O documento descreve a origem e ideias centrais da Escola dos Annales. Fundada por Marc Bloch e Lucien Febvre, criticava a história política tradicional e defendia uma abordagem totalizante e interdisciplinar, buscando novas perspectivas em outras ciências. A Escola publicou a revista Annales e influenciou gerações de historiadores a ampliar seus métodos e temas para além da política.
O documento descreve a origem e ideias centrais da Escola dos Annales. Fundada por Marc Bloch e Lucien Febvre, criticava a história política tradicional e defendia uma abordagem totalizante e interdisciplinar, buscando novas perspectivas em outras ciências. A Escola publicou a revista Annales e influenciou gerações de historiadores a ampliar seus métodos e temas para além da política.
O documento descreve a origem e ideias centrais da Escola dos Annales. Fundada por Marc Bloch e Lucien Febvre, criticava a história política tradicional e defendia uma abordagem totalizante e interdisciplinar, buscando novas perspectivas em outras ciências. A Escola publicou a revista Annales e influenciou gerações de historiadores a ampliar seus métodos e temas para além da política.
Annales I Febver e Bloch A Origem dos Annales. • Origem:
• Descontentamento de Marc Bloch e Lucian Febver em relação à história
política. • História Política ou história dos eventos:
• Reduzia a história a um simples jogo de poder entre os grandes homens e
os grandes países, ignorando as estruturas, os campos coletivos e individuais, que conferem ao jogo pelo poder profundidade, complexidade, densidade. “História – filha do seu tempo”, Febver:
• Era um tempo de convulsões e rupturas com o passado e a
historia convencional não correspondia a estes novos tempos;
• Necessidade de uma história totalizante:
• Nasceu do fato de que o homem se sentia como um ser cuja complexidade em sua maneira de sentir, pensar e agir; • Não podia reduzir-se a um pálido reflexo do jogo de poder dos poderosos – reis, príncipes, presidentes, burocratas, etc. • Era necessário descobrir o homem na plenitude de suas virtualidades que se inscreviam concretamente em situações históricas. Abriu-se várias possibilidades do fazer historiográfico:
• Necessidade de ir buscar junto a outras ciências do homem
conceitos e instrumentos que permitiriam ao historiador ampliar a sua visão de homem. • Não desprezava o subjetivo, a individualidades;
• Não se esquecia de que as estruturas sempre tem algo a dizer a
respeito do comportamento do homem; • O homem não se confinava a um corpo a ser mantido, mas também a um espirito que criava e sentia diferentemente, em situações diferenciadas. Fundação da Revista dos Annales por Bloch e Febver:
• Revista dos Annales foi fundamental para a diversificação
do fazer historiográfico, quando há a aproximação com as ciências vizinhas e o incentivo a inovação temática; • O núcleo central do grupo dos Annales:
• Febver, Bloch, Braudel, Duby, Le Goff, Emanuel Le Roy
Ladurie. As ideias centrais dos Annales e da Revista:
• 1.A substituição da tradicional narrativa do
acontecimento, por uma história-problema;
• 2.A história de todas as atividades humanas e não
apenas da atividade política;
• 3.Visando completar os dois primeiros objetivos:
• Era necessário a colaboração com as outras disciplinas, tais como a geografia, a sociologia, a psicologia, a economia, a linguística, a antropologia social e outras tantas. As gerações • 1º) A Primeira Fase – 1920 à 1945:
• Caracterizou-se por ser pequeno, radical e subversivo,
conduzido a uma guerra de guerrilhas contra a história tradicional, a história política e a história dos eventos;
• 2º) A Segunda Fase – Após a segunda guerra:
• Os rebeldes se apoderaram do poder institucional-oficial
no ensino e pesquisa em história; As gerações
• Depois da II guerra a revista se transformou no órgão oficial;
• Sob a liderança de Febvre, os intelectuais revolucionários
conquistaram o poder e o status do conhecimento histórico da França; • O herdeiro desse poder seria Braudel;
• Nessa segunda fase há a criação de conceitos diferentes
(estrutura e conjuntura); • E novos métodos (como a história serial das mudanças em longa duração). 3º) A Terceira Geração – se inicia por volta de 1968:
• Marcada pela fragmentação – era uma escola unificada
apenas aos olhos de seus admiradores externos; • Os críticos acusavam os Annales de não se importarem com as questões políticas e dos eventos históricos; • Nos últimos vinte anos, muitos membros do grupo se transferiram da historia social e econômica, para a historia socio-cultural; • Outros redescobriram a história política (cultura política) e uma nova narrativa. Annales – coletividade: • O movimento dos Annales é atribuído frequentemente, de maneira equivocada, apenas a Febver, Bloch e Braudel – os outros historiadores seriam apenas expectadores – Isto é errado: • Este empreendimento foi algo coletivo, onde contribuições significativas foram feitas por um bom número de indivíduos. • Isto fica mais claro na terceira geração;
• Mas também é verdadeiro para a segunda geração, conhecida como a
Jurandir Malerba - Acadêmicos na berlinda ou como cada um escreve a história? Uma reflexão sobre o embate entre historiadores acadêmicos e não acadêmicos no brasil à luz dos debates sobre public history