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PROCESSOS DE AVALIAÇÃO E

CERTIFICAÇÃO DE SERVIÇOS DE SAÚDE

Enfª Lilian Lestingi Labbadia


Maio/2010
“A primeira condição do hospital é
não prejudicar o doente”

Florence - 1853
Enfermarias:
antes e depois
de Florence
 FLORENCE NIGHTINGALE (1820-1910)

 Primeiro modelo de melhoria continuada


 Rígidos padrões sanitários e cuidados de
enfermagem
 Resultado das intervenções

Taxa de mortalidade de 40%


para 2%

(Nogueira, 1996)
QUALIDADE E SEGURANÇA
Mundo ...

 5 milhões de vida -
iniciativa voluntária
para proteger os
pacientes de
incidentes e danos
causados na
assistência ao longo
dos próximos dois
anos
(dez/ 2006 – dez/ 2008)
Campanha para salvar 5 milhões de vidas
5 Estratégias / 2005

 Time de resposta rápida


 IAM cuidado seguro
 Farmacovigilância
 Prevenção de infecção de cateter venoso central
 Prevenção de infecção de sítio cirúrgico
 Prevenção de pneumonia por VM
Campanha para salvar 100 milhões de vidas
Novas intervenções focadas na prevenção de
danos / 2008

 Prevenção de UPP
 Redução do MARSA
 ICC – cuidado seguro
Mundo ...
 Organização Mundial de Saúde – OMS – resolução
55.18 de Maio de 2000, com objetivo de tornar a
segurança do paciente uma alta prioridade na
agenda de políticas dos países membros
(http://www.who.int/en/)

 Joint Commission on Accreditation of Healthcare


Organizations – JCAHO – EUA - estabelece o
Programa Nacional de Metas para a Segurança do
Paciente (National Patient Safety Goals), onde
se definem 7 procedimentos para atenção especial
dos profissionais em sua execução (www.jcaho.org)
(www.jcrinc.com).
Mundo ...
 Agência Nacional para Segurança do Paciente
(National Patient Safety Agency) – Reino Unido –
fundada em Junho de 2000, estabelece áreas e
procedimentos para monitoramento e ações de
melhoria de desempenho pelas instituições de
saúde (www.npsa.nhs.uk).

 Conselho para Segurança e Qualidade em


Assistência à Saúde (Council for Safety and Quality
in Healthcare) – Austrália – desenvolveu o sistema
“SHE” – Sentinel Health Events – Eventos de
Sentinelas em Saúde, onde se define uma lista
nacional de eventos sentinela.
 Institute of Medicine:
“To err is human” (2000)

 50% dos erros preveníveis


 30% devido a negligência

EUA, prioridade nacional:

Meta: reduzir 50% dos erros em 5


anos
Custos dos Eventos Adversos
Dados da Agência Nacional de Segurança do
Paciente (NHS/UK)
(Dados apresentados na 20ª Conferencia da ISQua – Dallas – EUA –
Nov/2003)

 Ocorrem em cerca de 11% das admissões/ano, o que


equivale a 850.000 eventos/ano.
 Custam aproximadamente 2 bilhões de libras/ano, com
extras em dias de internação (cerca de 6 a 8 dias extras).
 400 pessoas/ano morrem ou são seriamente lesadas em
eventos causados por dispositivos médicos.
 Mais de 400 milhões de libras são gastas por ano em função
de acordos judiciais por negligências clínicas.
 As infecções hospitalares adquiridas custam 1 bilhão de
libra/ano.
Di che numeri stiamo parlando ?

Harvard To err is Nuova


Australia UK
Medical human Zelanda
Practice Study
Eventi avversi 3,70% 4% 16,60% 12,90% 10,80%
Eventi avversi
prevenibili sul totale 58% 53% 53% 35% 47%
degli EA
Mortalità (sul totale
13,60% 6,60% 4,90% < 15% 8%
degli EA)
1 StUK ogni
37,6 USD 17
Spesa miliardi /anno _ 4,7USD _ giorno di
prevenibili
degenza

Davis et al.
Leape et Khon et al. Wilson et al. Vincent et al.
Fonte Ministry of
al.NEJM 1991 IOM 1999 MJAus 1995 BMJ 2001
Health 1995

Agência Regional de Saúde –Veneza, 2005


Medicare Says It Won’t Cover Hospital
Errors
New York Times – 21/08/2007

 a partir de outubro de 2008, daqui a pouco


mais de um ano, o Medicare - seguridade
social governamental americana para os
idosos - não mais pagará os hospitais por
despesas decorrentes de algumas
complicações adquiridas dentro do hospital.
"condições que podem ser razoavelmente
prevenidas"

 Úlcera por pressão


 Lesões causadas por quedas
 Infecções relacionadas a cateteres venosos
 Infecções urinárias relacionadas a sondagem
vesical
 Tratamento de pacientes nos quais foi esquecido
objetos durante a cirurgia
 Complicações decorrentes de transfusões de
sangue incompatível
ERROS
- custo para a organização
- grau de satisfação
dos clientes (internos e externos)

ACIDENTES
- construídos passo a passo
Modelo do Queijo Suíço – James Reason

Falhas em sistemas, processos e condições que


levam as pessoas a cometerem e não prevenirem.

Falhas Ativas Risco

Perdas
Falhas Latentes
SEGURANÇA DO PACIENTE

Identificação do Risco
Prevenção do evento adverso
Gerenciamento do evento adverso
Sete Passos para a Segurança
National Patient Safety Agency / UK

 Criar uma cultura de segurança


 Liderar e apoiar o foco na segurança
 Desenvolver sistemas e processos para
gerenciar os riscos
 Promover os relatos
 Comunicar com os pacientes e público
 Aprender e Compartilhar lições
 Implementar soluções de prevenção
Rede Brasileira para a Segurança do Paciente
Pólo São Paulo

10 passos para a Segurança do Paciente:


 Paciente envolvido com a própria segurança
 Identificação do paciente
 Higienização das mãos
 Segurança no preparo e administração de medicamentos e
hemoderivados (ou injetáveis)
 Preparo para cirurgia segura: local correto
 Prevenção de queda
 Prevenção de úlcera por pressão
 Prevenção da retirada não programada de sondas, drenos e
cateteres
 Comunicação efetiva interdisciplinar
 Segurança na utilização da Tecnologia
Qualidade em Saúde?
QUALIDADE NA SAÚDE

A OMS definiu Qualidade nos serviços de saúde


como:

 Alto nível de excelência profissional;


 Uso eficiente de recursos;
 Mínimo de risco para o cliente;
 Alto grau de satisfação para o cliente;
 Impacto final na saúde.

Genebra, 1981
QUALIDADE NOS SERVIÇOS DE SAÚDE

Busca instrumentalizar a organização de saúde


de tal forma que seja assegurado ao cliente
que toda organização estará voltada para
maximizar os cuidados e benefícios e
minimizar os riscos (inerentes à ação médico-
terapêutica).

(Gastal, 1992)
Características da Qualidade

 Qualidade objetiva – mensurável


Qualidade intrínseca – melhores evidências científicas
Custo – menor custo para o processo definido
Segurança – processo seguro para o cliente, trabalhador
e toda a sociedade
Qualidade atrativa – algo a mais para garantir fidelidade
do cliente

 Qualidade subjetiva – não mensurável


Permite ao cliente perceber a qualidade objetiva no
produto entregue, determinando satisfação e
encantamento

Couto, 2007
O que os atores desejam do serviços de
saúde?

1. Que o serviço seja capaz de oferecer uma


assistência segura.
2. Tecnicamente bem desenvolvida.
3. Profissionais preparados do ponto de vista
técnico e humano.
4. Economicamente sustentável e viável.

Gastal, 2006.
Museus, compras & cirurgias
Revista da Folha, 24 agosto 2008

 Para receber uma clientela exigente e


disputada, SP começa acordar para a
profissionalização do turismo médico...

 Recebido no aeroporto de Guarulhos por um


funcionário da Prime, logo no desembarque,
ele ganhou um celular habilitado para uso
exclusivo durante a temporada turístico
hospitalar...
AUDIO | exibição: 31/01/2009 | site:
CBN

Complexos hospitalares com projeção


internacional, atendimento diferenciado e
preços competitivos: estes são os
atrativos oferecidos pela medicina
brasileira
Processos de qualificação e avaliação de
serviços de saúde
 Acreditação Hospitalar
 Controle de Qualidade Hospitalar (CQH)
 Prêmio Nacional de Gestão em Saúde (PNGS)
 Joint Comission on Accreditation of Healthcare
Organizations (JCAHO)
 CCHSA - Accreditation Canada
 Magnet Recognition Program (ANA)
 Prêmio Nacional de Qualidade (PNQ)
 Prêmio Qualidade do Governo Federal (PQGF)
 ISO 9001 – ISO 14000
ACREDITAÇÃO

 Método ou processo de avaliação dos


recursos de uma instituição de saúde.

 Utiliza padrões definidos.

 Visa garantir a segurança e qualidade da


assistência.
ACREDITAÇÃO

França, Itália e Escócia


Obrigatório!
OBJETIVO DA ACREDITAÇÃO

Dotar as instituições de saúde de


instrumentos e ferramentas cujos padrões
possibilitem melhorar a qualidade e
desempenho dos serviços prestados.

Seminário Internacional - ANS 2009


ISO

International Standardization of
Organizations
O que é ISO?

 Normas internacionalmente reconhecidas;


 Requisitos para produto ou serviços com qualidade;
 Foco nas expectativas do cliente;
 Boas práticas gerenciais;
Família ISO

 ISO 9001 – estabelece o conjunto de ações preventivas


necessárias para garantir a qualidade de um produto após
as fases de projeto, desenvolvimento, produção, instalação
e serviços associados;
 ISO 14000 – sistema de gestão ambiental – define de
uma forma geral o que uma empresa deve fazer para
diminuir o impacto das suas atividades no meio ambiente.
ISO 9001 - requisitos

 Requisitos gerais
 Requisitos de documentação
 Responsabilidades da direção
 Gestão de recursos
 Realização do produto
 Medição, análise e melhoria
Instituições de saúde certificadas

 Laboratórios de análises clínicas


 Banco Sangue
 Hospitais
 Suprimentos HIAE (Farmácia Clínica, Central e Satélites,
Central de Materiais e Esterilização)
CQH

PROGRAMA DE CONTROLE DE
QUALIDADE DO ATENDIMENTO
MÉDICO-HOSPITALAR
CQH - critérios
 Perfil
 Liderança
 Estratégias e planos
 Clientes
 Sociedade
 Informações e conhecimento
 Pessoas
 Processos
 Resultados
Hospitais selados – 18 (jan /10)
Centro Médico Campinas (Campinas)
 Hospital Alvorada - Moema (São Paulo)
 Hospital de Aeronáutica de São Paulo (São Paulo)
 Hospital do Servidor Público Municipal (São Paulo)
 Hospital e Maternidade Alvorada - Santo Amaro (São Paulo)
 Hospital e Maternidade Dr. Christóvão da Gama (Santo André)
 Hospital e Maternidade São Cristóvão (São Paulo)
 Hospital Estadual Mário Covas de Santo André (Santo André)
 Hospital Geral de Guarulhos (Guarulhos - SP)
 Hospital Geral de Itapecerica da Serra – SECONCI
 Hospital Maternidade Leonor Mendes de Barros (São Paulo)
 Hospital Municipal Maternidade-Escola Vila Nova
 Cachoeirinha "Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva" (São Paulo)
 Hospital Paulo Sacramento (Jundiaí)
 Hospital Policlin - Nove de Julho (São José dos Campos)
 Hospital Santa Cruz (São Paulo)
 Hospital Sepaco (São Paulo)
 Hospital Vera Cruz (Campinas)
JCAHO

Joint Comission on Accreditation of


Health Care Organizations
JCAHO

 JCAHO – criada em 1950


 JC Internacional – americana – criada em 1999
 Brasil – Consórcio Brasileiro de Acreditação – 2000
 Hospitais, laboratórios de análises clínicas, assistência
domiciliária e serviços de transportes médicos
Manual de Padrões de Acreditação
Hospitalar do CBA/JCI

 Funções Voltadas para os Pacientes

 Funções Voltadas para a Organização


JCAHO - critérios
 Acesso e continuidade do cuidado
 Direito dos pacientes e familiares
 Avaliação do paciente
 Cuidados ao paciente
 Educação dos pacientes e familiares
 Melhoria da qualidade e segurança dos paciente
 Prevenção e controle de infecções
 Governo, Liderança e Direção
 Gerenciamento do ambiente hospitalar e segurança
 Educação e qualificação de profissionais
 Gerenciamento da informação
Hospitais certificados – 20 (jan/ 10)
 HIAE
 HAOC

 Hospital São Vicente de Paulo


 Hospital Moinhos de Vento
 Hospital Samaritano
 Clínica São Vicente da Gávea
 Hospital do Coração (HCOR)
 Hospital da Amil (3)
 Hospital Sírio Libanês
 Hospital Copa D´or
 Hospital do Câncer - Instituto Nacional do Câncer (3)
 Pronep
Casa de Saúde Laranjeiras
 HEMORIO
Magnet Recognition Program
(ANA)
MAGNET

 American Nurses Credentialing Center (ANCC)

 Reconhecer as organizações de saúde que


possuem Serviços de Enfermagem de Excelência
 HIAE
Magnet – 14 padrões
 Planejamento estratégico da enfermagem / liderança
 Estrutura organizacional
 Estilo de gestão
 Políticas de pessoal
 Modelos profissionais de atendimento
 Qualidade de atendimento
 Qualidade do cuidado
 Consultas e pesquisas
 Autonomia
 Parcerias dos serviços com a comunidade
 Enfermeiros como professores
 Imagem da enfermagem
 Relacionamento interdisciplinar
 Desenvolvimento profissional
Canadian Council on Health
Services Accreditation (CCHSA)
CCHSA - critérios

 Planejamento estratégico
 Foco no cliente
 Liderança
 Compromisso com a qualidade
 Desenvolvimento de pessoas
 Trabalho em equipe - times...
Hospitais certificados

 Hospital Barra D´or - Rio de Janeiro


 Hospital Quinta D´or - Rio de Janeiro
 Hospital Santa Catarina - São Paulo
 Hospital Vita Curitiba - Curitiba
PNQ, PNGS, PQGF
Prêmio Nacional da Qualidade
Critérios - excelência na gestão

 Liderança
 Estratégias e planos
 Clientes
 Sociedade
 Informações e conhecimento
 Pessoas
 Processos
 Resultados
Hospitais certificados

 PNQ – Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre (2002)

 PQGF – HCPA (1998), HEMORIO (2001),


HEMORIO (2002)
Vencedoras do PNGS

HOSPITAL GERAL DE PEDREIRA.


Vencedor do Prêmio Nacional da Gestão em Saúde - Categoria Prata, na
Categoria Hospitais - Ciclo 2008-2009
HOSPITAL BRASÍLIA - LAF EMPRESA DE SERVIÇOS HOSPITALARES.
Vencedor do Prêmio Nacional da Gestão em Saúde - Categoria Prata, na
Categoria Hospitais - Ciclo 2008-2009
HOSPITAL VERA CRUZ.
Finalista do Prêmio Nacional da Gestão em Saúde - Categoria Prata, na
Categoria Hospitais - Ciclo 2008-2009
INSTITUTO BIOCOR.
Vencedor do Prêmio Nacional da Gestão em Saúde - Categoria Ouro, na
Categoria Hospitais - Ciclo 2007-2008
INSTITUTO DA CRIANÇA DO HCFMUSP.
Vencedor do Prêmio Nacional da Gestão em Saúde - Categoria Prata, na
Categoria Hospitais - Ciclo 2007-2008
HOSPITAL BRASÍLIA - LAF EMPRESA DE SERVIÇOS HOSPITALARES.
Finalista do Prêmio Nacional da Gestão em Saúde - Categoria Prata, na
Categoria Hospitais - Ciclo 2007-2008
HOSPITAL SEPACO - SÃO PAULO.
Vencedor do Prêmio Nacional da Gestão em Saúde - Categoria Prata,
na Categoria Hospitais - Ciclo 2006-2007
INSTITUTO DE RADIOLOGIA DO HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA
FACULDADE DE
MEDICINA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - SÃO PAULO.
Vencedor do Prêmio Nacional da Gestão em Saúde - Categoria Prata,
na
Categoria Clínicas de Especialidades Médicas - Ciclo 2006-2007
INSTITUTO CENTRAL DO HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA
FACULDADE DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO.
Vencedor do Prêmio Nacional da Gestão em Saúde - Categoria Prata -
Ciclo 2005-2006
LABORATÓRIO NABUCO LOPES.
Vencedor do Prêmio Nacional da Gestão em Saúde - Categoria Prata -
Ciclo 2005-2006
LOUREIRO ANÁLISES CLÍNICAS LTDA.
Vencedor do Prêmio Nacional da Gestão em Saúde - Categoria Prata -
Ciclo 2004-2005
LABORATÓRIO WEINMANN
Vencedor do Prêmio Nacional da Gestão em Saúde - Ciclo 2003-2004
SISTEMA BRASILEIRO DE
ACREDITAÇÃO

ORGANIZAÇÃO NACIONAL DE
ACREDITAÇÃO/ONA
Organização Nacional de
Acreditação / ONA

 1997 – proposta do Ministério da Saúde


 1998 – elaborada a versão "Manual de Acreditação de
Hospitais” e piloto em 17 hospitais
 1999 - Órgão Nacional de Acreditação
 2000 – 1ª avaliação de hospital
 2001 – reconhecimento nacional portaria nº 538/MS
 2002 – parceria ANVISA
Organização Nacional de
Acreditação / ONA

 Laboratórios de análises clínicas, Farmácias Magistrais ,


Serviços Ambulatoriais / Terap / Pronto Atend., Serviços de
Assistência Domiciliar , Serviços de Hemoterapia , Serviços
de Lavanderia Hospitalar, Serviços de Nefrologia e Terapia
R. Substitutiva , Serviços de Radiologia / Diag. por Imagem
/ Radioterapia e Medicina Nuclear, Serviços Hospitalares
SEÇÕES DO MANUAL DE ACREDITAÇÃO

Liderança e Administração

Serv. de Apoio Serv.


Técnico e Profissionais e
Abastecimento Org. da Assistência
Serviços de
Atendimento ao
Cliente/Paciente
Ensino e Serv. de Apoio
Pesquisa ao Diagnóstico

Serviços de Apoio Administrativo e Infra-Estrutura


OS PADRÕES

NÍVEL 1
ATRIBUTO GERAL: Segurança (estrutura)

NÍVEL 2
ATRIBUTO GERAL: Organização (processos)

NÍVEL 3
ATRIBUTO GERAL: Práticas de Gestão e Qualidade
(resultados)
MANUAL BRASILEIRO DE ACREDITAÇÃO DE
OPSS – VERSÃO 2010

01 de novembro de 2010

Avaliação, diagnóstico
ou manutenção !
Acreditação Hospitalar / ONA

(Resultados) EXCELÊNCIA

NÍVEL 3
(Processos) ORGANIZAÇÃO

NÍVEL 2
(Estrutura) SEGURANÇA

NÍVEL 1
PADRÃO DE NÍVEL 1

ATRIBUTO GERAL: SEGURANÇA (ESTRUTURA)

PRINCÍPIOS ORIENTADORES:

 Habilitação do corpo funcional;

 Segurança para o paciente, atenção aos requisitos


normativos e de estrutura para a organização segura da
assistência;

 Estrutura básica (recursos) configurada, existente e


orientada em conformidade com uma execução consistente
com a sua finalidade/complexidade/missão e,

 Gerenciamento e controle de riscos.


Folha de S Paulo - 25/12/2007 - 01h45

Incêndio atinge Hospital das Clínicas


Pacientes da UTI e do ambulatório foram
transferidos para a Santa Casa e Incor.
Alguns deles tiveram de aguardar
transporte na calçada...
Jornal Folha de São Paulo
15/01/2008 - 08h13

 Segundo a ONA (Organização Nacional de


Acreditação), empresa que confere
certificado de qualidade hospitalar, 90% dos
grandes hospitais brasileiros, inclusive os
particulares, não têm o AVCB (Auto de
Vistoria do Corpo de Bombeiros). Para obter
a certificação, os hospitais precisam se
adaptar às normas de segurança...
PADRÃO DE NÍVEL 2

ATRIBUTO GERAL: ORGANIZAÇÃO (PROCESSOS)

PRINCÍPIOS ORIENTADORES:

 Existência de normas, rotinas e procedimentos


documentados, disponíveis e atualizados;

 Evidências de introdução e utilização de uma lógica de


melhoria de processos nos procedimentos médicos e
assistenciais;

 Evidências de modelo organizacional e de processos


orientados para a satisfação do cliente (paciente).
PADRÃO DE NÍVEL 3

ATRIBUTO GERAL: PRÁTICAS DE GESTÃO E QUALIDADE


(RESULTADOS)

PRINCÍPIOS ORIENTADORES:

 Evidências de ciclos de melhoria em todas as áreas, com impacto


sistêmico na organização;

 Sistema de informação institucional, baseado em indicadores


operacionais, econômicos e de qualidade, com comparações com
referenciais externos e evidências estatísticas de melhoria nos resultados
institucionais;

 Sistema de verificação da satisfação dos clientes (internos e externos),


evidências objetivas do impacto do programa institucional de qualidade e
produtividade.
POSSÍVEIS RESULTADOS

 NÃO ACREDITADO

 ACREDITADO

 ACREDITADO PLENO

 ACREDITADO COM EXCELÊNCIA


Processamento de Materiais e
Esterilização
Abastecimento e Apoio Logístico
MBAH 2010

 Processamento de Materiais e
Esterilização
 Processamento de Roupas
 Armazenamento e Transporte
 Higienização
 Gestão de Segurança
Processamento de Materiais e
Esterilização

 Atividades destinadas ao preparo,


esterilização, guarda e distribuição de
instrumental, órteses, próteses e materiais
especiais, equipamentos e materiais para a
organização.
Requisitos do Padrão – Nível 1
MBAH 2010
 Sistema de registro e validação do processo
de esterilização;
 Gerencia a demanda do processo de
esterilização;
 Mecanismos e validação de protocolos de
ratreabilidade;
 Gerencia o estoque de instrumental;
 Monitora a integridade de instrumentais,
materiais e equipamentos esterilizados;
Requisitos do Padrão – Nível 1
MBAH 2010

 Sistema de controle da esterilização e validade


dos materiais;
 Gerencia riscos assistenciais, sanitários,
ambientais, ocupacionais e de
responsabilidade civil;
 Define monitora e documenta o processo;
 Monitora a qualidade da água;
 Gerencia os resíduos.
Acreditação

 Padrões e critérios

 Como fazer???

 Foco - segurança dos processos

 Referências, melhores evidências...


Orientações Gerais para Central de
Esterilização

Série A Normas e Manuais Técnicos, n.108


Brasília, DF

Abril de 2001
Indicadores de calidad de la central de
esterilización

 verificación de la efectividad del


proceso de esterilización
 tiempo de caducidad de la
esterilización
 empaque adecuado del
material a esterilizar
 seguridad en la central de
esterilización
 satisfacción del cliente interno
Indicadores de calidad de la central de
esterilización

 reuso de dispositivos médicos


de un solo uso
 riesgos laborales (físicos,
químicos, biológicos,
ergonómicos)
 manejo de residuos
Criterio de tiempo de caducidad de la
esterilización

 Todo producto esterilizado ha de llevar


impreso el tiempo de caducidad de la
esterilización.
 Debe ser mínimo el material que requiera ser
reesterilizado por haber caducado
el tiempo.
Indicador – Fórmula e Meta

N° de productos reesterilizados por superar


el tiempo de caducidad.
_______________________________ x 100
N° total de productos que se esterilizan

Estándar de calidad: menor 1%


“AVALIAÇÃO DOS PROCESSOS DE
TRABALHO DOS CENTROS DE MATERIAL
E ESTERILIZAÇÃO DOS HOSPITAIS
PÚBLICOS ACREDITADOS DO ESTADO
DE SÃO PAULO: UM ESTUDO DE CASO.”

SUZIMAR DE FÁTIMA BENATO


Dissertação de Mestrado
Faculdade de Medicina de Botucatu / 2008
 Hospitais Públicos Acreditados do Estado de
São Paulo

 Objetivo de descrever e analisar os processos


de trabalho dos CMEs

 Resultados: não foram encontradas muitas


diferenças entre os hospitais, mesmo estes
possuindo níveis de certificação diferentes,
mas foram identificadas inadequações nos
processos de trabalho dos CMEs, bem como
no próprio programa de Acreditação, que não
possui critérios específicos e claros para cada
dimensão e nível propostos.
Hospitais oferecem quartos vips para
pacientes!

Com serviços comparados a hotéis cinco


estrelas, diárias chegam a custar 1500 reais

12/05/2010 – Revista Veja


Hospital dá ácido no lugar de sedativo
8/5/2010 – Jornal Folha de São Paulo

 SEGUNDO O HOSPITAL, CADA PRODUTO


RETIRADO DA FARMÁCIA PASSA POR TRÊS
CONFERÊNCIAS.
 PARA EVITAR OUTRO PROBLEMA, A
EMBALAGEM DO ÁCIDO RECEBEU UM AVISO DE
ALERTA.
Obtenção do certificado pela
OPSS...
 Não permite garantir a entrega de
produto com qualidade

 Existem naquela empresa uma estrutura


e funções dedicadas à busca da
qualidade

Couto, 2007
“a assistência
médica-hospitalar
é uma das mais
inseguras
atividades
humanas...”

To Err is Human,
2000
Obrigada!!

l.labbadia@unifesp.br
Referências bibliográficas
Innocenzo, M. Indicadores, auditorias e certificações: ferramentas de qualidade para
gestão em saúde. Martinari, 2010.

Feldman, Liliane Bauer; Cunha, Isabel Cristina Kowal Olm. Identificação dos critérios de
avaliação de resultados do serviço de enfermagem nos programas de acreditação hospitalar. Rev
Lat Am Enfermagem;14(4): 540-545, jul.-ago. 2006.

Lima, Suzinara Beatriz Soares de; Erdmann, Alacoque Lorenzini. A enfermagem no processo da
acreditação hospitalar em um serviço de urgência e emergência. Acta paul. enferm;19(3): 271-
278, jul.-ago. 2006.

Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Acreditação: a busca pela qualidade nos serviços de
saúde. Rev. Saúde Pública vol.38 no.2 São Paulo Apr. 2004.

Feldman, Liliane Bauer; Gatto, Maria Alice Fortes; Cunha, Isabel Cristina Kowal Olm . História da
evolução da qualidade hospitalar: dos padrões a acreditação. Acta paul. enferm;18(2): 213-219,
abr.-jun. 2005.

Couto, Renato Camargo; Pedrosa, Tania Moreira Grillo Hospital - Acreditação e Gestão Em
Saúde. GUANABARA KOOGAN. 2007.

Joint Commission Resources. Gerenciamento do corpo assistencial. Artmed. 2008.


M. Sekimoto, Y. Imanaka, H. Kobayashi, T. Okubo, J. Kizu, H. Kobuse, H. Mihara, N. Tsuji, A.
Yamaguchi. Impact of hospital accreditation on infection control programs in teaching hospitals in
Japan
American Journal of Infection Control, Volume 36, Issue 3, Pages 212-219

Campos, LI.Impacto da implantação do sistema de gestão da qualidade em hospitais acreditados


com excelência pelo Sistema Brasileiro de Acreditação ONA. Tese de Mestrado / UFMG, 2008.

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