Você está na página 1de 47

UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SÃO FRANCISCO

COLEGIADO DE MEDICINA
Categoria: Aula-seminário da disciplina Neuroanatomia
Apresentação: Brenda Souza Teixeira, Gabriel Abenui Rodrigues, Gabriela Maciel
Buarque Portela Silva, Ilane Souza Costa, Victor Hugo Ferreira Rêgo.

Colegiado de Medicina, Campus Petrolina, Av. José de Sá Maniçoba, s/n – Centro CEP: 56304-917 –
Petrolina/PE, Março 2018
VIAS EFERENTES
Brenda Teixeira, Gabriel Abenui, Gabriela Maciel, Ilane Souza, Victor Hugo Ferreira, Petrolina/PE 2018 3

Generalidades
GRANDES VIAS EFERENTES

VIAS VIAS
EFERENTES EFERENTES
SOMÁTICAS VISCERAIS

• Põem em comunicação os centro


suprassegmentares do sistema nervoso com os
órgãos efetuadores;
Brenda Teixeira, Gabriel Abenui, Gabriela Maciel, Ilane Souza, Victor Hugo Ferreira, Petrolina/PE 2018 4

Vias Eferentes Somáticas


• Controlam a atividade dos músculos estriados
esqueléticos;
• Movimentos voluntários ou automáticos, tônus e
postura;
• Várias vias projetam-se direta ou indiretamente dos
centros motores superiores para o tronco
encefálico e a medula;
• Dividem-se em: vias piramidais e vias
extrapiramidais (passagem ou não pelas
pirâmides bulbares no trajeto até a medula);
Brenda Teixeira, Gabriel Abenui, Gabriela Maciel, Ilane Souza, Victor Hugo Ferreira, Petrolina/PE 2018 5

Vias Eferentes Viscerais

• Músculo liso, músculo cardíaco ou glândulas;


• Regulam o funcionamento das vísceras e vasos;
• Manutenção da homeostase;
• Impulsos nervosos neurônios pré-
ganglionares neurônios pós-ganglionares

vísceras
• Áreas de controle: hipotálamo e sistema límbico;
Brenda Teixeira, Gabriel Abenui, Gabriela Maciel, Ilane Souza, Victor Hugo Ferreira, Petrolina/PE 2018 6

Diferenças Anatômicas

• VIAS EFERENTES VISCERAIS


o Neurônio pré ganglionar (corpo celular na medula ou
tronco encefálico);
o Neurônio pós ganglionar (corpo celular no gânglio);

• VIAS EFERENTES SOMÁTICAS


o Neurônio motor;
Brenda Teixeira, Gabriel Abenui, Gabriela Maciel, Ilane Souza, Victor Hugo Ferreira, Petrolina/PE 2018 7
Brenda Teixeira, Gabriel Abenui, Gabriela Maciel, Ilane Souza, Victor Hugo Ferreira, Petrolina/PE 2018 8

Vias Eferentes Viscerais


• VIA INDIRETA:
o O hipotálamo e sistema límbico ligam-se por meio de
circuitos da formação reticular (através do trato
reticuloespinhal) aos neurônios pré ganglionares;

• VIAS DIRETAS:
o O hipotálamo liga-se aos neurônios pré ganglionares do
tronco encefálico e da medula (fibras hipotálamo
espinhais e hipotálamo nucleares);
Brenda Teixeira, Gabriel Abenui, Gabriela Maciel, Ilane Souza, Victor Hugo Ferreira, Petrolina/PE 2018 9

Vias Piramidais
• Trato Córtico-Espinhal
o Une o córtex cerebral aos neurônios motores da
medula;
o Trajeto das fibras: área 4, coroa radiata, perna posterior
da cápsula interna, base do pedúnculo cerebral, base
da ponte, piramide bulbar;
o O trato córtico lateral é o mais importante;
o Na maioria dos mamíferos, as fibras motoras do trato
córtico-espinhal terminam na sub. Cinzenta com
interneurônios;
Brenda Teixeira, Gabriel Abenui, Gabriela Maciel, Ilane Souza, Victor Hugo Ferreira, Petrolina/PE 2018 10
Brenda Teixeira, Gabriel Abenui, Gabriela Maciel, Ilane Souza, Victor Hugo Ferreira, Petrolina/PE 2018 11

Vias Piramidais

• Trato Córtico-Espinhal
oPrincipal função: motora somática;
Brenda Teixeira, Gabriel Abenui, Gabriela Maciel, Ilane Souza, Victor Hugo Ferreira, Petrolina/PE 2018 12

Sinal de Babinski
Brenda Teixeira, Gabriel Abenui, Gabriela Maciel, Ilane Souza, Victor Hugo Ferreira, Petrolina/PE 2018 13

Vias Piramidais

• Trato Córtico-Nuclear
o Transmite impulsos aos neurônios motores do tronco
encefálico;
o Controle voluntário dos nervos cranianos;
o As fibras originam-se na área 4 -> joelho da cápsula
interna e tronco encefálico;
o Eferente somática (III, IV, VI e XII) e eferente visceral
especial (V e VII);
Brenda Teixeira, Gabriel Abenui, Gabriela Maciel, Ilane Souza, Victor Hugo Ferreira, Petrolina/PE 2018 14
Brenda Teixeira, Gabriel Abenui, Gabriela Maciel, Ilane Souza, Victor Hugo Ferreira, Petrolina/PE 2018 15
Brenda Teixeira, Gabriel Abenui, Gabriela Maciel, Ilane Souza, Victor Hugo Ferreira, Petrolina/PE 2018 16

Vias extrapiramidais
• Onde estruturas supra-espinhais exercem
influência sobre os neurônios motores;
• Formada por:
o Trato ruboespinhal: origina no núcleo rubro;
o Trato tetoespinhal: origina no teto-mesencefálico;
o Trato vestibuloespinhal: origina nos núcleos
vestibulares;
o Trato retículoespinhal: origina na formação reticular;
• Os núcleos vestibulares não possuem aferências
corticais;
Brenda Teixeira, Gabriel Abenui, Gabriela Maciel, Ilane Souza, Victor Hugo Ferreira, Petrolina/PE 2018 17

Vias extrapiramidais

• Trato ruboespinhal:
o Bem desenvolvido nos animais;
o Junto ao trato córtico-espinhal lateral controlam
motricidade voluntária dos músculos distais dos
membros;
Brenda Teixeira, Gabriel Abenui, Gabriela Maciel, Ilane Souza, Victor Hugo Ferreira, Petrolina/PE 2018 18

Vias extrapiramidais

• Trato tetoespinhal:
o Origem no colículo superior;
o Término nos segmentos mais altos da medula cervical;
o Reflexos da cabeça por estímulos visuais;
Brenda Teixeira, Gabriel Abenui, Gabriela Maciel, Ilane Souza, Victor Hugo Ferreira, Petrolina/PE 2018 19

Vias extrapiramidais

• Trato vestibuloespinhal:
o Manutenção do equilíbrio;
Brenda Teixeira, Gabriel Abenui, Gabriela Maciel, Ilane Souza, Victor Hugo Ferreira, Petrolina/PE 2018 20

Vias extrapiramidais

• Trato retículoespinhal:
o Recebe informações do cerebelo e córtex motor;
o Movimentos voluntários e automáticos;
o Suporte de movimentos delicados;
o Participa do controle de tônus e da postura;
o Participa no controle da marcha;
Brenda Teixeira, Gabriel Abenui, Gabriela Maciel, Ilane Souza, Victor Hugo Ferreira, Petrolina/PE 2018 21

Visão conjunta das vias Eferentes Somáticas

• Via eferente somática: estabelece a ligação das


estruturas nervosas suprassegmentares
relacionadas com a motricidade e os efetores -
músculos estriados esqueléticos;

Relembrando:

• Sistema nervoso segmentar: todo o sistema nervoso periférico, mais


aquelas partes do sistema nervoso central que estão em relação
direta com os nervos típicos, ou seja, a medula espinal e o troco
encefálico;
• Sistema nervoso suprassegmentar: cérebro e cerebelo;
Brenda Teixeira, Gabriel Abenui, Gabriela Maciel, Ilane Souza, Victor Hugo Ferreira, Petrolina/PE 2018 22

Visão conjunta das vias Eferentes Somáticas

• Principais estruturas
relacionadas com a
motricidade somática:
o Córtex motor;
o Cerebelo;
o Corpo estriado;
o Núcleos motores do tronco
encefálico;
o Medula espinhal (coluna
anterior, funículos laterais e
anteriores);
Brenda Teixeira, Gabriel Abenui, Gabriela Maciel, Ilane Souza, Victor Hugo Ferreira, Petrolina/PE 2018 23

Visão conjunta das vias Eferentes Somáticas

• Principais vias de projeção


sobre o neurônio motor:
o Cerebelo vias do
tálamo córtex cerebral
o Cerebelo vias núcleos
vestibulares Neurônio
motor
o Cerebelo vias núcleo
rubro Neurônio motor
o Cerebelo formação
reticular Neurônio motor
Brenda Teixeira, Gabriel Abenui, Gabriela Maciel, Ilane Souza, Victor Hugo Ferreira, Petrolina/PE 2018 24

Visão conjunta das vias Eferentes Somáticas

• Principais vias de projeção


sobre o neurônio motor:
o Corpo estriado Córtex
cerebral
o Córtex cerebral vias
corticorubroespinal
Neurônio motor
o Córtex cerebral  vias
corticoretículoespinhal
Neurônio motor
Brenda Teixeira, Gabriel Abenui, Gabriela Maciel, Ilane Souza, Victor Hugo Ferreira, Petrolina/PE 2018 25

Visão conjunta das vias Eferentes Somáticas

• Relação fibras nervosas eferentes somáticas- músculo


esquelético se dar por meio de estruturas especializadas: as
placas motoras;

Na placa motora as terminações


axônicas emitem finos ramos contendo
pequenas dilatações: os botões
sinápticos, de onde são liberados os
neurotransmissores.
Brenda Teixeira, Gabriel Abenui, Gabriela Maciel, Ilane Souza, Victor Hugo Ferreira, Petrolina/PE 2018 26
Brenda Teixeira, Gabriel Abenui, Gabriela Maciel, Ilane Souza, Victor Hugo Ferreira, Petrolina/PE 2018 27

Visão conjunta das vias Eferentes Somáticas

• Um neurônio motor da coluna anterior da medula espinhal


do homem pode receber 1500 botões sinápticos;

• Portanto, o neurônio motor constitui a via motora final


comum de todos os impulsos que agem no m. estriado
esquelético. Se um potencial de ação vai ou não ser
disparado, depende do balanço entre os impulsos
excitatórios e inibitórios que aguem sobre ele;
Brenda Teixeira, Gabriel Abenui, Gabriela Maciel, Ilane Souza, Victor Hugo Ferreira, Petrolina/PE 2018 28

Visão conjunta das vias Eferentes Somáticas


Brenda Teixeira, Gabriel Abenui, Gabriela Maciel, Ilane Souza, Victor Hugo Ferreira, Petrolina/PE 2018 29

Organização do Movimento Voluntário


Brenda Teixeira, Gabriel Abenui, Gabriela Maciel, Ilane Souza, Victor Hugo Ferreira, Petrolina/PE 2018 30

Organização do Movimento Voluntário


• Dividido em:
o Etapa de preparação;
o Etapa de elaboração de um programa motor;
o Etapa de execução;

• Etapa de preparação (planejamento):


o Envolve córtex associativo em integração com o
cerebelo e o corpo estriado
o Potenciais de preparação- ativados antes do início do
movimento.
Brenda Teixeira, Gabriel Abenui, Gabriela Maciel, Ilane Souza, Victor Hugo Ferreira, Petrolina/PE 2018 31

Organização do Movimento Voluntário


Brenda Teixeira, Gabriel Abenui, Gabriela Maciel, Ilane Souza, Victor Hugo Ferreira, Petrolina/PE 2018 32

Organização do Movimento Voluntário

• Etapa de elaboração de um programa motor


(tática):
o Envolve a área motora primária, área pré-motora do
córtex e as ligações diretas e indiretas com os
neurônios motores;
o Os estímulos podem ir diretamente para os neurônios
motores ou podem passar primeiro no cerebelo;
Brenda Teixeira, Gabriel Abenui, Gabriela Maciel, Ilane Souza, Victor Hugo Ferreira, Petrolina/PE 2018 33

Organização do Movimento Voluntário


Brenda Teixeira, Gabriel Abenui, Gabriela Maciel, Ilane Souza, Victor Hugo Ferreira, Petrolina/PE 2018 34
Brenda Teixeira, Gabriel Abenui, Gabriela Maciel, Ilane Souza, Victor Hugo Ferreira, Petrolina/PE 2018 35

Organização do Movimento Voluntário


• Etapa de execução:
o Os neurônios corticais são ativados e determinam a contração de
alguns músculos na sequência certa via trato corticoespinhal;
Brenda Teixeira, Gabriel Abenui, Gabriela Maciel, Ilane Souza, Victor Hugo Ferreira, Petrolina/PE 2018 36

Organização do Movimento Voluntário


• Etapa de ajuste:
o No início do movimento toda a nossa maquinaria
sensorial vão gerar estímulos que sobem pelo trato
espinocerebelares e levam as informações das
características do movimento para a zona intermédia
do cerebelo;
o No cerebelo vão ser feitas comparações entre os
estímulos mandos para serem executados e o que de
fato está sendo efetuado;
o Essa correção vai ficar acontecendo varias vezes para
que o movimento seja preciso e coordenado;
Brenda Teixeira, Gabriel Abenui, Gabriela Maciel, Ilane Souza, Victor Hugo Ferreira, Petrolina/PE 2018 37

Organização do Movimento Voluntário


Brenda Teixeira, Gabriel Abenui, Gabriela Maciel, Ilane Souza, Victor Hugo Ferreira, Petrolina/PE 2018 38

Organização do Movimento Voluntário

• O trato reticuloespinhal pontinho mantém o indivíduo


na postura ereta imóvel, atuando sobre a musculatura
antigravitacional;

• Participação de vários setores do sistema nervoso,


não só da porção eferente somática, mas de outras
regiões relacionadas ao processamento das
informações sensitivas e sua integração com as vias
motoras, além de memória, atenção e até mesmo das
emoções;
Brenda Teixeira, Gabriel Abenui, Gabriela Maciel, Ilane Souza, Victor Hugo Ferreira, Petrolina/PE 2018 39

Organização do Movimento Voluntário


• Aprendizado motor:
o Toda a informação gerada vai ser usada para melhorar
a execução de movimentos futuros semelhantes;
o Responsabilidade do cerebelo;
Brenda Teixeira, Gabriel Abenui, Gabriela Maciel, Ilane Souza, Victor Hugo Ferreira, Petrolina/PE 2018 40

Movimentos oculares
• Nervos:

Abducente Troclear Oculomotor

• Estímulos:
Colículo Superior Movimentos horizontais
Formação Reticular Movimentos verticais
• Impulsos nervosos: Retina ou Córtex;

• Estímulos Vestibulares: Direção oposta;


Brenda Teixeira, Gabriel Abenui, Gabriela Maciel, Ilane Souza, Victor Hugo Ferreira, Petrolina/PE 2018 41

Locomoção
• Movimentos: Flexão e Extensão controlada a nível medular;
Medula e raizes dorsais
• Gatos
Substância cinzenta
Estímulos sensoriais e supramedulares
• Medula lombar: Manter movimentos automáticos e sem
qualquer estímulo;
• Circuitos neurais capazes de disparar potenciais de
ação espontaneamente na ausência de estímulos;
• Centro conduzido por outro centro locomotor situado no
mesencéfalo;
• Tratos reticuloespinhais: determinam o início, fim e
velocidade da locomoção;
Brenda Teixeira, Gabriel Abenui, Gabriela Maciel, Ilane Souza, Victor Hugo Ferreira, Petrolina/PE 2018 42

Locomoção

Secção da Medula
• Homem
Movimentos automáticos

Marcha reflexa
• Criança
Controle Supraespinhal: 1º ano de vida
Bípede: Controle do equilíbrio e da
marcha nos centros superiores
Brenda Teixeira, Gabriel Abenui, Gabriela Maciel, Ilane Souza, Victor Hugo Ferreira, Petrolina/PE 2018 43

Lesões das vias motoras


• Síndrome do Neurônio Motor Inferior
Lesões em neurônios motores inferiores, comuns na
poliomielite e lesões de neurônios na coluna anterior da
medula espinal, causam paralisia com perda dos reflexos e do
tônus muscular (paralisia flácida), seguindo-se após um tempo
hipotrofia dos músculos inervados pelas fibras motoras
destruídas.
• Síndrome do Neurônio Motor Superior
Lesões em neurônios motores superiores ocorrem com mais
frequência em AVCs que acometem a cápsula interna ou a
área motora do córtex e caracterizam-se por um rápido período
de paralisia flácida mas com súbita instalação de uma paralisia
espástica com hipertonia e hiperreflexia, com presença do sinal
de Babinski.
Brenda Teixeira, Gabriel Abenui, Gabriela Maciel, Ilane Souza, Victor Hugo Ferreira, Petrolina/PE 2018 44

Lesões das vias motoras

LESÃO DE NEURÔNIO MOTOR LESÃO DE NEURÔNIO MOTOR


SUPERIOR: INFERIOR:
• Paresia/Paralisia • Paresia/Paralisia
• Espasticidade • Hipotonia
• Hiperreflexia • Hiporreflexia/Arreflexia
• Automatismos • Atrofia muscular
• Hipoestesia/Anestesia • Hipoestesia/Anestesia
Brenda Teixeira, Gabriel Abenui, Gabriela Maciel, Ilane Souza, Victor Hugo Ferreira, Petrolina/PE 2018 45

Lesões das vias motoras


Brenda Teixeira, Gabriel Abenui, Gabriela Maciel, Ilane Souza, Victor Hugo Ferreira, Petrolina/PE 2018 46

Referências bibliográficas
• MACHADO, Angelo B.M.; HAERTEL, Lúcia Machado.
Neuroanatomia funcional. 3.ed. São Paulo: Atheneu,
2013.
Brenda Teixeira, Gabriel Abenui, Gabriela Maciel, Ilane Souza, Victor Hugo Ferreira, Petrolina/PE 2018 47

Obrigado!!!

Você também pode gostar