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PRÁTICA E

PESQUISA EM
EDUCAÇÃO
REGIONAL

Módulo 2
O projeto de pesquisa e o referencial teórico-metodológico:

Fonte documental é a origem de uma informação, especialmente para fins de


investigação, quer seja em jornalismo, historiografia ou produção de literatura
acadêmica em geral. Em determinados contextos, os termos autor e fonte são
sinônimos. Na historiografia, especificamente, há o termo Documento histórico,
como são chamadas tais fontes.
As fontes documentais podem ser primárias, secundárias, ou terciárias.

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Fonte primária
Uma fonte primária em historiografia é um documento ou qualquer fonte cuja origem remonta, grosso modo, à época que
se está pesquisando, frequentemente produzida pelas próprias pessoas estudadas. São exemplos comuns de fontes
primárias:

correspondências e diários
assentos de registros públicos ou privados (civis, imobiliários, censitários, financeiros etc.)
periódicos
textos literários e narrativos
Fonte secundária
Fonte secundária, consiste em todo trabalho que se baseia em outro, este sendo a fonte original ou primária. Tem como
característica o fato de não produzir uma informação original, mas sobre ela trabalhar, procedendo a análise, ampliação,
comparação, etc.

A fonte secundária compõe-se de elementos derivados das obras originais, refere-se a trabalhos escritos com o objetivo
de analisar e interpretar fontes primárias e, normalmente, com o auxílio e consulta de outras obras consideradas,
também, fontes secundárias.

A Historiografia considera fontes secundárias todos os escritos não contemporâneos aos fatos que narra.

A maioria dos trabalhos acadêmicos hoje publicados são fontes secundárias ou mesmo terciárias. Uma fonte secundária
ideal geralmente é caracterizada por reportar dados oriundos de fontes primárias, bem como por analisar, interpretar e
avaliar os eventos que são objeto de estudo.

Fonte terciária

Uma fonte terciária é uma seleção e compilação de fontes primárias (material original sobre alguma informação) e
secundárias (comentários, análises e crítica baseados nas fontes primárias). Enquanto a diferenciação entre as fontes
primária e secundária é essencial na historiografia, a distinção entre estas e as fontes terciárias é mais superficial.

Exemplos típicos de fontes terciárias são as bibliografias, listas de leituras e artigos sobre pesquisas. As enciclopédias e
manuais de instrução são exemplos de peças que reúnem tanto fontes secundárias como terciárias, apresentando por um
lado comentários e análises, e por outro tratando de proporcionar uma visão resumida do material disponível sobre a
matéria.
Levantamento Bibliográfico

As Bibliotecas do Sistema realizam e orientam o usuário na busca de materiais


informacionais nacionais e internacionais. O levantamento bibliográfico consiste em
pesquisar a bibliografia existente sobre um determinado assunto, seguindo os dados
oferecidos pelo usuário, como palavras-chave, tipologia do material e idioma. Na
Biblioteca Central o usuário deve procurar a Divisão de Acesso à Informação para
ter acesso a este serviço.

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Levantamento e seleção de bibliografia
Como uma das etapas mais importantes no processo de pesquisa bibliográfica, o levantamento e
seleção de bibliografias consistem em métodos para a obtenção de conteúdo necessário para a pesquisa.

Um dos primeiros passos para fazer levantamento de bibliografia além de definir o tema a se pesquisar,
podendo ser desde os mais gerais até os mais específicos e voltados para profissionais e especialistas, é
entender que a bibliografia levantada deve permitir a revisão de leitura crítica. Deve-se evitar também
leitura inútil, ou seja, que não atenda ao interesse

Antes de dar o segundo passo é necessário entender que este passo pode ser feita de duas maneiras; a
primeira trata-se de uma busca manual por catálogos e bibliografias em seu formato físico, apesar de ser
um método raramente utilizado atualmente, ainda se revela eficaz na busca de conteúdo; a segunda
forma de se obter bibliografia é através de buscas em catálogos e bases de dados informatizadas. O
segundo passo, então, consiste em identificar uma base de dados capaz de nutrir a necessidade de
conteúdo.

Existe um vasto campo de bases de dados que oferecem serviços de conhecimento desde os mais
especializados até os de aspectos gerais, um bom exemplo desse tipo de base é o Google Academico
que apresenta artigos em geral. Outros exemplos de bases de dados mais especializadas são:

BRAPCI

Base de dados referencial da área de Ciência da Informação. Recupera artigos de mais de 37 periódicos
brasileiros da área.

http://www.brapci.ufpr.br
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SciELO

Coleção multidisciplinar de mais de 290 revistas científicas do Brasil, Chile, Cuba, Espanha, Venezuela e
outros países da América Latina.

http://www.scielo.org/php/index.php

ERIC

Base de dados bibliográfica da área de Educação, desenvolvida pelo Instituto de Ciência da Educação
(IES) do Departamento de Educação dos Estados Unidos.

http://www.eric.ed.gov/

HEIN

Base de dados de periódicos da área jurídica em língua inglesa. Este serviço permite o acesso aos textos
completos de fontes especializadas, como: revistas jurídicas, Leis federais americanas, Tratados e acordos
internacionais, Relatórios da Suprema Corte dos Estados Unidos e Opiniões publicadas do United States
Attorney General. Contém cerca de 1.200 títulos de revistas da área legal, disponíveis desde o primeiro
exemplar publicado.

http://heinonline.org/HOL/Welcome
Capes

Base de dados de periódicos de acesso livre.

http://www.periodicos.capes.gov.br/

ProQuest

Oferece documentos de fontes abrangendo pesquisa e áreas temáticas como as seguintes: Artes, Ciência
& Tecnologia, Ciências Sociais, História, Literatura & Idioma, Negócios, Saúde & Medicina.No site da
Capes podemos encontrar um guia de uso.

http://www.periodicos.capes.gov.br/images/documents/ProQuest%20-%20Guia%20de%20uso
%20rapido.pdf
A IMPORTÂNCIA DO FICHAMENTO

· O fichamento é importante porque registra as idéias principais do autor que está


sendo estudado, principalmente no que se refere às citações textuais, garantindo
integridade e correção da referência, para uso nos trabalho.
· Anotar ideias que ocorram durante a leitura
· Reter elementos que permitam sua seleção posterior e fácil localização no
momento de necessidade.
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O MEMORIAL DESCRITIVO

É um documento autobiográfico que descreve, analisa, quantifica e qualifica os


acontecimentos sobre a trajetória no processo acadêmico, profissional e intelectual
de um candidato a um cargo público ou mesmo a um cargo em instituição de caráter
privado e ainda a um processo de seleção de Mestrado e de Doutorado. Deve incluir
as fases deformação do candidato, ser destacadas as experiências no âmbito da
atividade profissional, avaliando-se sua repercussão na vida pessoal. Deve ser
destacado as suas intenções em participar e obter o certificado de nível superior no
curso sequencial de formação específica, e/ou pós-graduação.
Como fazer um memorial descritivo

Algumas dicas para facilitar a elaboração:

Entenda a finalidade
O primeiro passo para criar um memorial descritivo é compreender o objetivo desse documento. Se ele
foi solicitado como parte do processo seletivo para um cargo público, você precisa analisar as
competências necessárias para o cargo e descobrir de que forma o seu memorial pode contribuir para a
seleção.

Em geral, o memorial pessoal reúne informações sobre a trajetória pessoal, profissional, acadêmica e
intelectual do candidato, para que a banca responsável pela seleção consiga avaliar o perfil e tomar a
melhor decisão.

Faça um retrospecto da sua vida


É hora de analisar toda sua trajetória, desde o dia em que foi concebido, para identificar os pontos
relevantes e dar o merecido destaque no memorial pessoal. O que contribuiu para que você seja quem é
hoje? Quais foram as principais influências para sua escolha profissional e acadêmica? Quem lhe
inspira?

Siga um modelo
O que é exatamente um memorial acadêmico?

O formato pode variar para cada instituição, universidade ou faculdade. Mas o conceito de um memorial
descritivo acadêmico é sempre o mesmo.
O objetivo desse documento é fazer um breve resumo de toda a vida acadêmico da pessoa. Existem
memoriais que são limitados a apenas 5 páginas, como um currículo mais detalhado. E outros, para
universidades públicas, que podem chegar a 20 páginas.
A ideia principal da elaboração de um memorial acadêmico é semelhante a de um currículo, porém com
maior detalhamento da vida acadêmica, científica e até cultural.
A própria palavra memorial relativiza com memórias. Portanto, esse documento deve ser um breve resumo
sobre seus feitos. É interessante realizar uma análise reflexiva geral sobre toda a sua formação, expondo
os pontos fortes, comentando os pontos mais vulneráveis.

Um modelo básico de um memorial acadêmico pode ser o seguinte:


1. Resumo
Breve resumo do memorial apresentado. Geralmente contem cerca de 300 a 400 palavras.
2. Introdução
O principal na introdução é identificar o acadêmico. Se faz importante um breve relato das atividades
realizadas, com principais datas e atividades realizadas. Cada vez mais os memoriais passam a conter
fotos e imagens para ilustrar as situações.
3. Formação escolar
Formação básica do jovem. Vale relatar influências desses anos de colégio na escolha do futuro
universitário.
4. Formação acadêmica
Aqui há a maior quantidade de informação. Em vários memoriais a divisão em capítulos 4.1, 4.2, etc. Um
detalhamento maior é essencial para o completo entendimento do memorial descritivo. É necessário fazer
uma ligação coerente entre todos os passos da carreira. Como há a ligação entre as pós-graduações, se a
motivação para a defesa de uma tese de doutorado veio de um mestrado ou foi algo surgido no mercado de
trabalho.
Esse detalhamento é o que irá ajudar na compreensão do memorial. Quais os resultados alcançados com
as pesquisas e estudos. O que pode ser desenvolvido e quais foram as lições aprendidas?
É viável também a discussão de possíveis feitos, estudos e pesquisas que podem ser realizadas, seguindo
a linha de pesquisa do acadêmico em questão.
5. Experiências profissionais
Possíveis experiências no mercado de trabalho.
6. Conclusão
Pequena conclusão da vida acadêmica e futuros trabalhos.
7. Publicações
Publicações já publicados pelo acadêmico. A inclusão de projetos de iniciação científica, teses de
mestrados, doutorado, pós-doutorado, livre docência, artigos publicados em revistas, painéis, congressos,
etc.
8. Referências
Bibliografia e referências básicas para realização do presente documento.

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