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A pigmentação da pele

Melanogênese
Cor da pele
• De acordo com Guyton, a cor da pele normal é influenciada diretamente pela produção da melanina, um
pigmento denso, de variados tons alterados entre o vermelho, laranja, marrom e negro; de alto peso
molecular, o qual assume o aspecto enegrecido, quanto mais concentrado, ou seja, é através do grau de
concentração deste pigmento que definimos os fotótipos humanos.
• Segundo Mosher & Fitzpatrick (1999), pigmentos exógenos amarelos, os carotenóides, também contribuem
para a cor da pele, assim como o vermelho endógeno, da hemoglobina oxigenada nos capilares da derme e
azul endógeno, da hemoglobina reduzida nas vênulas.

• A cor da pele constitutiva: também denominada Melanina Construtiva - é determinada pelos genes e não dependente
da exposição solar.
• A cor da pele facultativa: também denominada Melanina Facultativa - é a cor de pele mais intensa, resultante de
exposição solar ou de doenças pigmentares, e reflete a capacidade geneticamente determinada de bronzeamento em
resposta à radiação ultravioleta.
Melanócitos
• São células dendríticas, embriologicamente provenientes dos
melanoblastos,
• São responsáveis pela pigmentação da pele e dos pelos,
responsáveis pela tonalidade cutânea, atribuindo proteção
direta aos danos causados pela RUV, bem como as luzes
visíveis.
• Localizados, na camada basal da epiderme, projetam seus
dendritos, através da camada malpighiana (camada
espinhosa) , onde transferem seus melanossomas aos
queratinócitos.
• Existem em torno de dois mil ou mais melanócitos
epidérmicos por milímetro quadrado de pele da cabeça e
antebraço e cerca de mil no restante do corpo
• A proporção é de um melanócito a cada 10 queratinócitos, e a
transferência de melanina para os queratinócitos é que se dá na
proporção de 1/36.
Melanina
• A melanina é o principal pigmento biológico envolvido na pigmentação cutânea, sendo
determinante das diferenças na coloração da pele.
• É uma importante proteína, considerada essencial na defesa da pele contra os efeitos
deletérios das radiações ultravioletas, bem como os outros comprimentos de luzes, já
que ela é capaz de absorver e refletir raios solares e captar espécies reativas de oxigênio
• Seus pigmentos de cores variadas também possuem desempenho cromóforo e têm a
função de absorver a energia fotônica oriunda dos raios solares e outras fontes de luzes
artificiais, evitando que causem danos a outras células. Contudo, essa ação varia
conforme a cor da melanina produzida pelo melanócito. Quanto mais escura for a cor,
mais função cromófora ela terá.
• Na pele, a diferença racial da tonalidade não se dá pelo número de melanócitos
presentes, mas sim:
• Pelo grau de atividade do melanócito, denominada como síntese de melanina e
melanossomas;
• Pela proporção dos subtipos de melanina – Eumelanina, Feomelanina;
• E pelos fatores ambientais e orgânicos que são capazes de incentivar o estímulo
na síntese de melanina.
Tipos de melanina
• Eumelanina: marrom-preta, que é um polímero marrom, alcalino e
insolúvel.
• Absorve e dispersa os raios ultravioletas, atenuando e
suavizando sua penetração na pele, o que reduz os efeitos
nocivos do sol e, por isso, indivíduos de fotótipos altos
tendem a se queimar menos e bronzear mais quando
comparados aos feomelânicos.
• Feomelanina: amarela-vermelha, que é um pigmento alcalino,
solúvel e amarelado;
• Tem maior potencialidade para absorver radiação ultravioleta,
bem como as luzes visíveis, e gerar radicais livres, o que causa
danos ao DNA celular, acelera o envelhecimento e aumenta a
fototoxidade da pele. Isso explica porque pessoas mais claras
têm maior risco de dano epidérmico, induzido por ultravioleta,
inclusive de desenvolvimento de neoplasias cutâneas
relacionadas à exposição solar
Melanogênese -
melanossomas
I. Neste estágio a vesícula é esférica, há grande quantidade
de firosinase ativa, porém ainda não há presença de
melanina. Esta proteína é responsável pela maturação ao
estágio II.

II. Neste estágio os melanossomos assumem um formato


mais elíptico, possuem tirosinase ativa, pouca melanina e
tornam-se mais fibrosos.

III. Neste estágio a melanina começa a se depositar nas fibras


e a tirosinase continua ativa.

IV. Neste último estágio as vesículas são elípticas ou


elipsoides, totalmente opacas e eletrodensas, devido ao
intenso e compacto depósito de melanina, e a tirosinase
está pouco ativa.
Melanogênese
• O principal precursor na rota biossintética da melanina é a L­-tirosina, um
aminoácido não essencial obtido do meio extracelular ou produzido no
citossol pela hidroxilação da L­-fenilalanina.
• A L­-tirosina presente no citosol é então transportada para dentro dos
melanossomas, iniciando­-se a melanogênese.
• A tirosina é convertida a L­-Dopa por um processo catalisado tanto pela
tirosina hidroxilase como pela tirosinase (principal enzima envolvida)
• A tirosinase age dessa vez na Dopa, e o resultado desta transformação é a
Dopaquinona.
• A partir deste ponto, por determinações genéticas, se houve incorporação da
cisteína teremos a Feomelanian como resultado.
• Ou se houver incorporação da glutationa teremos como resultado a
Emelanina.
Melanogênese
Fatores que influenciam a coloração da pele
• Fator genético: Mais de 375 genes têm sido identificados e estão envolvidos na regulação da pigmentação da pele, agindo durante
o desenvolvimento, sobrevivência, diferenciação, e/ou resposta do melanócito ao meio ambiente.
• Fator Hormonal: O hormônio melanoestimulante - MSH(Melanocyte Stimulating Hormone), hormônio hipofisário, estimula a
melanogênese. Os estrogênios e a progesterona estão envolvidos na hiperpigmentação da face e da epiderme genital
• Ação dos raios ultravioletas: A ação dos raios UVB multiplica os melanócitos ativos e estimula a enzima tirosinase. A produção
aumentada de melanina é uma reação defensiva da pele, promovendo a formação do eritema actínico (pigmentação indireta). A
radiação UVA oxida e escurece os precursores incolores da melanina, promovendo uma pigmentação sem eritema (pigmentação
direta).
• Envelhecimento: A maioria das mudanças da pele associadas ao envelhecimento são causados pelo fotoenvelhecimento e refletem
a exposição acumulativa ao sol. Os melanócitos envelhecidos possuem, depois de anos expostos à radiação ultravioleta, uma
atividade funcional elevada.
• Inflamação: A secreção de interleucinas-1 pode estimular a produção de fatores pelos fibroblastos da derme e queratinócitos,
estimulando a proliferação dos melanócitos e induzindo a um aumento da atividade da enzima tirosinase nos melanócitos.

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