proteção eletrônica é requisitada a fim de evitar a queima do circuito de saída do
CLP.
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Porém, existem processos ou máquinas que requerem tarefas mais complexas, por
exemplo, controle de velocidade superior à varredura do equipamento, resolução de
equações matemáticas para sincronismo de motores, dentre outros controles. Essas
tarefas podem resultar em limitações que são dadas pela falta de capacidade dos
módulos encontrados nos CLP's. Para esses tipos de módulos são atribuídas funções
especiais, específicas a cada tipo de aplicação. Esses módulos possuem seu
processamento embarcado, possibilitando, assim, alto desempenho de trabalho.
Podemos citar alguns exemplos, tais como:
Módulos de expansão
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Figura 8a – Unidade básica do CLP simatic S7 juntamente com seu módulo de
expansão. Figura 8b - Unidade básica do CLP Omron juntamente com seus módulos de
expansão.
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Fonte: Elaborado pelo Autor (2016)
Na planta temos:
Sensor de temperatura.
E por último, para consumir a glucose, duas entradas digitais e uma saída
digital para a válvula solenoide.
Programação de CLP
Hoje em dia, com o avanço da tecnologia, cada vez mais novos fabricantes de CLP's
estão se instalando no mercado, e para isso é preciso padronizar a forma como o CLP
pode ser programado. Quando falamos de linguagem de programação referimos a
diferentes formas que se pode “escrever” o programa do usuário.
Deste modo, de acordo com a norma IEC 61131-3 é definido cinco linguagens de
programação:
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Lista de instruções (IL)
TMR Temporizador
CNT Contador
LD
OR
AND NOT
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OUT
Botão partir
Lâmpada
Botão parar
Lâmpada
Como o próprio nome já diz, o Texto Estruturado é uma linguagem de alto nível, é
estruturada em blocos e sua sintaxe é semelhante à linguagem Pascal. Geralmente é
usada em aplicações que envolvem manipulação de dados, aplicações matemáticas,
inteligência artificial, entre outros.
Como exemplo, vejam como fica a programação utilizando a mesma lâmpada para
acionamento:
Lâmpada := TRUE
ELSE
Lâmpada := FALSE
END_IF
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Características
A avaliação de uma conexão será validada logo após a sua interligação antes da
conexão seguinte.
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Figura 12 - Circuito lógico para acendimento de uma lâmpada utilizando a ferramenta de
programação Zelio soft da Schneider.
Etapas
Transições
Ações
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O programa irá ativando cada uma das etapas e desativando a anterior, conforme vai
processando cada uma das condições. O acionamento se realizará em função da etapa
ativa as quais estão associadas, de acordo com a figura 13:
Diagrama Ladder
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O Diagrama Ladder foi introduzido nos Estados Unidos e dentre os tipos de linguagens
vistos anteriormente a linguagem Ladder, atualmente, é a mais usada por “programadores
de CLP's”, devido à sua simplicidade de identificação de parâmetros, fácil assimilação da
“lógica de programação” e por se basear em esquemas elétricos de contatos (clássicos),
os quais são utilizados na lógica a relé. É por esse motivo que a partir de agora será dada
total atenção a esta linguagem.
Desse modo, com os conhecimentos técnicos adquiridos em nossas aulas, é muito fácil
adaptar-se à programação em Ladder. Uma das vantagens é a norma NEMA no que rege
à simbologia dos contatos elétricos que são empregados pelos fabricantes de CLP. Sendo
assim, uma vez que o programador se “familiarizar” com a linguagem ladder, estará apto
para programar todo tipo de CLP, uma vez que os diagramas em Ladder são esquemas
de uso comum para representar a “lógica de controle” de sistemas automatizados. Então,
vamos lá!
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Fonte: Elaborado pelo Autor (2016)
Entrada
É o local onde são inseridos botoeiras, sensores, fim de curso, contatos de relés, contatos
de temporizadores, contatos de contadores, etc. Obedecendo, claro, à lógica de
programação.
$%I_{0,0}, %I_{0,1}, ..., %I_{0,n}. (Input 01, Input 02, ..., Input 0n)
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DI1,DI2,...,DIn𝐷𝐼1,𝐷𝐼2,...,𝐷𝐼𝑛. (Digital Input 1, Digital Input 2, ..., Digital Input n)
AI1,AI2,...AIn𝐴𝐼1,𝐴𝐼2,...𝐴𝐼𝑛. (Analog Input 1, Analog Input 2, ..., Analog Input n)
Observações
Saídas
Bobinas são as variaveis independentes dos relés, contatores, etc. Se a bobina for
energizada, seus contatos mudam de estados.
$DO_1, DO_2, ..., DO_{n}. (Digital Output 1, Digital Output 2, ..., Digital Output n)
Observações
Simbologia
O CLP não entende terminologias como chaves, relés, etc., porém interpreta simbologias
de entradas, bobinas de saídas, entre outros. Devido a isso a linguagem Ladder converte
a simbologia em uma linguagem que a CPU entenda.
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A tabela a seguir ilustra os principais contatos utilizados na linguagem Ladder:
Contato
Contatos normalmente fechados são aqueles contatos que em
Fechado
seu estado de repouso “deixa” conduzir energia;
(NF)
Bobina Uma vez ativada não pode ser desativada, a não ser que seja
(SET) dado um comando de “RESET”.
Bobina
Permite desativar uma bobina “SET” previamente ativada.
(RESET)
É importante lembrar que o estado ativado (ligado) de uma entrada ou saída corresponde
a “1”. Já para o estado desativado (desligado) de uma entrada ou saída corresponde a
“0”.
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Veja o exemplo de um acionamento simples de uma Lâmpada (Lamp) através de uma
botoeira de impulso (B1𝐵1) conforme figura 15, bem como seu esquema de ligação para
esta lâmpada conforme figura 16:
Observações
Sem muita complicação, vemos que a botoeira é representada pelo bloco de contato
aberto (NA), que por sua vez está interligada com a entrada digital (I0,0𝐼0,0). Já a
lâmpada está representada por uma saída digital do CLP que também está representada
pela bobina (Q0,0𝑄0,0).
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De acordo com a tabela verdade no estado “0” da botoeira a saída também é 0”, ao se
mudar o estado da botoeira para “1” a saída também muda para “1”.
É a associação de botoeiras NA em série, ou seja, para que o evento ocorra é preciso que
as botoeiras estejam no seu estado ativo “1”, caso contrário a saída não será ativada.
Observe a programação para acendimento de uma lâmpada com a função “E”, conforme
a figura 17:
B1 B2 Lamp
0 0 0
0 1 0
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B1 B2 Lamp
1 0 0
1 1 1
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Observando o programa e a tabela verdade percebe-se que para “acionar” a saída basta
pressionar qualquer uma das botoeiras, “B1𝐵1 ou B2𝐵2”.
Analisando a aplicação se observa que no estado de repouso das botoeiras a saída está
ativa “1” e que pressionando “B1 e B2” a saída será desativada “0”.
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Analisando o programa se observa que no estado de repouso das botoeiras a saída está
ativa “1” e que pressionando “B1 ou B2” a saída será desativada “0”.
É uma combinação básica entre os elementos para manter uma saída ligada quando são
utilizadas botoeiras NA. Ou seja, como mantemos a saída (lamp) ativada mesmo após
soltarmos a botoeira? Lembre-se que para toda bobina de saída de elementos
pertencentes ao circuito tem-se seus contatos auxiliares NA e NF, serão eles que farão
a “retenção do sinal”. Como exemplo, observe o acionamento da lâmpada conforme a
figura 21:
“Ao pressionar B1𝐵1, a saída é ativada, que por sua vez, fecha o contato NA da
bobina Q0,0𝑄0,0 e mesmo soltando a botoeira B1𝐵1 a bobina continuará energizada
através do contato de selo (retenção)”.
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E como a saída (Lamp) é desligada?
Bom! Para desligar uma saída que esteja alimentada pela retenção se usa uma segunda
botoeira, desta vez, NF para realizar o desligamento do sistema. Observe o exemplo da
figura 22:
“Ao pressionar B1𝐵1 a energia é conduzida para botoeira B2𝐵2. Como a mesma está
com seu contato fechado permite a passagem do sinal para ativar a saída (Lamp), que
em seguida fecha seu contato de retenção e ao soltar a botoeira B1 o sistema fica ativo
pela retenção e pelo contado NF da botoeira B2𝐵2. Para desligar o sistema basta
pressionar B2𝐵2, que interrompe a passagem do sinal para a bobina, desligando tudo.”
Observe também que B2 está em série com a bobina, o que facilita o entendimento de
interrupção do sinal.
Instrução SET
A instrução SET liga uma saída e a mantém ligada mesmo que a alimentação da entrada
seja retirada, observe na aplicação da figura 23:
Figura 23 - Sistema de acendimento simples de uma lâmpada usando uma bobina SET.
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Instrução RESET
A instrução RESET desliga uma saída que estava em SET, observe no acionamento da
figura 24:
Observações
Quando se utilizam as funções SET e RESET é preciso muita atenção, pois nestas
funções é comum o “erro do programa” pelo fato da bobina continuar ativada ou
desativada. Na maioria das programações é suficiente a utilização da forma
convencional das saídas.
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Portanto, apesar de existirem essas linguagens de programação para CLP's, nem todos
os fabricantes disponibilizam a opção de programar em uma das cinco opções.
Cada fabricante enfrenta uma verdadeira maratona a fim de simplificar cada vez mais a
interface de programação para que cada vez mais técnicos da área possam ser atraídos
pela sua metodologia.
Basta observar que se um técnico prefere programar em lista de instruções, então ele terá
que procurar CLP's que sejam compatíveis com essa liguagem de programação.
Resumo
Autoavaliação
Para cada motor deve haver 2 botoeiras (uma para ligar e outra para
desligar).
Apresentação
Nesta aula, veremos o ambiente de programação para CLP's. Para isso temos como
referência o CLP SIMATIC S7-1200 da Siemens, assim como sua ferramenta de
programação, o TIA Portal. Daremos início à linguagem de programação em Ladder, suas
funcionalidades e principais blocos funcionais (blocos de contato, temporizadores,
bobinas, etc) de um CLP.
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Desejamos bons estudos e que vocês possam se dedicar à disciplina para apreensão dos
conteúdos e obtenção de dados satisfatórios na aprendizagem. Boa sorte!
Vamos lá?
Objetivos
Introdução
Nesta aula, veremos uma programação em Ladder mais aprofundada, com exemplos de
acionamentos eletrônicos que compõem as máquinas industriais em geral, utilizando-se a
plataforma Siemens, o TIA Portal, um “software de automação integrada” da Siemens.
Vale salientar que cada fabricante disponibiliza um software de programação para seu
respectivo CLP, portanto você poderá baixar outros softwares que julgar ser mais
apropriados.
Lembrando que os exemplos aqui abordados irão requerer por parte do programador um
raciocínio lógico maior, tendo em vista que os exemplos serão característicos de
operações que acontecem na prática (exemplos de aplicações industriais), para tanto é
preciso “vislumbrar” uma situação e desenvolver a programação.
Para cada situação é possível mais de uma solução no método de programação, ou seja,
no desenvolvimento do Ladder é possível que o programa de execução tenha mais de
uma solução para o sistema a ser automatizado. Por exemplo: para fazermos um sistema
básico de “liga/desliga” de uma lâmpada, foi possível observar que podemos fazer uma
programação em Ladder utilizando uma bobina simples, bem como podemos utilizar duas
bobinas, uma SET e outra RESET, para o mesmo objetivo (ligar e desligar uma lâmpada),
vai depender do “raciocínio lógico do programador”.
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Sistema Totalmente Integrado Siemens (TIA Portal)
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Após isso será mostrada a tela da figura 2. Nela será criado nosso primeiro projeto, então
precisaremos dar um nome a ele. Para criar o nosso projeto clique em “create new
project” e crie um projeto com o nome “Acionamento1” e aperte o botão “Create”.
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Sendo assim, foi criado o projeto “Acionamento1” e em seguida será aberta a tela da
figura 3, a qual para esse primeiro momento iremos iniciar a programação em ladder.
Portanto, é suficiente selecionar a opção “PLC programming”.
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Será aberta uma nova tela de “Organizador de blocos” (OB), é nessa tela que ficará
armazenada nossa aplicação em Ladder.
Na abertura da tela é mostrado o primeiro OB com o nome “main”. Com o botão direito do
mouse renomeie o bloco para “Exemplo 1” (conforme mostra a figura 4) e dê um duplo
clique.
59
E finalmente chegamos ao ambiente de programação Ladder do TIA Portal (figura 5).
Observe a barra de alimentação, os blocos de contatos, bobinas, derivações,
temporizadores, contadores, menu “instructions”, etc.
60
Exemplo 1: Acionamento simples de um motor
Para “OB exemplo 1” será feito o acionamento simples de um motor, onde ao pressionar
“B1𝐵1” o motor deve ligar e “B0𝐵0 desliga o motor. Indique quando o motor estiver ligado
com um sinalizador.
Veja que para o exemplo precisaremos de duas entradas (liga e desliga) e duas saídas
(motor e sinalizador). Por isso é importante fazer essa dedução. Esse exemplo é
mostrado na figura 6.
Para montar o circuito selecione o bloco desejado “clique, segure e arraste até o local
indicado na figura 6”. Começamos por B0𝐵0 (contato fechado) em seguida B1𝐵1 (contato
aberto), depois o motor e o sinalizador (representados pelas bobinas de saída do CLP)
juntamente com seu “selo” para mantê-lo ligado (contato aberto da bobina do motor em
paralelo com B1𝐵1).
Observe também as interrogações em vermelho em cima de cada bloco de contato. O
CLP neste momento não compreende quem é B0𝐵0, B1𝐵1, o motor, o sinalizador e a
retenção. Para isso, temos que “colocar um endereço” indicando quem é quem. Essa
ação chama-se “colocar Tags”. Tags nada mais é que um endereçamento entre os blocos
61
de contatos utilizados e o hardware do CLP (interfaces de entradas, saídas, etc), ou seja,
temos que dizer ao contato B0 que ele está relacionado com a entrada do CLP para
poder completar as ligações existentes na programação Ladder.
Conforme a tela da figura 7, vá ao campo “<add new>” e insira as tags conforme a figura
8. Observe o detalhe referente tanto às entradas (B0𝐵0 e B1𝐵1) quanto às saídas
necessárias (motor e sinalizador). Para alterar o campo “Address” basta clicar nele que
serão mostradas as suas configurações.
62
Figura 08 - Detalhe da criação de tags bem como suas configurações.
Lembrando que para esse exemplo foi necessário usar 2 entradas ( e ) e 2 saídas ( e ).
Com as tags criadas volte à tela do OB1 no menu “Acionamento 1”, em seguida dê um
duplo clique em cada interrogação e enderece as tags criadas com as interfaces e pronto.
O circuito terá o aspecto da figura 9. Em seguida salve o programa.
63
Figura 09 - Solução final do exemplo 1 para acionamento simples de um motor.
Portanto, conforme a figura 9, lê-se: “Ao pressionar o botão B1 o motor “liga” fechando
seu “contato de selo” o qual possibilita que o operador solte o botão B1. Juntamente
como o motor, o sinalizador “liga” também devido à sua ligação em paralelo. Quando o
operador quiser parar o motor basta pressionar o botão B0 que interromperá o fluxo de
sinal entres as linhas do programa, desenergizando todo o circuito”.
Outra solução para esse exemplo é utilizarmos bobinas de SET e RESET conforme a
figura 10. Veja que é outra opção de programação para a mesma solução do exemplo 1.
64
Figura 10 - Solução do exemplo 1 com boinas SET e RESET.
Agora que foi desenvolvido o ladder do exemplo 1 precisamos executá-lo. Para isso, é
necessário conectar o CLP (Siemens Simatic S7-1200) ao computador e em seguida
fazer as ligações pertinentes ao seu acionamento, ou seja, as conexões das entradas e
também das saídas.
Observação
Feche o programa TIA portal e abra-o novamente. De acordo com a tela da figura 2,
vamos abrir o projeto “Acionamento1” (Open). Após isso, recairemos novamente na tela
da figura 3. Desta vez vamos selecionar a opção “Devices & networks”. Então surgirá uma
nova tela (figura 11) em que mostra o hardware (CLP) instalado
65
Figura 11 - Tela para adicionar o Hardware do CLP Simatic S7-1200.
Selecione a opção “Add new device”, dê um nome ao PLC_1, e observando nosso CLP
vemos que se trata de um Simatic S7-1200 cuja CPU é 1214 DC/DC/DC - 6ES7214-
1AG31-0XB0, como mostra a figura 12. Selecione-o e clique em “Add”.
66
Figura 12 - Instalação do hardware S7-1200, de acordo com a CPU.
Quando aparecer a tela da figura 13, clique no conector RJ45, em seguida na parte
inferior no menu “PROFINET interface” coloque o IP do CLP (192.168.1.70) e em seguida
na parte superior da tela selecione “Download to device”.
67
Figura 13 - Detalhe da configuração do IP do dispositivo.
Após o download do dispositivo, surge a tela da figura 14. Configure-a de acordo com o
ilustrado. Em seguida aperte em “Start seach”. Assim, aparecerá o hardware instalado, ou
seja, o CLP adicionado. Selecione-o e aperte em “Load”.
68
Figura 14 - Tela de configuração do endereço do CLP.
Pronto, o CLP foi configurado. Agora falta carregar o programa dentro da CPU do CLP.
Para isso abra o projeto “Exemplo 1” e novamente clique em “download to device” de
acordo com a tela da figura 15. Observe nas mensagens que não foi gerado nenhum erro
e que o download do projeto “Exemplo 1” foi feito com sucesso.
69
Figura 15 - Tela de download bem-sucedido.
Coloque o programa em “modo RUN” através do ícone mostrado na figura 16, em seguida
selecione “Go online” e terás uma simulação online do programa. Isso quer dizer que
qualquer mudança de estado das entradas e/ou saídas será mostrada nesta tela.
Chamo atenção para as “bolinhas verdes” em destaque para dizer que o “OB Exemplo 1”
está em execução.
Portanto, para cada projeto a ser criado é mais prudente fechar esse projeto, pois, do
contrário, poderá ocorrer conflito de tags, blocos de contatos, saídas, etc.
Faremos agora outro acionamento simples, onde o motor, desta vez, só ligará
pressionando os Botões B1𝐵1 e B2𝐵2 simultaneamente. B0𝐵0 desliga o motor. E o
mesmo deverá ter um sinalizador indicando que está ligado.
Veja que precisaremos de mais uma entrada para o B2𝐵2.
Para a solução criaremos um novo projeto com o nome “Acionamento2”. Para isso clique
em “Portal view” no canto inferior esquerdo, conforme figura 16. No menu “Start”, crie o
novo projeto “Acionamento2”, em seguida, conforme a figura 17, selecione novamente a
opção “PLC programing”. Nomeie o organizador de blocos como “Exemplo 2”, dê um
duplo clique e pronto. Estamos diante do novo ambiente para desenvolvimento do
exemplo 2, conforme mostra a figura 18.
71
Figura 17 - Tela de detalhe para criação de novo projeto.
72
Figura 18 - Ambiente de programação para o exemplo 2.
73
Figura 19 - Comando para acionamento do Exemplo 2.
Atente ao detalhe que desta vez, se for pressionado apenas B1𝐵1, o motor não irá partir.
Para isso o operador terá que pressionar B1𝐵1 e B2𝐵2 ao mesmo tempo. Só assim o
motor entra em funcionamento.
74
a. Obrigatoriamente a “esteira 3” liga primeiro através de B1𝐵1;
b. A “esteira 2” liga em seguida através de B2𝐵2;
c. A última esteira a ligar é a “esteira1” através de B3𝐵3;
d. B0𝐵0 desliga todas as esteiras simultaneamente;
e. Não são necessários sinalizadores;
f. O projeto deve ter o nome “Acionamento3”, OB “Exemplo 3” e montado conforme a
figura 21.
75
Figura 21 - Tela com o comando para acionamento do sistema de carga e descarga.
O que garante que a esteira 3 entre primeiro são os blocos de contatos abertos (da
bobina) da esteira 3 em série com as bobinas das esteiras 1 e 2.
Da mesma forma o bloco de contato aberto da esteira 2 em série com a bobina da esteira
1 garante que a última esteira a entrar de fato é a esteira 1. Essas condições são
essenciais e importantes para a condição estabelecida no esquema de funcionamento do
sistema.
Portanto, quando estiver no modo simulação observe que por mais que pressione as
botoeiras B2 ou B3 (considerando que B1 não está pressionado), percebe-se que as
bobinas não são energizadas devido os contatos abertos impedirem tal ação.
77
Figura 22 - Diagrama com o comando para funcionamento da máquina industrial.
78
Atente também para os “Intertravamentos” (indicados pelas setas) que ocorrem ao ligar o
compressor ou o sistema de aquecimento, pois ambos não funcionam simultaneamente, e
também o contato aberto do motor principal em série com a bobina do sistema de
aquecimento.
79
Figura 24 - Tela com o comando para acionamento do sistema elevador de carga e
descarga.
Observe os blocos de contatos fechados das chaves fim de curso tanto de subida quanto
de descida (em série com a bobina). Elas abrirão quando forem acionadas pelo elevador,
seja subindo ou descendo, abrindo seus contatos, desenergizando as respectivas
bobinas.
Atente também para os blocos de contato fechado de M1𝑀1 e M2𝑀2, ambos em série
com as bobinas, é chamado de “intertravamento”, pois impede que os motores sejam
ligados simultaneamente, ou seja, quando o motor M1𝑀1 for ligado ele abrirá o contado
fechado em série com a bobina do motor M2𝑀2 impedindo que mesmo por acidente o
motor seja ligado.
80
Exemplo 6: Controle de nível de um tanque
81
Figura 26 - Tela com o comando para acionamento do sistema manual/automático de um
tanque.
Observe que estamos usando uma mesma entrada para “dizer” ao CLP em que modo
está, se automático ou manual. Na prática essa seleção é feita através de uma “chave
seletora” que quando estiver ligada ela selecionará o modo desejado, tornando com isso
um sistema independente.
A montagem deste sistema, na prática, requer atenção do técnico tendo em vista a forma
embaraçosa em como os sensores de nível estão empregados.
Veja que para os exemplos vistos até agora suas soluções só envolveram blocos de
contatos e bobinas. No entanto existem máquinas que requerem tempos e contagem de
produtos, e para isso é necessário o incremento de relés temporizadores no diagrama
Ladder.
Temporizadores
82
Timers ou temporizadores são variáveis que simulam um temporizador físico ao qual você
pode definir a ativação desejada ou desativação de outra variável no âmbito do programa,
ou entradas e saídas físicas externas. São muito utilizados na rotina de programação de
CLP's.
O temporizador tipo TP
A figura 28 ilustra o bloco temporizador tipo TP, onde no campo PT coloca-se diretamente
a escala de tempo desejada, exemplo, 5s, 2min, etc.
83
Figura 28 - Imagem do bloco temporizador da siemens.
Para montar o circuito da figura 29, segue o mesmo raciocínio dos demais exemplos
vistos anteriormente: seleciona o temporizador TP no menu “Instructions” localizado no
lado direito, conforme a figura 30, clique no bloco e arraste até o local desejado. Após isso
84
é mostrado a tela da figura 31, se preferir, nomeie o temporizador, deixe a configuração
padrão e clique em “ok”.
85
Figura 31 - Tela de configuração do temporizador.
86
O temporizador tipo TON
87
A figura 33 ilustra o bloco temporizador tipo TON. Para selecioná-lo utiliza-se o mesmo
caminho que foi usado pelo temporizador TP.
Observe na figura 34 que temos o mesmo exemplo, só que desta vez utilizando o
temporizador TON. Observe que para manter o sinal ativo na entrada IN utilizamos um
relé auxiliar “aux” (%M0) do próprio CLP (variável interna) cuja função é manter uma
retenção do sinal. Logo, ao pressionar B1 a bobina no relé “aux” é ativada, fecha sua
retenção (bloco de contato em paralelo com B1) e com isso o temporizador é ativado.
Inicia-se a contagem do tempo (valor ajustado). Transcorrido o tempo, a saída “Q” vai
para ON e fica neste estado enquanto a entrada IN do temporizador estiver ativa.
Clicando em B0 a bobina do relé “aux” é desativada, desativando com isso o temporizador
e fazendo com que a saída “Q” vá para OFF.
88
Figura 34 - Acionamento simples com temporizador TON.
89
Figura 35 - Gráfico de operação do temporizador tipo TOF da Siemens.
A figura 36 ilustra o bloco temporizador tipo TOF. Para selecioná-lo segue o mesmo
raciocínio dos outros temporizadores.
90
Figura 37 - Exemplo de acionamento de um motor utilizando um temporizador tipo TOF.
91
A figura 39 ilustra o bloco temporizador tipo TONR. Atente para o contato de RESET.
Para selecioná-lo segue o mesmo raciocínio dos outros temporizadores.
92
Figura 40 - Exemplo de acionamento de um motor utilizando um temporizador tipo TONR.
Resumo
Esperamos que você tenha aproveitado bem esses apontamentos e tenha conseguido
colocar em prática as aplicações sugeridas. Em caso de dúvida reveja as figuras
presentes na aula e peça orientação ao seu Tutor.
93
Autoavaliação
94
Objetivos
Introdução
95
suporte para CLP's da Siemens, o que facilita o entendimento. Nesse ambiente
montaremos as interfaces (entradas e saídas) e seus sinais de tensões, a seguir
elaboraremos o programa e por fim simularemos.
Circuito Pisca-Pisca
Vamos desenvolver uma aplicação em ladder para um sistema tipo pisca-pisca, conforme
mostra a figura 1, com o intuito de entendermos um circuito com “ciclo fechado”, e
também para perceber como funcionam sistemas que estão intertravados ou interligados,
já que um depende do outro para funcionar.
96
Para o desenvolvimento do ladder vamos fazer um pouco diferente agora. Vamos inserir
comentários, bem como fragmentar a programação para futuras organizações. Para isto o
programa nos dá a possibilidade de criarmos vários ambientes de programação. Portanto,
no espaço da “network 1” vamos fazer o sistema de “Start” e “Stop”, fazendo o comentário
de partida e parada, conforme mostra a figura 2.
Note que estamos usando um relé auxiliar (com retenção) para ativar e desativar os
temporizadores que farão a função pisca.
97
Circuito Pisca-Pisca - pt.2
Depois de montado o sistema, feito o download para o CLP e colocado o CLP no modo
“online”, o sistema funcionará da seguinte maneira:
Quando o contato aberto do relé auxiliar fechar, o temporizador %DB1 ativará a lâmpada
1 (conforme mostra a figura 4). Neste mesmo instante o contato fechado do temporizador
%DB1 será aberto garantindo que o sistema inicie sem que o temporizador %DB2 seja
ativado.
98
Após a contagem do tempo de %DB1 a lâmpada 1 será desativada e o contato fechado
(outrora aberto) do intertravamento é quem ativará %DB2 ativando a lâmpada 2 e abrindo
o intertravamento em %DB1, conforme mostra a figura 5.
E por último, após o tempo da lâmpada 2 ativada, ela apagará e iniciará um novo ciclo
dando um pulso no temporizador %DB1 e assim consecutivamente até que o botão de
stop seja acionado.”
99
Agora vejamos a solução do sistema pisca-pisca no ambiente de programação do
Automation Studio, conforme a figura 6. Neste caso não foi necessário “seccionar” a
programação:
Observação
Para realizar uma programação no Automation Studio temos que “montar” um sistema
básico formado por um bloco de entradas conforme a figura 7, e um bloco de saídas
conforme a figura 8, com suas devidas alimentações de sinais. Em seguida, esse software
permite simular o programa desenvolvido.
Veja também que foi utilizado o mesmo modelo de temporizador utilizado no TIA Portal
(tipo TP).
100
Figura 08 – Bloco de saídas com 8 saídas digitais.
101
Circuito de um Semáforo Simples
Agora que já sabemos como trabalhar em sistemas com ciclos fechados, vamos
desenvolver uma aplicação em ladder para acionar um semáforo simples, conforme
mostra a Figura 9 abaixo.
Bom, esse está mais fácil, tendo em vista que todos nós sabemos como é o
funcionamento de um semáforo, pois então vamos lá:
Para o semáforo iremos utilizar três temporizadores do tipo TP (%DB1 para o vermelho,
%DB2 para o verde e %DB3 para o amarelo), duas botoeiras (start e stop) e dois relés
auxiliares, contudo montemos o circuito conforme mostra a figura 10.
102
Figura 10 - Detalhe da montagem dos contatos e temporizadores do semáforo simples.
Observe que desta vez estamos utilizando duas retenções (Aux1 e Aux2) para manter os
sinais ativos. Portanto:
“Ao pressionar start o semáforo é ativado iniciando pelo temporizador %DB1 que liga a
lâmpada vermelha e ativa a bobina de Aux1, bem como seus intertravamentos. Após 5s o
contato fechado do intertravamento ativa o temporizador %DB2, desligando o vermelho e
ligando a lâmpada verde.
103
Por sua vez, o verde ativa o segundo relé auxiliar (Aux2) para intertravar o temporizador
%DB3. Com isso, logo após a contagem do tempo a lâmpada verde apagará e ativará o
temporizador %DB3 da lâmpada amarela. É a lâmpada amarela que fechará o próximo
ciclo, através de seu contato fechado em série com a entrada do temporizador %DB1.
Para desligar o sistema utilizamos bobinas configuradas como reset, conforme mostra a
montagem da network 2 na figura 11. Observe que nessa network está a programação
para apenas desativar o sistema, ou seja, ele desativará todas as bobinas.”
104
Figura 12 - Sistema do semáforo simples implementado no Automation Studio.
Observação
Os blocos de entradas e saídas são os mesmos, porém desta vez foram usadas 4 saídas.
Contadores
105
Figura 13 - Imagem do bloco contador CTU da Siemens.
A saída “Q” fica desativada (OFF) enquanto a contagem não atinge o valor estabelecido
em “PV”. Quando a contagem chega ao valor de PV a saída Q é ativada e permanece
assim até que seja dado um pulso no contato “R”, conforme mostra o gráfico da figura 14.
Caso o contador continue a receber os impulsos para contagem, ele continuará contando,
mas sua saída “Q” não irá alterar seu estado, ou seja, ficará ativado.
Como exemplo observe a figura 15 que mostra quando uma saída é ativada depois de
executar uma contagem de 5 impulsos.
106
Figura 15 - Exemplo de aplicação para uma contagem utilizando o contador tipo CTU.
Portanto:
“Para iniciar uma nova contagem basta dar um pulso no botão “zera” e ele ficará
apto a iniciar uma nova contagem”.
107
Figura 16 - Imagem do bloco contador CTD da Siemens.
Como exemplo, conforme a Figura 18, veja a mesma aplicação, ou seja, deseja-se ativar
uma saída utilizando desta vez um contador do tipo decrescente (CTD).
108
Figura 18 - Exemplo de aplicação para uma contagem utilizando o contador tipo CTD.
Portanto:
“Para iniciar uma nova contagem basta dar um pulso no botão “zera” e ele ficará
apto a iniciar uma nova contagem”.
Sistema de Empacotamento
Vamos desenvolver uma aplicação em ladder para automatizar o processo de um sistema
de empacotar. Para isso faça de conta que uma empresa contratou você para fazer a
automação.
109
a. Modo Manual e modo automático;
i. Modo manual:
1. As esteiras funcionam de forma independente.
ii. Modo Automático:
1. Ao pressionar o botão “start” a esteira M1 aguarda a existência de
peça no sensor S1 e então liga;
2. Quando a peça chegar ao sensor S2 a esteira M1 desliga e liga então a
esteira M2, até que a peça passe pelo sensor S3;
3. Quando a peça passar pelo sensor S3 desliga a esteira M2 e conta
uma peça na caixa;
4. Ao final de 5 peças o processo para. Um operador retira a caixa cheia,
posiciona uma nova caixa para novamente encher de peças e
pressiona o botão “reiniciar” para uma nova contagem e, assim,
fechando o ciclo.
110
Figura 20 - Detalhe da programação do sistema de empacotamento com os ambientes (network's)
criados.
Observação
Veja que utilizamos a mesma entrada () para selecionar o modo manual ou automático.
Isto é importante para o desenvolvimento do programa.
Como modo de seleção utilizamos dois relés auxiliares ( e ) que representam Manual e
Automático, respectivamente.
111
Na network 2, conforme mostra figura 22, colocamos na programação as condições de
operação no modo automático.
112
Observação
Portanto, lê-se:
“Ao selecionar o modo Auto, o bloco de contato aberto de fecha dando permissão para que o
operador dê início ao processo. Ao pressionar o botão “start”, um relé auxiliar, , fecha uma
retenção que mantém o contato fechado e com isso fica aguardando o sinal do
S1𝑆1 para ligar a esteira 1.
sensor
Quando o sensor S1𝑆1 detecta uma caixa, ele dá um pulso de sinal para ativar o relé
auxiliar o qual envia o sinal para network 4 (mais abaixo) e por sua vez ligará a esteira 1.
Quando o sensor S2𝑆2 detecta a presença da caixa, ele desativará o relé auxiliar %M_{0,5}$,
que também envia o sinal para network 4, o qual ligará a esteira 2.
Com a esteira 2 ligada perceba que a peça irá passar pelo sensor S3𝑆3 antes de cair dentro
da caixa. Desta maneira, como o sensor S3𝑆3 está ligado ao contador, ele ficará encarregado
de contar as 5 peças. Fechando assim o primeiro ciclo.
Ao final da 5ª peça a saída “stop” () do contador é ativada, e seu contato fechado em série com
a bobina do relé auxiliar desligará o processo.
Para recomeçar outro empacotamento novamente, o operador pressiona o botão “reinicia”,
que ao mesmo tempo: dará um reset no contador e ativará a bobina do relé auxiliar .”
113
Figura 23 - Detalhe do ambiente de programação para resetar as bobinas de saídas.
Observação
O reset evita que o CLP, no caso de um desligamento, quando venha a religá-lo esteja
com alguma saída ativa. Para isso o operador pressiona o botão “reset” () para desativá-
las.
114
Figura 24 - Detalhe do ambiente de programação de acionamento das esteiras.
Observação
Perceba que para acionar as esteiras bastam que os respectivos contatos das bobinas
auxiliares sejam ativados. Lembrando que e são contatos cujos relés estão no ambiente
da network 2.
Já os contatos e pertencem aos relés auxiliares contidos no ambiente da network 5.
115
Observação
Da mesma maneira que foi visto no modo automático, atente para o detalhe do contato
aberto do relé auxiliar, lá da network 1. É esse contato que dará permissão para que o
operador em uma eventual falha no processo possa acionar as esteiras de modo
independente, com o intuito de “limpar” o sistema, ou seja, em uma falha ele recolhe as
peças que porventura estejam em alguma esteira para, assim, reiniciar o processo
novamente.
Resumo
Autoavaliação
116
O misturador deve operar obedecendo às seguintes regras:
Apresentação
Nesse contexto, o Automation Studio versão 5.7 permite que sejam criadas “interfaces de
interação e operação”, ou seja, desenvolvimento de projetos que simulam uma condição
real. Para isso o Automation dispõe de uma vasta biblioteca de componentes comumente
usados tais como: Chaves, botoeiras, sinalizadores, medidores, etc.
Objetivos
118
Introdução
Como foi visto nas aulas passadas, para o desenvolvimento de todo e qualquer projeto de
automação é importante que se conheça como a planta ou o projeto irá funcionar, ou seja,
quais as perspectivas de trabalho, pois só assim temos condições de iniciar a automação
bem como a programação do CLP em Ladder, evidentemente.
Em todos eles a interface está pronta para operação. É como se toda a estrutura
mecânica, elétrica e pneumática estivesse pronta e montada e que, para entrar em
operação, tenhamos que desenvolver a aplicação em Ladder e carregá-lo no CLP.
Relembramos que as aplicações mostradas aqui poderão ter mais de uma solução,
portanto o Ladder desenvolvido aqui é uma sugestão de aplicação, ou seja, é normal que
um programador desenvolva uma programação diferente. De certo modo isso é salutar,
pois mostra que você está evoluindo no quesito “desenvolvimento da lógica Ladder”.
119
Figura 01 - Sistema de transporte de objetos com esteira.
Componentes do projeto:
O propósito deste projeto é que a caixa fique deslocando direta e reversamente de modo
contínuo em um ciclo fechado. Para o desenvolvimento do projeto precisamos montar a
estrutura de programação Ladder que é composta de:
120
Figura 02 - Módulo de entrada com 8 entradas digitais;
121
Figura 04 - Ambiente de programação Ladder (Rung)
122
Figura 05 - Layout do projeto Esteira de transporte de objetos.
Para montagem dos blocos de contatos e bobinas temos o menu do Automation Studio,
conforme a Figura 6. É esse menu que contém os blocos de contatos que vamos utilizar
para este projeto.
123
Figura 06 - Menu de contatos para montagem dos blocos.
124
1º Passo:
Perceba pelo Layout que existe um fim de curso (Conv_Initial) que já está ativado e, neste
caso, para não correr o risco de o sistema iniciar com a esteira ligada, vamos utilizar uma
saída auxiliar que não esteja sendo utilizada. Assim, montaremos a primeira linha de
comando conforme a Figura 7:
Observação:
Como foi visto em outras aulas, para colocar um bloco basta selecioná-lo de contato clicar
e arrastar para dentro do “Rung”.
Quando colocamos um bloco no “Rung” verifique que ele vem sem a “Tag”. Portanto para
colocar uma “Tag”, basta dar um duplo clique no bloco e selecionar a Tag correspondente
à sua finalidade e clicar em “Apply” (aplicar) e “close”, conforme mostra a Figura 8.
125
Figura 08 – Tela para seleção da “Tag” do bloco de contato.
2º Passo:
Vamos acrescentar ao “Rung” a segunda linha do programa. Ela será responsável por
colocar a esteira em funcionamento desde que a caixa esteja na posição inicial, ou seja,
com o fim de curso “Conv_Initial” ativado. Portanto, vamos montar a segunda linha
conforme a Figura 9, com todas suas “Tag’s”.
126
Figura 09 - Linha de comando que ativa o funcionamento da esteira.
3º Passo:
Vamos também acrescentar a terceira e última linha. Ela será a responsável pela inversão
do sentido de rotação quando a caixa tocar no fim de curso “Conv_End”. Veja que a
terceira linha, assim como a segunda, também depende do contato NA da bobina auxiliar
(OUT 7). Contudo, vamos montar a terceira linha conforme mostra a Figura 10.
127
Pronto, finalizamos a aplicação. Para simulação, vá ao menu e clique no botão “Normal
Simulation”, conforme mostra a Figura 11.
128
Sistema de Carregamento de Peças
129
Ao pressionar o botão “Start”, a caixa se desloca no sentido direto, de acordo com
a condição do fim de curso “Conv_Initial” até que o sensor “Conv_Pos1” detecte a
presença da caixa;
1º Passo:
130
2º Passo:
Vamos iniciar o Ladder no ambiente “Rung” conforme mostra Figura 15, com a condição
de partida e parada do sistema. Para isso, utilizaremos uma saída como relé auxiliar (uma
saída que não esteja sendo usada), neste caso OUT 3.
3º Passo:
A segunda linha será responsável pela partida inicial da esteira no sentido direto.
Conforme mostra a Figura 16, atente para os contatos fechados dos sensores, pois serão
eles que irão parar a esteira para descarregamento. Outro detalhe são os contatos
abertos do botão de “Start” do fim de curso e da retenção, serão estes que manterão a
esteira ligada no sentido direto.
131
Figura 16 - 2ª linha do programa Ladder responsável pela partida inicial da esteira.
4º Passo:
Veja que os sensores irão desligar a esteira quando detectarem a caixa. Portanto, no
momento da parada precisamos iniciar uma contagem de tempo. Para isso, conforme
mostra a Figura 17, vamos utilizar um temporizador ON-Delay Timer (S_ODT) para
contar o tempo de 5s. Como os tempos de paradas são iguais, basta um temporizador
para as duas paradas. Veja que quem vai iniciar a contagem de tempo será os contatos
abertos dos sensores, cada um ao seu tempo.
132
Figura 17 - Configuração da 3ª linha com a inserção do temporizador e sua configuração.
5º Passo:
Neste momento a caixa irá parar nos sensores que, por sua vez, contarão o tempo de
descarregamento de cada um, depois a caixa seguirá em frente até o fim de curso final
“Conv_End”. Considerando que este 5º passo objetiva fazer a caixa voltar ao bater no fim
de curso (“Conv_End”), vamos colocar uma terceira linha para contemplar essa ação,
conforme mostra a Figura 18.
133
Figura 18 - 4ª linha da programação Ladder que é responsável pelo retorno da caixa após
carregamento.
Feito o passo a passo, basta simular o projeto e observar seu funcionamento, conforme
a Figura 19.
134
Figura 19 - Simulação do projeto final do sistema de carregamento de peças.
135
Figura 20 - Layout de um sistema de encaixotamento de caixas.
2 cilindros pneumáticos A e B;
Passo a Passo
1º Passo:
136
Figura 21 - Montagem e configuração do ambiente de programação Ladder.
2º Passo:
Vamos utilizar a mesma ideia desenvolvida nas outras aplicações. Uma bobina auxiliar
para partida e parada do sistema, portanto vamos montar no “Rung” a linha de
programação conforme mostra a Figura 22.
137
3º Passo:
4º Passo:
Uma vez que o cilindro A avançou, ele levou uma caixa para que o cilindro B empurre-a
para o recipiente. Portanto, uma vez que o cilindro A Chegou no sensor “CIL_A_OUT”,
precisamos avançar o cilindro B e retornar o cilindro A. Então vamos programar a 3ª e a
4ª linha do Ladder para fazer tais ações, conforme mostra a Figura 24.
138
Figura 24 - Programação da 3ª e 4ª linha do Ladder que fará o cilindro A retornar e o
cilindro B avançar.
5º Passo:
Até aqui o cilindro A avançou juntamente com a caixa, o cilindro B empurrou-a para o
recipiente, o cilindro A, por sua vez, recuou, falta agora o cilindro B também recuar para
que dê início a um novo ciclo. Para isso, vamos programar a 5ª e última linha do
programa Ladder, conforme mostra a Figura 25. Essa linha será responsável tanto pelo
recuo do cilindro B quanto pelo início de um novo ciclo.
139
Figura 25 - Linha do programa que retornará o cilindro B e iniciará um novo ciclo.
140
Figura 26 - Simulação do projeto final de um sistema de encaixotamento de caixas.
Resumo
141
Autoavaliação
142