Teledetecção

Aula_5
APLICAÇÕES
APLICAÇÕES
Cada sensor é concebido para aplicações específicas. As
bandas espectrais registadas por um sensor óptico
determinam os campos de aplicação para os quais serão úteis.
• A resolução espectral
• A resolução espacial
• A resolução temporal
Utilização de Várias Fontes de Informação

Cada banda de dados registada por um sensor contém informações

importantes e únicas.
Cada objecto interage de forma diferente segundo o comprimento de onda de
energia incidente que é reflectida, absorvida, difundida ou retransmitida em
diferentes proporções.
A aparência de um objecto pode variar facilmente com o tempo, por vezes em
alguns segundos.
Para algumas aplicações é necessário utilizar informação proveniente de
diferentes fontes de dados garantindo uma identificação correcta do objecto e
uma colheita de dados o mais precisa possível.
Dados multiespectrais
A uso de várias bandas espectrais tem o objectivo de explorar
diferentes “visões” do objecto para facilitar a sua identificação.
Foram feitos vários estudos para reconhecer as melhores bandas
espectrais para a identificação e a análise de objectos específicos, como
por exemplo danos em árvores causadas por insectos.
Dados de multisensores
Os diferentes sensores fornecem informações diferentes e complementares que, após serem
integradas, podem facilitar a interpretação e a classificação das imagens.
Um exemplo desta fusão de dados proveniente de alguns sensores é a fusão de imagens
pancromáticas de alta resolução com imagens multiespectrais de fraca resolução.
Também podem ser combinados dados registados na forma activa e passiva.
Um exemplo específico é a integração de imagens SAR (Synthetic Aperture Radar) com imagens
multiespectrais.
A imagem SAR adiciona a expressão da topografia da superfície a uma imagem que parece
desprovida de relevo.
A imagem multiespectral dá informação espectral significativa da composição e da cobertura da
superfície do solo.
Este tipo de imagens é muitas vezes usada em geologia onde a litologia (ou a composição mineral)
é representada pela componente espectral, e a estrutura é representada pela componente radar.
Dados multitemporais
A monitorização da variação da cobertura do solo ou do crescimento urbano,
necessita de imagens obtidas em diferentes períodos.
Uma classificação de uma imagem mais antiga é comparada com uma classificação da
imagem mais recente, e são traçadas as variações nas fronteiras de classes.
Por exemplo a observação das variações da vegetação durante o período de
crescimento, o que implica a aquisição de imagens com intervalos frequentes durante
esse período.
Os eventos catastróficos (deslizamentos de terrenos, inundações, incêndios, etc.)
necessitam de um intervalo de alguns dias, enquanto que para os eventos mais lentos
(fusão de um glaciar, crescimento de uma floresta) requerem alguns anos de intervalo.
Este tipo de aplicação exige também uma uniformidade nas condições de iluminação
(ângulo dos raios solares ou geometria das imagens radar) de forma a
produziremresultados de classificação comparáveis.
 Geologia
A detecção remota é um instrumento que permite a extracção de informação acerca da estrutura
ou da composição da superfície da Terra.
Ela é normalmente combinada com outras fontes de dados para obter medições
complementares.
A partir da reflectância espectral, os dados multiespectrais podem fornecer informação sobre a
composição litológica das rochas.
O radar fornece informação sobre a rugosidade e a geometria da superfície, sendo muito útil,
sobretudo quando ela é combinada com os dados provenientes de outras fontes para produzir
uma representação detalhada do relevo.
A detecção remota não está limitada às aplicações geológicas directas; ela é também utilizada
na planificação e na logística, como na planificação do traçado de vias de acesso a uma região
mineira, na fiscalização dos projectos, e na criação de mapas de base sobre os quais os dados
geológicos podem ser colocados.
 Geologia
As principais aplicações da detecção remota em geologia:
• na cartografia de depósitos de
superfície
• na cartografia litológica
• na cartografia estrutural
• na exploração e extracção de
inertes
• na exploração mineira
• na exploração petrolífera
• na geologia ambiental
• na geobotânica
• nas infra-estruturas de base
• na cartografia e monitorização das
taxas de sedimentação
• na cartografia e monitorização de
fenómenos naturais
• na cartografia dos riscos geológicos
• na cartografia planetária.
Cartografia estrutural e análise das formas do terreno

A visão sinóptica de uma região dá

uma perspectiva muito diferente
daquela que é possível ter com base
em observações no solo durante a
execução de um mapa das estruturas
geológicas.
A detecção remota fornece esta
perspectiva regional.

Exemplo de um mapa estrutural.

Sombras realçando o relevo numa imagem SAR
Dados combinados utilizando a técnica IHS (Intensity-Hue-Saturation
intensidade-matiz-saturação)

Dados gamma de Port Coldwell.

Imagem integrada (gama e SAR) de Port Coldwell.

Imagem SAR de Port Coldwell.

Cartografia das unidades geológicas
A detecção remota permite descrever a litologia utilizando a cor, as
características de alteração e erosão, rede de drenagem e espessura
das bancadas rochosas.
As unidades litoestratigráficas podem ser delimitadas pelas suas
assinaturas espectrais, pela estrutura dos seus estratos e pela
morfologia da superfície.
Delimitando estas estruturas e identificando as litologias associadas, os
geólogos podem reconhecer as regiões que apresentam estas
características e passarem a ser objecto de exploração.
Cartografia das unidades geológicas
A detecção remota oferece uma visão geral necessária para:
1) construir mapas das unidades regionais úteis para análises a
pequena escala e para a planificação da verificação das unidades no
terreno com vista a uma cartografia detalhada, e
2) compreender a distribuição espacial e as relações de superfície entre
as unidades.
A detecção remota VIR (infravermelho visível) fornece a informação
multiespectral relacionada com a composição da unidade, enquanto
que o radar dá uma informação textural.
Cartografia das unidades geológicas
Para análise de um local específico, as fotos aéreas são um produto de
alta resolução que podem fornecer informação sobre erosão, tom e
rede de drenagem.
As fotos podem ser facilmente observadas em estereoscopia de forma
a avaliar as características do relevo.
O estudo de uma região requer imagens de resolução média cobrindo
uma grande superfície.
A combinação de imagens ópticas e radar permitem realçar o terreno e
a textura produzindo uma excelente fonte de dados regionais.
 Cartografia
A cartografia é uma componente integral do processo de gestão dos recursos
terrestres, e a informação cartográfica é um produto resultante da análise de
dados da detecção remota.
A crescente procura de informação em detecção remota para utilizar no
campo da cartografia é justificada pelas grandes vantagens que oferece,
nomeadamente:

• uma cobertura em estereoscopia • uma cobertura do globo quase total

• uma repetividade frequente
(periodicidade constante)
• uma disponibilidade quase imediata
• uma cobertura regional
• mão-de-obra pouco onerosa
• armazenamento em formato digital
• uma integração fácil com SIG
(Sistemas de Informação Geográfica)
• facilidade e rapidez na actualização
dos dados.
Cartografia
Algumas das aplicações em cartografia e detecção remota, são:
1. Planimetria
2. Modelo digital do terreno (DEM)
3. Cartografia tematica / cartografia topográfica.

Nota: ver o desenvolvimento no texto de apoio