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MÁQUINA DE RELUTÂNCIA VARIÁVEL: SEM

EXCITAÇÃO NO ROTOR UTILIZANDO


EQUIPAMENTO REUTILIZADO PARA MONTAGEM
EXPERIMENTAL
Henrique Ribeiro Picanço – Universidade Federal do Amapá / Departamento de Ciências Exatas e Tecnológicas
Nathália de Castro Nascimento –– Universidade Federal do Amapá / Departamento de Ciências Exatas e Tecnológicas
Jacó De Jesus da Silva Barros –– Universidade Federal do Amapá / Departamento de Ciências Exatas e Tecnológicas
Adrian Jorge Lima de Melo –– Universidade Federal do Amapá / Departamento de Ciências Exatas e Tecnológicas
Marcos Paulo de S. Monteiro –– Universidade Federal do Amapá / Departamento de Ciências Exatas e Tecnológicas
Eduardo Ferreira Roque –– Universidade Federal do Amapá / Departamento de Ciências Exatas e Tecnológicas
INTRODUÇÃO (Arial, 44)
Segundo Dias (2011) a origem do nome Máquina a Relutância Variável (MRV),
vem do fato de que nesta máquina a relutância está sempre variando, levando
consequentemente a uma dependência entre a variação da indutância da fase
com a posição instantânea do rotor.
Neste sentido Umans (2014), enfatiza que de maneira em geral, as MRVs
apresentam construção simplificada, pois não possuem enrolamentos no rotor e
não necessitam de ímãs permanentes para operar, tornando-as mais baratas.
Normalmente, consistem em um estator com enrolamentos de excitação e um rotor
magnético com saliências. A base para o funcionamento de uma MRV, consiste na
tendência do rotor em se movimentar para uma posição onde a relutância é
mínima, correspondendo à posição onde a indutância da bobina excitada do
estator é máxima.
FUNDAMENTAÇÃO TEORICA
• Equação da indutância magnética:

𝑁 2 × 𝐴× 𝜇
𝐿=
𝑙

• Equação da Densidade de Fluxo magnético:

𝜇0 𝑁 × 𝐼
𝐵=
𝐿
CARACTERÍSTICAS
CONSTRUTIVAS

Figura 1 – MRV bifásica (a) rotor saliente (b) duplamente saliente. FONTE: Umans (2014, p. 462)
CARACTERÍSTICAS
CONSTRUTIVAS

Figura 2 – Rotor de relutância variável 6x6. FONTE: Dias (2011, p. 8).


CARACTERÍSTICAS
CONSTRUTIVAS

Figura 3 – Rotor de relutância variável tipo barreira de fluxo. FONTE: Martins (2003, p. 32.).
MATERIAIS E MÉTODOS
Para demonstração do funcionamento da um MRV sem excitação no rotor foi
utilizado um motor de ventilador com o rotor do tipo gaiola de esquilo, óleo de
máquina para lubrificação do motor, tecido multiuso para retirar o excesso de
resíduos no motor, chave de fenda, tesoura, estilete e alicate. A figura 4
apresenta as partes do ventilador utilizado.

Figura 4 - Partes do ventilador utilizado no experimento. Fonte: Elaborado pelo autor, 2023.
MATERIAIS E MÉTODOS
Demonstração da variação de relutância se dá ao alterarmos a velocidade a
qual queremos que o ventilador funcione, aumentando assim o torque do rotor
também, para que isso aconteça, a grandeza que variará será a corrente
fornecida ao estator e que determinará os demais fenômenos eletromagnéticos
no interior do motor e que culminará com o aumento ou diminuição do torque que
pretendemos ter. Os dados de placa do motor podem ser vistos na figura 5
apresenta as partes do ventilador utilizado.
MATERIAIS E MÉTODOS

Figura 5 - Placa de identificação e características do motor. Fonte: Elaborado pelo autor, 2023.
RESULTADOS E DISCUSSÕES
Por meio das pesquisas teóricas e da aplicação prática deste trabalho, foi
possível obter conhecimentos relacionados à construção, aplicabilidade e
vantagens das máquinas de relutância variável. Pode-se notar a alta versatilidade
de utilização dessas máquinas, que vão desde atribuir movimento ao ventilador
doméstico e até compor a tecnologia de carros elétricos de alta performance. Além
disso, está presente em setores que necessitam de movimentos precisos, todos
estes exemplos possuem arquiteturas de montagem de motor diferente, porém
está presente o mesmo princípio teórico abordado neste trabalho.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Podemos ver ainda que os motores de relutância variável podem ser do tipo
síncrono e assíncrono (esse último sendo mais conhecido como motor de
indução), e por facilidades de obtenção do motor para a parte prática, optamos
pelo assíncrono e com rotor do tipo gaiola de esquilo (que atualmente é uma
opção bastante econômica em sua produção) e que também apresenta uma ótima
robustez e durabilidade, características que o tornam também uma ótima opção do
ponto de vista ambiental, já que seu descarte demora bastante para acontecer, e
isso pôde ser comprovado pelo grupo na prática, já que utilizamos um motor que
compunha um ventilador, e esse ventilador estava em desuso e mal
acondicionado, e ainda assim, após uma lubrificação e limpeza o motor voltou a
funcionar, não tendo se perdido assim nem a matéria prima nem a sua utilidade.
AGRADECIMENTOS
Os mais sinceros agradecimentos aos professor Moisés Sales, que empenha-
se incansavelmente a ajudar seus alunos, bem como apresentar a proposta da
reutilização de resíduos eletroeletrônicos com aplicação nas disciplinas
ministradas, proporcionando assim um ensino-aprendizado de qualidade aos seus
alunos ultrapassando as barreiras da universidade trazendo retorno social,
ambiental e humano.

A Universíade Federal do Amapá, que disponibiliza o espaço e a estrutura


necessária para que os alunos possam desenvolver pesquisas e os mais diversos
tipo de trabalhos que proporcionam a capacitação técnico cientifica dos
acadêmicos.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
FITZGERALD, A. E. et al. Tradução Anatólio Laschuk–. Máquinas Elétricas: Com introdução a
eletrônica de potência. 6ª ed. Porto Alegre: Bookman, 2006.

MARTINS, C. Motores síncronos de relutância com barreiras de fluxo e partida assíncrona, 2003.

MATTEDE, H. O que são máquinas elétricas?. In: Instalação elétrica residencial. Mundo da Elétrica,
2018. Disponível em: https://www.mundodaeletrica.com.br/o-que-sao-maquinas-eletricas/. Acesso
em: 6 de abril de 2023.

SILVA, R. S. Máquinas elétricas II. Londrina. Editora: Educacional S.A., 2018.

UMANS, S. D. Máquinas elétricas de Fitzgerald e Kingsley. 7. ed. São Paulo: McGraw-Hill, 2014.

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