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Panorama da

Judicialização da Saúde
Suplementar

LETÍCIA JUNGER
Mestre em Direito Público/PUCMG
Advogada
CURRÍCULO RESUMIDO
CONTEXTUALIZAÇÃO DA JUDICIALIZAÇÃO DA SAÚDE

• No Brasil, o sistema de assistência suplementar à saúde engloba,


aproximadamente, 48 milhões de pessoas, atingindo cerca de 24% da população,
segundo dados extraídos do sítio eletrônico da ANS.

• Saúde Suplementar é a terceira maior causa de litigância nos JESP, empatada com
demandas de transporte, segundo diagnóstico do CNJ (Justiça Pesquisa: Perfil do
acesso à justiça nos juizados especiais cíveis)
JUDICIALIZAÇÃO EM NÚMEROS
(Fonte: Corregedoria Geral de Justiça)
PRINCIPAIS TEMAS OBJETO DE JUDICIALIZAÇÃO

• negativas de autorização para realizar ou ressarcir procedimentos, exames,


próteses e materiais cirúrgicos.

• aumentos excessivos de mensalidade, cancelamento inesperado da apólice,


expulsão de idosos do plano, descredenciamento de hospitais.

• carência exigida quando não é exigível.

• negativas de cirurgia bariátrica e outros procedimentos estéticos obrigatórios.


PAPEL DA JURISDIÇÃO

• CNJ: Recomendação Nº 31 de 30/03/2010- Recomenda aos Tribunais a adoção de


medidas visando a melhor subsidiar os magistrados e demais operadores do
direito, para assegurar maior eficiência na solução das demandas judiciais
envolvendo a assistência à saúde.

• CNJ: Resolução Nº 238 de 06/09/2016- Dispõe sobre a criação e manutenção,


pelos Tribunais de Justiça e Regionais Federais de Comitês Estaduais da Saúde,
bem como a especialização de vara em comarcas com mais de uma vara de
fazenda Pública.
• TJMG: PORTARIA CONJUNTA Nº 643/PR/2017- Dispõe sobre a regulação dos
Núcleos de Apoio Técnico ao Judiciário para as demandas de saúde –NAT-JUS,
no âmbito do Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais – TJMG
AUXÍLIO TÉCNICO AOS MAGISTRADOS

TJMG: PORTARIA CONJUNTA Nº 643/PR/2017-


Art. 2º São atribuições dos NAT-JUS:
I - elaborar “pareceres técnicos”, “notas técnicas” e “respostas técnicas” sobre saúde;
II - prestar esclarecimentos sobre a melhor evidência científica, de eficácia,
eficiência, efetividade e segurança;
III - informar sobre a existência de produto ou serviço similar nos protocolos clínicos
do sistema de saúde pública ou suplementar.
REFERÊNCIAS NORMATIVAS NA ÁREA DA SAÚDE SUPLEMENTAR

• Constituição da República- art. 199

• Lei 8.080/90, que dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e


recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços
correspondentes e dá outras providências

• Lei 9.656/98, conhecida como Lei dos Planos de Saúde (Tramita na Câmara dos
Deputados o PL 7419/06 e cerca de 140 projetos para sua alteração).

• Lei 9.961/2000, Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), com competência


para regular e fiscalizar a atividade econômica dos planos e seguros de saúde.
APLICAÇÃO DO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR

Súmula 469 (cancelada): Aplica-se o Código de Defesa do Consumidor aos contratos


de plano de saúde.

Súmula 608: Aplica-se o Código de Defesa do Consumidor aos contratos de plano de


saúde, salvo os administrados por entidades de autogestão.

Planos de saúde de autogestão, regulados pela lei 9.656/98, não são considerados


comerciais, tendo em vista que são planos próprios das empresas, sindicatos ou
associações ligadas a trabalhadores, que administram por si mesmas os programas de
assistência médica
FORMAS DE CONTRATAÇÃO DE PLANO DE SAÚDE
CONTATO

 leticiajunger@gmail.com

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