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Estrutura Cristalina

Profa. Marjorie Benegra


Direções e Planos
Cristalinos

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Cristalografia
Para poder descrever a estrutura cristalina é
necessário escolher uma notação para posições,
direções e planos.

Posições

São definidas dentro


de um cubo com lado
unitário
Deformação em metais
1. Selecionar a origem O ou O’ caso haja
algum índice negativo , este terá a nova
Dados os Índices [ 0 1 2] origem em 1 e o positivo continuará em 0
Como desenhar a direção? 2. Reduzir índices para no máximo 1
3. Localizar os índices reduzidos nos eixos
(X,Y, Z) ou (X’, Y’, Z’)
4. Desenhar a direção (SEMPRE PARTE DA
ORIGEM)

1. A origem não precisa ser mudada todos os parâmetros


são +

2. Reduzir índices ½ [0 1 2] = [0 ½ 1]

3. Localizar os índices 4. Desenhar a direção


Exemplos de Índice Negativo –
Troca de Origem
1. Selecionar a origem O ou O’ caso haja algum
Dados os Índices [1 2 2 ] índice negativo este terá a nova origem em 1 e o
positivo continuará em 0
2. Reduzir índices para no máximo 1
Como desenhar a
3. Localizar os índices reduzidos nos eixos
direção? (X,Y, Z) ou (X’, Y’, Z’)
4. Desenhar a direção (SEMPRE PARTE DA
ORIGEM)
1. A origem precisa ser mudada pois tem
índices negativos. O’ X’=1 Y’=1 Z’=0

2. Reduzir índices; X=-1/2 Y=-1 Z=1

3. Localizar índices nos eixos 4. Desenhar a direção


Dada uma Direção,
Como determinar seus Índices?

1. Criar origem se necessário (todas as vezes que a direção dada


não passar pela origem)
2. Desenhar a nova origem O’ e eixos X’ Y’ e Z’
3. Encontrar as coordenadas a partir de O’
4. Escrever os índices, reduzindo os múltiplos, eliminando frações
1. 2. 3 e 4.

X=0 Y= -1/2 Z = -1/2

2 * [0 -1/2 -1/2]

[0 1 1]
Observações
1. As direções são representadas entre [ ]
2. Não separar os índices com vírgula
3. Os índices negativos são representados com uma barra
acima
4. Os índices devem ser reduzidos aos menores inteiros
possíveis

ERROS COMUNS
Família de direções
Para algumas estruturas cristalinas, várias direções não
paralelas com índices diferentes são, na realidade,
equivalentes; isto significa que o espaçamento entre os
átomos ao longo de cada direção é o mesmo.

Ex.: as direções das faces do cubo:


[1 0 0]; [0 1 0]; [0 0 1]; [1 0 0]; [0 1 0] e [0 0 1]

Por conveniência, as direções equivalentes são agrupadas em


uma família, que é representada:
< 100 >
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Família de direções

<110> para as diagonais das faces


Direções para o sistema cúbico
A simetria desta estrutura permite que as direções
equivalentes sejam agrupadas para formar uma família de
direções:
<100> para as faces do cubo
<110> para as diagonais das faces
<111> para a diagonal do cubo

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Direções para o sistema cúbico
No sistema CCC os átomos
se tocam ao longo da
diagonal do cubo, que
corresponde a família de
direções <111>

Então, a direção <111> é a


de maior empacotamento
atômico para o sistema
CCC

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Direções para o sistema CFC

No sistema CFC os átomos se


tocam ao longo da diagonal
da face, que corresponde a
família de direções <110>

Então, a direção <110> é a de


maior empacotamento
atômico para o sistema CFC

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Importância (Ex. Deformação em metais)
Planos Cristalinos -
Importância
 Para a deformação plástica
A deformação plástica (permanente) dos metais ocorre
pelo deslizamento dos átomos, escorregando uns sobre
os outros no cristal. Este deslizamento tende a acontecer
preferencialmente ao longo de planos direções
específicos do cristal.
 Para as propriedades de transporte
Em certos materiais, a estrutura atômica em
determinados planos causa o transporte de elétrons e/ou
acelera a condução nestes planos, e, relativamente,
reduz a velocidade em planos distantes destes.
Exemplo 1 (Plano Dado)
1. Escolha a origem O ou O’ a mais próxima ao plano
(PLANOS NÃO PODEM PASSAR PELA ORIGEM)
2. Encontre as intersecções do plano com os eixos
3. Obtém-se o inverso das intersecções
4. Escreva os Índices de Miller

1. Escolha a 0 0 0
Origem

Célula Unitária a b c
2. Intersecção
3. Inverso
4. Índice de
Miller
1. Escolha a origem O ou O’ a mais próxima ao plano
(PLANOS NÃO PODEM PASSAR PELA ORIGEM)
2. Encontre as intersecções do plano com os eixos
3. Obtém-se o inverso das intersecções
4. Escreva os Índices de Miller

1. Escolha a 0 0 0
Origem

Célula Unitária a b c
2. Intersecção 1 1 1
3. Inverso
4. Índice de
Miller
1. Escolha a origem O ou O’ a mais próxima ao plano
(PLANOS NÃO PODEM PASSAR PELA ORIGEM)
2. Encontre as intersecções do plano com os eixos
3. Obtém-se o inverso das intersecções
4. Escreva os Índices de Miller

1. Escolha a 0 0 0
Origem

Célula Unitária a b c
2. Intersecção 1 1 1
3. Inverso 1/1=1 1/1=1 1/1=1
4. Índice de
Miller
1. Escolha a origem O ou O’ a mais próxima ao plano
(PLANOS NÃO PODEM PASSAR PELA ORIGEM)
2. Encontre as intersecções do plano com os eixos
3. Obtém-se o inverso das intersecções
4. Escreva os Índices de Miller

1. Escolha a 0 0 0
Origem

Célula Unitária a b c
2. Intersecção 1 1 1
3. Inverso 1/1=1 1/1=1 1/1=1
4. Índice de (1 1 1)
Miller
Exemplo 2 (Plano Dado)
1. Escolha a origem O ou O’ a mais próxima ao plano
(PLANOS NÃO PODEM PASSAR PELA ORIGEM)
2. Encontre as intersecções do plano com os eixos
3. Obtém-se o inverso das intersecções
4. Escreva os Índices de Miller

1. Escolha a 1 1 0
Origem

Célula Unitária a b c
2. Intersecção
3. Inverso
4. Índice de
Miller
1. Escolha a origem O ou O’ a mais próxima ao plano
(PLANOS NÃO PODEM PASSAR PELA ORIGEM)
2. Encontre as intersecções do plano com os eixos
3. Obtém-se o inverso das intersecções
4. Escreva os Índices de Miller

1. Escolha a 1 1 0
Origem

Célula Unitária a b c
2. Intersecção -1 -1/2 1
3. Inverso
4. Índice de
Miller
1. Escolha a origem O ou O’ a mais próxima ao plano
(PLANOS NÃO PODEM PASSAR PELA ORIGEM)
2. Encontre as intersecções do plano com os eixos
3. Obtém-se o inverso das intersecções
4. Escreva os Índices de Miller

1. Escolha a 1 1 0
Origem

Célula Unitária a b c
2. Intersecção -1 -1/2 1
3. Inverso -1/1=-1 -2/1= -2 1/1=1
4. Índice de
Miller
1. Escolha a origem O ou O’ a mais próxima ao plano
(PLANOS NÃO PODEM PASSAR PELA ORIGEM)
2. Encontre as intersecções do plano com os eixos
3. Obtém-se o inverso das intersecções
4. Escreva os Índices de Miller

1. Escolha a 1 1 0
Origem

Célula Unitária a b c
2. Intersecção -1 -1/2 1
3. Inverso -1/1=-1 -2/1= -2 1/1=1
4. Índice de
Miller (1 2 1)
Exemplo 1 - Índice Dado
1. Selecionar uma origem O ou O’ se tiver índices
negativos este terá a nova origem em 1 e o positivo
continuará em 0
2. Encontre as intersecções do plano com os eixos
3. Obtém-se o inverso das intersecções
4. Desenhe os planos
Dado o Índice
1. Escolha a 0 0 0 (011)
Origem
2. Inverso
Célula Unitária a b c
3. Intersecções
4. Desenhar
1. Selecionar uma origem O ou O’ se tiver índices
negativos
2. Obtém-se o inverso dos índices
3. Marque as intersecções
4. Desenhe os planos

Dado o Índice
(011)

1. Escolha a 0 0 0
Origem
2. Inverso 1/0 = ∞ 1/1=1 1/1=1
Célula Unitária a b c
3. Intersecções
4. Desenhar
1. Selecionar uma origem O ou O’ se tiver índices
negativos
2. Obtém-se o inverso dos índices
3. Marque as intersecções
4. Desenhe os planos

Dado o Índice
(011)
1. Escolha a 0 0 0
Origem
2. Inverso 1/0 = ∞ 1/1=1 1/1=1
Célula Unitária a b c
3. Intersecções ok ok ok
4. Desenhar
1. Selecionar uma origem O ou O’ se tiver índices
negativos
2. Obtém-se o inverso dos índices
3. Marque as intersecções
4. Desenhe os planos

Dado o Índice
(011)
1. Escolha a 0 0 0
Origem
2. Inverso 1/0 = ∞ 1/1=1 1/1=1
Célula Unitária a b c
3. Intersecções ok ok ok
4. Desenhar ok ok ok
Exemplo 2 - Índice Dado
1. Selecionar uma origem O ou O’ se tiver índices
negativos
2. Encontre as intersecções do plano com os eixos
3. Obtém-se o inverso das intersecções
4. Desenhe os planos

Dado o Índice
1. Escolha a 0 0 0 (100)
Origem
2. Inverso
Célula Unitária a b c
3. Intersecções
4. Desenhar
1. Selecionar uma origem O ou O’ se tiver índices
negativos
2. Obtém-se o inverso dos índices
3. Marque as intersecções
4. Desenhe os planos

Dado o Índice
(100)
1. Escolha a 0 0 0
Origem
2. Inverso 1/1 =1 1/0=∞ 1/0=∞
Célula Unitária a b c
3. Intersecções
4. Desenhar
1. Selecionar uma origem O ou O’ se tiver índices
negativos
2. Obtém-se o inverso dos índices
3. Marque as intersecções
4. Desenhe os planos

Dado o Índice
(100)
1. Escolha a 0 0 0
Origem
2. Inverso 1/1 =1 1/0=∞ 1/0=∞
Célula Unitária a b c
3. Intersecções ok ok ok
4. Desenhar
1. Selecionar uma origem O ou O’ se tiver índices
negativos
2. Obtém-se o inverso dos índices
3. Marque as intersecções
4. Desenhe os planos

Dado o Índice
(100)
1. Escolha a 0 0 0
Origem
2. Inverso 1/1 =1 1/0=∞ 1/0=∞
Célula Unitária a b c
3. Intersecções ok ok ok
4. Desenhar ok ok ok
Observações
1. Os planos são representados entre ( )
2. Não separar os índices com vírgula
3. Os índices negativos são representados com uma barra
acima
4. Os índices devem ser reduzidos aos menores inteiros
possíveis

ERROS COMUNS
Familia de Planos

- Mesma densidade atômica


- Mesmas propriedades
- São denominados { }
Para os sistemas cúbicos, a família de planos é definida por
todas as permutações (+ e -) de todos os índices
Planos Cristalinos

Planos paralelos são


equivalentes tendo os
mesmos índices

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Planos Cristalinos –
Sistema Cúbico

 A simetria do sistema cúbico faz com que a família


de planos tenham o mesmo arranjo e densidade

 Deformação em metais envolve deslizamento de


planos atômicos. O deslizamento ocorre mais
facilmente nos planos e direções de maior
densidade atômica

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Planos de maior densidade CCC

A família de planos {110}


no sistema CCC é o de
maior densidade
atômica

Diagonal do Cubo

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Planos de maior densidade CFC

A família de planos {111}


no sistema CFC é o de
maior densidade atômica

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Densidade Atômica Planar
Análogo ao fator de empacotamento atômico, que
corresponde à densidade volumétrica de átomos. Pode-se
definir a densidade atômica planar como:
DAP = Área Total de Átomos/Área do Plano
Densidade Atômica Linear
Análogo à DAP podemos definir a densidade atômica
linear
DAL = Comprimento Total de Átomos/Comprimento
de uma direção

Exemplo
Calcule a DAL das direções <100> na rede CFC
Planos e Direções
Compactas
As redes CFC e HC são as mais densas
do ponto de vista volumétrico.
 Por outro lado, em cada rede, existem planos e direções
com valores diferentes de DAP e DAL.
 Em cada rede, existe um certo número de planos e
direções compactos (maior valor de DAP e DAL)
 As direções compactas estão contidas em planos
compactos
 Estes planos e direções serão fundamentais na
deformação mecânica de materiais.
 A deformação mecânica principalmente ocorre através do
deslizamento de planos.

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