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CASOS CLÍNICOS E ESTUDOS ATUAIS

DE FREUD

Valquíria Bernardes Herter da Cruz


Psicóloga – CRP 06/120892
DEFINIÇÃO CASOS CLÍNICOS
É UM RELATO UMA NARRATIVA DE UM ATENDIMENTO
DE UM PSICANALISTA.
Qual objetivos de um Relato?
É para demostrar um ponto teórico ou um ponto técnico. Um
parâmetro a ser seguido do que pode ser feito e o que não pode ser
feito.
Particularidades de um Caso Clínico:
É a narrativa de algo que já aconteceu, é um relato falseado
devido a lembrança ao se tratar de perdas de detalhes que podem
ser esquecido dependendo muito do tempo que levou para ser
escrito.
Não consegue abordar concepção do todo, sempre fica algo
O que eu posso apreender como leitor um caso clínico.
 Detalhe importante em estudar um caso Clínico é
se atentar o que está por trás, das informações
(entre linhas), estes pontos técnicos podem ser
muito importantes, resumindo tem uma série de
informações quando se lê um caso clínico que
podem ser muitos uteis para desenvolvimento de
novas teorias ou para se basear do pode ou não se
fazer.

 O olhar de leitura sobre um caso não pode ser visto


como um fato histórico e sim com base em técnicas
e teóricas ligadas ao caso clínico no sentido de
aprimorar em relação a clínica.
Fundamentações Teórica do Relato Clínico
Casos Clínicos de S. Freud:
O homem dos ratos – Neurose Obsessiva sintomas
atingem especialmente o pensamento por oposição a
histeria marcada pela conversão do sofrimento psíquico
para sintomas corporais;
O homem dos lobos – Sequelas da Neurose infantil
obsessiva Análise feita por meio de um trabalho de
associação de ideias;
O Pequeno Hans - Primeira Análise infantil da História
da Psicanálise conduzida pelo pai sob a supervisão de
Freud;
O Presidente Schreber - Um relato publicado pelo
próprio Schreber sobre sua Psicose.
O Caso Dora- Um relato sobre a neurose sua teoria
sobre o tratamento psicanalítico e fundamentos
sexual dos distúrbios neuróticos;

O Presidente Schreber - Um relato publicado pelo


próprio Schreber sobre sua Psicose.
Casos Atuais

Daniel Paul (FILME BASEADO NA AUTOBIOGRAFIA)


Albert Gordin
Jorge Forbes (Médico Psiquiatra Psicanalista Brasileiro)
Ana Beatriz Barbosa da Silva ( Médica Psiquiatra)
David Zimerman ( Escritor Psicanalista, conhecido por seu
trabalho coeso e rico na psicanálise proporcionou a sua
atuação em campos de batalha, ajudando soldados a vencerem
a ansiedade do medo de um ataque eminente.
Bases para estudo dirigido.
Referências:
ABBGNANO, N. (1971). Dicionário de filosofia. São Paulo: Martins Fontes, 2000.
BERLINCK, M. T. (1998). O que é psicopatologia fundamental. In: Psicopatologia
fundamental. São Paulo: Escuta, 2000. (1999). Catástrofe e representação. Notas para
uma teoria geral da psicopatologia fundamental. In: Psicopatologia fundamental. São
Paulo: Escuta, 2000. p. 27-56. BILDER, R. Preface. In: Neuroscience of the mind on
the centennial of Freud's Project for a scientific psychology. Annals of the New York
Academy of Sciences, v. 843, maio de 1998. CAMPOS, F. S. Psicanálise e
neurociência', dos monólogos cruzados ao diálogo possível. 2001. Tese (doutorado em
Psicologia). Depto. de Psicologia, Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro.
CLAVREUL, J. (1978). A ordem médica - poder e impotência do discurso médico. São
Paulo: Brasiliense, 1983. EDELMAN, G. M. The Remembered Present. A Biological
Theory of Consciousness. New York: Basic Books, 1989. FEDIDA, P. Prefácio. In:
PEREIRA, M.E.C. Pânico e desamparo. São Paulo: Escuta, 1999. FIGUEIREDO, A .
C. Vastas confusões e atendimentos imperfeitos. Rio de Janeiro: RelumeDumará, 1997.
FOUCAULT, M. (1980). O nascimento da clínica. Rio de Janeiro: Forense
Universitária, 1998.
VISÃO ATUAL DO SABER PSICANÁLITICO
É do saber que a psicanálise tem uma teoria que muito
poderia contribuir para suas pesquisas, mas quem são seus
interlocutores do lado dos psicanalistas?
Será que os psicanalistas têm um conhecimento suficiente
da descoberta freudiana para poder transmiti-la a na
psicanálise em extensão? Não poucas vezes escutamos
que é desnecessária a teoria, ou até mesmo lemos
confissões de sua ignorância (Soussumi, 2001), o que nos
deixa bastante preocupados quanto a uma transmissão
viável. O mesmo se dá no contexto dos serviços de saúde
mental. Até onde não somos nós mesmos os responsáveis
pela ainda maior resistência à psicanálise para além
daquela que lhe é intrínseca (Freud, 1914)?
Neurocientista de reconhecimento internacional, Edelman foi
capaz de escrever que "há um longo caminho entre a
acetilcolina e o tabu do incesto, e precisamos ter muito cuidado
quando relacionamos estados fisiológicos aos conteúdos da
consciência em animais falantes (in language-bearing
animals)" (Edelman, 1989, p. 212, tradução nossa).

Enquanto cientista, ele sustenta um campo diferente do das


descobertas de uma ciência da consciência e não pretende ter a
capacidade para criticar Freud. Mesmo assim, quando procura
saber alguma coisa mais sobre a psicanálise, seus interlocutores
nesse campo visivelmente deixam a desejar, além de definir o
inconsciente muito mais pelo que não é do que pelo que é: não é
atividade consciente... o que deixa de fora toda articulação lógica
do processo primário, uma rede, aliás, muito particular!
Freud fez um corte na história da subjetividade que, até então, contava com a
primazia da consciência. Sem essa especificação, não é possível sustentar o
sujeito na articulação com o discurso da ciência. Com efeito, todas as tentativas
de pensar o homem a partir da consciência levam à fora conclusão do sujeito.
Donde: a clínica psicanalítica exige a ancoragem teórica que implica grande
dedicação e investimento para cada psicanalista que quiser arriscar uma conexão
com outros campos. Ε mais: é preciso saber que nem todos os clínicos têm a
possibilidade de fazê-lo, mas que é função do psicanalista transmiti-lo em cada
interlocução.
Para concluir sugerimos: o aprofundamento do estudo teórico da psicanálise por
uma prática que sustente sua transmissão na multidisciplinaridade tanto da clínica
quanto da pesquisa científica. Sem tal dedicação e investimento não há
O psicanalista realiza a interpretação dos conteúdos inconscientes das
palavras, ações e produções imaginárias do seu paciente.
Considerações Finais:
É na passagem da experiência psicanalíticas para
elaboração Teórica que se pode localizar o método de
Casos Clínicos. O relato do caso é o primeiro passo e
ao mesmo tempo o passo fundamental para o
encontro da experiência psicanalíticas com a
elaboração teórica é por meio de um relato que se
terá acesso ao caso e a tudo o que puder suscitar em
nós.
BIBLIOGRAFIA

EDELMAN, G. M. The Remembered Present. A Biological Theory of Consciousness. New


York: Basic Books, 1989.

Gay, P. (1989). Freud. Uma vida para o nosso tempo. São Paulo: Companhia das
Letras.

Soussumi, Y. Afetos, emoções, instintos, psicanálise e neurociência. Alter - Jornal de estudos


psicanalíticos, Brasília, v. 20 , n. 1, p. 75-106 , 2001 .

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