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UNIVERSIDADE ESTADUAL VALE DO ACARAÚ (UVA)

DISCIPLINA: Literatura Portuguesa do Romantismo ao Simbolismo


PROFESSORA: Juliane Elesbão

ALMEIDA GARRETT
Equipe:

► Ana Beatriz Soares Bezerra


► Ana Claudia do Nascimento Pereira
► Jéssica de Sousa Gomes
► Lucas da Penha Braga
► Maiza Zeferino do Nascimento
► Maria Gilmara de Melo Oliveira
► Maria Leidiane do Nascimento Sousa
► Maria Roberlene do Nascimento Vieira
ALMEIDA GARRETT
João Batista da Silva
Leitão de Almeida
Almeida Garrett (1799-1854)
Garrett nasceu na
foi um poeta, prosador e
cidade do Porto,
dramaturgo português;
Portugal, no dia 04 de
fevereiro de 1799.;

Em 1816, Almeida Garrett


deixou a família e
retornou para o continente. Fundador do estilo romântico
Ingressou no curso de em Portugal, Almeida Garrett
Direito na Universidade de foi o criador do lirismo e da
Coimbra e entrou em prosa moderna.
contato com as ideias
liberais.

É considerado por muitos


autores, como o escritor
português mais completo
de todo o século XIX.
CURIOSIDADES
CARACTERÍSTICAS
DAS OBRAS
· Idealização da pátria – Nacionalismo;
· Nativismo – Idealização da terra natal;
· Escapismo – Sonho e imaginação;
· Seus romances possuem um forte caráter
dramático;
· É possível encontrar uma mistura de estilos,
já que o autor apresenta obras de teor clássico
e outras populares.
PRINCIPAIS OBRAS ESCRITAS POR
ALMEIDA GARRETT:

· Retrato de Vênus (1821);


· Camões (1825);
· Dona Branca (1826);
· Viagens na minha terra (1846)
· Folhas Caídas (1853).
“FOLHAS CAÍDAS” (1853), DE
ALMEIDA GARRETT:

 Coletânea de poesias inspiradas na


paixão proibida por Viscondessa da
Luz;
 A perspectiva da obra é para dentro;
 A obra contém uma atmosfera
erótica; e um tom de confissão;
 Nota-se resquíscios da poesia árcade.
ANÁLISE DO POEMA 1: “Não te amo”
Não te amo, quero-te: o amar vem d’alma. E quero-te, e não te amo, que é forçado,
E eu n’alma - tenho a calma, De mau, feitiço azado
A calma - do jazigo.
Ai! não te amo, não. Este indigno furor.

Mas oh! não te amo, não.


Não te amo, quero-te: o amor é vida.
E a vida - nem sentida
A trago eu já comigo.
E infame sou, porque te quero; e tanto
Ai, não te amo, não!
Que de mim tenho espanto,
Ai! não te amo, não; e só te quero
De ti medo e terror...
De um querer bruto e fero
Que o sangue me devora, Mas amar!... não te amo, não.
Não chega ao coração.

Não te amo. És bela; e eu não te amo, ó bela. Almeida Garrett, in 'Folhas Caídas'
Quem ama a aziaga estrela
Que lhe luz na má hora
Da sua perdição?
ANÁLISE DO POEMA 2: “Este inferno de amar”
Este inferno de amar – como eu amo!
Só me lembra que um dia formoso
Quem mo pôs aqui n’alma… quem foi? Eu passei… Dava o Sol tanta luz!
Esta chama que alenta e consome, E os meus olhos que vagos giravam,
Que é vida – e que a vida destrói. Em seus olhos ardentes os pus.
Como é que se veio atear, Que fez ela? Eu que fiz? Não o sei;
Quando – ai se há-de ela apagar? Mas nessa hora a viver comecei…
Por instinto se revela,

Eu não sei, não me lembra: o passado, Eu no teu seio divino


Vim cumprir o meu destino...
A outra vida que dantes vivi
Vim, que em ti só sei viver,
Era um sonho talvez… foi um sonho.
Só por ti posso morrer.
Em que a paz tão serena a dormi!
Almeida Garrett
Oh! Que doce era aquele olhar…
Quem me veio, ai de mim! Despertar?
ANÁLISE DO POEMA 3: “Não És Tu””
Era assim, tinha esse olhar, Era assim; o seu falar, Mas não és tu... ai!, não
A mesma graça, o mesmo ar, Ingénuo e quase vulgar, és:
Corava da mesma cor, Tinha o poder da razão Toda a ilusão se desfez.
Aquela visão que eu vi Que penetra, não seduz; Não és aquela que eu vi,
Quando eu sonhava de amor, Não era fogo, era luz Não és a mesma visão,
Quando em sonhos me perdi. Que mandava ao coração. Que essa tinha coração,
Tinha, que eu bem lho
Toda assim; o porte altivo, Nos olhos tinha esse lume, senti.
O semblante pensativo, No seio o mesmo perfume ,
E uma suave tristeza Um cheiro a rosas celestes, Almeida Garrett, in
Que por toda ela descia Rosas brancas, puras, finas, 'Folhas Caídas'
Como um véu que lhe envolvia, Viçosas como boninas,
Que lhe adoçava a beleza. Singelas sem ser agrestes.
ANÁLISE DO POEMA 4: “Destino”

Quem disse à estrela o caminho Ensinou alguém à Como a abelha corre ao prado,
abelha Como no céu gira a estrela,
Que ela há-de seguir no céu? Que no prado anda a Como a todo o ente o seu fado
A fabricar o seu ninho zumbir Por instinto se revela,
Se à flor branca ou à Eu no teu seio divino .
Como é que a ave aprendeu?
vermelha Vim cumprir o meu destino...
Quem diz à planta «Florece!» O seu mel há-de ir Vim, que em ti só sei viver,
E ao mudo verme que tece pedir? Só por ti posso morrer.
Que eras tu meu ser,
Sua mortalha de seda querida, Almeida Garrett, in 'Folhas
Os fios quem lhos enreda? Teus olhos a minha Caídas'
vida,
Teu amor todo o meu
bem...
Ai!, não mo disse
ninguém.
REFERÊNCIAS

► BIOGRAFIA DE ALMEIDA GARRET Por Dilva Frazão Biblioteconomista e professora DISPONI


VEM EM : https://www.ebiografia.com/almeida_garrett/#:~:text=Almeida%20Garrett%2
0(1799-1854),04%20de%20fevereiro%20de%201799

► https://www.escritas.org/pt/t/2927/este-inferno-de-amar

► https://www.citador.pt/poemas/nao-te-amo-almeida-garrett

► https://www.citador.pt/poemas/nao-es-tu-almeida-garrett

► https://www.citador.pt/poemas/destino-almeida-garrett

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