Você está na página 1de 26

Ciências da Natureza e

suas Tecnologias - Física


Ensino Médio - 1ª Série
Força no movimento circular
FÍSICA - 1ª Série
Força no movimento circular

Imagem: (a) Original uploader was Vargklo at en.wikipedia / Public Domaine (b) Original uploader
was Mrprogrammer8 at en.wikipedia / Creative Commons Attribution-Share Alike 2.5 Generic.
Movimento de um corpo numa
trajetória curva

Uma pedra amarrada a um barbante, que fazemos girar sobre a cabeça; um carro fazendo uma curva
em uma estrada; os planetas girando em torno do Sol; e os elétrons se movimentando ao redor do
núcleo de um átomo são alguns exemplos de movimentos com trajetórias curvas.(1)
Mas, o que faz um corpo descrever uma trajetória curva?

Imagem: (a) US Army. Photo credit: Phil Sussman / Public Domain, (b) Hubert Crhistiaen / GNU Free Documentation License e (c) derivative work:3Emichan
Schematicky_atom.png: Created by cs:User:Miraceti / GNU Free Documentation License.
Dinâmica numa trajetória curva

 
   FR  m.a t
a t FR V t
 
t

ac a A força resultante tangencial é


responsável pela mudança do
FR c
 módulo do vetor velocidade.(1)

FR
 
 FR  m.a c

FR  m.a
c

A força resultante centrípeta


é responsável pela
mudança da direção e
sentido do vetor velocidade.
Condição para que um corpo realize uma curva
Imagem: Brews ohare / Creative Commons Attribution-Share Alike 3.0 Unported.

A força resultante e o vetor velocidade


instantânea formem um ângulo  de tal forma
que:
Tradução Nossa.
DINÂMICA DO M.C.U.

V1
V
a 90º F F r

 V2 Fr Fr

FR
Velocidade e aceleração no MCU

m V
M.C.U  FRt = 0

FR
FR = FRC 
ac ac FR
FR = FRC = m. v² / R m
V
R (1)

6
Trajetórias curvas em planos horizontais

FRc  T
T
R
v2
T  m.
R

Na figura, a resultante centrípeta (horizontal)


corresponde à força de tração do fio sobre o
corpo (as forças verticais, normal e peso, estão
em equilíbrio). Nesse caso:
(1)
7
Na figura , a resultante centrípeta do pêndulo cônico é
horizontal e corresponde ao vetor soma das forças
Ө atuantes (tração e peso). Pelo triângulo retângulo de
forças, temos(1):

T
tgӨ = FR/P => FR = P . tg Ө
FR R

P
m . ac = mg . tg Ө => ac = g . tg Ө
Pêndulo cônico

v²/R = g . tg Ө => v = √R . g . tg Ө
T Ө
P

FR
Exemplo 1
Uma pessoa está em uma cadeira,
presa por um cabo a um 15.0m
poste central vertical, a uma 60.0º
altura constante e com velocidade
constante. O ângulo que o
cabo faz em relação ao polo é 60°,
o comprimento do cabo é de
15m, e a massa combinada da
cadeira e pessoa é 179 kg.
Dado g=10m/s²

a) Qual é a tensão no cabo?


b) Encontre a velocidade da
cadeira.(1)

9
Considere um carro de massa m descrevendo uma curva horizontal de
raio R, com velocidade escalar constante v, como indica a figura .
Despreze o efeito do ar.

N Na figura a resultante centrípeta


(horizontal) corresponde à força
de atrito estático, que impede o
fa seu escorregamento lateral. As
forças verticais, normal e peso,
R estão em equilíbrio. (1)

vmáx  e .g.R
2
v máx
FR  f at máx  m.  e .m.g
C
R
10
Exemplo 2
Jeff Gordon lidera sua corrida e tem que dirigir em uma

Imagem: The National Guard / Creative


curva em alta velocidade para não perder tempo. O raio da

Commons Attribution 2.0 Generic.


curva é 1000 m e o coeficiente de atrito estático entre os
pneus e o pavimento seco é 0,5. Encontre a velocidade
máxima que ele pode ter e ainda fazer a curva.(1)

n
fs

fs

mg
11
Curva inclinada ou sobrelevada

Ө F
P

FR

FR C
tg   FRC  P.tg
P
Pelas mesmas razões apresentadas nos estudos do pêndulo v2
cônico, pode-se entender o motivo de um avião ter suas asas m.  m.g.tg
inclinadas no momento em que efetua uma curva horizontal R
de raio R. A força de sustentação aerodinâmica, normal às
asas, e o peso do avião geram, por composição, a sua

v  R.g.tg
resultante centrípeta horizontal.(1)

12
Curva inclinada ou sobrelevada

Imagens: SEE-PE, redesenhado a


partir de ilustração de Autor
Desconhecido.
FR
tg  C
 FR  P.tg
P C

v2
m.  m.g.tg
R

Pelas mesmas razões apresentadas nos estudos do pêndulo


cônico e da curva do avião, pode-se entender também a
v  R.g.tg
curva sobrelevada. A força normal e peso geram, por
composição, a sua resultante centrípeta horizontal.(1) 13
O Rotor
Um rotor é um espaço cilíndrico oco que pode rodar em torno do eixo vertical central. Uma pessoa entra no rotor,
fecha a porta, e fica de pé contra a parede em repouso; o cilindro começa a rodar até atingir uma certa velocidade;
quando o chão se abre, abaixo da pessoa, ela vê um poço profundo, mas a pessoa não cai, permanecendo presa à
parede do rotor. Qual é a velocidade mínima necessária para impedir a queda?

f at  P  m.g  e .N  m.g
e

m.g
N
e
v 2 m.g
FR  N  m. 
c
R e

R.g
v min 
Imagem: SEE-PE, redesenhado a partir de
e (1)
14
ilustração de Autor Desconhecido.
Trajetórias curvas em planos verticais

Considere um corpo de massa m, suspenso por um fio ideal,


oscilando no plano vertical sob a ação da gravidade e livre dos
efeitos do ar. Ao passar pelo ponto mais baixo de sua trajetória
circular de raio R, animado com velocidade horizontal, o corpo
pendular deve possuir uma força resultante centrípeta orientada
para cima. Logo, nesse ponto, a força de tração do fio sobre o
corpo deve ser mais intensa que o valor de seu peso para gerar
essa resultante. O valor dessa tração pode ser deduzido assim:

FR  T  P
C
Pêndulo simples
2
v
m.  T  m.g
Imagens: SEE-PE, redesenhado a partir de

R
ilustração de Autor Desconhecido.

2
v
T  m.g  m. (1)
R 15
Depressão circular

Imagens: SEE-PE, redesenhado a partir de


ilustração de Autor Desconhecido. FRc = NB – P = m · aC

16
(1)
Lombada circular

Imagens: SEE-PE, redesenhado a partir de


ilustração de Autor Desconhecido.

FRc = P – NC = m · aC

(1)
Globo da morte

Situação 1 Situação 3

Imagem: SEE-PE, redesenhado a partir de ilustração de Autor Desconhecido.


FRc = N - P = m · aC FRc = N + P = m · aC

v2 v2
N  m.g  m. N  m.g  m.
R R
v2 v2
N  m.  m.g N  m.  m.g
R R

(1)
18
velocidade mínima

vMÍN  N  0

(iminência de perda de contato)

v2
m.g  m.
R

vMÍN  R.g
Imagem: SEE-PE, redesenhado a partir de ilustração de Autor Desconhecido.

(1)
EXEMPLO 3
Um motociclista está andando internamente numa faixa vertical, como
mostrado. O raio da pista é 10m. Qual é a velocidade mínima da moto para não
cair quando estiver no topo do curso?

Imagem: SEE-PE, redesenhado a partir de


ilustração de Autor Desconhecido.
(1)
20
Gravidade Simulada em
Naves

Para nós, aqui na Terra, a


sensação de ter peso está
associada à presença da
força normal que
recebemos no contato com
pisos horizontais, quando
em equilíbrio:
N = P = mg
Já no espaço sideral,
podemos evitar a flutuação
de astronautas no interior
de uma nave espacial
Imagem: SEE-PE, redesenhado a partir de ilustração de
Autor Desconhecido.
criando uma gravidade
aparente. Esta gravidade é
simulada pela rotação da
nave espacial, que obriga
(1) 21
Exemplo 4

A estação espacial tem a


forma de um grande
tambor cilíndrico, girand
o com velocidade
constante. Astronautas vi
vem
na superfície interna da
estação. Se o raio de
uma secção circular é de
100m, quantas rotações
por minuto sobre o eixo
do cilindro deve fazer a
estação para simular a
força da gravidade na Imagem: SEE-PE, redesenhado a partir de ilustração de Autor Desconhecido.

Terra?
(1) 22
N = m · ac
N  m.w².R
w
g
R

Imagens: SEE-PE, redesenhado a partir de ilustração de


Autor Desconhecido.
(1)
Forças inerciais

As pseudo-forças (ou forças inerciais) são forças fictícias (não reais)


utilizadas para "transformar" referenciais não inerciais em inerciais. As
forças inerciais são acrescentadas aos cálculos para permitir o emprego das
Leis de Newton e a descrição dos movimentos quando são vistos e descritos
a partir de referenciais não inerciais. Não se consegue estabelecer um par
ação-reação para uma força inercial. São (pseudo)forças solitárias. São
exemplos a força centrífuga e a força de Coriolis.(2)

Imagem: SEE-PE, redesenhado a partir de ilustração de Autor Desconhecido.


Imagem: SEE-PE, redesenhado a partir de ilustração de Autor Desconhecido.
Tabela de Imagens
Slide Autoria / Licença Link da Fonte Data do
Acesso

2a (a) Original uploader http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Wave 16/03/2012


was Vargklo at en.wikipedia / Public Domaine _motion-i18n.svg
2b (b) Original uploader 16/03/2012
was Mrprogrammer8 at en.wikipedia / Creative http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Xceler
Commons Attribution-Share Alike 2.5 Generic. atorInfield.jpg
3a (a) US Army. Photo credit: Phil Sussman / Public http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Ham 16/03/2012
Domain merthrow_wire.jpg
3b (b) Hubert Crhistiaen / GNU Free http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Overs 16/03/2012
Documentation License tuur2.svg
3c (c) derivative work: Emichan 16/03/2012
Schematicky_atom.png: Created
by cs:User:Miraceti / GNU Free Documentation http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Sche
License. maticy-atom.svg
5 Brews ohare / Creative Commons Attribution- http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Reacti 16/03/2012
Share Alike 3.0 Unported. ve_centrifugal_force_in_uniform_circular_moti
on.PNG
11 The National Guard / Creative http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Micha 19/03/2012
Commons Attribution 2.0 Generic. el_Goulian.jpg
13 a SEE-PE, redesenhado a partir de ilustração de Acervo SEE-PE 21/03/2012
25 Autor Desconhecido.

Você também pode gostar