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NEUROPATIA

AUDITIVA

•DISCENTE: MARIA VITORIA FELIX DA SILVA E


RAYANE EVELLIN LIRA DA SILVA
•DOCENTE: ELIZANGELA CAMBOIM
•ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM  AUDIO III
Neuropatia Auditiva

"distúrbio da porção auditiva do VIII par craniano,


observada na avaliação audiológica, com medidas
comportamentais e fisiológicas". (Starr et al. 1996)

A neuropatia auditiva resume-se anatomicamente em


um acometimento exclusivo do nervo auditivo, que
gera o que parece ser uma perda da sincronia na
condução nervosa, muito provavelmente relacionada
com uma alteração da mielinização dessas fibras
Etiológias
• Adquiridas
(relacionada a uma história perinatal complicada/
condições desmielinizantes - esclerose múltipla e
AIDS)
• Congênita
(anomalias genéticas - Isolada ou sindrômica
/anatômica - hipoplasia do nervo)
• Idiopáticas
Hiperbilirrubinemia (uma das maiores causas)
Diagnóstico
O diagnóstico da neuropatia auditiva é baseado nos resultados do teste da
orelhinha (otoemissões acústicas) e do BERA (também conhecido como PEATE,
exame com potenciais evocados). Assim, a marca registrada da doença é um
PEATE alterado com teste da orelhinha normal. É feito a pesquisa do microfonismo
coclear no exame dos potenciais evocados, bem como do reflexo acústico através
do exame de impedanciometria. Outros testes podem ser aplicados para medir o
nível de audição e de compreensão da fala. O objetivo é formar um diagnóstico
mais rico possível, pois esse servirá de base para traçar o tratamento. Diante do
diagnóstico de neuropatia auditiva, o exame de ressonância magnética é
fundamental e busca avaliar se o nervo auditivo pode estar ausente ou se o seu
calibre é normal.
A Eletrococleografia é também um exame que auxilia no diagnóstico da neuropatia
auditiva
Achados no PEATE

• Com presença de Microfonismo Coclear robustos


que podem ser confundidos com atividade
elétrica;
• Ausência de respostas elétricas ou grande
alteração com presença apenas da onda V;
• Há ausência ou alteração de respostas a partir
da onda l.
Estudo de caso
M.L, 24 anos, com queixa de dificuldade de compreensão de fala. O
paciente refere ouvir as palavras, porém não era capaz de compreendê-
las em diversas situações, como por exemplo, conversa entre dois
indivíduos, rádio, televisão, telefone e principalmente na presença de
ruído competitivo.
Segundo ele, a dificuldade de compreensão de fala deu-se
progressivamente, a partir dos 14 anos de idade, quando sofreu um
traumatismo crânio-encefálico.
Laudo Audiometria
tonal e vocal

Diante dos resultados descritos


constatamos uma perda auditiva
assimétrica, do tipo sensorioneural
bilateralmente, de grau moderadamente
severo à direita e moderado à esquerda,
e configuração ascendente bilateralmente
(OMS, 2020). Limiar de Reconhecimento
de Fala (SRT) incompatível com a
audiometria tonal e baixo Índice de
Reconhecimento de Fala (IPRF) em
ambas as orelhas.
Imitanciometria

Curva timpanométrica tipo A


bilateralmente, com reflexos
acústicos
contralaterais/ipsilaterais
ausentes em ambas as orelhas
(Gelfand, 1984; Jerger e Jerger,
1989).
PEATE e EOA

Potencial Evocado Auditivo de


Tronco Encefálico
(PEATE):observou-se ausência de
Ondas I, III e V a 100dB para
“clicks” na orelha direita e presença
das Ondas I e III a 100dB para
“clicks” na orelha esquerda, com
latências absolutas e interpicos
aumentados.
Emissões Otoacústicas Evocadas
Transientes e por Produto de
Distorção, presentes
bilateralmente.
Caso real 

• Menina com 9 anos de idade


• Os pais se queixavam de um atraso na fala e que
tinha que falar muito alto para a criança ouvir. 
Audiometria
Tonal
• ACHADOS 
• Na audiometria tonal releva uma
perda assimétrica do tipo
sensorioneural, com
configuração descendente
bilateralmente, de grau profundo
na orelha direita e perda
auditiva completa, com valores
ausentes na frequência de 6k e
8k na orelha
esquerda(OMS,2020).
PEATE

• Foi registrada apenas a


presença da onda V, na
intensidade de 90dBnHL,
com morfologia ruim e
amplitude rebaixada com
latência absoluta
atrasada.
Timpanometria

• ACHADOS
• Curvas Timpanométricas
do tipo A bilaterais,
(mobilidade normal do
sistema tímpano-
ossicular). 
Audiometria Vocal

• Realizada o LDF- Limiar de Detecção de Fala.


• Que apresenta incompatível com o melhor limiar
aéreo.
Referências

• PARRA, V.M; et al. Estudo de caso: neuropatia auditiva.2003. Disponível


em https://doi.org/10.1590/S0034-72992003000200022
• SPINELLI, M; et al. Neuropatia auditiva: aspectos clínicos, diagnósticos
e terapêuticos. 2001. Disponível em https://doi.org/10.1590/S0034-
72992001000600017

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