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- Livreiros Franceses: Pierre Plancher (1824); Baptiste Louis Garnier (1844); Anatole
Louis Garraux (1863);
- Importações até 1912 + 50% dos livros vinham da França; Portugal não representava
25% do setor.
História, uma disciplina
■ No século XIX outras correntes teóricas e filosóficas impactam sobre
a produção histórica, como o Marxismo.
- Luta de classes – motor da história
■ Institucionalmente, organizam-se grupos de historiadores
- Revistas acadêmicas = veículos de debate
■ Na França:
- Revue Historique (1876): Escola Metódica; Gabriel Monod; Charles
Seignobos;
- Revue de Synthèse Historique (1900): Centre International de
Synthèse; Henri Berr;
História, uma Disciplina
■ Annales d’histoire économique et sociale (1929)
■ Crítica à “História dos Grandes Homens” (positivista, factual,
pretensa objetividade)
“Mas a história não é relojoaria ou marcenaria. É o esforço para
conhecer melhor: por conseguinte é uma coisa em movimento.”
(Marc Bloch, Apologia da História, ou O Ofício do Historiador. Rio de Janeiro, Zahar, 2001. p. 48)
“[...] as culturas primitivas seriam o fruto de sociedades igualitárias, nas quais as relações entre grupos
são reguladas de uma vez por todas e se repetem, ao passo que as civilizações se assentariam em
sociedades de relações hierarquizadas, com fortes diferenças entre os grupos, portanto, com tensões
variáveis, conflitos sociais, lutas políticas e uma perpétua evolução. [...] No entanto, as civilizações, as
sociedades mais brilhantes supõem, dentro de seus próprios limites, culturas, sociedades elementares;
veja o diálogo sempre importante entre as cidades e o campo. (...) no plano da duração, a civilização
transpõe, implica espaços cronológicos muito mais vastos que uma dada realidade social. A civilização
muda muito mais lentamente do que as sociedades que ela porta ou determina.” (p. 38-39)
Gramática das Civilizações
■ As civilizações são economias...
“Toda sociedade, toda civilização depende de dados econômicos, tecnológicos, biológicos, demográficos.
As condições materiais e biológicas pesam incessantemente sobre o destino das civilizações. Aumento ou
diminuição do número de pessoas, saúde ou decadência física, surto ou recuo econômico e técnico
repercutem através do edifício cultural e social.” (p. 39)
“[...] as desigualdades do acesso à civilização, que a vida econômica criou entre as diferentes classes
sociais, também foram por ela criadas entre os diferentes países do mundo. Grande parte do mundo
constitui o que uma ensaísta chamou de “proletariado exterior”, o que a linguagem corrente denomina
Terceiro Mundo, enorme massa de homens para quem o acesso ao mínimo vital se coloca antes do
próprio acesso à civilização – que não raro lhes é desconhecida – de seu próprio país. Ou a humanidade
trabalhará para superar esses desníveis gigantescos, ou a e as civilizações correrão o risco de soçobrar.”
(p. 42)
Gramática das Civilizações
■ As civilizações são mentalidades coletivas...
“Em cada época, certa representação do mundo e das coisas, uma mentalidade coletiva dominante anima,
penetra a massa inteira da sociedade. Essa mentalidade que dita as atitudes, orienta as opções, arraiga os
preconceitos, inclina os movimentos de uma sociedade, é eminentemente um fato de civilização. Muito mais
ainda que os acidentes ou as circunstâncias históricas e sociais de uma época, ela é o fruto de heranças
remotas, de crenças, medos, inquietações antigas, não raro quase inconscientes, na verdade o fruto de uma
intensa contaminação cujos germes se perdem no passado e se transmitem através de gerações e gerações
de homens. As reações de uma sociedade aos acontecimentos da hora, às pressões que eles exercem, às
decisões que exigem dela, obedecem menos à lógica, ou mesmo ao interesse egoísta, do que a esse
mandamento não formulado, frequentemente informulável e que brota do inconsciente coletivo.” (p. 42)
Civilização
Civilizações
Economias Sociedades
Livro
“Istmos” de circulação
privilegiada ligam o Norte
ao Sul (istmo russo, istmo
alemão, istmo francês)
“A Europa é, em parte
essencial, navios,
comboios, vitórias sobre a
imensidade das águas
salgadas.” (p. 286)