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A Escola dos

Annales I
Febver e Bloch
A Origem dos Annales.
• Origem:

• Descontentamento de Marc Bloch e Lucian Febver em relação à história


política.
• História Política ou história dos eventos:

• Reduzia a história a um simples jogo de poder entre os grandes homens e


os grandes países, ignorando as estruturas, os campos coletivos e
individuais, que conferem ao jogo pelo poder profundidade,
complexidade, densidade.
“História – filha do seu tempo”, Febver:

• Era um tempo de convulsões e rupturas com o passado e a


historia convencional não correspondia a estes novos tempos;

• Necessidade de uma história totalizante:


• Nasceu do fato de que o homem se sentia como um ser cuja
complexidade em sua maneira de sentir, pensar e agir;
• Não podia reduzir-se a um pálido reflexo do jogo de poder
dos poderosos – reis, príncipes, presidentes, burocratas, etc.
• Era necessário descobrir o homem na plenitude de suas
virtualidades que se inscreviam concretamente em situações
históricas.
Abriu-se várias possibilidades do fazer
historiográfico:

• Necessidade de ir buscar junto a outras ciências do homem


conceitos e instrumentos que permitiriam ao historiador
ampliar a sua visão de homem.
• Não desprezava o subjetivo, a individualidades;

• Não se esquecia de que as estruturas sempre tem algo a dizer a


respeito do comportamento do homem;
• O homem não se confinava a um corpo a ser mantido, mas
também a um espirito que criava e sentia diferentemente, em
situações diferenciadas.
Fundação da Revista dos Annales por Bloch e
Febver:

• Revista dos Annales foi fundamental para a diversificação


do fazer historiográfico, quando há a aproximação com as
ciências vizinhas e o incentivo a inovação temática;
• O núcleo central do grupo dos Annales:

• Febver, Bloch, Braudel, Duby, Le Goff, Emanuel Le Roy


Ladurie.
As ideias centrais dos Annales e da Revista:

• 1.A substituição da tradicional narrativa do


acontecimento, por uma história-problema;

• 2.A história de todas as atividades humanas e não


apenas da atividade política;

• 3.Visando completar os dois primeiros objetivos:


• Era necessário a colaboração com as outras disciplinas,
tais como a geografia, a sociologia, a psicologia, a
economia, a linguística, a antropologia social e outras
tantas.
As gerações
• 1º) A Primeira Fase – 1920 à 1945:

• Caracterizou-se por ser pequeno, radical e subversivo,


conduzido a uma guerra de guerrilhas contra a história
tradicional, a história política e a história dos eventos;

• 2º) A Segunda Fase – Após a segunda guerra:

• Os rebeldes se apoderaram do poder institucional-oficial


no ensino e pesquisa em história;
As gerações

• Depois da II guerra a revista se transformou no órgão oficial;

• Sob a liderança de Febvre, os intelectuais revolucionários


conquistaram o poder e o status do conhecimento histórico
da França;
• O herdeiro desse poder seria Braudel;

• Nessa segunda fase há a criação de conceitos diferentes


(estrutura e conjuntura);
• E novos métodos (como a história serial das mudanças em
longa duração).
3º) A Terceira Geração – se inicia por volta de
1968:

• Marcada pela fragmentação – era uma escola unificada


apenas aos olhos de seus admiradores externos;
• Os críticos acusavam os Annales de não se importarem
com as questões políticas e dos eventos históricos;
• Nos últimos vinte anos, muitos membros do grupo se
transferiram da historia social e econômica, para a historia
socio-cultural;
• Outros redescobriram a história política (cultura política) e
uma nova narrativa.
Annales – coletividade:
• O movimento dos Annales é atribuído frequentemente, de maneira
equivocada, apenas a Febver, Bloch e Braudel – os outros
historiadores seriam apenas expectadores – Isto é errado:
• Este empreendimento foi algo coletivo, onde contribuições
significativas foram feitas por um bom número de indivíduos.
• Isto fica mais claro na terceira geração;

• Mas também é verdadeiro para a segunda geração, conhecida como a


era Braudel.

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