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Capítulo 3- Cames

3.1- Introdução

 Definição
* Uma came (ou camo) é um elemento mecânico usado para
acionar outro elemento, chamado seguidor, por meio de contato
direto.
Capítulo 3- Cames
 Características
* Simples => Projeto fácil;
* Mecanismo compacto;
* Permite obter praticamente qualquer movimento para o
seguidor;
* Consequências do projeto inadequado => Dificuldade de
fabricação e deficiência de funcionamento.
 Utilização
• Acionamentos em geral;

• Máquinas operatrizes diversas;

• Eixo comando de válvulas de motores de combustão interna.

 Linhas de projeto
• Partindo do movimento desejado para o seguidor => Projeto do
perfil da came => Síntese;

• Partindo da forma da came => Determinação de deslocamento,


velocidade e aceleração do seguidor.
 Classificação das
cames e seguidores
 Classificação dos seguidores
• De acordo com o movimento do seguidor => Translação ou
oscilação;
• Trajetória do deslocamento => Radial ou deslocada (em relação
à linha de centro da came);
• Superfície do seguidor => Face plana, face esférica, face de
rolamento ou aresta.
 Classificação dos seguidores
• Superfície do seguidor:
a. Rolete
b. Face Esférica ou cilíndrica
c. Face Plana
d. Ponta
Classificação das cames
- Came de disco (placa ou radial); - Came de forqueta;
- Came de cunha; - Came invertida;
- Came de extremidade ou de face - Came cilíndrica.
 Observação:
• A came deve ser sempre vinculada ao seguidor para garantir o
seguimento do perfil;
• Vínculos mais comuns => Gravidade, mola ou vínculo
mecânico.
 Geometria da came radial (ou de disco)
• Círculo de base: É o menor círculo tangente à superfície da came.
• Ponto de traçado: É um ponto teórico sobre o seguidor, usado para gerar a
curva primitiva.
 Geometria da came radial (ou de disco)
• Curva primitiva: É a que efetivamente define o mov. do seguidor.
• Círculo principal: É o menor círculo com centro coincidente com a came,
passando pela curva primitiva.
 Ângulo de pressão:
- É o ângulo entre a direção do movimento do seguidor e a normal à curva
primitiva;
- Variável durante o giro da came;
- Sua existência implica numa componente de força transversal ao seguidor;
- Âng. de pressão grande => Possibilidade de emperramento p/ seg. de
translação;
 Diagrama de deslocamento

• Eixo X: Representa a rotação da came => Comprimento igual ao


perímetro do círculo principal desenvolvido;
• Eixo Y: Representa o curso do seguidor;
- Elevação => Afastamento do seguidor do centro da came;
- Repouso => Período durante o qual o seguidor está parado;
- Retorno => Movimento do seg. em dir. ao centro da came.
 Construção

• Método gráfico – Cames com baixa velocidade de rotação.

• Método analítico – Cames com altas velocidades de rotação.

• Ambos os métodos se baseiam na inversão do mecanismo.

• Afim de se obter a mesma referência o seguidor gira em

relação a came, no sentido contrário a came em relação ao

referencial inercial.
 Construção

• Parte da posição de menor afastamento do seguidor;

• Divisão do diagrama de deslocamento e da circ. principal da


came em partes iguais;

• Identificação de cada ponto e transferência do deslocamento


para a came;

• Ajuste da curva primitiva => Procedimentos específicos para


cada tipo de came.
Projeto Gráfico de Cames => Utilidade conceitual e computacional
 Came de disco com rolete
‾ A came gira com velocidade constante;
‾ Iniciar o projeto na posição de menor deslocamento.
 Etapas do projeto gráfico
- Inversão do mecanismo => Came estacionária e seguidor girando ao
seu redor;
- Girar o seguidor em torno do centro da came no sentido oposto ao
da rotação da came;
 Etapas do projeto gráfico
- Deslocar o seguidor radialmente de acordo com o deslocamento
desejado para cada ângulo de rotação;
- Desenhar o contorno da came ajustando uma curva suave, tangente
ao polígono formado pelas posições ocupadas pela face do seguidor.
 Pontos relevantes

Maiores ângulos de contato ocorrem


nos pontos de inflexão da came.
rb  Came compacta

Deve-se tomar cuidado


com raios de base
pequenos

Baixo ângulos de
pressão significa menor
taxa de desgaste

rb  ângulo de pressão 
 Came de disco com seguidor de rolete deslocado
• Observações sobre o seu uso
- Concepção ou limitação de projeto;
- Aumento do ângulo de pressão => Curso de maior esforço;
- Consequência => Redução do âng. de pressão => Curso de menor esforço.
 Came de disco com seguidor de face plana
• O procedimento é semlhante ao anterior com pequenas modificações.
 Came de disco com seguidor de face plana

Circulo base muito pequeno


 Comparação entre o tamanho da came de um seguidor de face plana e um
seguidor de rolete
 Came de disco com seguidor oscilante de rolete
 Etapas do projeto gráfico
- Inversão do mecanismo;
- Desenhar um circ. com centro no eixo da came passando pela artic. do seg.;
- Divisão do círculo gerado;
- Com centro em cada ponto da div. traçar arco de raio igual ao raio do seg.;
- Transferir o arco desejado em cada posição da came;
- Ajustar o contorno da came como uma curva tangente aos círculos do rolete.
 Came de disco com seguidor oscilante de face plana
 Etapas do projeto gráfico
• Etapas idênticas ao caso anterior;
• Ajuste do perfil da came tangente ao polígono formado.
• Came de retorno comandado
• Tanto a elevação quanto o retorno são comandados pela came;
• Também chamadas de cames de diâmetro constante;
• Exemplo de uso => Comando de válvulas desmodrômico;
• Possibilidade de uso de cames duplas para acionamento e
retorno.
 Came Cilíndrico
• Exemplo de uso => Molinete de pesca;
• Mecanismos de enrolamento;
• Seguidor é guiado por uma ranhura na came.
 Came invertido
• Seguidor aciona a came por meio de uma ranhura;
• Exemplo de uso => Máquina de costura.
 Came para seguidor de roletes – Método Analítico
• Passo 01: Determinar os ângulos como se segue:

 yi 1  yi 
 i  tan 
1
  i  1, 2,3, , n  1
x 
 i 1 i x

1  y1  yn 
 n  tan  
 x1  xn 

i   i 
2
 Came para seguidor de roletes – Método Analítico
• Passo 03: Determinar os ângulos

r r 
 i   0  cos i  cos i 1  , 0  sin i  sin i 1  
2 2 
 sin 1  sin  n 
 1  tan 1

 cos 1  cos  n 
 sin i  sin i 1 
 i  tan 1    i  1, 2,3, , n  1
 cos i  cos i 1 
 Came para seguidor de roletes – Método Analítico
Passo 04: Calcular as coordenadas Xi e Yi e dos ângulos de pressão.

X i  xi  r0 cos  i
Yi  yi  r0 sin  i

Ângulo de pressão

 i  cos 1 cos  cos   i     sin  sin  i    


 Came para seguidor de roletes – Método Analítico
• Passo 05: Determinar o raio de curvatura de cada ponto da
came.

3
 dx d    dy d  
2 2
 

 dx d   d 2 y d  2    dy d   d 2 x d  2 

2 Yi 1  Yi    i 1
 i   i 1 i 

1
 xc   2  X i 1  X i    
2 2 2 2
X X Y Y
    
 yc   2  X i 1  X i  2 Yi 1  Yi    X i21  X i2   Yi 21  Yi 2  
 

 X i 1  X i Yi 1  Yi    X i 1  X i Yi  Yi 1  


  X i  xc   Yi  yc 
2 2

 X i  X i 1 Yi 1  Yi    X i 1  X i Yi  Yi 1 
 Came para seguidor de roletes – Método Analítico
Raio de Curvatura


 Came para seguidor planos – Método Analítico

R  rb  f  
R  y sin   x cos 
t  y cos   x sin 
f    Perfil de deslocamento
do seguidor
dR
t  f   
d

x  R cos   t sin 
y  R sin   t cos 
 Came para seguidor planos – Método Analítico

dx
   rb  f    f     sin 
d
d 2x
   f     f     sin    rb  f    f     cos 
d 2

dy
  rb  f    f     cos 
d
d2y
  f     f     cos    rb  f    f     sin 
d 2

3
 dx d 2   dy d 2 
 
   rb  f    f    
 dx d   d y d     dy d   d x d  
2 2 2 2
 Came para seguidor planos – Método Analítico
3.3 - Tipos de Movimento do Seguidor
 Durante a rotação da came => Seguidor pode sofrer elevação,
repouso e retorno;

 Movimentos mais utilizados para estes fins:


 Movimento uniforme;

 Movimento harmônico simples;

 Movimento parabólico;

 Movimento cicloidal;

 Movimento Polinomial. (Se popularizou com o uso de


máquinas ferramentas CNC)
Cames de Alta Velocidade
 Preocupação com o descolamento do seguidor da came.

 Forças atuantes no sistema são significativas => Forças de inércia +


força de retenção.

 Seleção dos movimentos deve levar em conta:


* Movimento desejado para o seguidor => Fundamental
importância;

* Forças de inércia => Características dinâmicas do sistema;

* Seleção do contorno da came => Minimização do


carregamento dinâmico.
 Conceito de aceleração segunda => Jerk
* Terceira derivada do deslocamento em relação ao tempo;
* Mede a taxa de variação da aceleração => Taxa de aplicação da
carga (força).
* Indica o impacto do carregamento => Condição desfavorável de
funcionamento;
* Impacto perfeito => Aplicação instantânea da força => (Jerk =
Infinito);
 Síntese do movimento:

Pontos mortos

Velocidade constante
 Síntese do movimento:

1- Define-se as posições conhecidas e movimentos


conhecidos.
2- Completa-se os gráfico para uma volta completa da
came com perfis de deslocamento.
Análise do movimento uniforme
Análise do movimento uniforme
 Análise do movimento parabólico

y  C0  C1  C2 2
 Análise do movimento parabólico
 Análise do movimento parabólico

y  C0  C1  C2 2
 Análise do movimento harmônico simples

L   
y  1  cos  
2    L   
y  sin  
 L    2   
y  sin  
2    L 
2
  
y    cos  
2  
2
L      
y    cos  
2    
 Análise do movimento harmônico simples

L 
 
y  1  cos  
2   L   
y  sin  
 L    2   
y   sin  
2    L 
2
  
y      cos  
2  
2
L      
y     cos  
2    
 Análise do movimento cicloidal

 1  2  
y  L  sin  
  2   
L  2   L  2 
y  1  cos  y   1  cos  
 Nenhuma    
    propriedade do
2 L  2  movimento tende ao 2  2 
y  sin   infinito. y  2 L 2 sin  
2       
 Análise do movimento cicloidal

 1  2 
y  L  L  sin  
  2   
L  2 
L  2   y   1  cos  

y   1  cos      
   
2  2 
y  
2 L  2  y  2 L 2 sin  
2
sin 
  

   
 Maneiras de evitar o Jerk infinito

 Método desenvolvido por Kloomok e Muffley

• Baseado no uso de perfis selecionados => Ciclóide, harmônico


e polinômio de 8º grau;

• Características do movimento cicloidal:


- Aceleração nula nos extremos do trecho;
- Pode ser usada antes ou depois de um repouso;
- Leva a ângulos de pressão relativamente grandes.
 Características do movimento polinomial
• Utilizado em máquinas de alta velocidade.

• Somente polinômios de ordem impar permitem o início e o termino do


movimento, entre dois pontos mortos, nas mesmas condições.

• Polinômio de 1º ordem: Velocidade constante e acelerações infinitas no


início e no fim do movimento.

• Polinômio de 3º ordem: Velocidade parabólica, aceleração linear e


JERK infinito no início e no fim do movimento.

• Polinômio de 5º ordem: JERK e aceleração sempre finitos.

• Aproximações de ordem superiores não são necessárias desde que


erros na fabricação produzem efeitos de magnitude superiores a
melhora obtida no aumento da ordem do polinômio.
 Características do movimento polinomial

i
n
  Se o polinômio é de n-ésima ordem
y  f     Ci   então podem ser atendidas “n”
i 0   condições de movimento.
 Características do movimento polinomial

i
n
 
y  f     Ci  
i 1  

 i 1
1 d n
 
y  f   
 dt
 iCi 
i 1  

 i 1  i  2
1 d 2   1  d   
n 2 n
y  f   
 dt 2
 iCi    2
  dt 
 i  i  1 Ci  
i 1   i 1  
• Curvas possuem derivadas contínuas => Aceleração varia
continuamente => (Jerk = Valor finito);

• Evita-se o Jerk infinito nos extremos igualando as acelerações


finais e iniciais dos trechos;

• Ex: Repouso seguido de elevação:


- Fim do repouso = > Aceleração nula;
- Início da elev.=> Selecionar curva com acel. inicial nula;
- Fim da elevação => Acel. determinada pelo próximo trecho.
3.5 - Fabricação de Cames
 Pode depender de como o projeto foi efetuado (Gráfico X Analítico)

 Fabricação baseada no projeto gráfico


• Usa o desenho gerado como gabarito para a fabricação;

• A qualidade final depende da precisão do desenho =>


Geralmente a precisão limita o uso;

• Restrito a aplicações onde a velocidade é baixa;


• Implementações:
- Corte do contorno da came (riscado) em chapa de aço;
- Fresadora copiadora => Ferramenta guiada por um
elemento que segue o desenho;
• Requer acabamento manual => Viável para pequena
produção.

 Fabricação baseada no projeto analítico


• Cálculo do deslocamento do seguidor para pequenos
incrementos de rotação da came;
• Obtenção do perfil por meio de uma fresadora de
coordenadas:
- Ferramenta faz o papel do seguidor;
- Ferramenta executa os mov. como o seguidor o faria.
 Para seguidor de rolete => Eixo da ferramenta perpendicular ao
plano da came
 Para seguidor de face plana => Eixo da ferramenta paralelo ao
plano da came
• Quanto menor for o incremento da rotação => Melhor o
acabamento superficial
- Incremento usual = 1 grau;
- Máquinas CNC => Operação praticamente contínua =>
Ótimo acabamento.
Exercício

M- Massa da válvula e do tucho


K- Rigidez da mola de retorno
C- Amortecimento viscoso do óleo
KC– Rigidez do contato came seguidor
FN– Força normal entre a válvula e o tucho
x(t)- Deslocamento da válvula
y(t)- Deslocamento imposto pela came
Exercício

2º Lei de Newton

𝑀𝑥ሷ = 𝐹𝐶 − 𝐹𝑀 − 𝐹𝐴𝑉 − 𝐹𝐴

𝑴𝒙ሷ = 𝑲𝑪 𝒚 𝒕 − 𝒙 𝒕 + 𝑭𝒑𝒓é 𝒄𝒂𝒓𝒈𝒂 − 𝑲𝒙 𝒕 − 𝑭𝒑𝒓é 𝒄𝒂𝒓𝒈𝒂 − 𝑪𝒙ሶ 𝒕 − 𝝁𝑭𝑵 𝒔𝒈𝒏(𝒙ሶ 𝒕 )


ሶ = ሶ 𝑲𝑪 𝒚
𝑴𝒙ሷ + 𝑪𝒙ሶ + 𝑲 + 𝑲𝑪 𝒙 + 𝝁𝑭𝑵 𝒔𝒈𝒏(𝒙)
Exercício
Equação Diferencial Ordinária - Equação do Movimento

𝑴𝒙ሷ + 𝑪𝒙ሶ + 𝑲𝒙 = −𝝁𝑭𝑵 𝒔𝒈𝒏(𝒙) ሶ − 𝒙)


ሶ + 𝑲𝑪 (𝒚

Considerações sobre a força normal entre a


válvula e o tucho:
𝑭𝑪
• A válvula é curta e o momento gerado
pela força na direção tangencial da
válvula é negligenciável.
• A força normal de contato entre a
válvula e o tucho possui a mesma
direção da tangente a superfície da
came. 𝑭𝑵 = 𝑭𝑪 𝒕𝒂𝒏(𝜶)
• O valor de 𝑭𝑪 não pode ser negativo,
caso isto aconteça a válvula flutua.
Exercício
Equação do Movimento Alterada para Válvula que Flutua

𝑴𝒙ሷ + 𝑪𝒙ሶ + 𝑲𝒙 = −𝝁𝑭𝑵 𝒔𝒈𝒏(𝒙) ሶ + 𝑲𝑪 𝒚 − 𝒙 ∀ 𝑲𝒄 𝒚ሶ − 𝒙 + 𝑭𝒑𝒓𝒆𝒄𝒂𝒓𝒈𝒂 > 𝟎


𝑴𝒙ሷ + 𝑪𝒙ሶ + 𝑲𝒙 = −𝝁𝑭𝑵 𝒔𝒈𝒏(𝒙)
ሶ ∀ 𝑲𝒄 𝒚 ሶ − 𝒙 + 𝑭𝒑𝒓𝒆𝒄𝒂𝒓𝒈𝒂 ≤ 𝟎

Considerações sobre a rigidez de contato:

• Modelo 01 – Rigidez constante


 Calcula-se a rigidez para a pré-carga e um raio médio da came e não se altera
mais.
• Modelo 02 – Rigidez variável com a variação do raio de curvatura ‘da came
 Calcula-se a rigidez para a pré-carga e um raio médio da came, esta será alterada
para cada valor de 𝒓𝑪 .
• Modelo 03 – Rigidez variável
 Calcula-se a rigidez para cada valor do raio de curvatura da came e valores de 𝑭𝑪 .
Exercício
Seguidor de Rolete
Exercício
Seguidor de Rolete
𝑫 − 𝑫𝒊â𝒎𝒆𝒕𝒓𝒐 𝒅𝒐 𝒄𝒊𝒍𝒊𝒏𝒅𝒓𝒐
𝑬 − 𝑴ó𝒅𝒖𝒍𝒐 𝒅𝒆 𝒆𝒍𝒂𝒔𝒕𝒊𝒄𝒊𝒅𝒂𝒅𝒆
𝝂 − 𝑪𝒐𝒆𝒇𝒊𝒄𝒊𝒆𝒏𝒕𝒆 𝒅𝒆 𝑷𝒐𝒊𝒔𝒔𝒐𝒏
𝑳 − 𝑪𝒐𝒎𝒑𝒓𝒊𝒎𝒆𝒏𝒕𝒐 𝒅𝒐𝒔 𝒄𝒊𝒍𝒊𝒏𝒅𝒓𝒐𝒔
𝑭
𝒑 = − 𝑪𝒂𝒓𝒓𝒆𝒈𝒂𝒎𝒆𝒏𝒕𝒐 𝒔𝒐𝒃𝒓𝒆 𝒐𝒔 𝒄𝒊𝒍𝒊𝒏𝒅𝒓𝒐𝒔
𝑳
𝑺𝒖𝒃 − 𝒊𝒏𝒅𝒊𝒄𝒆 𝒊 − 𝒊 − é𝒔𝒊𝒎𝒐 𝒄𝒊𝒍𝒊𝒏𝒅𝒓𝒐
𝟏 − 𝝂𝟐𝟏 𝟏 − 𝝂𝟐𝟐
𝑪𝑬 = +
𝑬𝟏 𝑬𝟐
𝑫𝟏 𝑫𝟐
𝑲𝑫 =
𝑫𝟏 + 𝑫𝟐
𝒅𝑭
𝑲𝑪 =
𝒅𝒛 −𝟏
𝑪𝑬 𝟓𝑫𝟏 𝟓𝑫𝟐
𝑲𝑪 = 𝟑𝒍𝒐𝒈 + 𝟑𝒍𝒐𝒈 −𝟏
𝟑𝝅𝑳 𝟒 𝑪𝑬 𝑲𝑫 𝒑 𝟒 𝑪𝑬 𝑲𝑫 𝒑
Exercício
Seguidor Plano
𝑫 − 𝑫𝒊â𝒎𝒆𝒕𝒓𝒐 𝒅𝒂 𝒄𝒖𝒓𝒗𝒂𝒕𝒖𝒓𝒂 𝒅𝒂 𝒄𝒂𝒎𝒆 (𝟐𝝆)
𝑬 − 𝑴ó𝒅𝒖𝒍𝒐 𝒅𝒆 𝒆𝒍𝒂𝒔𝒕𝒊𝒄𝒊𝒅𝒂𝒅𝒆
𝝂 − 𝑪𝒐𝒆𝒇𝒊𝒄𝒊𝒆𝒏𝒕𝒆 𝒅𝒆 𝑷𝒐𝒊𝒔𝒔𝒐𝒏
𝑳 − 𝑪𝒐𝒎𝒑𝒓𝒊𝒎𝒆𝒏𝒕𝒐 𝒅𝒐𝒔 𝒄𝒊𝒍𝒊𝒏𝒅𝒓𝒐𝒔
𝑭
𝒑 = − 𝑪𝒂𝒓𝒓𝒆𝒈𝒂𝒎𝒆𝒏𝒕𝒐 𝒔𝒐𝒃𝒓𝒆 𝒐 𝒔𝒆𝒈𝒖𝒊𝒅𝒐𝒓
𝑳

−𝟏
𝒅𝑭 𝑪𝑬 𝟓𝑫
𝑲𝑪 = = 𝟔𝒍𝒐𝒈 +𝟏
𝒅𝒛 𝟑𝝅𝑳 𝟒 𝑪𝑬 𝑲𝑫 𝒑

𝟏 − 𝝂𝟐𝟏 𝟏 − 𝝂𝟐𝟐
𝑪𝑬 = +
𝑬𝟏 𝑬𝟐

𝑲𝑫 = 𝑫
3.6 - Projeto Analítico de Cames
 Came de disco com seguidor radial de face plana
• Permite determinar o contorno da came de forma analítica

Ponto de contato carne-seguidor Método gráfico => Tentativas

Raio mínimo Método analítico=> Equacionamento

 Características calculadas
• Equações paramétricas do contorno da came;
• Raio mínimo => Para evitar pontas;
• Localização do ponto de contato.
 Determinação do perfil da came e do comprimento de contato

• Equacionamento
- x e y => Coordenadas do ponto de contato;
- l => Distância do ponto de contato à linha de centro do seguidor;
- R => Deslocamento do seguidor em relação à origem.
 Determinação do perfil da came e do comprimento de contato
• Triângulo superior

• Triângulo inferior
Mas:

Pela observação das equações


anteriores, tem –se:

Na prática:
- Diagrama de deslocamento desejado é definido;

- O contorno da came (dado por x e y para cada ângulo θ) é obtido


pela solução simultânea de R e l:
- Fazendo isto:
• Triângulo superior

• Triângulo inferior
Mas:
• Substituindo R e l nas equações de x e y

• Determinação do comprimento da face


- comprimento mínimo = lmáx
- l= f’(θ) => Determinar o valor máx de l
- Por observação (varrendo θ)
- Fazendo
• Determinação do raio mínimo da came C
- Objetivo => Evitar pontas na came
- Condições para que exista uma ponta
• Derivando as equações de x e y
 Para anular as equações dx/d e dy/d simultaneamente, tem-se:

• Considerações
- Procurar valor mínimo de f(θ)+ f"(θ) e determinar C de forma
a não anular a equação acima
• Se não existe restrição para C => Raio mínimo da came = Raio do
cubo.
• Observações:
• x e y do ponto de contato definem o perfil da came;
• R e l permitem sua fabricação
• Eixo da fresa paralelo ao plano da came.
• Comprimento mínimo da fresa maior que 2 lmáx.
• Came de disco com seguidor radial de face plana:
• Elevação de 50 [mm] realizada em ¼ de volta da came.
• Retorno de 50 [mm] realizada em ¼ de volta da came.
• Movimento harmônico.
 Came de disco com seguidor radial de rolete
• Superfície primitiva da came dada pela posição do centro do rolete

• Da figura tem-se:
 Verificação quanto à existência de pontas:
ρ = Raio de curvatura da superfície primitiva
ρc = Raio de curvatura da superfície da came
Rr = Raio do rolete
• Se ρ = constante e Rr é grande => ρc é pequeno
• Se Rr = ρ => c = 0 => Ponta
• Se Rr > ρ => Superfície rebaixada => Movimento incorreto
 Para evitar pontas ou rebaixo:

• Cada trecho de movimento diferente


deve ser verificado separadamente;
• Equação do raio de curvatura em
coordenadas polares:
 onde R = f (θ) => Duas primeiras derivadas são contínuas

• Verificação geral
- Determinar o valor mínimo de ρ a partir da equação acima;
- Deve ser feito para cada trecho de função separadamente;
- Geralmente leva a funções transcedentais complicadas.
 Movimentos mais usados
• Muffley e Kloomok => Movimento cicloidal, harmônico e
polinômio de 8° grau;
• É necessário saber:
- Tipo de movimento usado no trecho;
- L => Elevação no trecho;
- R0 => Raio mínimo da superfície primitiva;
- β => Ângulo de giro da came para realizar a elevação L.
• Exemplo
• Elevação desejada L= 15 [mm]
• Tipo de movimento = Cicloidal
• Giro da came para realizar a elevação = 30°
• Raio mínimo da superfície primitiva R0 = 37,5 [mm]
• Verificar a existência de ponta ou rebaixo para raio de rolete Rr = 6,25 [mm]
 Movimento Cicloidal
 Movimento harmônico
 Polinômio do 8 grau
• Considerações a respeito do ângulo de pressão
- Característica importante
- Deve ser o menor possível => Valor máximo = 30°

• α máx pode se determinado a partir da equação acima;


- Procedimento difícil;
- Equações transcedentais complicadas.
• Movimentos mais usados:
- Muff1ey e Kloomok;
-É necessário saber:
• Tipo de movimento usado no trecho;
• L => Elevação no trecho;
• R0 => Raio mínimo da superfície primitiva;
• β => Ângulo de giro da came para realizar a elevação L.
 Exemplo
• Elevação desejada L= 15 [mm]
• Tipo de movimento = Cicloidal
• Giro da came para realizar a elevação = 30°
• Raio mínimo da superfície primitiva R0 = 37,5 [mm]
• Verificar o máximo valor para o ângulo de pressão

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