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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ................................................................................................ 4

INTRODUÇÃO E HISTÓRIA DA PSICANÁLISE ........................................... 5

FREUD MÉDICO NEUROLOGISTA (UM POUCO ANTES DA


PSICANÁLISE) ............................................................................................. 7

FREUD E AS PRIMEIRAS INVESTIGAÇÕES ............................................. 8

DO QUE SOFRIA ANNA O.? ...................................................................... 11

QUEM FOI FREUD? ................................................................................... 12

VEJA ALGUNS TERMOS QUE VOCÊ TERÁ COM FREQUÊNCIA EM


PSICANÁLISE! ............................................................................................ 17

UM PONTO DE VISTA DE FREUD SOBRE O MÉTODO


PSICANALÍTICO: ........................................................................................ 18

REFERÊNCIAS ............................................................................................... 19

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INTRODUÇÃO

Olá caro(a) aluno(a), seja muito bem-vindo(a) ao início da Formação Livre em


Psicanálise Clínica. Você terá acesso a conteúdo como: textos, videoaulas, podcasts,
imagens e apostilas. O módulo 1, oportuniza o acesso ao conteúdo introdutório, de
suma importância para o exercício como psicanalista.

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INTRODUÇÃO E HISTÓRIA DA PSICANÁLISE

(...) Não somos apenas o que pensamos ser. Somos mais:


somos também o que lembramos e aquilo de que nos
esquecemos; somos as palavras que trocamos, os
enganos que cometemos, os impulsos a que cedemos
“sem querer”.

Sigmund Freud

(...) Como abordar as questões contemporâneas que


colocam em jogo as relações entre o vazio da sexualidade
e a multiplicação infinita dos aparelhos e que nos
permitem interrogar “a debilidade de nosso próprio corpo.

Chaim Samuel Katz

Embora seja uma abordagem teórica bastante popular e com grande


tradição, quando se fala em Psicanálise, dúvidas surgem a respeito dos
requisitos necessários para atuar como tal. Os mitos que circulam são

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muitos: algumas pessoas confundem o psicanalista com psicólogo,
outras já ouviram falar que não é necessário estudar para se tornar um
psicanalista.

No entanto, a formação do psicanalista no Brasil (e no mundo) não é


acadêmica, ou seja, não é dada nas universidades, não tem o tão
temido vestibular. Historicamente os psicanalistas preferiram não se
vincular a ideologias de estado ou a ditames de grupos políticos para
obter maior autonomia em sua profissão e pensamento. O estudo para
a formação, segundo Freud, deveria obedecer a três campos
importantes de estudo: teórico, análise pessoal e supervisão. Você
pode ou vai perceber que “apesar” de não ser um curso acadêmico, a
formação exige estudo e dedicação, bem como a compreensão de
termos que estão muito ligados a medicina, filosofia, psicologia e áreas
afins.

Nossa escola possui uma plataforma que concentra conteúdos


diversos em nossa área e área afins, depois veja o post que falamos
sobre a “psicanálise como área livre para quaisquer profissionais e não
graduados”.

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Todo tratamento psicanalítico é uma tentativa para
libertar o amor recalcado.

Sigmund Freud

FREUD - MÉDICO NEUROLOGISTA (UM POUCO ANTES DA


PSICANÁLISE)

Caro aluno, vamos falar um pouco do Freud neurologista e da forma


como ele se aproximou das doenças mentais, quando ele descobre
essa nova teoria e prática clínica: a psicanálise.

Freud ingressou na faculdade de medicina em 1873, quando tinha 17


anos. Desde o primeiro semestre, se interessou por fisiologia,
disciplina fundamental na sua formação e área de trabalho que
pretendia seguir quando acabou o seu curso superior. Neste mesmo
semestre, teve o seu primeiro contato com Brucke, médico que foi
muito importante no início de sua carreira.

Ainda na faculdade, Freud foi trabalhar no laboratório de fisiologia1 de


Brucke. Um exemplo de cientista disciplinado, o qual Freud seguiu à
risca, tendo sido, por toda a sua vida, leal ao ideal da integridade e
intelectual científica. No entanto, outro aspecto da ciência, a exatidão,
não lhe era tão caro assim. Isso aparece claramente na psicanálise e
nos escritos deste autor: a obstinada ideia de Freud de fazer ciência
sempre o acompanhou, no entanto, ele construiu uma teoria que não
é exata.

Freud ficou fascinado com a fisiologia, a ciência dos organismos


enquanto tais. Nos anos em que estudou e trabalhou com Brucke,

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[1] Estudo das funções e do funcionamento normal dos seres vivos, esp. dos
processos físico-químicos que ocorrem nas células, tecidos, órgãos e sistemas dos
seres vivos sadios; biofisiologia.

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desenvolveu a estrutura fisiológica específica na qual mais tarde
tentou modelar suas descobertas psicológicas.

Freud permaneceu de outubro de 1885 a fevereiro de 1886 como aluno


na Salpetrière, estudando com Charcot. Segundo Jones (1889), foi este
importante médico quem gerou em Freud o fascínio pela
psicopatologia.

FREUD E AS PRIMEIRAS INVESTIGAÇÕES

O que mais impressionou Freud em Paris foram as investigações de


Charcot a respeito da histeria (FREUD, 1925).

Charcot provou a autenticidade das manifestações histéricas, a


obediência da histeria a leis específicas e a ocorrência da doença
também em homens, durante a qual era possível produzir-se paralisias
e contraturas histéricas através da hipnose.

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Para Freud, era surpreendente ver um neurologista tão iminente
interessado pela histeria, que antes era vista como simulação, ou ainda
como uma estranha perturbação no útero.

Neste ponto, antes de prosseguirmos com o estudo das influências de


Charcot e Breuer sobre Freud, é preciso que falemos rapidamente a
respeito da histeria.

A noção de histeria é muito antiga, remonta à Antiguidade. Sua


delimitação acompanhou as mudanças da história da medicina.

Até a idade Média (TRILLAT, 1991), a histeria era considerada possessão,


“coisa do diabo” e era tratada pelo padre ou curandeiro. Com o avanço
da medicina, coloca-se a questão da histeria se constituir em doença
ou não. Isto porque se observou que ela poderia apresentar os
sintomas de várias doenças já conhecidas. Parecia, assim, que a
histeria estaria para além das demais afecções.

A partir do séc. XVIII, a histeria passa a ser considerada uma doença.


No entanto, mesmo assim, a história da histeria, segundo Trillat (1991)
foi sempre percorrida por uma dupla corrente: uma baseada na
observação de fatos, na compilação de dados objetivos (corrente
médica); a outra seria aberta à imaginação, ao sonho, ao subjetivo.
Essas duas correntes ora se aproximavam, ora se afastavam, mas
nunca deixaram de existir.

Como vimos o pai da psicanálise inicia sua caminhada pela psicologia


da mente a partir da descoberta da hipnose, juntamente com Dr
Breuer, visando a cura de pacientes histéricos. Inicialmente, achava-se
que apenas mulheres sofriam com este mal, porém mais tarde
descobre-se que homens também manifestam a doença.

A descoberta dos traumas iniciais que geraram os sintomas da histeria


vem por meio da hipnose. Uma vez que uma pessoa é hipnotizada a

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mente volta-se ao inconsciente que libera os acontecimentos
reprimidos e as lembranças retornam.

Em uma aula ministrada pelo Dr. Charcot, Freud descobre o


inconsciente e o relaciona com o método da hipnose, pois o médico
explica que o inconsciente divide a mente, o que pode causar o
esquecimento de vários traumas e a confusão na hora de lembra-
los. Mas, diferentemente do Dr. Breuer, Charcot não defende a hipnose
como método de cura, ao apontar que que após a finalização das
sessões os sintomas retornam.

Decide então propagar este conhecimento aos seus colegas em uma


palestra, porém as ideias não são bem aceitas por eles. Apenas Dr.
Breuer aceita algumas colocações, mas discorda de Charcot devido às
questões da hipnose, como os demais hipnólogos da época.

Freud passa a acompanhar Breuer em várias consultas e, também, a


atender por meio do método hipnótico. Primeiramente, tenta aplicar
seu método no hospital onde trabalhava, porém os médicos não
acreditavam nessa possibilidade e o proíbem de trabalhar naquele
hospital.
O fundador da psicanálise começa a atender particularmente nas
residências de seus pacientes e, durante uma sessão, começa a
desconfiar da sexualidade infantil. Um de seus analisandos ou
pacientes, no momento em que foi hipnotizado, apresenta claramente
seu amor pela mãe, razão por ter matado o pai. Uma vez que acreditava
que o pai abusava dela e impedia que eles se amassem.
Freud sai transtornado da consulta e começa a olhar para si mesmo
mediante as descobertas que começa a fazer. Desse modo, embarcou
em um caminho de conhecimento e autoconhecimento, visando
escrever sua própria teoria e desvendar todos esses fenômenos.

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Uma paciente frequente do Dr Breuer foi Cecily, a garota não andava,
não bebia água e nem enxergava. Durante algumas sessões de hipnose
algumas lembranças a ajudaram a melhorar, porém Freud percebeu
que as vezes as sessões não mostravam qualquer resultado e começou
a ir mais fundo neste caminho do inconsciente.

Breuer, como já mencionamos, era um dos mais respeitados médicos


de Viena. E também um grande amigo de Sigmund Freud, quase um
pai, uma pessoa que o encorajou e lhe deu suporte financeiro por
muito tempo.

Este renomado médico utilizava a hipnose para fins psicoterapêuticos,


mesmo quando esta era vista com desconfiança pelos meios
científicos. No entanto, a partir do caso Anna O., Breuer passou a
utilizar a hipnose de forma diferente da usada na época, para fazer
surgir a origem dos sintomas. Em 1925, no seu “Um estudo
autobiográfico”, Freud afirma que era assim que usava a hipnose desde
o início de seus trabalhos.

Anna O. foi um caso muito importante para a história da psicanálise,


porque a partir de seu atendimento surgiu a “cura pela fala” e o método
catártico. Método que podemos considerar o “meio do caminho” para
o surgimento da associação livre.

DO QUE SOFRIA ANNA O.?

Anna O. sofria de uma histeria grave, apresentando vários sintomas


como: estrabismo convergente e outras graves perturbações da visão,
paralisias completas na extremidade superior direita e em ambas as
extremidades inferiores, dores de cabeça, tosse nervosa, aversão por
alimentos, etc. E após a morte do pai, foi acometida por sonambulismo
persistente alternado com estados de excitação.

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A paciente era, segundo Breuer, uma jovem – quando adoeceu contava
com 21 anos – muito inteligente, com bom senso crítico e que vivia num
ambiente monótono - o que pode ter levado a intensos devaneios, seu
“teatro particular”, como dizia Breuer. E que pode ter contribuído muito
para o desenvolvimento da doença.

QUEM FOI FREUD?

Sigmund Schlomo Freud, conhecido como Sigmund Freud, nasceu no


dia 6 de maio de 1856, na cidade de Freiburg, na Morávia
(hoje Tchéquia), a 160 km de Viena, capital da Áustria.

Os pais de Freud chamavam-se Jacob Freud e Amália Nathanson. Ele


foi o primeiro dos oito filhos do casal. Seu pai era judeu e trabalhava
como comerciante de lã. A família enfrentou dificuldades
econômicas.

Quando o futuro pai da psicanálise tinha quatro anos, sua família


mudou-se para Viena — à época berço de grandes produções nas
áreas de cultura, arte, música, literatura e ciências. Desde criança, os
pais de Freud dedicavam-lhe tratamento especial em relação aos
irmãos. Sua mãe chamava-o “meu Sig de ouro”. Ele sempre foi muito
estudioso, tirava notas altas e estudava línguas estrangeiras por conta
própria. Autodidata, quando tinha 12 anos Freud já lia obras de William
Shakespeare.

Na adolescência, começou a escrever um diário dos seus sonhos.


Entrou na Faculdade de Medicina da Universidade de Viena em 1873
(aos 17 anos de idade). Depois de formar-se, em 1881, queria trabalhar
com pesquisa, mas, para juntar dinheiro para o seu casamento,
escolheu atender em um consultório situado na capital. Sigmund
Freud estava, então, com 29 anos de idade.

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Antes disso, aos 26 anos, Freud apaixonou-se por uma moça
chamada Martha Bernays. Com dois meses de relacionamento, ficaram
noivos. O médico casou-se com ela aos 30 anos e, juntos, tiveram seis
filhos. O médico austríaco era um homem reservado, tímido e
discreto. Tinha fobia de viajar, era viciado em charutos e chegava a
fumar de 20 a 25 desses por dia. Segundo ele, precisava fumar o
charuto para manter-se criativo.

Em 1923, Freud foi diagnosticado com câncer na mandíbula e na boca.


Passou por várias cirurgias para retirar tumores. Tirou também parte da
sua mandíbula e passou a usar uma prótese. Nos 16 anos seguintes,
continuou sofrendo com a doença. Quando os nazistas chegaram à
Áustria em 1938, Freud e sua família tiveram que fugir para Londres. No
entanto, quatro das suas irmãs morreram, mais tarde, em campos de
concentração. Na ocasião, alguns livros de Freud foram queimados.
Sigmund Freud morreu em 23 de setembro 1939, na sua casa,
em Londres, onde hoje funciona o Museu Freud de Londres. Relatos
apontam que ele faleceu depois que seu médico lhe aplicou três doses
de morfina.

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A Psicanálise de Freud revolucionou as crenças científicas de nosso
século ao estabelecer um entendimento especial e singular das
motivações do sujeito humano. Freud, além da teoria, produziu textos
sobre temas da cultura, escreveu sobre seus casos clínicos e sobre
técnica.

Em 1895, afirmou que: “sofremos de reminiscências que se curam


lembrando”. A Psicanálise de Freud é um conjunto teórico que apoia
um método de investigação clínico. Um método de cura pela palavra.
Razões históricas assinalaram que o método de investigação não pode
ser pensado como um campo isento, asséptico, pois a cura está
atravessada pela questão da transferência.

Freud tropeçou na ação da transferência enquanto tentava solucionar


questões clínicas dos sintomas histéricos. São conhecidas as
atribulações de Josef Breuer com o amor de transferência de sua
paciente Anna O., assim como as de Freud com Dora.

Nasceu então o modelo da Psicanálise, em que a cura pela palavra foi


pensada por Freud na dimensão de tornar consciente, o inconsciente.
Porém, o inconsciente não é apenas o que carece de atributo da
consciência, isto é, o pré-consciente que é capaz de se fazer
consciente. O inconsciente propriamente dito, um sistema, é
irredutível à consciência.

O inconsciente aparece no consciente, mas sem uma consciência, isto


é, de modo velado. O inconsciente se expressa nos sonhos, nos atos
falhos e chistes, nos sintomas e nas transferências. É dessa perspectiva
que compreendemos a afirmação de Freud ao teorizar a respeito da
cura a partir do processo de “tornar consciente o inconsciente”.

Segundo Sigmund Freud, psicanálise é o nome de:

Um procedimento para a investigação de processos mentais que são


quase inacessíveis por qualquer outro modo; um método (baseado
nessa investigação) para o tratamento de distúrbios neuróticos; uma

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coleção de informações psicológicas obtidas ao longo dessas linhas, e
que gradualmente se acumulou numa “nova” disciplina científica.

A essas definições elaboradas pelo próprio Freud, podem ser


acrescentadas: um tratamento possível da psicose e da perversão,
considerando o desenvolvimento dessa técnica.

Para Freud toda perturbação de ordem emocional tem sua fonte em


vivências sexuais marcantes, que por se revelarem perturbadoras,
são reprimidas no inconsciente.

A energia contida, a libido, se expressa a partir dos sintomas, na


tentativa de se defender e de se preservar, este é o caminho que
encontra para se comunicar com o exterior. Através da livre associação
e da interpretação dos sonhos do paciente, o psicanalista revela a
existência deste instinto sexual. Essa transferência de conteúdo para o
consciente, que provoca uma intensa desopressão emocional, gera a
cura do analisando. A mente, dividida em Id, Ego e Superego, revela-
se uma caixinha de surpresas nas mãos de Freud. No Id, governado
pelo “princípio do prazer”, estão os desejos materiais e carnais, os
impulsos reprodutores, de preservação da vida.

No Ego, ou Eu, regido pelo “princípio da realidade”, está a consciência,


pequeno ponto na vastidão do inconsciente, que busca mediar e
equilibrar as relações entre o Id e o Superego; ele precisa saciar o Id
sem violar as leis do Superego. Assim, o Ego tem que se equilibrar
constantemente em uma corda bamba, tentando não se deixar
dominar nem pelos desejos insaciáveis do Id, nem pelas exigências
extremas do Superego. Luta igualmente para não se deixar aniquilar
pelas conveniências do mundo exterior. Por esse motivo, segundo
Freud, o homem vive dividido entre estes dois princípios, o do Prazer e
o da Realidade, em plena angústia existencial.

O Superego é a sentinela da mente, sempre vigilante e atenta a


qualquer desvio moral. Também age inconscientemente, censurando

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impulsos aqui, desejos ali, especialmente o que for de natureza sexual.
O Superego se expressa indiretamente, através da moral e da
educação.

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VEJA ALGUNS TERMOS QUE VOCÊ TERÁ COM FREQUÊNCIA EM
PSICANÁLISE!

i. Associações livres de ideias - O psicanalista pede ao analisado


que diga tudo o que sente e pensa, sem qualquer omissão,
julgamento, mesmo que lhe pareça sem importância,
desagradável, imoral ou absurdo. É no decorrer desse
procedimento que se manifestam resistências, desejos,
recordações e recalcamentos inconscientes, que o analista
procurará identificar e interpretar.
ii. Interpretação dos sonhos – O psicanalista pede ao analisado
que lhe relate os sonhos (estudaremos uma disciplina de
teoria sobre essas técnicas). Segundo Freud, o sonho seria a
realização simbólica/disfarçada de desejos recalcados. O pai
da psicanálise distingue o conteúdo manifesto do sonho (o
que é lembrado), e o conteúdo latente (desejos, medos,

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aquilo que é interpretado). Cabe ao analista interpretar o
significado dos sonhos.
iii. Análise da transferência – O psicanalista analisa e interpreta
os dados do processo de transferência. A transferência é um
processo em que o analisado transfere para o psicanalista os
sentimentos de amor/ódio vividos na infância, sobretudo
relativamente aos seus responsáveis.
iv. Análise dos atos falhos – O psicanalista procura interpretar os
esquecimentos, lapsos e erros de linguagem, leitura ou
audição do analisado. Segundo Freud, estes erros
involuntários manifestariam desejos recalcados no
inconsciente e que irromperiam na vida cotidiana.

UM PONTO DE VISTA DE FREUD SOBRE O MÉTODO PSICANALÍTICO:

O tratamento psicanalítico não comporta senão uma troca de palavras


entre o analisado e o terapeuta. O paciente fala, conta os
acontecimentos da sua vida passada e as suas emoções. O médico
esforça-se por dirigir a marcha das ideias do paciente, desperta
recordações, orienta a sua atenção em certos sentidos, dá-lhe
explicações e observa as reações de compreensão ou incompreensão
que provoca no doente.

As palavras faziam primitivamente parte da magia e nos nossos dias a


palavra guarda muito do seu poder de outrora. Com palavras um
Homem pode tornar o seu semelhante feliz ou levá-lo ao desespero, e
é com a ajuda das palavras que o mestre transmite o seu saber aos
alunos, que o orador empolga os auditores e determina os seus juízos
e decisões.

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REFERÊNCIAS

FREUD, Sigmund. Introduction à la Psychanalyse, Payot, 1976.

EUZÉBIO; Alessandro. Uma introdução a psicanálise, São Paulo, 2016.

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