• A epopeia consiste no mais elevado género literário cultivado pelos
poetas da Antiguidade Clássica.
• É uma narrativa escrita em verso, em que são contados os feitos de um
herói fora de série num estilo sublime e elevado.
• Os Lusíadas são um poema épico (texto narrativo em verso), que imita os
modelos da antiguidade greco-latina. ESTRUTURA
O género épico obedece a uma estrutura bem definida:
quer ao nível formal estrutura externa
quer em relação as partes que a constituem estrutura interna
ESTRUTURA INTERNA
Obedecendo às regras do género épico, Os Lusíadas dividem-se em quatro partes:
Proposição O poeta apresenta o assunto e o herói do poema (Canto I, 1 - 3).
Invocação O poeta invoca as ninfas do Tejo, pedindo-lhes inspiração para
escrever o poema (Canto I, 4 - 5).
Dedicatória O poeta dedica o poema ao rei D. Sebastião (Canto I, 6 - 19).
Narração Narração da ação (Canto I, 19 - até ao final do poema);
inicia-se in medias res, ou seja, no meio da ação e engloba vários planos narrativos. ESTRUTURA EXTERNA ESTRUTURA EXTERNA • Rima O esquema rimático é fixo. A rima é cruzada nos seis primeiros versos e emparelhada nos dois últimos:
As armas e os barões assinalados a
Que, da ocidental praia Lusitana, b Por mares nunca de antes navegados, a Passaram ainda além da Taprobana, b Rima cruzada Em perigos e guerras esforçados a Mais do que prometia a força humana, b E entre gente remota edificaram c Novo Reino, que tanto sublimaram; Rima emparelhada c PLANOS NARRATIVOS
A obra organiza-se em quatro planos:
• Plano da Viagem: onde se relata a viagem de Vasco da Gama à Índia;
constitui a ação central do poema; associado ao plano mitológico.
• Plano Mitológico: plano onde intervêm os deuses mitológicos.
• Plano da História de Portugal: plano onde se relatam os acontecimentos
da História de Portugal.
• Plano das Considerações do Poeta: momentos de reflexão do poeta, que