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O CAMINHO DOS DIREITOS

O FLUXO COMO UMA


FERRAMENTA PARA ACTUAÇÃO
CONJUNTA E INTEGRADA PELOS
DIREITOS DA CRIANÇA
 
 

O que são os fluxos?


Representação gráfica da legislação angolana, dos
instrumentos internacionais e das políticas e serviços do
executivo.
Documentos Referenciais

Convenção dos Direitos da criança

Constituição Angolana - artigos. 35, 80 e 81.

Lei 19/96 do Jugado de Menores – criação de um tribubal de competência


especializada para a protecçaõ judiciária mediante aplicação de medidas tutelares de
vigilância , assistência e educação.

Lei 25/12 sobre a Protecção e Desenvolvimento Integral da Criança . Dá carácter


vinculativo às recomendações feitas pela sociedade no quadro dos “11 Compromissos”.

Os 11 compromissos

Lei 25/11 – Contra a violência doméstica - estabelece a defesa e protecção de crianças


vítimas de abuso e exploração sexual bem como as situações de maus tratos.

 
Convenção dos Direitos da criança

Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas/ Meta 16 -


 
proporcionar o acesso à justiça para todos e construir instituições eficazes, responsáveis e in
  clusivas em todos os níveis
.

• Protocolo opcional à Convenção dos Direitos da Criança envolvidas em conflito armado.


• Protocolo opcional à Convenção relativo à venda de crianças, prostituição e
pornografia.
• Marco Legal
Carta Africana dos Direitos e Bem-estar da Criança
• Trabalho Nocturno de Menores na Indústria
• Piores formas de trabalho infantil
• Regras mínimas das Nações Unidas para a administração da Justiça de menores regras
de Beijing) ( Regras e Havana, Directrizes de Riade).
• Código de Família – artigos 197 a 219 relativo à adopção.
• Decreto lei 417/71 relativo à Estatuto de Assistência Jurisdicional ao menores do
ultramar artigo 84.
• Convenção relativa à Protecção das Crianças e a Cooperação em matéria de Adopção
Internacional
PDN 2018/2022

Prioridades: no âmbito da política de população, está a


garantia dos direitos da criança, a sua protecção contra
os actos de violência assegurando o seu acolhimento
quando necessário.
 
 
Recomendações do Comitê dos Direitos da Criança

“ Fortalecimento dos procedimentos de


encaminhamento e acompanhamento, mecanismos e
procedimentos especializados para a identificação de
crianças em risco de serem vítimas de violências.” 
ANTECEDENTES

ESTRATÉGIA NACIONAL DE COMBATE A VIOLÊNCIA

Identificar prioridades de intervenção e criar mecanismos de coordenação afim de


adoptar políticas, traçar objectivos e metas e realizar acções que contribuam para a
prevenção e combate da violência contra criança em Angola.

Analisar e reforçar o sistema e as competências dos intervenientes da prevenção e


combate da violência contra a criança.

Criar e/ou reforçar os mecanismos de articulação das redes de serviços de protecção;


Realizar o reordenamento dos órgãos e reestruturação dos programas, projectos e
serviços.
Sistema de
referenciamento
ÇA
CRIAN
SOS Fluxos

Plano Operativo
Pressupostos de um sistema de referenciamento

• Definições claras das competências dos seus integrantes.

• Conhecimento das atribuições e mandatos dos demais actores.

• Clareza do carácter complementar e articulado das acções.

• O Marco Legal como norteador da acções.

• Infraestrutura adequada, orçamento condizente com as suas responsabilidades e a


qualificação constante para que possam conhecer as demandas em relação à
criança e ao adolescente e garantir um melhor atendimento.
• Descrever as instituições e actores que fazem parte da rede de proteção da crianças;

• Identificar o desempenho e funcionamento da rede assim como suas principais


fragilidades e oportunidades de melhoria.

• Integrar as diversas políticas públicas voltadas para a promoção dos direitos das
crianças e adolescentes: saúde, educação, assistência social, cultura e desporto, etc.

• Acordar procedimentos, actores e instituições para o atendimento especializado de


crianças e adolescentes.

• Confrontar a legislação com as políticas de atendimento, possibilitando as mudanças


e/ou revisão de estratégias quando os serviços se mostram inexistentes ou
ineficientes
 
Elaboração dos fluxos em Angola
Percurso metodológico

1. Articulações político-institucionais para apresentação do projeto, adesão e


compromissos, incluindo a realização de visitas e reuniões com parceiros
estratégicos para alinhamento e complementação de informações relativas às suas
respectivas atuações. Construcão colectiva/consensos/partilha.
2. Realização de um seminário;
3. Alinhamento teórico-conceitual (Sistema de Protecção e Redes de Proteção);
4. Estruturação dos fluxos;
5. Definição das prioridades;
6. Revisões sectoriais;
7. Discussão sobre protocolos comuns de intervenções voltadas à proteção de
crianças;
8. Adaptação dos fluxos nas províncias
9. Formação da rede de serviços nas províncias.
10. Elaboração de indicadores para avaliar a implementação dos fluxos
 
CONCEITOS
Criança- Para a construção desses fluxos entende-se como criança, face à
  legislação angolana, todo cidadão com menos de 18 anos de idade – Lei 68/76
  de 12 de outubro.
 
Como Sistema entende-se um conjunto de leis, políticas, regulamentos e
os serviços assim como as competências, acompanhamento e fiscalização
Flux necessárias em todas as áreas sociais para evitar e responder aos riscos
relacionados com a protecção da criança (UNICEF, 2008).
Os
Atendimento protectivo no contexto de violência - pressupõe o acolhimento
humanizado, escuta cuidadosa e prioridade no bem estar da criança na
identificação de sinais de violênia, no atendimento nos serviços e no processo
de responsabilização do agressor. Deve-se garantir o respeito pelo tempo,
pela palavra e pelo silêncio da criança evitando a violência secundária ou
revitimização.
 
  • O melhor interesse da criança.

s • O direito de não ser discriminada.

• O direito a conviver com sua família.


cípio
• O direito a um atendimento inclusivo e de qualidade.
Prin
• O direito a um atendimento individualizado e confidencial.

• O direito de falar e ser ouvida.


• Fluxo
 
  • Acompanhamento Posterior

a • Conceitos

utur • Marco Legal

Estr • O que deves saber

• Parâmetros de atendimento

• Rede de Referência
  COMO LER OS FLUXOS
  os
flux O que são as portas de entrada: são as instituições onde chegam os casos.
dos Geralmente as que a população reconhece como sendo de referência.

a O acompanhamento posterior
Prevê os atendimentos de acompanhamento e complementares que devem ser
utur prestados de forma simultânea e articulada com outros parceiros, como por
exemplo: o registo de nascimento, o acesso à escola, aos serviços de saúde, ao
Estr atendimento psicológico, acesso à justiça, protecção social dentre outros.
 
AULA 1 
 
 

Compromissos já firmados no âmbito da construção dos fluxos


• Validar os fluxos para atendimento às vítimas do Tráfico e Trabalho Infantil elaborados na última
semana por mais de 50 parceiros.

• Adaptar os fluxos nas províncias considerando os serviços e a realidade dos municípios.


(feita a primeira adaptação na Huíla).

• Elaborar uma instrumentos padrão de coleta dados e encaminhamento dos casos entre as
instituições;

• Promover a formação dos integrantes do Sistema para utilização dos fluxos: professores,
enfermeiros, médicos, esquadras, atendentes área social, Comissão Tutelar, activistas sociais do
Aprosoc, redes de protecção, ADECOS.

• Realizar campanhas de comunicação e estratégias de mobilização relacionadas as temáticas dos


fluxos com foco no acolhimento, prevenção e responsabilização.
 
 

“É preciso uma aldeia inteira para cuidar de uma criança”


Provérbio africano
Onde houver uma criança precisando de ajuda, sempre deverá existir
uma comunidade ou um grupo de adultos, além da família nuclear ou
extensiva, para garantir o seu pleno desenvolvimento.

AGRADECIMENTOS

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