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GRUPO I
1 - Assinala as seguintes afirmações com V (verdadeiro) ou F (falso) e corrige as que são falsas:
b) Falso. As Crónicas de Fernão Lopes são obras históricas em que Camões se documentou para
escrever Os Lusíadas.
l) Verdadeiro. Para além do género épico, Camões praticou também o lírico e o dramático.
m) Falso. A lírica camoniana foi influenciada por duas correntes: a tradicional e a renascentista.
GRUPO II
1. 1.1. As estrofes que acabei de ler são as três primeiras do Canto I e constituem a “Proposição”.
1.2. A função da “Proposição” é fazer uma espécie de introdução à obra, onde o poeta enuncia aquilo que
vai cantar.
1.3. O objetivo de Camões é cantar os feitos gloriosos do povo português, mais concretamente os
marinheiros e guerreiros que contribuíram para a construção de um vasto império ( “ As armas e os barões
assinalados “ ( I, 1, v.1 ) ), os reis que espalharam a Fé por terras não cristãs ( “ Daqueles reis que foram
dilatando “ ( I, 2, v.2 ) ) e aqueles que praticaram atos importantes, mas foram esquecidos depois da morte
( “ E aqueles que por obras valerosas/ Se vão da lei da Morte libertando “ ( I, 2, vv 5-
6 ) ).
1.4. A razão que terá levado o poeta a decidir-se por este projeto foi a sua vontade de espalhar pelo mundo
a grandiosidade dos feitos heroicos portugueses : “ Cantando espalharei por toda a parte “ ( I, 2, v. 7 ).
2. O herói desta epopeia é coletivo, porque é o povo português. O exemplo que o justifica é: “ Que eu canto
o peito ilustre Lusitano “ ( I, 3, v. 5 ).
3. As personalidades da Antiguidade Clássica são aqui nomeadas, porque o poeta pretende estabelecer uma
comparação entre elas e os portugueses, para concluir que estes são superiores aos outros em tudo.
4. Neptuno (deus do Mar) e Marte (deus da Guerra) são os primeiros deuses a serem aqui referidos, já que
isso simboliza que os portugueses sempre venceram todas as dificuldades no mar e as mais duras batalhas.
O seu valor é tal que até os deuses se curvam perante eles, em sinal de respeito e admiração.
5. Nestas estrofes estão presentes os quatro planos narrativos: o da viagem ( “ Por mares nunca dantes
navegados “ ( I, 1, v. 3 ) ), o da história de Portugal ( “ Daqueles reis que foram dilatando “ ( I, 2, v. 2 ) ), o do
maravilhoso ( “B A quem Neptuno e Marte obedeceram “ ( I, 3, v. 5 ) ) e o das intervenções do poeta ( “ Que
eu canto o peito ilustre Lusitano “ ( I, 3, v. 5 ) ).
6. 6.1. A expressão referida significa que Camões pretende, na sua obra épica, relembrar todos aqueles que
praticaram feitos importantes e foram esquecidos depois da morte.
6.2. Esta expressão quer dizer que o poeta pretende que se deixe de falar dos heróis das epopeias da
Antiguidade Clássica, para se passar a falar dos portugueses cuja importância é superior.
GRUPO III
1. 1.1. As estrofes são oitavas, os versos são decassílabos e a rima é cruzada e emparelhada ( abababcc ).
1.2. Duas das figuras de estilo presentes nas estrofes transcritas são a hipérbole ( “ Mais do que
prometia a força humana “ ( I, 1, v. 6 ) ) e o eufemismo ( “ Se vão da lei da Morte libertando “ ( I, 2, v.6 ) ).
2. As palavras que já caíram em desuso chamam-se arcaísmos e alguns dos exemplos presentes nas estrofes
são : “ valerosas “, “ viciosas “, “ engenho “ e “ barões “.
3. As frases introduzidas por essas palavras são do tipo imperativo, uma vez que o poeta está a dar uma
ordem para que se esqueçam dos outros heróis e se passe a falar dos atos gloriosos praticados pelos
portugueses.
GRUPO IV
3. Os exemplos de conjugação perifrástica são: “ foram dilatando “, “ andaram devastando “ e “ vão
libertando “. Todas estas formas indicam a realização gradual da ação.