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Autor: Carlos Felipe Pinto (Doutor em Linguística pela UNICAMP), estuda a história e sintaxe do
espanhol na américa e a variação espacial do espanhol.
REGISTRO DO ENSINO DO ESPANHOL NO BRASIL
abordados no Espanhol
Parte III: Problemas que envolvem o ensino
Proposta de Henríquez Ureña: formula uma teoria para a divisão dialetal do espanhol
americano, partindo das origens indígenas, propondo somente cinco zonas dialetais do
espanhol americano, sendo elas: México e América Central; Caraíbas; Região da Andina;
Chile e Rio Prata.
Se trata se uma proposta que foi duramente criticada, afinal, não haveriam apenas cinco
famílias de línguas indígenas;
Ademais, há uma margem de erro na distribuição geográfica, não chegou apenas um
espanhol na América, mas sim, um conjunto de falantes de diferentes variedades.
Conclusão: O interesse de pesquisa está totalmente voltado em propor zonas dialetais e
não a compreender a complexidade linguística do espanhol americano.
A DIVERSIDADE DO ESPANHOL DE HOJE
Carlos Felipe usa um de seus trabalhos (Pinto, 2009) para discutir a questão da
homogeneidade das línguas em duas perspectivas:
Caráter normativo da unidade do espanhol e o tipo de língua escolhida para
determinar essa unidade, seja mostrando ou escondendo a diversidade existente.
Destaca também a importância de considerar a diversidade linguística na escolha
do tipo de língua a ser estudada;
Discute a necessidade do estudo dos dialetos e a falsa ideia de que os falantes de
espanhol se entendem devido à unidade da língua.
A PROPOSTA DE MORENO FERNÁNDEZ
O autor também propõe duas zonas de contato linguístico para o espanhol no Brasil:
Zona de contato direto e contato indireto, onde a escolha da variedade a ser ensinada depende do
objetivo e da proposta de aprendizagem;
Ruiz (2004) : Adota a variedade usada na área de contato direto para ensinar espanhol nas regiões
fronteiriças;
Santero (2019): Sua proposta do “espanhol como língua franca” é levada em consideração devido
ao fato de que os usuários da língua formam suas próprias variedades durante a interação.
De acordo com ele, o espanhol como língua franca não é uma variedade ensinada, mas sim, o
resultado do conhecimento linguístico dos usuários.
VARIEDADES LINGUÍSTICAS PARA O ENSINO DE ESPANHOL
COMO LÍNGUA INTERNACIONAL
1- Espanhol da Espanha, porque é uma língua melhor de ser trabalhada com o aluno;
4- Prefiro o Espanhol da Espanha, porque é o mais puro, pois é a língua – mãe. O espanhol da
América já teve muitas influências de outros povos e costumes;
5- Da Espanha, porque além de ter aprendido assim, penso que é mais sonoro;
BUGEL (1999)
Investiga como os professores de espanhol em São Paulo lidam com a diversidade da língua, tendo consciência
dela, mas acreditando na unidade da língua e preferindo as variedades europeias:
6- Nos livros didáticos vem o espanhol da Espanha, mas vivendo nós na fronteira com o
Uruguai, não podemos ignorar este fato. Devemos apesentar aos nossos alunos as
pronúncias dos dois idiomas e principalmente os modismos;
7- Da Espanha, porque é o único que aprendi até agora;
8- Para trabalhar com as crianças, o da América, porque faz parte da realidade deles;
9- Da Espanha, porque é o mais divulgado nos meios de comunicação em geral;
10- América, pois são essas as pessoas que circulam pela nossa cidade e com elas é que
podemos por em prática os conhecimentos de sala de aula.
(Irala, 2004: 11-12)
SANTOS (2016)
A quinta pergunta se tratava da seguinte questão: “Que espanhol você adota ou adotaria
em sala de aula?”, com a possibilidade das seguintes respostas:
A: O da Espanha;
B: O da América;
C: Uma variedade Neutra.
Grupo 1: 80% responderam a opção A, não houve respostas para a opção B e 20% escolheram a
opção C.
Grupo 2: 70% responderam a opção A, não houve respostas para a opção B e 30% escolheram a
opção C.
A maioria dos alunos e professores
prefere o espanhol da Espanha, apesar
de haver uma opinião significativa que
CONCLUSÃO acredita que ambas opções devem ser
ensinadas. A pesquisa mostra que,
mesmo com diferenças de tempo e
regiões, a preferência pelo Espanhol
persiste, devido ao desconhecimento da
diversidade do idioma.
CONSIDERAÇÕES FINAIS