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Módulo: Gestão Aeroportuária

Formador: Francisco Severino

Gestão Aeroportuária
29 de Abril de 2013
Módulo: Gestão Aeroportuária
Formador: Francisco Severino

Índice

O Aeroporto como Negócio


 O que é um Aeroporto
 Os parceiros estratégicos
 O conflito de perspectivas
 O processo de planeamento
 A sazonalidade
 O risco da construção

A Evolução da Indústria do Transporte Aéreo


 Dinâmica do mercado
 As Alianças
 Novos paradigmas da Gestão Aeroportuária
 O Aeroporto no contexto das Alianças Estratégicas

2
Módulo: Gestão Aeroportuária
Formador: Francisco Severino

Índice

Estrutura Organizacional de um Aeroporto


 Os diferentes modelos
 A orgânica dos Aeroportos
 Serviços e funções

3
O Aeroporto como Negócio
Um Aeroporto como negócio

O que é um Aeroporto?
Uma infraestrutura nacional ou regional;

Meios para as companhias aéreas;

Cobertura de custos;

Sistema internodal;

Um negócio

Para além dos interesses de todos os accionistas:

- ROI desejável para novos investimentos;

- Orientação para o cliente;

- Abordagem pelo Marketing.

4
O Aeroporto como Negócio
Os Parceiros Estratégicos

Aeroporto

ico
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on

no
Ec

Pr
re

Pr
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in
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ca

Em

do
ovr
Ap

Governo / Região Transportadora


Utilização do Aeroporto

Receptor de Turismo,Negócios

5
O Aeroporto como Negócio
O Conflito de Perspectivas

Visão de
Visão do Aeroporto
Companhia Aérea

15 Anos 2 Anos

Investimento em Dinâmica do
Infraestruturas Mercado

6
O Aeroporto como Negócio
O Processo de Planeamento

Estudos Conjuntos com


Parceiros Estratégicos
5 anos 5 anos 5 anos

2000 2005 2010 2015

Avaliação
5 anos 5 anos

2005 2010 2015


Avaliação
5 anos
2010 2015
Realização de Masterplan
Estudos com
Parceiros 2030-Future

7
O Aeroporto como Negócio
O Processo de Planeamento

Constrangimentos do Aeroportos

Acessibilidades

Terminal

Plataforma

Runways e Taxiways Área de


Aproximação

8
O Aeroporto como Negócio
O Processo de Planeamento

Pontos de partida para o Masterplanning

Volume;

Qualidade (Standars);

- Concepção (Design);

- Operacional.

9
O Aeroporto como Negócio
O Processo de Planeamento

Pontos de partida para o Masterplanning

Volume
Previsão de Volume de Tráfego:
- Passageiros;
- Carga;
- Movimentos.

Previsão de Tráfego e Hora de Pico


- Negócio/Lazer;
- Local/Transfer;
- Frotas;
- Europe/ICA/Domestic;
- Mercados Geográficos.

Previsão da Evolução de Meios de Transporte Terrestre

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O Aeroporto como Negócio
O Processo de Planeamento

Pontos de partida para o Masterplanning

Qualidade

Concepção/Design
- Passageiros/m2 em pico de hora;
- Portas (Ponte Telescópica) vs Autocarros (Handling);
- Área para retalho (m2);
- Localização para retalho
- Um terminal/Um nível;
- Áreas Centralizadas/Descentralizadas da Zona de Espera;
- Conceito da Área Esterilizada.

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O Aeroporto como Negócio
O Processo de Planeamento

Pontos de partida para o Masterplanning

Qualidade
Operacional
- MCT (Minimum Connecting Time)
- MBT (Minimum Boarding Time)
- Tempo de espera nos pontos de controle de:
• Segurança
• Imigração
• Alfândega
- N.º de tapetes de recolha de bagagem
- N.º de balcões de Check-In

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O Aeroporto como Negócio
O Processo de Planeamento

• Desenvolvimento longo prazo


Plano de Infraestruturas
• Localização e ocupação de terrenos

• Faseamento
Master Plan • Programação/Calendarização
• Plano de Investimentos

• Plano detalhado/Requisitos do utilizador


Plano de Implementação • Design
• Cálculo detalhado de custos

•Gestão de Projecto
Construção
•Controle: Prazos, Qualidade, Orçamento

•Treino do Staff
Operação
•Lançamento de Concurso das Concessões

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O Aeroporto como Negócio
O Processo de Planeamento

MORE THAN ONE GENERATION

LONG TERM

UP TO ONE GENERATION 30 a 50 ANOS

MEDIUM TERM

SITUAÇÃO PASSOS DE “ULTIMATE”


ACTUAL IMPLEMENTAÇÃO MASTER PLAN STAGE

• Design • Cenários de • Reservas


• Análise das caracte- Desenvolvimento
rísticas • Construção • Zoneamento
• Atribuição de Terrenos Regional
• Soluções hoc • Operação
• Design Conceptual • Aquisição de
• Gestão Terrenos
• Estratégia de Médio
Prazo • Plano de
Desenvolvimento
do Land use
• Estratégia de Longo
Prazo

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O Aeroporto como Negócio
A Sazonalidade

A Sazonalidade em diversos Aeroportos Europeus

Numa situação óptima (tráfego mensal = ponta de tráfego mensal), sem a influência da sazonalidade, a BAA
processaria mais de 21.5 milhões de passageiros do que os 97.9 milhões que processou em 1996...

BAA 1996 Passenger seasonality Factor de Ocupação = 81.9%


120% 12.000

110% 11.000
Passengers (000s)

100% 10.000

90% 9.000

80% 8.000

70% Total ‘lost’ 7.000


passengers:
60% 6.000
21 659 000
50% 5.000
Abr. Mai. Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov. Dez Jan Fev Mar

Hi (Aug) % of Hi -
Rhs
15
O Aeroporto como Negócio
A Sazonalidade

A Sazonalidade em diversos Aeroportos Europeus

Esta sazonalidade têm impactos diferentes nos Aeroportos e Entidades Gestoras de Aeroportos analisadas...
Milhares de Passageiros
BAA Copenhagen Roma Viena Lisboa

Mês de Pico 9968 1583 2290 958 754

Média Mensal 8163 1344 1988 762 532

Diferença 1805 239 302 196 222

Pico como % da média mensal 122.1% 117.8% 115.2% 125.7% 141.7%

Mês de Pico 9968 1583 2290 958 754

Mês de Baixa 6527 1056 1508 555 363

Diferença 3441 527 782 403 391

Pico como % do Mês de baixa 152.7% 149.9% 151.9% 172.6% 207.7%

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O Aeroporto como Negócio
O Risco de Construção

Investimento em Capacidade e o Risco Associado

Dada a natureza de capital intensivo inerente à actividade aeroportuária e investimento em capacidade gera
períodos significativos de sub-utilização

Aumento passag eiros versus capacidade 1990 a 2004

18

16
Investment “Catch-up” Investment
14 Period Period Period
12

10 Under-utillisation

8
Over-utillisation
6

4 Equilibrum
Under-utillisation
2

0
1996
1990

1991

1992

1993

1994

1995

1997

1998

1999

2000

2001

2002

2003

2004
Passengers (million) Passenger Capacity

16
O Aeroporto como Negócio
O Risco de Construção

Investimento em Capacidade e o Risco Associado

O cash flow aeroportuário á altamente afectado pela rigidez do investimento, estando ainda associado um
significativo risco económico...

Cash Flo w e Investimento 1990 a 2004

4.000
Investment
3.500 Investment “Catch-up” Period
Period Period
3.000

2.500 Cash
Generation
2.000

Cash Usage
1.500
Cash Usage
1.000

500

0
1990

1991

1992

1993

1994

1995

1996

1997

1998

1999

2000

2001

2002

2003

2004
Cash flow Investment

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O Aeroporto como Negócio
O Risco de Construção

Investimento e Previsões de Tráfego (I)

Na ANA, S.A. É comum a utilização das Previsões de Tráfego como forma de definir os momentos de investimento
em capacidade...

EVOLUÇÃO/PREVISÃO DO TRÁFEGO DE PASSAGEIROS DO AEROPORTO DE


LISBOA
18000000

16000000 Cap. 2ª Fase

14000000  =4,6%
Cap. 1ª Fase 00/10
12000000

10000000 Capacidade Actual


8000000

6000000

4000000

2000000
1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

Anos

18
Evolução da Indústria do Transporte Aéreo
Dinâmica de Mercado

Evolução da Indústria do Transporte Aéreo

Dinâmica do Mercado;

As Alianças;

Novos paradigmas na Gestão Aeroportuária;

Os Aeroportos no contexto das Alianças Estratégicas.

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Evolução da Indústria do Transporte Aéreo
Dinâmica de Mercado

TRANSPORTE AÉREO
Globalização / Privatização de

Regulamentação

Incremento das
Liberalização Aeroportos

OPEN SKIES

Segurança e
Ambiente
Regras de
Alianças Alianças

Low Cost
Carriers Competição
Integrators Redução de
Taxas Aeroportuárias
COMPANHIAS AÉREAS

Regional Carriers

AEROPORTOS
Incremento do Negócio
Redução de Custos
OS AGENTES Não Aviação
E AS TENDÊNCIAS
Maior Competição Minimização dos tempos
. Mercados DA INDÚSTRIA
. Rotas de processamento de
. Slots passageiros e carga
Incremento de
Especializaçãp
Diversificação de

Crescimento de capacidade e da
horas de ponta
Incremento de

. Aeronaves/Rotas
Transfers e

qualidade de
. Companhias
Oferta

. Mercados serviços
. Negócios
Redução Cliente
de Preços Preferencial

PASSAGEIROS / CARGA 20
Evolução da Indústria do Transporte Aéreo

As Alianças

Restrições
Desregulamentação de infraestrutura
•Liberalização aérea •Saturação do espaço aéreo
•Privatização •Congestão de aeroportos
•Leis anti-monopólio •Restrições ambientais
Sector
do
Transporte
Maior Concorrência Pressões nos custos
Aéreo
•Pressões nos yields
•Enfoque na rentabilidade
•Rigidez nos custos
•Agressividade comercial
•Enfoque na produtividade
•Programas de fidelização

ALIANÇAS
“Redes aéreas globais”

... têm como objectivo fortalecer a posição dos respectivos


membros num contexto de maior competitividade
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Evolução da Indústria do Transporte Aéreo

As Alianças
... mais estáveis tendem a intensificar
as suas áreas de colaboração
De... Para...

• Cooperação nas rotas • Integração de redes


• Conceitos alinhados de
• Inter-hubbing hub-and-spoke

• Codesharing • Network pooling

• Coordenação entre programas • Integração de gestão de marcas,


de vendas e fidelização vendas e serviços

• Procura de sinergias em serviços


• Serviços centrais partilhados
centrais

• Accionistas independentes • Accionistas interrelacionados

• Diferentes identidades
• Identidade partilhada
corporativas

22
Evolução da Indústria do Transporte Aéreo

As Alianças

. ..estão a dominar o mercado aéreo

De... Para...

Independentes

23
Evolução da Indústria do Transporte Aéreo
Novos Paradigmas na Gestão Aeroportuária

Actual Paradigma Novo Paradigma

Aeroportos como instrumentos Gestão Global de Aeroporto


de política interna - Plataformas geradoras de negócios
rentáveis
- Foco na sua dimensão estruturante
- Partilha de volume

Monopólios ou baixo nível de concorrência Prioridade aos clientes


- Definir os clientes estratégicos que
é preciso servir
Cultura orientada à operação
- Operativa e tecnologia Foco nas competências críticas
- Gerir volume de negócio - Subcontratar mantendo apenas as
- Partilha de mercados competências essenciais
- Arquitectura/“lay out”/desenho
Articulação entre as estratégias de negócio
Enfase na gestão da dimensão local e da região
- Baixa articulação com meio envolvente - Compatibilizar a lógica de gestão privada
e inserção regional dos aeroportos

24
Evolução da Indústria do Transporte Aéreo
Os Aeroportos no Contexto das Alianças Estratégicas

O planeamento deve basear-se em fundamentos sólidos…

Será que as Alianças constituem Quais serão os hubs europeus do Século XXI ?
modelos estáveis?

MAN
CPH
Oneworld LGW
LHR AMS BER
DUS
Star Alliance BRU
FRA Outros?

?
CDG
MUC
Sky Team ORY
VIE
ZHR
Independentes MIL
BCN
MAD
LIS

… sem esquecer que as oportunidades podem ser aproveitadas pelos nossos concorrentes
mais temidos
25
Evolução da Indústria do Transporte Aéreo
Os Aeroportos no Contexto das Alianças Estratégicas

Áreas de reflexão para alinhamento de estratégias

Oportunidades de colaboração Alinhamento estratégico

Planeamento de Investimentos Planeamento conjunto

Coordenação e comunicação Account Management

Optimização de capacidade Gestão activa de Slots

Alinhamento de recursos Terminais dedicados

Interesses comuns Formulas empresariais

26
Evolução da Indústria do Transporte Aéreo
Os Aeroportos no Contexto das Alianças Estratégicas

... O Account Management facilita a coordenação e a comunicação

Necessidades Account Oferta do


da Aliança Management Aeroporto

Interlocutor único Replicação Organização orientada


e global organizativa para o cliente

Novos requisitos Acordos de


nível de Serviços personalizados
globais serviço

Novos processos Coordenação Processos alinhados e


ou
e sistemas integração sistemas flexíveis

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Evolução da Indústria do Transporte Aéreo
Os Aeroportos no Contexto das Alianças Estratégicas

... interlocutores “dedicados” em cada nível é chave para assegurar uma


comunicação eficaz

Aliança Aeroporto

CEO / Administração CEO / Administração

Representante máximo Key Account Manager e


da aliança no aeroporto Director de Operações

Equipa de vendas Agentes de serviço ao


e operações cliente “dedicados”

Equipas de Apoio Técnicos “dedicados”

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Estrutura Organizacional de um Aeroporto
Os Diferentes Modelos

Neste tema vamos tentar:

Enquadrar e perceber as opções de exploração associadas a uma determinada estrutura orgânica:

Clarificar o impacto na estrutura de opções de execução directa e integrada da actividade


global versus subconcessões e subcontratações de serviços ou isolamento de actividades
com exploração autónoma;

Relacionar a estrutura organizativa com o processo de comunicação e decisão aos vários níveis;

Distinguir entre responsabilidade hierárquica e responsabilidade funcional;

Compreender o modo de funcionamento e as linhas de relacionamento formalmente


estabelecidas num organigrama;

Identificar os agrupamentos de funções e serviços associados em linha hierárquica e razões


que o podem justificar;

Extrapolar os conceitos gerais para a situação na Empresa, explicitando as opções subjacentes à


actual distribuição de responsabilidades por estruturas locais e centrais.
29
Estrutura Organizacional de um Aeroporto
Os Diferentes Modelos

Existem inúmeras obras sobre este tema, sugerem-se

Airport Operations, Norman J. Ashford,Clifton A. Moore,H.P. Martin Stanton, McGraw-Hill


Companies;

Airport Finance, Norman J. Ashford,Clifton A. Moore, McGraw-Hill Companies;

Airport Planning and Management, Alexander T. Wells, A.Wells, MacGraw-Hill;

The Airport Business, by Rigas Doganis (London: Routledge, 1992);

30
Estrutura Organizacional de um Aeroporto
Os Diferentes Modelos

A organização como instrumento duma política de exploração aeroportuária

A estrutura orgânica serve uma política de exploração. As filosofias de intervenção variam


desde a figura de proprietário, cedendo a terceiros a generalidade das funções de exploração,
até à de multinacional com plena integração, explorando todas as actividades e intervindo em
múltiplos mercados.

As situações limite referidas não são normais, sendo frequentes situações intermédias,
diferenciadas pelo enfoque numa das orientações, dando origem a entidades autónomas,
sistemas de aeroportos ou parcerias por especialização, numa lógica concentrada,
descentralizada ou de holding/sistema de empresas.

31
Estrutura Organizacional de um Aeroporto
Os Diferentes Modelos

A organização como instrumento duma política de exploração aeroportuária

Exemplos :

As empresas de aeroportos europeus exploram-nos directamente, em maior ou menor grau. As


americanas tendem a conceder a exploração às Companhias e, recentemente, a outros
operadores aeroportuários;

O aeroporto de Schipol ou o de Frankfurt são entidades autónomas, enquanto o de Lisboa ou o


de Madrid são parte de sistemas aeroportuários geridos por uma única entidade, com maior ou
menor concentração na Sede de serviços comuns aos vários aeroportos do sistema.

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Estrutura Organizacional de um Aeroporto
Os Diferentes Modelos

Sistema de Aeroportos

Administração

Direcção Direcção Direcção Direcção


Financeira Técnica Projectos/Obras ...

Aeroporto Aeroporto Aeroporto Aeroporto


XPTA XPTI XPTO ...

33
Estrutura Organizacional de um Aeroporto
Os Diferentes Modelos

A organização como instrumento duma política de exploração aeroportuária

Exemplos :

Alguns aeroportos constituíram-se como holdings, isolando em estruturas empresariais


autónomas mas controladas por via do capital, os aeroportos onde operam e/ou as actividades
para que se diversificaram, como o retalho, o handling, a consultoria, a segurança, os
projectos, a intervenção internacional, etc.

O aeroporto de Manchester alargou este conceito às suas próprias funções, concebendo


empresas para a função financeira, para os recursos humanos, etc. que lhe prestam os
serviços e podem fazê-lo para terceiros.

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Estrutura Organizacional de um Aeroporto
Os Diferentes Modelos

Sistema de Empresas

Holding
Aeroportos SGPS

Direcção Direcção Direcção Direcção


Financeira Internacional Planeamento ...

Handling Manutenção Aeroportos Aeroporto


SA SA Nacionais SA ...

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Estrutura Organizacional de um Aeroporto
Os Diferentes Modelos

A organização como instrumento duma política de exploração aeroportuária

Cada entidade organiza-se de acordo com os seus meios, percepções e necessidades,


conduzindo a estruturas com diferente alongamento horizontal e vertical;

Para esta diferenciação contribuem as opções de execução directa e integrada da actividade


global, versus subconcessões e subcontratações de serviços ou isolamento de actividades com
exploração autónoma, bem como a dimensão da empresa e dos recursos e a relevância dada
às diversas funções.

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Estrutura Organizacional de um Aeroporto
Os Diferentes Modelos

Organigrama Administração

Director

Jurídicos Secretaria

Sistemas de
Informação

Financeiros Operações Manutenção Segurança Comercial

Standards e Serviços
Estatística Técnicos

Piquete Document.
Emergência Técnica

Pessoal Finanças e Centro Serviços de Armazém Telecom Civil Relações Marketing


Aprovision. Coord. Apoio Sobressel. Energia Electromec. Públicas Concessões

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Estrutura Organizacional de um Aeroporto
Os Diferentes Modelos

A organização como instrumento duma política de exploração aeroportuária

Alongamento Horizontal

Recursos Administração

Finanças e Marketing Plan/ Subconc. Subconc. Sub- Jurídicos


Administr. /Desenvolv. Operacional Operacional contratos

Oportunidades Estratégia e Gestão, Restauração, Manutenção Contratos e


negócio Programação Handling Duty-Free, Limpeza, Contencioso
Fuel, Transportes, Informática,
Catering ... Serviços ... Refeitórios..

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Estrutura Organizacional de um Aeroporto
Os Diferentes Modelos

A organização como instrumento duma política de exploração aeroportuária

Alongamento Vertical

Administração

Direcção Geral Direcção Geral Direcção Geral Direcção Geral


Internacional Financeira Operacional …

Direcção Direcção Direcção Direcção Direcção Direcção


... Europa Manutenção Handling Operações ...

Divisão Divisão Divisão Divisão Divisão Divisão


Leste ... Sistemas ... Placa ...

Serviço Serviço Serviço Serviço


Ajud.-Visuais ... Coord. Oper. ...
Departamento,
Secções,
Grupos,
Equipas, Etc.

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A Gestão Aeroportuária
Orgânica dos Aeroportos

A filosofia de exploração pode normalmente ser encontrada na declaração da Missão

Mission

1. Provide the operational services in order to have a efficient treatment and guidance of
aircraft’s, passengers, baggage, cargo and mail, reflected in the provision of Airport
Operations, Air Traffic Control, Security and maintenance of installations and equipment’s.

2. To manage the Airport what means the definition, direction, supervision and control of all
the activities developed in the Airport, operational and commercial.

3. Provide excellent services with efficiency, safety and comfort for all airport customers

40
A Gestão Aeroportuária
Orgânica dos Aeroportos

Segurança

Acompanhamento e controlo de todos os procedimentos definidos no Plano de Segurança e


pela Comissão de Facilitação e Segurança. Articulação das forças públicas e privadas.
Acreditação de acessos às áreas restrictas do aeroporto. Gere o contrato com segurança
privada. (Staff – Assessoria)

Jurídicos

Preparação e apoio em todo o tipo de contratos e na recolha, interpretação e aplicação da


regulamentação aplicável e da legislação laboral. Gere o contrato com gabinete externo de
advogados.

41
A Gestão Aeroportuária
Orgânica dos Aeroportos

Relações Públicas

Serviços VIP/CIP, Exploração dos lounges, Informação sonora, Balcões de informação,


Traduções.

Gestores de Projecto

Coordenação do desenvolvimento de novas actividades da Companhia até que as mesmas


disponham de estrutura própria. (Sistema de Qualidade, Centro de Formação, Concursos
para gestão e exploração de novos aeroportos, Comercialização de software operacional
para aeroportos) – Componente matricial envolvendo normalmente a intervenção de vários
elementos de vários órgãos e fora de hierarquia normal.

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A Gestão Aeroportuária
Orgânica dos Aeroportos

Direcção Operacional

Direcção Operacional

Divisão de Tráfego Divisão de Divisão de


Aéreo Operações Eng.ª Manutenção

Serviço de Serviço de Serviço


Controlo Aéreo Operações Técnicos

Serviço de Inf. Serviço de Apoio Tecnologias de


Aeronáutica Geral Informação

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A Gestão Aeroportuária
Orgânica dos Aeroportos

Divisão de Tráfego Aéreo

Controlo do tráfego aéreo de aeródromo, briefing de tripulações, incluindo informação


aeronáutica, comunicações no solo e dados meteorológicos, activação do sinal de alerta e
coordenação das operações de busca e salvamento. Órgãos de linha

Divisão de Operações Aeroportuárias

Gestão da área do aeródromo incluindo a negociação e alocação de slots aeroportuários,


procedimentos de segurança na área de movimento, despacho de aeronaves, serviços de
marshaling e de transportes, controlo das regras de tráfego na plataforma e acreditação de
acessos à plataforma de pessoas e veículos. Gestão do Terminal de passageiros, incluindo a
coordenação dos fluxos de passageiros e bagagens, a alocação de stands, balcões de check-
in, portas de embarque e tapetes de bagagem, produzindo a informação visual de voo,
supervisionando e inspeccionando os procedimentos de todos os intervenientes. Gere ainda
os contratos de limpeza do aeroporto, de desinfestação e de recolha de lixos.
44
A Gestão Aeroportuária
Orgânica dos Aeroportos

Divisão de Engenharia e Manutenção

Gere os sistemas e equipamentos de apoio ao funcionamento e assegura a disponibilidade


operacional da infraestrutura, sistemas e equipamentos através de adequados planos e
contratos de manutenção. Coordena o centro de reporte de avarias. Gere os contratos de
manutenção de : - telecomunicações e rádio ajudas, - instalações, pavimentos, electrónica,
electricidade e mecânica, - sistemas de informação, e - zonas verdes.

45
A Gestão Aeroportuária
Orgânica dos Aeroportos

Direcção Comercial

Direcção Comercial

Comunicação e Business to Business to Market


Relações Públicas Business (B2B) Comunication (B2C) Intelligence

46
A Gestão Aeroportuária
Orgânica dos Aeroportos

Business to Business

Gestão dos contratos de concessão de Handling, Catering, Combustíveis, Manutenção de


Aeronaves, Exploração do Terminal de Carga. Auscultação e articulação mensal com as
Companhias para perspectivar zonas de melhoria da actividade e qualidade de serviço.

Business to Communication

Gestão dos contratos de concessão de Retalho. Auscultação e articulação mensal com os


Concessionários para análise da actividade, análise comparativa com preços da cidade e de
aeroportos de destino com retalho nas chegadas e adequação dos produtos às preferências
declaradas dos passageiros. Coordenação das inspecções sanitárias à qualidade da água e
dos produtos alimentares (incluindo catering para aviões).

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A Gestão Aeroportuária
Orgânica dos Aeroportos

Marketing Intelligence

Sistema de informação de gestão e benchmarking, estatísticas e previsões de tráfego,


análise de novas oportunidades de negócio, políticas de preços, inquéritos trimestrais aos
passageiros sobre disponibilidade e qualidade de produtos e serviços e anuais de perfil de
utente, iniciativas de promoção com os concessionários, promoção da imagem institucional.

48
A Gestão Aeroportuária
Orgânica dos Aeroportos

Administração e Finanças

Direcção Administrativa e
Financeira

Divisão de Recursos Divisão


Humanos Financeira

Serviços de Serviços
Aprovisionamento Administrativos

49
A Gestão Aeroportuária
Orgânica dos Aeroportos

Divisão Financeira

Contabilidade, facturação, recebimentos, pagamentos, controlo de crédito, gestão


financeira, gestão e controlo orçamental, controlo financeiro de contratos e políticas de
seguros.

Divisão de Recursos Humanos

Gestão de pessoal, plano de recrutamentos, progressão e formação, elaboração de horários,


sistema de avaliação do desempenho, gestão das políticas de assistência na doença e do
fundo social da Empresa.

50
A Gestão Aeroportuária
Orgânica dos Aeroportos

Serviço Administrativo

Expediente e arquivo geral da Empresa, gestão de economato e do pessoal auxiliar.

Serviço de Aprovisionamento

Gestão de stocks e processos de aquisição de bens e serviços da Empresa.

A estrutura baseia-se numa filosofia em que todas as funções operacionais estão


concentradas numa Direcção e todas as actividades comerciais noutra, funcionando a
Direcção Administrativa e Financeira como suporte a ambas.

51
A Gestão Aeroportuária
Orgânica dos Aeroportos

Board of Management

Schipol Group

Amsterdam
Airport Schipol

Information
Domestic Schipol Schipol Business Business Business Schipol Schipol and
Airports Internation Project Unit Unit Unit Real Estate Suport Communication
al Consult Passenger Retail Airlines Services Technology

52
Estrutura Organizacional
Serviços e Funções

Neste tema vamos tentar:

Relacionar cada serviço/função com os respectivos clientes, naturais expectativas e prestadores


que os influenciam. Parceiros, Autoridades e outros agentes nos aeroportos. Missão e inter-
relacionamento dos vários intervenientes;

Entender o funcionamento como um sistema coerente, complexo e colectivo. Uma boa


prestação só é conseguida pela conjugação de esforços de todos os intervenientes;

Percepcionar :

- potenciais conflitualidades de interesses : O Operador Aeroportuário – Autoridade ou

Facilitador?

- O que é a actividade e como se concretiza em resultados. Quem faz o quê. Para quem e de

quem depende para o fazer. “Todos são essenciais”.

53
Estrutura Organizacional
Serviços e Funções

Neste tema vamos tentar:

Constatar como a imagem da Empresa e o reconhecimento da qualidade dos seus serviços são

o reflexo da preparação, atitude, e profissionalismo dos recursos humanos que os prestam.

54
Estrutura Organizacional
Serviços e Funções

Para que servem os Aeroportos?

A necessidade básica que justifica um aeroporto na indústria do transporte aéreo, não difere da
que satisfazem as estações no transporte ferroviário ou os portos no transporte marítimo;

Todos oferecem uma infra-estrutura que serve de origem, destino ou entreposto de um meio de
transporte e de interface deste com outros.

Os aeroportos tem sido analisados e classificados no âmbito dos transportes, misturados com
as transportadoras, fornecedores de infraestruturas, mesmo até com retalhistas ou imobiliárias,
sendo distintamente tudo isto mas diferente de qualquer deles;

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Estrutura Organizacional
Serviços e Funções

Para que servem os Aeroportos?

A função primordial satisfaz a necessidade básica que justifica os aeroportos e traduz-se no


fornecimento e manutenção das infraestruturas essenciais e nas operações aeroportuárias
(directamente relacionada com o tráfego de transporte aéreo).

Incluem-se aqui pistas, caminhos de circulação, posições de estacionamento de aviões,


terminais de passageiros e de carga, áreas de processamento de passageiros e bagagem, etc.

Esta função dirige-se essencialmente às Companhias Aéreas, e também aos passageiros e


público acompanhante.

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Estrutura Organizacional
Serviços e Funções

Para que servem os Aeroportos?

Funções derivadas ou acessórias são as relacionadas com a necessária assistência às


aeronaves ou aos passageiros (também directamente relacionadas com o tráfego de transporte
aéreo).
Inclui-se aqui o handling de passageiros, de carga ou de aeronaves, o catering, a manutenção
de aeronaves, o abastecimento de combustível, etc.

Estas funções dirigem-se essencialmente às Companhias Aéreas e podem ser exploradas


directamente pelos operadores aeroportuários ou concessionadas.

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Estrutura Organizacional
Serviços e Funções

Para que servem os Aeroportos?

Outras funções são as que permitem potenciar a utilidade da infraestrutura disponível,


vulgarmente designadas por não aeronáuticas (resultam da existência de um mercado
especifico, baseado ou em trânsito pela infraestrutura).

Incluem-se aqui todas as actividades que se possam imaginar, tendo especial relevância o
retalho, a restauração, a imobiliária e os parques de estacionamento, mas a diversificação não
pára, sendo possível encontrar casinos, massagens, internet, etc.

Esta função dirige-se a todos os utilizadores da infraestrutura aeroportuária e representa uma


componente fundamental das respectivas receitas.

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