Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Infraestrutura Viária
Urbana
AULA 4 – TIPOS DE
DIMENSIONAMENTO
Como o crescimento de bens evolui mais proximamente da relação linear do que de uma evolução exponencial,
indica-se adotar, exclusivamente, a relação linear na estimativa do crescimento do tráfego de projeto para o
pavimento.
A Equação abaixo permite estimar o volume inicial diário de veículos na faixa de projeto.
𝑉𝐷𝑀 𝑡
𝑉𝑖=
𝑁 º 𝑓𝑎𝑖𝑥𝑎𝑠 (
1+ 𝑝
100 )
Vi: volume inicial de veículos, por dia na faixa de projeto, no ano de abertura ao tráfego (ano "0")
VDM: volume diário médio da via
Nº = número de faixas de projeto
p: período entre o levantamento e o ano de abertura ao tráfego (ano "0")
MÉTODO DE DIMENSIONAMENTO -
(DNIT)
Para estimar o volume final diário de veículos na faixa de projeto.
𝑡
(
= 𝑉𝑖 1+ 𝑃
𝑉𝑓
100 )
Vi: volume inicial de veículos, por dia na faixa de projeto, no ano de abertura ao tráfego (ano "0")
Vf: volume final de veículos, por dia na faixa de projeto, no ano de abertura ao tráfego (ano "f")
t: taxa de crescimento anual (%)
P: vida útil prevista para o pavimento (anos)
Para estimar o volume diário médio de veículos na faixa de projeto, no ano médio.
( 𝑉𝑖+𝑉 𝑓 )
𝑉𝑚=
2
Vm: volume médio de veículos, por dia na faixa de projeto, no ano médio da vida útil
Vi: volume inicial de veículos, por dia na faixa de projeto, no ano de abertura ao tráfego (ano "0")
Vf: volume final de veículos, por dia na faixa de projeto, no ano de abertura ao tráfego (ano "f")
MÉTODO DE DIMENSIONAMENTO -
(DNIT)
Para estimar o volume total de veículos para toda a vida útil prevista para o pavimento. Este resultado deve ser
expresso em potência de dez, em função de sua magnitude e precisão.
𝑉𝑡
=365 . 𝑉𝑚 . 𝑃
Vm: volume médio de veículos, por dia na faixa de projeto, no ano médio da vida útil
Vt: volume total de veículos para toda a vida útil prevista
P: vida útil prevista para o pavimento (anos)
MÉTODO DE DIMENSIONAMENTO -
(DNIT)
Admitindo uma taxa t% de acrescimento anual em progressão geométrica, Vt durante o período é
dado:
𝑝
365 𝑉𝑖 [ ( 1+𝑡 / 100 ) −1 ]
𝑉𝑡 =
𝑡 / 100
O número de repetições do eixo-padrão será calculado, então, apenas multiplicando-se Vt pelo FV, tal
como expresso na Equação de volume inicial
Exercício 4.1
Se o VDM de determinada rodovia de pista simples composta por 2
faixas, levantado em 1989 era 1300, supondo que a taxa de
crescimento de 6% a. a. qual deverá ser o número total de veículos
para projeto de pavimento flexível com vida útil de 15 anos, a ser
entregue ao tráfego em 1993?
Exercício 4.2
Se o VDM de determinada rodovia de pista simples composta por 2
faixas, levantado em 2005 era 1600, supondo que a taxa de
crescimento de 5% a. a. qual deverá ser o número total de veículos
para projeto de pavimento flexível com vida útil de 10 anos, a ser
entregue ao tráfego em 2008?
MÉTODO DE DIMENSIONAMENTO -
(DNIT)
Tráfego
• Os Fatores de Veículos utilizados para o cálculo no Número “N” foram os
preconizados pela AASHTO e pelo USACE e são calculados segundo
metodologia (DNIT,2006), descrita a seguir.
Onde:
FE = fator de eixo;
FC = fator de equivalência de carga.
Figura 42 - Fatores de equivalência de operação
MÉTODO DE TRIPLO DUPLO
DIMENSIONAMENTO - (DNIT) 30
28
26 EIXOS EM T A N D E M
24
22
Tráfego 20
18
16
apresentado na figura 01. 0,0001 0,001 0,01 0,1 1,0 10 100 1000
20
18
16 EIXOS S I M P L E S
14
12
10
8
6
4
Figura 01 – Fatores de equivalência de 2
0
operação DNIT (2006) 0,0001 0,001 0,01 0,1 1,0 10 100 1000
MÉTODO DE DIMENSIONAMENTO -
(DNIT)
Os diferentes veículos são classificados pelo DNIT (2006) nas seguintes
categorias:
• automóveis;
• ônibus;
• caminhões leves, com dois eixos simples, de rodas simples;
• caminhões médios, com dois eixos, sendo o traseiro de rodas duplas;
• caminhões pesados, com dois eixos, sendo o traseiro "tandem";
• reboques e semirreboques: as diferentes condições de veículos, em
unidades múltiplas.
MÉTODO DE DIMENSIONAMENTO -
(DNIT)
• Veículos de Projeto e Equivalências com o Eixo-Padrão
MÉTODO DE DIMENSIONAMENTO -
(DNIT)
• Os Fatores de veículos para automóveis e caminhões leves (embora
calculáveis) são desprezíveis, interessando especialmente, os Fatores
de veículos para caminhões médios, pesados e reboques e
semirreboques.
Solução:
a) Cálculo do número total de eixos
da amostragem (n)
n = 200 x 2 + 80 x 3 + 20 x 4 = 720
b) Cálculo de FE
n amost = Vt amost x FE
FE = 720 / 300 ? FE = 2,4
d) Cálculo do “N”
c) Cálculo de FC N = 365 x P x Vm x FE x FC
FC = 0,5464 (coluna 5) N = 365 x 10 x 2500 x 2,4 x 0,5464
N = 1,19 x 107
MÉTODO DE DIMENSIONAMENTO -
(DNIT) Tabela 31 - Coeficiente de equivalência estrutural
6 6
10 < N ≤ 5 x 10 Revestimentos betuminosos com 5,0 cm de espessura
6 7
5 x 10 < N ≤ 10 Concreto betuminoso com 7,5 cm de espessura
CBR = m
Subleito
RKR+BKB+h20 KS +hn KRef ≥ Hm (3)
Onde: R, B, S e Ref: espessuras do revestimento, base,
Figura 02 – Parâmetros Dimensionamento do pavimento (DNIT,2006) sub-base e reforço; K: coeficientes estruturais.
MÉTODO DE DIMENSIONAMENTO -
(DNIT)
OBS:
• As espessuras máxima e mínima de compactação das camadas
granulares segundo o DNIT (2006), são de 20 cm e 10 cm,
respectivamente.
• A espessura construtiva mínima para estas camadas é de 15cm.
Roteiro de cálculo
a) Cálculo da espessura da BASE (B)
• Determina-se KR, KB, e R (pelas tabelas anteriores);
• Determina-se H20, a partir do CBR da subbase, do valor de N e do
gráfico da Figura 1.
• Calcula-se a espessura da Base (B) pela eq. (1).
• Com base na tabela 2 determina-se a espessura do revestimento R
Roteiro de cálculo
b) Cálculo da espessura da SUBBASE (h20)
• Determina-se KS pela Tabela 1.
• Determina-se Hn, a partir do CBR do reforço do subleito, do valor de
N e do gráfico da Figura 1.
• Calcula-se a espessura da subbase (h20) pela eq.(2).
R.KR + B.KB + h20.KS ≥ Hn
Roteiro de cálculo
c) Cálculo da espessura do REFORÇO DO SUBLEITO (hn)
• Determina-se KREF pela Tabela 1.
• Determina-se Hm, a partir do CBR do subleito, do valor de N e do
gráfico da Figura 1.
• Calcula-se a espessura do reforço do subleito (hn) pela eq (3).
R.KR + B.KB + h20.KS + hn.KREF ≥ Hm
MÉTODO DE DIMENSIONAMENTO – (DER/SP)
Critérios de Cálculo
• Praticamente igual ao cálculo adotado no método do DNIT (2006),
com algumas particularidades, uma delas é a espessura mínima
adotada pelo DER/SP (2006).
As amostras de solos para a determinação da capacidade de suporte de projeto devem ser coletadas nas áreas de
cortes e nas caixas de empréstimo que serão utilizadas para a execução das últimas camadas dos aterros.
MÉTODO DE DIMENSIONAMENTO – (DER/SP)
S (%)
ISC (%)
35 35 a 65 > 65
10 I II III
6a9 II II III
2a5 III III III
Tabela 07 – Classificação dos Solos Finos Quanto à Resiliência (DER/SP,2006)
MÉTODO DE DIMENSIONAMENTO –
(DER/SP)
Onde:
• S: porcentagem de silte na fração fina que passa na peneira de abertura de 0,075 mm;
• P1: porcentagem, em peso, de material cujas partículas tenham diâmetro inferior a 0,005
mm, determinada na curva de distribuição granulométrica;
• P2: porcentagem, em peso, de material cujas partículas tenham diâmetro inferior a 0,075
mm, determinada na curva de distribuição granulométrica.
Os ensaios de granulometria com sedimentação devem ser realizados para os
solos contendo mais de 35% de material, em peso, passando na peneira de 0,075
mm de abertura.
MÉTODO DE DIMENSIONAMENTO –
(DER/SP)
Tráfego
• O tráfego para o dimensionamento de pavimentos pode ser caracterizado
de várias formas, porém a mais utilizada é a determinação do número “N”
de equivalentes de operações de eixo simples padrão de rodas duplas de 80
kN para um determinado período de projeto (DNIT,2006).
Vti: volume total acumulado de veículos comerciais por sentido na faixa de projeto durante o ano “i”;
FV: fator de veículo da frota, que é função do método empregado;
FR: fator climático regional.
Vti: volume total acumulado de veículos comerciais por sentido na faixa de projeto durante o
ano “i”;
VDMC: volume diário médio de veículos comercial total durante o ano “i”;
D: distribuição direcional (%);
Fp: porcentagem de veículos comerciais na faixa de projeto (%).
MÉTODO DE DIMENSIONAMENTO –
(DER/SP)
• O volume diário médio de veículos comerciais, VDMC, na etapa de estudo preliminar deve ser baseado no
Caderno de Estatística de Tráfego do DER/SP.
• O fator de veículo da frota, FV, multiplicado pelo volume de veículos comerciais que trafega na via, fornece
o número de eixos equivalentes de operações do eixo padrão.
• Para a determinação dos fatores de carga é necessário se conhecer as várias cargas por tipo de eixo que
atuarão sobre o pavimento. Para tanto é necessário a realização de pesquisas de pesagem na área de
influência do projeto (DER/SP,2006).
MÉTODO DE DIMENSIONAMENTO -
(PMSP)
• Pavimento Flexível para tráfego leve e médio
O método de dimensionamento de pavimentos flexíveis da (PMSP)
segue critérios diferentes de dimensionamento para cada tipo de
tráfego e Via, classificando-os em:
• Leve
• Médio
• Meio pesado
• Pesado
• Ônibus
MÉTODO DE DIMENSIONAMENTO -
(PMSP)
• Dessa forma apresentaremos abaixo apenas as tabelas 09 e 10 com os
principais parâmetros para a classificação das Vias.
VOLUME INICIAL DA FAIXA
VIDA DE MAIS CARREGADA
FUNÇÃO TRÁFEGO
PROJETOS N N Característico
PREDOMINANTE PREVISTO CAMINHOES E
(ANOS) VEÍCULO LEVE
ÔNIBUS
Meio Pesado 10 1501 a 5000 101 a 300 2,30 1,4x106 a 3,1x106 2,0x106
Vias Coletoras e
Pesado 12 5001 a 10000 301 a 1000 5,90 1,4x106 a 1,0x107 2,0x107
Estruturais
Muito Pesado 12 > 10000 1001 a 2000 5,90 3,3x106 a 1,4x107 5,0x107
Faixa Exclusiva Volume Médio 12 - < 500 - 3,3x106 107
de Ônibus Volume Elevado 12 - > 500 - x107 5,0x107
Tabela 10 – Classificação das Vias – Tráfego Meio Pesado, Pesado, Muito Pesado e Fxa. Ônibus (PMSP, IP-05/2004).
MÉTODO DE DIMENSIONAMENTO -
(PMSP)
• O manual da PMSP define que o tipo de tráfego a que será submetido o pavimento, deve
ser determinado a partir do suporte representativo do subleito, a espessura total básica
do pavimento (HSL), que em termos de (material granular), será fixada de acordo com o
ábaco ou com a tabela 11 abaixo
10^7 < N < 5 x 10^7 Pesado Concreto asfáltico com 10,0 cm de espessura
N > 5 x 10^7 Muito pesado Concreto asfáltico com 1 2, 5 cm de espessura
Onde:
• KR, KB, KSB, KREF representam os coeficientes estruturais do revestimento, da base, da sub-
base e do reforço do subleito, respectivamente; HSB, HREF e HSL representam as
espessuras em termos de material granular fornecidas pela Figura 5.1 para materiais com
CBRSB, CBRREF e CBRSL ou MiniCBRSB, Mini-CBRREF e Mini-CBRSL, respectivamente.
Para efeito de dimensionamento o valor CBR para Sub-base será limitado a 20%.
MÉTODO DE DIMENSIONAMENTO -
(PMSP)
RKR + BKB ≥ HSB (1)
RKR + BKB +hSBKSB ≥ HREF (2)
RKR +BKB + hSBKSB + hREFKREF ≥ HSL (3)
MÉTODO DE DIMENSIONAMENTO -
(PMSP)
• Espessura da Camada de Rolamento para tráfego leve e médio
O revestimento asfáltico será constituído de uma camada de Pré-Misturado a Quente
(PMQ) ou Concreto Asfáltico Usinado a Quente (CAUQ) com a espessura mínima (R)
apresentada (PMSP, IP-04,2004), conforme tabela 14 apresentada abaixo.
TRÁFEGO TIPO DE REVESTIMENTO ESPESSURA (R) em cm
PM Q 4 ,0
LE V E
C AU Q 3 ,5
Figura 21 - Superestrutura para tráfego meio pesado (N = 5 x 105 solicitações) – (PMSP, IP-05,2004)
Tráfego pesado N = 2x107 Tráfego muito pesado N = 5x107
MÉTODO DE CAUQ
IMPR LIGANTE
5,0 cm CAUQ
IMPR LIGANTE
5,0 cm
(PMSP)
IMPR IMPERM IMPR IMPERM
BGTC 19,0 cm BGTC 20,0 cm
BGS/MH 10,0 cm BGS/MH 10,0 cm
Onde:
Figura 22 - Superestrutura para tráfego pesado e muito pesado – (PMSP, IP-05,2004)
PMQ – Pré-Mistrurado a Quente;
Volume Médio N = 10 7 Solicitações Volume Elevado N = 5x10 7 Solicitações
IMP LIGANTE – Imprimadura Ligante;
IMP IMPERM – Imprimadura Impermeabilizante;
CAUQ 5,0 cm CAUQ 5,0 cm
MH – Macadame Hidráulico.
IMPR LIGANTE IMPR LIGANTE
CAUQ – Concreto Asfáltico Usinado a Quente;
BINDER 5,0 cm BINDER 7,5 cm
PMQ – Pré-Mistrurado a Quente;
IMPR IMPERM IMPR IMPERM
BGTC 21,0 cm BGTC 20,0 cm IMP LIGANTE – Imprimadura Ligante;