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ASFALTO MODIFICADO

COM POLÍMEROS
CONCEITO
 O asfalto é um material de cor escura e consistência sólida ou semi-sólida, composto de
asfaltenos, resinas e hidrocarbonetos pesados, onde os constituintes predominantes são os
betumes, que agem como elemento aglutinador.
 Polímeros são compostos formados geralmente, de moléculas grandes (macromoléculas),
obtidas pela combinação de moléculas pequenas, os monômeros. São divididos em dois grupos
principais: os polímeros naturais, como por exemplo o látex, e os polímeros sintéticos, como o
PVC (policloreto de vinila), o polietileno, PET (poliéster), poliuretano, entre outros. Esses
polímeros são adicionados ao asfalto para lhe conferir uma maior qualidade e também maior
durabilidade.
 De acordo com a NBR 9575:2010, asfalto modificado com adição de polímeros, são produto
obtido pela modificação do cimento asfáltico de petróleo com polímeros, de modo a serem
obtidas determinadas características físico-químicas, visando aumentar a resistência as
deformações e melhorar o desempenho quanto a fadiga.
 Possuindo propriedades específicas para as exigências de desempenho solicitadas na
impermeabilização, tais como: propriedades aglutinantes, flexibilidade e durabilidade. Em
temperatura ambiente, possui característica sólida, mas por ser um material termoplástico, sua
consistência varia em função da temperatura de aquecimento, podendo ser mais ou menos
fluído.
CARACTERISTICAS
 Melhor resistência à abrasão do que a borracha natural (NR);
 Melhor resistência a altas temperaturas (100ºC) e ao envelhecimento;
 Menor flexibilidade e elasticidade a baixas temperaturas (até cerca de -50ºC);
 Em temperaturas elevadas, apresenta um endurecimento e não um amolecimento como acontece
com a borracha natural;
 Reduz a suscetibilidade térmica;
 Reduz o envelhecimento;
 Melhora a adesão e coesão
FABRICAÇÃO
 Asfalto polímero é produzido a partir de reações químicas entre o polímero virgem, geralmente
o SBS (Estireno-butadieno-Estireno) que é um material manufaturado e especificado pela
indústria petroquímica, e o cimento asfáltico de petróleo (CAP), sob condições padronizadas de
processo (temperatura e cisalhamento mecânico). Uma vez incorporado ao asfalto, o produto
final é homogêneo e apresenta uma única fase, isto é, visualmente não se observa o polímero
disperso no asfalto. A partir da análise em laboratório, verifica-se a modificação das
propriedades do CAP, principalmente: aumento de consistência 39 (viscosidade e ponto de
amolecimento) e da capacidade de recuperação elástica sob deformação.
 Quanto ao seu comportamento frente às variações térmicas, os polímeros são classificados em
quatro categorias:
 Termorrígidos: são aqueles que não se fundem, sofrem degradação numa temperatura limite e
endurecem irreversivelmente quando aquecidos a uma temperatura que depende de sua estrutura
química. Apresentam cadeias moleculares que formam uma rede tridimensional que resiste a
qualquer mobilidade térmica. Por exemplo: resina epóxi, poliéster, poliuretano;
 Termoplásticos: são aqueles que se fundem e tornam-se maleáveis reversivelmente quando
aquecidos. Normalmente consistem de cadeias lineares, mas podem ser também ramificadas.
São incorporadores aos asfaltos de alta temperatura. Por exemplo: polietileno, polipropileno,
PVC;
FABRICAÇÃO
 Elastômeros: são aqueles que, quando aquecidos, se decompõem antes de amolecer com
propriedades elásticas. Por exemplo: SBR;
 Elastômeros termoplásticos: são aqueles que, a baixa temperatura, apresenta comportamento
elástico, porem quando a temperatura aumenta passam a apresentar comportamento
termoplástico. Por exemplo: SBS e EVA.
FABRICAÇÃO
EQUIPAMENTOS
Todo equipamento, antes do início da execução da obra, deve ser examinado, devendo estar de
acordo com esta Especificação. Os equipamentos requeridos são os seguintes:
 Depósito para cimento asfáltico modificado por polímero;
 Depósito para agregados;
 Usina para misturas asfálticas modificadas por polímero
 Caminhões para transporte da mistura
 Equipamento para espalhamento
 Equipamento para a compactação
METODOS CONSTRUTIVOS
 1. LIMPEZA
Antes de iniciar a construção da camada de concreto asfáltico, a superfície subjacente deve
estar limpa e pintada ou imprimada. Sendo decorridos mais de sete dias entre a execução da
imprimação e a do revestimento, ou no caso de ter havido trânsito sobre a superfície imprimada, ou,
ainda ter sido a imprimação recoberta com areia, pó-de-pedra, deve ser feita uma pintura de ligação.
 2. AQUECIMENTO DO ASFALTO MODIFICADO
A temperatura de aquecimento do asfalto polímero deve ser em função do teor de polímero. A
temperatura conveniente para aquecimento do ligante é de 150ºC acrescida de 3ºC para cada 1% de
polímero: 150ºC + 3ºC / 1% polímero. A temperatura máxima deve ser de 180ºC.
 3. AQUECIMENTO DOS AGREGADOS
Os agregados devem ser aquecidos a temperatura de 10 °C a 15 °C, acima da temperatura do
cimento asfáltico e inferior a 183ºC
 4. PRODUÇÃO DO CONCRETO ASFALTICO COM POLIMEROS
A produção do concreto asfáltico é efetuada em usinas apropriadas, conforme anteriormente
especificado.
 5. TRANSPORTE
A mistura produzida deve ser transportada da usina ao ponto de aplicação, em veículos
basculantes
METODOS CONSTRUTIVOS
 DISTRIBUIÇÃO E COMPACTAÇÃO DA MISTURA
A distribuição do concreto asfáltico com asfalto polímero deve ser feita por máquinas
acabadoras. Caso ocorram irregularidades na superfície da camada, estas devem ser corrigidas pela
adição manual de concreto asfáltico polímero, sendo o espalhamento efetuado por meio de ancinhos
e rodos metálicos (rastelos). Após a distribuição do concreto asfáltico, tem início a rolagem. Como
norma geral, a temperatura de rolagem é a mais elevada que a mistura asfáltica possa suportar,
temperatura essa fixada, experimentalmente, para cada caso. A temperatura recomendável para a
compactação da mistura é de 140ºC acrescida de 3ºC para cada 1% de polímero: 140ºC + 3ºC / 1%
polímero.
Iniciar a rolagem com rolo pneumático com baixa pressão nos pneus, a qual será aumentada à
medida que a mistura for sendo compactada e, conseqüentemente, suportando pressões mais
elevadas.
A compactação é iniciada pelos bordos, longitudinalmente, continuando em direção ao eixo da
pista. Nas curvas, a compactação deve começar sempre do ponto mais baixo para o mais alto. A
operação de rolagem perdura até o momento em que a compactação especificada é atingida. Durante
a rolagem não são permitidas mudanças de direção e inversões bruscas de marcha, nem
estacionamento do equipamento sobre o revestimento recém-rolado. As rodas do rolo devem ser
umedecidas adequadamente, de modo a evitar a aderência da mistura.
METODOS CONSTRUTIVOS
 ABERTURA AO TRÁFEGO
Os revestimentos recém-acabados devem ser mantidos sem tráfego, até o seu completo
resfriamento.
VANTAGENS
 Menor suscetibilidade, ampliando a faixa que separa a fragilidade a frio do amolecimento a
quente.
 Aumento do ponto de amolecimento e da viscosidade;
 Aumento da recuperação elástica;
 Melhora resistência à fluência, trincas e deformações;
 Maior resistência ao desgaste e ao envelhecimento.
 Espessura de película maior (revestimentos drenantes);
 Menor envelhecimento por oxidação, etc.
 Resistência a ataque U.V e solvência
DESVANTAGENS
 Possui um custo maior frente aos asfaltos não modificados;
 Dificuldade na formação de um sistema homogêneo;
 A adição de polímeros ao asfalto produz uma mistura mais complexa, devido a alta massa
molecular do polímero;
APLICAÇÃO
 Geralmente, para condições de volume de veículos comerciais e peso por eixo crescente, ano a
ano, Rodovias de alto tráfego, trechos de baixa velocidade e tráfego pesado (faixas exclusivas,
avenidas principais), recapeamento de rodovias de concreto de cimento Portland, pista de pouso
(aviões), pátios de estacionamento e para condições adversas de clima, com grandes diferenças
térmicas entre inverno e verão, tem sido cada vez mais necessário o uso de modificadores das
propriedades dos asfaltos. O concreto asfáltico com asfalto polimérico pode ser empregado
como revestimento, base, regularização ou reforço do pavimento.
 Como por exemplo, trabalhos pioneiros envolvendo mistura de asfalto com polímero foram
efetuados também pelo Departamento Nacional de Estradas de Rodagem – DNER no Rio de
Janeiro em 1990, que recobriu um trecho de cerca de 300m da Rua Leopoldo Bulhões com
mistura asfáltica com asfalto modificado por copolímero SBS.
INTEGRANTES
Aesque Victor de Almeida Carvalho
Flávia Lins de Amorim
Giselly Gerônimo Melo
Júlio César Santos
Renison Andrade
Thiago Alves Santos
Vinícius José Santana de Mendonça

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