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A árvore

das
palavras
T RA B A L H O RE A L I ZA D O : P ED RO S I LVA
Nº16
Biografia da autora
• Nasceu em Coimbra no ano de 1940;

• Foi professora universitária na Alemanha e


em Portugal, mas a partir do ano 1995
passou a dedicar-se exclusivamente à
literatura;

• Viveu dois anos no Brasil e conheceu


Moçambique, na qual é o lugar onde
decorre a obra “A árvore das palavras”
(1997);
Explicitação do título da obra
A árvore das palavras é um retrato de
Lourenço Marques, antes da guerra colonial e
já depois do seu começo. É um livro sobre o
fascínio de África e da cultura africana, sobre
a mistura e o choque de culturas e também
uma história perturbadora sobre o paraíso que
se converte em pesadelo. Um livro mágico
sobre a infância, à qual não se pode voltar, a
não ser através do milagre da literatura.

«A árvore das palavras inscreve-se entre as


grandes obras da ficção contemporânea.»
Síntese da Obra

• Na primeira parte do romance, olhamos o mundo através das impressões de Gita, uma menina
que cresceu em Moçambique nos anos anteriores à independência. A moçambicana capitular
Laureana, branca e de olhos brilhantes, filha de uma portuguesa casada com Gita, tem com o pai
uma relação de cumplicidade, distanciamento da mãe e proximidade afetiva com os negros do
país. Dividido em três partes com diferentes narradores, o romance tem grande apelo emocional,
até fascinante, nessa primeira voz narrativa, principalmente quando percebemos a abordagem da
menina aos africanos e suas tradições.
Síntese da Obra

• Na segunda parte, conheceremos o mundo da portuguesa Amélia, que ganhava a vida como
alfaiate em Lourenço Marques. Conhecemos suas ambições e frustrações, sonhos, dor, deceção
financeira e emocional. Aprendemos como ela se decidiu casar e como ela entrou no desconhecido.
Mas acima de tudo, encontramos sua imensa inveja, a inveja dos outros, do sucesso de qualquer um.
Neste episódio também ficamos a conhecer, com menos detalhe, os sonhos de Laureano Chapter,
que, ao procurar uma esposa para constituir família, apaixona-se por uma mulher decente e pela
fotografia que acaba de enviar de Portugal.
Síntese da Obra

• No terceiro episódio vemos Gita como uma jovem adulta, desvendando a sua vida da
melhor maneira possível, reavaliando o seu papel na vida de Amélia, tentando entendê-la.
Os primeiros amores e as deceções amorosas são pinceladas impressionistas. Voltamos a
conhecer os personagens secundários que fizeram parte de sua vida infantil novamente.
Tudo serve para mostrar que eles apenas parecem fechar o ciclo narrativo e entrevir no
futuro de um país descolonizado. Eles não foram uma parte ativa da trama nem no
primeiro nem no último episódio.
Excertos da obra

• Importante se faz realçar que na primeira parte encontra-se Gita, narradora autodiegética,
ainda criança, narrando em primeira pessoa as suas impressões sobre seu mundo infantil,
que sonha e inventa.

• “E logo ali a casa de dividia em duas, a Casa Branca e a Casa Preta. A Casa Branca era de
Amélia, a casa Preta a de Lóia. O quintal era em redor da casa Preta. Eu pertencia à Casa
Preta e ao quintal.” (pág. 10)
Apreciação crítica

• Na minha opinião, há pelo menos 3 temas que temos de destacar nesta história: a
diversidade étnica e cultural, o confronto de culturas e as condições de vida. Assim, o
livro, apesar de seu ritmo relativamente lento, é fascinante com sua singularidade e
complexidade em combinar histórias pessoais com relatos notavelmente precisos de tempo
e lugar. Em suma, recomendo este livro a qualquer pessoa pois é uma história interessante
e envolvente.

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