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A questão das fontes- Conclusao

HG Africa Vol. 1 (50-89) e Ki-Zerbo (24-29)


• A variedade das fontes da história africana permanece extraordinária
• A utilização cruzada de fontes aparece como uma inovação qualitativa
• Uma certa profundidade temporal só pode ser assegurada pela intervenção
simultânea de diversos tipos de fontes;
• A integração global dos métodos e o cruzamento das fontes constituem desde já
uma eficaz contribuição da África à ciência;
• A curiosidade do historiador deve seguir várias trajetórias ao mesmo tempo.
• Seu trabalho não se limita a estabelecer fontes.
• Trata -se de se apropriar, através de uma sólida cultura pluridimensional, do
passado humano.
• Porque a história é uma visão do homem atual sobre a totalidade dos tempos
Outras ciências
•A maioria dessas fontes e técnicas específicas da história africana extraídas das ciências
matemáticas, da física dos átomos, da geologia, das ciências naturais, das ciências humanas e
sociais.
•O facto metodológico mais decisivo desses últimos anos foi a intervenção das ciências físicas
modernas no estudo do passado humano, com as medidas de radiatividade dos isótopos, que
asseguram a apreensão cronológica do passado (Carbono 14 e método do potássio –argónio);
•Por exemplo, para se ter uma visão concreta da vida humana na bacia do Chade, que conheceu
antes várias flutuações quaternárias devidas a alterações de clima, o historiador deve
necessariamente valer -se de uma série de fontes e técnicas particulares, extraídas das ciências da
Terra e das ciências da vida, já que a atual distribuição das populações, seus movimentos
migratórios passados, suas atividades agrícolas, pastoris, etc., são estreitamente condicionadas
pelo meio ambiente.
•Dessa forma, a história se beneficia das conquistas das ciências da Terra e das ciências da vida.
Todavia, seu aparato de pesquisa e de crítica se enriquece sobretudo com a contribuição das outras
ciências humanas e sociais: egiptologia, linguística, tradição oral, ciências econômicas e políticas.
Egiptologia
• Até hoje a egiptologia permanece uma fonte insuficientemente utilizada pela história da África.
• A egiptologia compreende a arqueologia histórica e a decifração dos textos. Nos dois casos, o
conhecimento da língua egípcia é um pré -requisito indispensável.
• Esse idioma, que permaneceu vivo durante cerca de 5000 anos (se levarmos em consideração o copta),
apresenta -se materialmente sob três escritas distintas:
• Escrita hieroglífica

• Escrita hierática, ou seja, a escrita cursiva dos hieróglifos, que apareceu em torno da III dinastia ( -2778 a -
2423); é sempre orientada da direita para a esquerda e traçada com um cálamo sobre folhas de papiro ou
fragmentos de cerâmica e de calcário. Teve uma duração tão longa quanto a dos hieróglifos (o texto
hieroglífico mais recente data de +394).

• Escrita demótica, uma simplificação da escrita hierática, surgiu em torno da XXV dinastia (-751 a -656),
deixando de ser usada no século V. No plano estrito dos grafemas, reconhece-se uma origem comum entre
a escrita demótica egípcia e a escrita meroítica núbia (que veicula uma língua ainda não decifrada).

 
Linguistica
• Questão da evolução das línguas

• O antepassado comum das línguas

• Termos comuns em diferentes partes de Africa. Ex. pessoa no caso de bantu

• Em suma, todas as línguas comportam, alem dos vocábulos culturais muito instáveis, um vocabulário base
(partes do corpo, accoes vitais, números, etc)

• As modificações do vocabulário de base operam-se a um ritimo lento e constante.

• O grande numero das línguas africanas, o que prova a capacidade inventiva dos povos, dificultou com
certeza o seu desenvolvimento geral. Hoje, o seu estudo sistemático pode ajudar a resolver certos
enigmas desse mesmo desenvolvimento histórico.

•  
Etnologia e antropologia cultural

• Um método que consiste em bases de traços culturais comparados


para seguir a evolução das sociedades e as relações entre elas. Em
caso de parentesco das formas, há apenas três hipóteses:
• Dupla invenção;
• Autónoma;
• Origem comum ou transmissão
Arte

• A analise da cultura artística oferece uma importância muito particular.

• As condições de conservação de obras de artes africanas são muito defeituosas por


causa de factores climáticos (humidade, acidez dos solos), das térmitas, da secura
excessiva, etc.
• Centros artísticos de pinturas e gravuras rupestres da Africa tropical e meridional

• Magnificas pinturas e gravuras de Saara descobertas e publicadas por H. Lhote,


lançaram nova luz para a historia de Africa do norte.
• Arte régia uma fonte mais directa, testemunho vivo dos acontecimentos e das
estruturas

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