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3.1- Introdução
Definição
* Uma came (ou camo) é um elemento mecânico usado para
acionar outro elemento, chamado seguidor, por meio de contato
direto.
Capítulo 3- Cames
Características
* Simples => Projeto fácil;
* Mecanismo compacto;
* Permite obter praticamente qualquer movimento para o
seguidor;
* Consequências do projeto inadequado => Dificuldade de
fabricação e deficiência de funcionamento.
Utilização
• Acionamentos em geral;
Linhas de projeto
• Partindo do movimento desejado para o seguidor => Projeto do
perfil da came => Síntese;
referencial inercial.
Construção
Baixo ângulos de
pressão significa menor
taxa de desgaste
rb ângulo de pressão
Came de disco com seguidor de rolete deslocado
• Observações sobre o seu uso
- Concepção ou limitação de projeto;
- Aumento do ângulo de pressão => Curso de maior esforço;
- Consequência => Redução do âng. de pressão => Curso de menor esforço.
Came de disco com seguidor de face plana
• O procedimento é semlhante ao anterior com pequenas modificações.
Came de disco com seguidor de face plana
yi 1 yi
i tan
1
i 1, 2,3, , n 1
x
i 1 i x
1 y1 yn
n tan
x1 xn
i i
2
Came para seguidor de roletes – Método Analítico
• Passo 03: Determinar os ângulos
r r
i 0 cos i cos i 1 , 0 sin i sin i 1
2 2
sin 1 sin n
1 tan 1
cos 1 cos n
sin i sin i 1
i tan 1 i 1, 2,3, , n 1
cos i cos i 1
Came para seguidor de roletes – Método Analítico
Passo 04: Calcular as coordenadas Xi e Yi e dos ângulos de pressão.
X i xi r0 cos i
Yi yi r0 sin i
Ângulo de pressão
3
dx d dy d
2 2
dx d d 2 y d 2 dy d d 2 x d 2
2 Yi 1 Yi i 1
i i 1 i
1
xc 2 X i 1 X i
2 2 2 2
X X Y Y
yc 2 X i 1 X i 2 Yi 1 Yi X i21 X i2 Yi 21 Yi 2
X i X i 1 Yi 1 Yi X i 1 X i Yi Yi 1
Came para seguidor de roletes – Método Analítico
Raio de Curvatura
Came para seguidor planos – Método Analítico
R rb f
R y sin x cos
t y cos x sin
f Perfil de deslocamento
do seguidor
dR
t f
d
x R cos t sin
y R sin t cos
Came para seguidor planos – Método Analítico
dx
rb f f sin
d
d 2x
f f sin rb f f cos
d 2
dy
rb f f cos
d
d2y
f f cos rb f f sin
d 2
3
dx d 2 dy d 2
rb f f
dx d d y d dy d d x d
2 2 2 2
Came para seguidor planos – Método Analítico
3.3 - Tipos de Movimento do Seguidor
Durante a rotação da came => Seguidor pode sofrer elevação,
repouso e retorno;
Movimento parabólico;
Movimento cicloidal;
Pontos mortos
Velocidade constante
Síntese do movimento:
y C0 C1 C2 2
Análise do movimento parabólico
Análise do movimento parabólico
y C0 C1 C2 2
Análise do movimento harmônico simples
L
y 1 cos
2 L
y sin
L 2
y sin
2 L
2
y cos
2
2
L
y cos
2
Análise do movimento harmônico simples
L
y 1 cos
2 L
y sin
L 2
y sin
2 L
2
y cos
2
2
L
y cos
2
Análise do movimento cicloidal
1 2
y L sin
2
L 2 L 2
y 1 cos y 1 cos
Nenhuma
propriedade do
2 L 2 movimento tende ao 2 2
y sin infinito. y 2 L 2 sin
2
Análise do movimento cicloidal
1 2
y L L sin
2
L 2
L 2 y 1 cos
y 1 cos
2 2
y
2 L 2 y 2 L 2 sin
2
sin
Maneiras de evitar o Jerk infinito
i
n
Se o polinômio é de n-ésima ordem
y f Ci então podem ser atendidas “n”
i 0 condições de movimento.
Características do movimento polinomial
i
n
y f Ci
i 1
i 1
1 d n
y f
dt
iCi
i 1
i 1 i 2
1 d 2 1 d
n 2 n
y f
dt 2
iCi 2
dt
i i 1 Ci
i 1 i 1
• Curvas possuem derivadas contínuas => Aceleração varia
continuamente => (Jerk = Valor finito);
2º Lei de Newton
𝑀𝑥ሷ = 𝐹𝐶 − 𝐹𝑀 − 𝐹𝐴𝑉 − 𝐹𝐴
−𝟏
𝒅𝑭 𝑪𝑬 𝟓𝑫
𝑲𝑪 = = 𝟔𝒍𝒐𝒈 +𝟏
𝒅𝒛 𝟑𝝅𝑳 𝟒 𝑪𝑬 𝑲𝑫 𝒑
𝟏 − 𝝂𝟐𝟏 𝟏 − 𝝂𝟐𝟐
𝑪𝑬 = +
𝑬𝟏 𝑬𝟐
𝑲𝑫 = 𝑫
3.6 - Projeto Analítico de Cames
Came de disco com seguidor radial de face plana
• Permite determinar o contorno da came de forma analítica
Características calculadas
• Equações paramétricas do contorno da came;
• Raio mínimo => Para evitar pontas;
• Localização do ponto de contato.
Determinação do perfil da came e do comprimento de contato
• Equacionamento
- x e y => Coordenadas do ponto de contato;
- l => Distância do ponto de contato à linha de centro do seguidor;
- R => Deslocamento do seguidor em relação à origem.
Determinação do perfil da came e do comprimento de contato
• Triângulo superior
• Triângulo inferior
Mas:
Na prática:
- Diagrama de deslocamento desejado é definido;
• Triângulo inferior
Mas:
• Substituindo R e l nas equações de x e y
• Considerações
- Procurar valor mínimo de f(θ)+ f"(θ) e determinar C de forma
a não anular a equação acima
• Se não existe restrição para C => Raio mínimo da came = Raio do
cubo.
• Observações:
• x e y do ponto de contato definem o perfil da came;
• R e l permitem sua fabricação
• Eixo da fresa paralelo ao plano da came.
• Comprimento mínimo da fresa maior que 2 lmáx.
• Came de disco com seguidor radial de face plana:
• Elevação de 50 [mm] realizada em ¼ de volta da came.
• Retorno de 50 [mm] realizada em ¼ de volta da came.
• Movimento harmônico.
Came de disco com seguidor radial de rolete
• Superfície primitiva da came dada pela posição do centro do rolete
• Da figura tem-se:
Verificação quanto à existência de pontas:
ρ = Raio de curvatura da superfície primitiva
ρc = Raio de curvatura da superfície da came
Rr = Raio do rolete
• Se ρ = constante e Rr é grande => ρc é pequeno
• Se Rr = ρ => c = 0 => Ponta
• Se Rr > ρ => Superfície rebaixada => Movimento incorreto
Para evitar pontas ou rebaixo:
• Verificação geral
- Determinar o valor mínimo de ρ a partir da equação acima;
- Deve ser feito para cada trecho de função separadamente;
- Geralmente leva a funções transcedentais complicadas.
Movimentos mais usados
• Muffley e Kloomok => Movimento cicloidal, harmônico e
polinômio de 8° grau;
• É necessário saber:
- Tipo de movimento usado no trecho;
- L => Elevação no trecho;
- R0 => Raio mínimo da superfície primitiva;
- β => Ângulo de giro da came para realizar a elevação L.
• Exemplo
• Elevação desejada L= 15 [mm]
• Tipo de movimento = Cicloidal
• Giro da came para realizar a elevação = 30°
• Raio mínimo da superfície primitiva R0 = 37,5 [mm]
• Verificar a existência de ponta ou rebaixo para raio de rolete Rr = 6,25 [mm]
Movimento Cicloidal
Movimento harmônico
Polinômio do 8 grau
• Considerações a respeito do ângulo de pressão
- Característica importante
- Deve ser o menor possível => Valor máximo = 30°