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Direito Financeiro

THIAGO CAETANO LUZ


CRÉDITOS ORÇAMENTÁRIOS x CRÉDITOS
ADICIONAIS
• CRÉDITOS ORÇAMENTÁRIOS – São aqueles já previstos na Lei
Orçamentária Anual como necessários para custeio de despesas
previstas e previsíveis.
• Créditos Adicionais são aqueles destinados à realização de ajustes
orçamentários, eles podem ser classificados em:
I – Suplementares
II – Especiais
III - Extraordinários
CRÉDITOS SUPLEMENTARES
• Os chamados créditos suplementares são os créditos destinados a um
reforço na dotação orçamentária. O objetivo aqui é aumentar a
quantidade de recursos para determinada categoria de despesa,
caso a previsão orçamentária inicial não tenha sido suficiente para a
satisfação do objetivo.
• São créditos concedidos com o fim EXCLUSIVE de aumentar a dotação
de um crédito orçamentário já previsto na LOA.
• Sua vigência é LIMITADA ao exercício em que ocorreu a sua
autorização.
CRÉDITOS ESPECIAIS
• Os créditos especiais são aqueles ainda não previstos na lei
orçamentária anual e que trazem inovação à LOA, adicionando
programações de gastos inéditas em determinado exercício, sendo a
sua natureza qualitativa, e não apenas quantitativa como nos créditos
suplementares. Os créditos especiais são abertos por decreto do
poder executivo, com a finalidade de criar um programa ou
elemento de despesa com vistas a atender objetivo não previsto no
orçamento.
CRÉDITO ESPECIAIS

• Art. 167. São vedados: § 2o Os créditos especiais e extraordinários


terão vigência no exercício financeiro em que forem autorizados,
salvo se o ato de autorização for promulgado nos últimos quatro
meses daquele exercício, caso em que, reabertos nos limites de seus
saldos, serão incorporados ao orçamento do exercício financeiro
subseqüente.
CRÉDITOS EXTRAORDINÁRIOS

• Segundo a Constituição Federal, a abertura de créditos


extraordinários somente será admitida para atender a despesas
imprevisíveis e urgentes, como as decorrentes de guerra, comoção
interna ou calamidade pública.
DE ONDE VEM OS RECURSOS PARA
ESSES CRÉDITOS ADICIONAIS?
• De acordo com o ordenamento pátrio, os créditos suplementares e
especiais só poderão ser abertos e houver recursos disponíveis para
ocorrer a despesa, que deve ser devidamente justificada. Apenas os
créditos extraordinários não necessitam comprovar recursos
disponíveis para a sua abertura.
• Existem quatro modos previstos no artigo 43 da Lei 4.320/64
RECEITAS PÚBLICAS.

• Para a sua existência e o funcionamento, o Estado precisa de recursos.


Com base nas necessidades públicas e demandas da sociedade, o
Estado democrático moderno necessita de recursos para
absolutamente todas as suas necessidades – até mesmo a observação
das liberdades dos cidadãos.
Entradas e Receitas Públicas
• “denominam-se entradas públicas todas as espécies de ingressos
financeiros nos cofres públicos. Essas entradas possuem naturezas
distintas, sendo classificadas de diversas maneiras, especialmente sob
a ótica da sua transitoriedade no patrimônio público, da sua
periodicidade, da sua origem e da sua contrapartida.”
• Basicamente temos 2 tipos de entradas:
• Provisórias – São denominadas de ingressos públicos (cauções, fianças
depósitos recolhidos ao tesouro, empréstimos contraídos).
• Definitivas – São denominadas de receitas públicas (valores originados dos
tributos, penalidades financeiras e renda decorrente do patrimônio do
Estado).
ORIGEM DAS RECEITAS.
As receitas podem ser provenientes das seguintes fontes:
• a) Do patrimônio estatal: da exploração de atividades econômicas por entidades estatais
ou do seu próprio patrimônio, tais como as rendas do patrimônio mobiliário e imobiliário
do Estado, receitas de aluguel e arrendamento dos seus bens, de preços públicos,
compensações financeiras da exploração de recursos naturais e minerais (royalties), de
prestação de serviços comerciais e de venda de produtos industriais ou agropecuários;
• b) Do patrimônio do particular: pela tributação, aplicação de multas e penas de
perdimento, recebimento de doações, legados, heranças vacantes etc.;
• c) Das transferências intergovernamentais: relativa à repartição das receitas tributárias
transferidas de um ente diretamente para outro ou por meio de fundos de investimento
ou de participação;
• d) Dos ingressos temporários: mediante empréstimos públicos, ou da utilização de
recursos transitórios em seus cofres, como os depósitos em caução, fianças, operações de
crédito por antecipação de receitas etc.
OUTRAS CLASSIFICAÇÕES DE
RECEITAS
OUTRAS CLASSIFICAÇÕES DE RECEITAS
Ordinárias Extraordinárias
Fiscais Extrafiscais
Originárias Derivadas
Orçamentárias Extra-orçamentárias
Efetivas Não Efetivas
Processamento da RECEITA PÚBLICA
• Lançamento - É a individualização e o relacionamento dos contribuintes,
discriminando a espécie, o valor e o vencimento do tributo de cada um. Realizado
para os casos de impostos diretos (os que recaem sobre a propriedade e a renda) e
outras receitas que também dependem de lançamento prévio (aluguéis,
arrendamentos, foros, etc.). É de se observar que não são todas as receitas que
passam por esta fase.
• Arrecadação - É o momento onde os contribuintes comparecem perante os
agentes arrecadadores a fim de liquidarem suas obrigações para com o Estado.
• Recolhimento - É o ato pelo qual os agentes arrecadadores entregam diariamente
o produto da arrecadação ao Tesouro Público. É importante observar que nenhum
agente arrecadador pode utilizar o produto da arrecadação para realizar
pagamentos. Os pagamentos devem ser feitos com recursos específicos para este
fim.

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