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Redação

Marília de Dirceu
Professor(a): Lais
Alunos: Yven, Maria Clara,
Hector ,Paulo Daniel, Ericka,
Ana Leticia, Emanuel.
Introdução
Marília de Dirceu é o livro mais famoso de Tomás Antônio Gonzaga e fala do amor idealizado entre
Dirceu e Marília. Assim, o apaixonado poeta declara seu amor à jovem Maria Doroteia. Mas
também demonstra sua angústia por estar encarcerado, uma dor que encontra alívio somente na
certeza do afeto da mulher amada.

Pertencente ao arcadismo brasileiro, a obra possui idealização amorosa, pastoralismo e referências


greco-latinas. É dividida em três partes, tendo ao todo 71 liras e 14 sonetos. No mais, traz
características tanto do gênero lírico quanto do narrativo, de forma que o personagem Dirceu pode
ser tanto o narrador quanto o eu lírico da obra.
Contexto Histórico/social:
Os fatos apresentados em Marília de Dirceu estão situados no contexto do século
XVIII no Brasil. Portanto, se referem ao período que precedeu a Inconfidência
Mineira, mas também ao período em que Tomás Antônio Gonzaga estava preso, à
espera do julgamento que o levou ao degredo.

A Inconfidência Mineira foi uma conspiração ocorrida em 1789, no estado de Minas


Gerais. Estiveram envolvidos intelectuais, padres e militares, como o alferes
Tiradentes. Inspirados pelos ideais iluministas, eles pretendiam conseguir que o
estado de Minas se transformasse em um país independente.
Enredo:
Não existe um enredo propriamente dito, mas fatos fragmentados sobre Dirceu e Marília. Na maior parte do livro, publicado em 1792,
Marília é a interlocutora de Dirceu, já que o poeta dirige suas palavras a ela. O personagem tenta convencer a amada de que ele não é
qualquer pastor, pois os outros, segundo ele, respeitam “o poder do [seu] cajado”.

Ele também faz elogios à amada e, a todo momento, evidencia sua beleza e perfeição. Ela é assim descrita por ele:

Os teus olhos espalham luz divina,

A quem a luz do Sol em vão se atreve;

Papoula ou rosa delicada e fina

Te cobre as faces, que são cor de neve.

Os teus cabelos são uns fios d’ouro;

Teu lindo corpo bálsamo vapora.

Ah! não, não fez o Céu, gentil Pastora,

Para glória de Amor igual tesouro.


Desse modo, o livro mistura poesia com narrativa. Dirceu compara Marília ao próprio amor.
Também relata que, quando se apaixonou por ela, se dispôs a servir à amada, levava o gado dela
para beber na “fonte mais clara” e ao prado “de relva melhor”. Fala também da resistência de
Marília em corresponder ao seu amor.

Para dar uma ideia do próprio estado amoroso, Dirceu usa uma alegoria. Conta que um dia
encontrou o deus do amor “descuidado”, sem as flechas na mão. Logo “a raiva acende no coração” e
Dirceu matou Cupido. Porém, Marília se compadeceu e, chorando, lavou as feridas dele com as
lágrimas, o que acabou ressuscitando Cupido, ou seja, o amor.
Dessa forma, Dirceu conclui que enquanto vive “Marília bela/ Não morre Amor”. Porém, Dirceu
tem a consciência da efemeridade das coisas e exorta Marília a aproveitar “o tempo, antes que faça/
O estrago de roubar ao corpo as forças,/ E ao semblante a graça”. E, usando Glauceste como
interlocutor, diz que sua amada Eulina é inferior a Marília.
Características da obra
Marília de Dirceu:
Esse livro é pertencente ao arcadismo brasileiro, portanto possui as seguintes características:

◦ pastoralismo;

◦ amor e mulher idealizados;

◦ referências greco-romanas;

◦ fugere urbem (fugir da cidade);

◦ aurea mediocritas (mediocridade áurea);

◦ locus amoenus (lugar ameno);

◦ inutilia truncat (cortar o inútil);

◦ carpe diem (aproveitar o momento).


Narrador da obra Marília de
Dirceu:

O narrador da obra é o personagem Dirceu, mas ele também pode ser considerado o eu lírico, já que
a história transita entre os gêneros lírico e narrativo.
Autor da Obra

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