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MATERIAIS ASFÁLTICO

Antonio Marcos de Araújo Gouveia


Crea: 1612538436
Graduação: Engenheiro Civil
Técnico em Estradas: UFPB
Empresas: Enarq engenharia e Arquitetura LTDA, Queiroz Galvão,
Novatec,Tecncon, Ecoplan Engenharia (Caminhos da Paraíba)
- Um dos mais antigos materiais de construção utilizado pelo homem

- Na Mesopotâmia: usado como aglutinante e impermeabilizante

- Primeiras aplicações: França (1802), EUA (1838) e Inglaterra (1869)

- Como derivado do petróleo iniciou-se a partir de 1909.


DEFINIÇÕES
ASFALTO:
Material de consistência variável, cor pardo-escura, ou negra, e no qual o constituinte
predominante é o BETUME, podendo ocorrer na natureza em jazidas ou ser obtido pela
refinação do Petróleo.
Ocorrem em depressões da crosta terrestre, constituindo lagos de asfalto (Trinidad e
Bermudas). Possuem de 60 a 80% de betume
BETUME:
Mistura de hidrocarbonetos pesados, obtidos em estado natural ou por diferentes
processos físicos ou químicos, com seus derivados de consistência variável e com
poder aglutinante e impermeabilizante, sendo completamente solúvel no bissulfeto
de carbono (CS2) ou tetracloreto de carbono (CCL4).
PRINCIPAIS FUNÇÕES do ASFALTO NA PAVIMENTAÇÃO

a) Aglutinadora: Proporciona íntima ligação entre agregados,


resistindo à ação mecânica de desagregação produzida pelas
cargas dos veículos.

b) Impermeabilizadora: Garante ao revestimento vedação eficaz


contra penetração da água proveniente da precipitação.

c) Flexibilidade: Permite ao revestimento sua acomodação sem


fissuramento a eventuais recalques das camadas subjacentes do
pavimento.
ASFALTOS PARA PAVIMENTAÇÃO

 Cimentos Asfálticos de Petróleo (CAP)


 Asfaltos Diluídos (ADP)
 Emulsões Asfálticas (EAP)
 Asfaltos Modificados (Asfaltos Polímeros)
ASFALTOS PARA PAVIMENTAÇÃO

 CIMENTO ASFÁLTICO DO PETRÓLEO (CAP)


 O derivado de petróleo usado como ligante dos agregados minerais
denomina-se, no Brasil, Cimento Asfáltico de Petróleo (CAP). É um
material semi-sólido, de cor marrom escura a preta, impermeável à água,
visco elástico, pouco reativo, com propriedades adesivas e termoplásticas.
 Cimento asfáltico de petróleo (CAP) é classificado pela penetração desde
2005. Antigamente pela viscosidade ou pela penetração.
 Quase todo o asfalto em uso hoje em dia é obtido do processamento de
petróleo bruto (ou cru). Muitas refinarias são localizadas próximas a locais
com transporte por água, ou supridos por dutos a partir de terminais
marítimos
Ensaios correntes da classificação brasileira

 Penetração
 Ponto de Amolecimento
 Ductilidade
 Ponto de Fulgor
 Solubilidade
 massa específica do ligante
 VISCOSIDADE
A maioria das rodovias no Brasil são de revestimentos asfálticos.
 
 Mais de 90% das estradas pavimentadas nacionais são de revestimento
asfáltico, segundo a Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de
Asfalto;
 O CAP representa de 25 a 40% do custo da construção do revestimento;
 Deve ser livre de água, homogêneo em suas características e conhecer a
curva viscosidade-temperatura;

 Para utilização em pré-misturados, areia-asfalto e concreto asfáltico


devem-se usar: CAP 30/45, 50/70 e 85/100;

 Restrições Não podem ser usados acima de 177 C, para evitar possível
craqueamento térmico do ligante. Também não devem ser aplicados em
dias de chuva, em temperaturas inferiores a 10 C e sobre superfícies
molhadas.
ASFALTOS DILUÍDOS (ADP)

 Asfaltos diluídos são asfaltos líquidos produzidos pela adição de solventes de


petróleo (ou diluentes) aos cimentos asfálticos para diminuir a viscosidade do
CAP para aplicação a temperaturas próximas do ambiente.
 O contato do ADP com agregados ou com o material de base provoca a
evaporação do solvente, deixando o resíduo de cimento asfáltico na
superfície.
 Baseado na velocidade de evaporação, os ADP’s são divididos em três grupos:
 (a)Cura rápida (CR) – produzido pela adição de um diluente leve de alta
volatilidade (geralmente gasolina ou nafta);
 (b) Cura média (CM) – produzido pela adição de um diluente médio de
volatilidade intermediária (querosene); usado para imprimação
impermeabilizante;
 (c) Cura lenta (CL)
A quantidade de cimento asfáltico e diluente usada na fabricação de ADP
varia com as características dos componentes, sendo, em geral, em volume:
Tipo 30: 52% de asfalto e 48% de diluente;
Tipo 70: 63% de asfalto e 37% de diluente;
Tipo 250: 70% de asfalto e 30% de diluente.
 Asfalto Diluído de Petróleo (ADP) – Aplicações
 - serviços de imprimação
 - pintura de ligação
EMULSÕES ASFÁLTICAS (EAP)
 As emulsões asfálticas são do tipo “óleo em água” e constituídas por:
 - Cimento asfáltico (60 a 70%), disperso em fase aquosa, que é composta de
ácido + emulsificante (0,2 a 1%) + água + solvente.
  
 As emulsões asfálticas podem ser classificadas:
 Quanto à carga da partícula: os dois tipos mais comuns são: catiônicas e
aniônicas;
 Quanto ao tempo de ruptura: ruptura rápida (RR), ruptura média (RM) e
ruptura lenta (RL).
 RR-1C; RR-2C; RM-1C; RM-2C; RL-1C
Ruptura da Emulsão

 Quando a emulsão entra em contato com o agregado pétreo inicia-se o


processo de ruptura da emulsão, que é a separação do CAP e da água, o que
permite o recobrimento do agregado por uma película de asfalto. A água é
liberada e evapora-se.
Aplicação de Emulsão

 Lama Asfáltica
 Micro revestimento asfáltico
 Pré-misturado a frio
 Tratamento superficial
 Pinturas de ligação
 Reciclagem
ASFALTOS MODIFICADOS (Asfaltos Polímeros)

 Os polímeros mais utilizados são:


 SBS (Copolímero de Estireno Butadieno); SBR (Borracha de Butadieno
Estireno); EVA (Copolímero de Etileno Acetato de Vinila); EPDM
(Tetrapolímero Etileno Propileno Diesso); APP (Polipropileno Atático);
Polipropileno; Borracha vulcanizada; Resinas; Epóxi; Poliuretanas; etc.
Suas principais vantagens:

 Diminuição da suscetibilidade térmica


 Melhor característica adesiva e coesiva
 Maior resistência ao envelhecimento
 Elevação do ponto de amolecimento
 Alta elasticidade
 Maior resistência à deformação permanente
 Melhores características de fadiga
Porque se Usar Emulsão no Lugar de ADP?

 Regulamentações ambientais: emulsão não polui pois há uma pequena


quantidade de voláteis (em relação ao ADP) que evapora além da água;
 Perda de produtos valiosos: na cura do ADP, os diluentes, que demandam
grande energia para serem produzidos, são perdidos para a atmosfera;
 Segurança: o uso de emulsão é seguro. Há pouco risco de incêndio
comparando com ADP, que pode ter baixo ponto de fulgor;
 Aplicação a temperaturas ambientes: emulsão pode ser aplicada a
temperatura mais baixa comparativamente ao ADP, economizando
combustível.
Misturas a Quente CAP X Misturas a Frio
(Emulsões Asfálticas; Asfaltos Diluídos)
 
Misturas a Quente Misturas a Frio
Vantagens - mais duráveis; - não se aquece o
- menos sensíveis a ação agregado;
da água; - permitem estocagem;
- apresentam - simplicidade de
envelhecimento lento; instalação;
- suportam bem o tráfego - baixo custo de
pesado; fabricação;
- não exigem cura. - simplicidade no
processo construtivo.
Desvantagens - difícil fabricação; - maior desgaste;
- exigem aquecimento do - envelhecimento mais
agregado; rápido;
- alto custo de fabricação; - exigem cura da
- equipamento especial mistura;
no processo construtivo;
- não permitem
estocagem.
CONCRETO ASFÁLTICO
 Definição:
 Mistura executada a quente, em usina apropriada, com características
específicas, composta de agregado graduado, material de enchimento
(filler) se necessário e cimento asfáltico, espalhada e compactada a
quente.
Propriedades básicas:

 Estabilidade;
 Durabilidade;
 Flexibilidade;
 Resistência ao deslizamento

Pode ser composto de:


 Camada de nivelamento;
 Camada de ligação (Binder);
 Camada de desgaste ou rolamento.
Geralmente são utilizados os seguintes materiais na composição de um
concreto asfáltico:

 Materiais betuminosos: CAP 30/45, 50/70, 85/100.


 Agregados graúdos: Pedra Britada, escória britada, seixo rolado britado ou
não.
 Agregados miúdos: areia, pó de pedra ou mistura de ambos.
 Filler: Cimento Portland, cal, pó calcário.
Sequência Executiva:

 Fabricação (Usinas)
 Transporte
 Lançamento
 Compactação
Equipamentos Utilizados

 Usinas Gravimétricas / Volumétricas


 Depósitos para o material betuminoso
 Acabadoras
 Caminhão Espargidor
 Rolos compactadores
Agradecimentos:
 Antonio Nereu Filho
 Faculdade Mauricio de Nassau
 Aos futuros Engenheiros

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