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Caldeirão da Santa Cruz do Deserto: um território

portador de luz, história de fé, trabalho e abundância.


CIVILIZAÇÃO DOS BEATOS
CIVILIZAÇÃO DOS BEATOS
Balneário de Caldas em Barbalha
Um dos maiores reservatórios de águas do
Ceará, um verdadeiro oasis encravado na
Serra do Araripe com águas puríssimas,
culinária caseira espetacular, vegetação
exuberante e clima formidável. O espaço foi
palco das ações do Padre Ibiapina.

Cachoeira de Missão Velha é sem dúvida uma


das formações geológica do Cariri, que integra o
geopark do Araripe, um parque ecológico de
grande importância.
No local registra-se os primeiros moradores,
atualmente, necessita de um olhar especial para
sua manutenção e planejamento de ações.
CIVILIZAÇÃO DOS BEATOS
As Casas de Caridades começaram a
surgir quando da grande epidemia de
cólera que se alastrou por
Pernambuco, e que prestavam
atendimento de saúde aos doentes
mais pobres. Mais tarde, e com a
ajuda de algumas religiosas
missionárias, as Casas de Caridade
passaram a oferecer formação moral
e intelectual para os jovens e a
abrigar órfãos e abandonados.
CIVILIZAÇÃO DOS BEATOS
O monumento em homenagem a Padre
Cícero. Recebe visita até mesmo de
quem não é seu devoto. Dali se tem
uma ótima vista para a cidade e da
Chapada do Araripe. No local há um
pequeno museu E uma capela.

Estátua do Padre Cícero na Colina do Horto em


Juazeiro do Norte. O local mais visitado da
cidade é a estátua do Padre Cícero com 27
metros de altura – o equivalente a um Prédio
de 8 andares na Serra do Horto.
CIVILIZAÇÃO DOS BEATOS
Reisados, cocos, cordel, bandas cabaçais,
mamulengos, repentes, emboladas, e tantas outras
manifestações, são verdadeiros folguedos
perpetuadores da tradição de muitos dos povos
que habitam o nordeste. São coletividades que
tocam a alma das pessoas, cria o ânimo da festa,
do amor e da felicidade fincando raízes na
memória social das comunidades local e nacional.

Reisados no Cariri
O Reisado é uma das manifestações mais
tradicionais da cultura nordestina, o
folguedo apresenta uma indumentária rica
e a evolução da brincadeira acontece
permeada de diversos entremeios como:
boi, burrinha, Jaraguá, ema, sapo, entre
outros.
Um território portador de luz, história de
fé, trabalho e abundância.
A experiência dos moradores do Caldeirão da Santa
Cruz do Deserto (1926-1936), comunidade
localizada na zona rural do Crato/CE, liderada pelo
beato José Lourenço, constitui um importante
processo histórico porém pouco conhecido. Esta
forte experiência de fé, de luta por terra e por
melhores condições de existência, representativa da
trajetória das camadas pobres rurais no Brasil, foi,
inicialmente, destruída, e continuamente excluída
da história oficial e dos museus tradicionais.
“Tudo é de todos nada é de ninguém!”
No seu auge abrigou 3 mil pessoas, que em regime comunitário de trabalho produziam
alimento, roupas, ferramentas, móveis. O excedente era comercializado.

“Lá tanto fazia um,


como todos! Era de todo
mundo....Não tinha isso de dizer isso
é mais meu! Era tudo uma coisa só,
não tinha isso de ser um mais
merecido que o outro, não. Repartia.
Partia o boi todo pros trabalhadores,
né? (.....) O primeiro que se
levantava era ele, ia pra roça, aí, os
outros iam mais atrás dele”
TOMBAMENTO
O Sítio Histórico do Caldeirão da Santa Cruz do
Deserto é tombado pelo Conselho Estadual de
Patrimônio – COEPA
Existem em seu interior: Capela de Santo Ignácio
de Loyola; 02 Casa de Taipa (uma totalmente
destruída); cruzeiro; muro de pedra localizado
atrás da capela(onde seria o antigo cemitério);
memorial (construção recente) e fundações em
pedra da antiga casa do Beato José Lourenço.
A área de 756.250,00 m² pertence a Prefeitura
Municipal de Crato.
O IPHAN iniciou o processo de tombamento do
Caldeirão.
Romaria ao Caldeirão da Santa Cruz do Deserto
Romaria
Prêmio Modernização de Museus:
Microprojetos 2014
O Caldeirão da Santa Cruz do Deserto
“Um projeto para o futuro”

O Caldeirão como referência ética e


modelo de uma outra sociabilidade
para as comunidades eclesiais de
base, MST e muitos outros
movimentos sociais.
Por que um projeto para o futuro?
Resposta aos atuais desafios
ambientais da contemporaneidade

Uma Relações de
Manejo da terra experiência Trabalho

comunitária

Estratégia bem sucedida de


convivência com o semiárido
Gestão de Patrimônio - Os desafios de gerenciar processos históricos e
sociais relevantes para a memória das lutas populares.
Os Desafios
• Atuar na patrimonialização e musealização do Caldeirão para fortalecer o desenvolvimento
territorial instituindo um plano de gestão.
• Criar infra estrutura necessária para propiciar o funcionamento adequado dos espaços e
caminhos do Caldeirão.
• Promover ações específicas de salvaguarda (formação de acervo, conservação e
documentação), pesquisa (histórica e antropológica) e plano de comunicação.
• Estabelecer parcerias com escolas da rede pública estadual e municipal, universidades, o
Assentamento 10 de abril e comunidades do entorno para realização de ações conjuntas
envolvendo jovens e adultos.
• Realizar pesquisa arqueológica sobre o sitio histórico e o registro antropológico sobre a romaria
do Caldeirão.
• Atuar em rede para criação de um roteiro de memória que envolva o percurso realizado pelos
Beatos (Zé Lourenço, Ibiapina e Padre Cícero).
• Implantar projetos como: Escola de Arquitetura, Museu da agricultura, entre outros.
• Organizar o plano de sustentabilidade Caldeirão.
• Reconhecer os Tesouros “Vivos” do Caldeirão e instaurar a Comissão da Verdade Caldeirão.
As memórias são para
pensar o presente e ajudar
a construir o futuro.

Conhecer a memória das


lutas populares é
importante para
desenquadrar a memória
nacional e promover uma
reescrita da história.

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