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Mineralogía

Cristaloquímica.
Sumário:
• Generalidades sobre a cristaloquímica dos minerais.
• Composição química da Terra.
• Os elementos químicos e a Tabela periódica.
• Ligações químicas.
• Tipos principais de estruturas cristalinas dos minerais.
• Substituições isomórficas.
• Polimorfismo.
• Modificações polimorfas.
• Pseudomorfismo.
• Cálculo da densidade de um cristal.
• Cálculo da densidade relativa.
• Cálculos das fórmulas cristaloquímicas a partir das
análises químicas.
• Representaçãos.
Composição química da Terra e da Crusta

Composição da Terra Composição da crusta terrestre


Composição química da crusta terrestre
Weight % Atom % Ionic Radius Volume %
O 46.60 62.55 1.40 93.8
Si 27.72 21.22 0.42 0.9
Al 8.13 6.47 0.51 0.5
Fe 5.00 1.92 0.74 0.4
Ca 3.63 1.94 0.99 1.0
Na 2.83 2.64 0.97 1.3
K 2.59 1.42 1.33 1.8
Mg 2.09 1.84 0.66 0.3
Total 98.59 100.00 100.00

O O2 ocupa em volume o 94 % de toda a crusta terrestre.


São 8 os elementos químicos mas importantes.
Comportamento geoquímico dos elementos
Raios Atómicos e Iónicos

RAIOS IÓNICOS EFECTIVOS (EM Å) PARA IÕES GERALMENTE


ENCONTRADOS EM MINERAIS
Para cada elemento químico a capa mais externa ou dos
elétrons de valência é a fundamental e indica seu
comportamento.
Nos grupos da Tabela Periódica:
Os Metais alcalinos (IA) têm um só e- na capa externa, os
halogênios (VIIa) têm 7 e- e os gases inertes (VIIIa) têm
8e-.
A electronegatividade é a habilidade que tem um átomo em
uma estrutura cristalina para atrair elétrons para sua capa
mais externa.
Em geral, a electronegatividade se incrementa para cima e
à direita (excepto os gases nobres que a deixam muito
baixa).
Os metais têm uma e-neg < 1.9 por tanto perdem e-  catiões.
Os não metais têm uma e-neg > 2.1 por tanto gaham e- e  aniões
Os metaloides são intermédios (B, Si, Ge, As, Sb, Te, Po e At)
Forças de Ligação
 As forças que ligam em conjunto os constituíntes de sólidos
cristalinos são de natureza eléctrica.
 Os seus tipos e intensidades são grandemente responsáveis
pelas propriedades físicas e químicas de cristais.
 A dureza, a clivagem, a fusibilidade, a conductividade
térmica e eléctrica e o coeficiente de dilatação térmica estão
directamente relaccionadas com as forças de ligação.
 Quanto mais forte a ligação, mais duro é o cristal, mais
elevado o seu ponto de fusão e menor o seu coeficiente de
dilatação térmica.
Forças de Ligação
Iónica
KF
NaCl
MgO
Al2O3

SiO2
as

ZnS
Lig

a s
Au ig
Cu L C
Ag Metálica Covalente

Os tipos de ligações cristaloquímicas com exemplos. Cada vértice representa um


tipo de ligação idealizado. Os cristais com ligações de carácter intermédio são
projectados ao longo dos lados do triângulo.
LIGAÇÃO IONICA

Entre átomos com diferença de electronegatividade ≥ 2


Segunda regra do Pauling ou princípio da valência eletrostática:
Uma substância iônica será estável se a soma das forças de ligação
que chegam a um anião dos catiões adjacentes é igual à carga do
anião .
POLIEDROS DE COORDENAÇÃO
Ligação metálica: Entre átomos de
baixa, mas quase igual electronegatividade

Nuvem de elétrons móveis

Sobreposição de orbitais
Forças dipolos de atração
muito fracas entre
partículas eletricamente
neutras.
Forças de Ligação

Esboço da estrutura de grafite com ligações covalentes entre os átomos de carbono


dentro da camada e ligações residuais (van der Waals) entre as camadas. Notar a
grande separação (3.35Å) entre as camadas.
Forças de Ligação
• Os Cristais podem ser clasificados em 4 tipos:
• 1. Cristais moleculares
– As moléculas neutras se mantêm unidas por fracas
ligaçãos de Van der Waals
– São raros como minerais
– Principalmente orgánicos
– Exemplo: grafite
• 2. Cristais Covalentes
– Compostos por átomos de similar elevada e-neg
– Também pouco comuns dentro dos minerais
– A red possui uma ligação covalente forte
– Exemplo: diamante
• A estrutura do diamante
– Tudos os átomos de carbono têm uma coordinação 4
(tetraédrica).

Modelo de bolas e linhas Modelo poliédrico


• 3. Cristais Metálicos
– Atomos de similar e-neg
– As ligaçãos metálicas não são direcionais elevada
simetría e densidade
– Empacotamento denso  12
– Empacotamento cúbico denso (CCP) abcabcabc
– Celula FCC
– Empacotamento hexagonal denso
– (HCP) ababab = celula hexagonal
• 4. Cristais Iónico
– A maioría dos minerais
– Primeira aproximação:
 Arranjo denso dos átomos de oxígenio
 Os Catiões colocam-se nos intersticios entre os
oxígenos
 Diferentes tipos de sitios intersticiaies estão
disponiveis.
 Estes sitios intersticiais são ocupados só por certos
elementos.
 Estes sitios intersticiais são ocupados só por
cantidade suficiente de elementos para garantir a
neutralidade eléctrica.
Substituições isomórficas
Muitos minerais variam em sua composição química por causa de
substituições atômicas de um elemento por outro na estrutura
cristalina.

Requisitos para a substituição isomórfica:


1) a diferença de tamanho dos íões que se substituem deve ser menor
que 15%
2) as cargas dos íones que se substituem devem ser iguais ou não
diferir em mais que 1.
Exemplos: Na+1 por K+1 , Na+1 por Ca+2 , Al+3 por Si+4
A substituição pode dar origem à formação de séries de solução sólida
total (plagioclases) ou parcial (calcite-dolomite).
Stishovite
10

Pressure (GPa)
6
Coesite

- quartz
2
- quartz Liquid
Cristobalite
Tridymite

600 1000 1400 1800 2200 2600


Temperature oC
P6222

P3221
CALCULO DA DENSIDADE DE UM CRISTAL
CALCULO DA DENSIDADE DE UM CRISTAL

Devemos calcular como as celulas unitárias compartilham os


átomos
CALCULO DA DENSIDADE DE UM CRISTAL
CALCULO DA DENSIDADE DE UM CRISTAL

Para converter (Ao)3 em cm3 há que dividir por (108)3 = 1024


Picnómetro
Para medir a densidade relativa dos minerais utiliza-se
um picnómetro, que não é mais que uma garrafa
pequena con tampão esmerilado através do qual há
um capilar. O peso específico ou densidade relativa
calcula-se por a seguinte fórmula:
G = M-P / W+ (M-P) – S
Onde: P- masa da garrafa vazía, M- masa da garrafa mais
os grãos minerais,
M-P= masa da amostra (no ar).
W= masa do picnómetro + água
S= amostra + picnómetro + água não deslocada
W+(M-P)-S = masa da água deslocada por a amostra
Análise de um mineral
Análise da Olivina (composição variável)
% Masa Masas Prop. Catião Prop. Base Relações
Mol. Mol. Oxig. 4O Atómicas
(1) (2) (3=1/2) (4) (5) (6) (7)
(6)=4*1,6
996)
SiO2 34,96 60,09 0,5818 Si 1,1636 0,989 1
0,5818
FeO 36,77 71,85 0,5118 Fe2+ 0,5118 0,870
0,5118
MnO 0,52 70,94 0,0073 Mn 0,0073 0,012 2
0,0073
MgO 27,04 40,31 0,6708 Mg 0,6708 1,140
0,6708
Total 99,29 2,3535

4/2,3535= 1,6996 (multiplica-se este factor pela coluna 4). O valor de 4 Oxígenos
sai da fórmula estrutural da Olivina (Fe,Mg)2 SiO4.
Fórmula: Mg1.12 Fe0.86 Mn0,01 SiO4.
Representações
O primeiro passo na representação da
composição mineral é a eleição daqueles
componentes químicos que constituem a fase
ou fases minerais a representar, e que além
disso variam em percentagem dentro de tais
fases.
É necessário partir de uma análise química em
% em peso dos componentes. Se unicamente
forem duas os componentes, então, a
representação se faz em um diagrama de barras
onde os extremos indicam o 100% de uma
componente dada.
Diagrama de dois componentes
(de barra)
Fe2SiO4 Fe2SiO4
0% (Fa) 100% (Fa)

Mg2SiO4
. Mg2SiO4
100% (Fo) 0% Fo)

% Molecular

De análise da Olivina obteve-se que o Mg= 1,140 e o Fe = 0,870; total = 2,010.


Porcentagem de Mg= 56,7; porcentagem de Fe = 43,3.
Diagramas triangulares
Em muitos casos interessa observar a variação
do menos três componentes na composição
mineral já que as substituições isomórficas
podem acontecer não só entre dois
componentes. Nestas situações tem que
recorrer-se aos diagramas triangulares em cujos
extremos se situam o 100% de cada
componente e onde freqüentemente se
representaram as posições precisas de
determinados minerais (términos extremos das
séries).
Diagramas triangulares

De cada vértice (100 % do composto nele representado) e até a aresta oposta (0% do
composto representado no vértice oposto) existem nove linhas paralelas que representam
sucessivamente as percentagens de composição 90-80-70-60-50-40-30-20-10. O ponto onde
se cruzem as três linhas que representam o % em composição de cada um dos compostos dos
vértices, é o ponto que representa o mineral problema.
Perguntas de Autoavaliação
1. Quais são os 8 elementos mais importantes que constituem
a crusta terrestre?
2. Importância da tabela periódica. Comportamento geoquímico
dos elementos.
3. O que é a electronegatividade? Cómo varía nos elementos?
Estabeleça a relação entre electronegatividad e tipo de ligação.
4. Quántos tipos de ligações existem? Explique as
propriedades dos cristais que os possuiem.
5. O que é o número de coordinação e o que é o poliedro de
coordinação? De qual factor depende?
6. Quántos tipos de estruturas possuiem os cristales. De
exemplos de cada tipo.
7. O que é o polimorfismo? Dé exemplos de cristais
polimórficos.
8. O que é o pseudomorfismo? Dé exemplos.
Perguntas de Autoavaliação
9) Por qué é necessario conhecer as características das
celulas estruturais (unidade) dos minerais?
10) Quais são os parámetros que se têm em conta para
calcular a densidade de um cristal.
11) Cómo calculamos a densidade relativa ou o peso
específico de um mineral?
12) Diga a importância do cálculo das fórmulas químicas
dos minerais.
13) Cómo se pode representar en diagramas os resultados
de análise químico dos minerais?

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