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LC 142/2013

Eduarley Max Santos da Silva Belle


Perito médico federal
Otorrinolaringologista
Otoneurologia
Definição
• A Lei Complementar n° 142, de 08/05/2013 regulamentando o
parágrafo 1º do artigo 201 da Constituição Federal, instituiu a
Aposentadoria à Pessoa com Deficiência.
ESPÉCIES 41- Aposentadoria por Idade e
CONTEMPLADAS: 42- Aposentadoria por Tempo de Contribuição

BENEFICIÁRIOS: Todas as categorias, inclusive o segurado facultativo,


excetuando os casos de aposentadoria por idade ao segurado especial
prevista no artigo 39 da Lei nº 8.213/91, salvo se contribuir
facultativamente.
Reconhecimento do direito
• Para a concessão com base nessa Lei Complementar, exige-se o
cumprimento da carência de 180 contribuições. Não há aplicação da
tabela progressiva prevista no artigo 142 da Lei nº 8.213/91.

• Na data da entrada do requerimento – DER, o(a) requerente deverá


comprovar sua condição como deficiente (estes benefícios não se
destinam a segurados(as) que já superaram a condição de pessoa com
deficiência na DER), ressalvando os casos de direito adquirido.
Reconhecimento do direito
• DIREITO ADQUIRIDO: Se dá a partir de 09/11/2013, data definida
como início da vigência pela Lei Complementar 142/2013; portanto,
esta é a menor data a ser observada para fins de análise do direito
adquirido.

• Se for constatada pelas perícias: médica e social, a deficiência, mas


que esta tenha seu final antes da DER ou da data do direito adquirido,
não fará jus ao benefício na condição de pessoa com deficiência.
Reconhecimento do direito - Requisitos

APOSENTADORIA POR IDADE DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA (espécie 41)


IDADE MÍNIMA CARÊNCIA
Homem – 60 anos Mulher 55 anos 180 contribuições
TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO IMPORTANTE DESTACAR
Mínimo de 15 anos de contribuição, O(a) requerente deve comprovar sua condição como
cumprido simultaneamente deficiente na DER, ressalvado o direito adquirido a partir
na condição de pessoa com deficiência de 09/11/2013, inclusive.
Reconhecimento do direito - Requisitos

APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA (espécie 42)


IDADE MÍNIMA CARÊNCIA
Não tem 180 contribuições
TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO
Deficiencia Leve Moderada Grave
Homem 33 anos 29 anos 25 anos
Mulher 28 anos 24 anos 20 anos
IMPORTANTE DESTACAR
- que o(a) requerente seja pessoa com deficiência na DER, ressalvado o direito adquirido.
- Havendo contribuição alternadamente na condição de pessoa com deficiência e com deficiência ou no
caso de existência de mais de um grau de deficiência, os respectivos períodos poderão ser somados, após
aplicação da conversão.
MANUAL PRÁTICO DA CAPACITAÇÃO DO
INSTRUMENTO IFBrA PARA PESSOA COM
DEFICIÊNCIA – LEI COMPLEMENTAR 142/2013 –
INSS.
PERÍCIA MÉDICA E SERVIÇO SOCIAL.
Preâmbulo

Aspectos Metodológicos do IF-BrA


Preâmbulo – Aspectos Metodológicos do IF-BrA

1- Seleção de categorias do componente de Atividades e Participações da


Classificação Internacional de Funcionalidade (CIF), que resulta em 41
atividades divididas em sete domínios:
• Sensorial,
• Comunicação,
• Mobilidade,
• Cuidados Pessoais,
• Vida Doméstica,
• Educação, Trabalho e Vida Econômica,
• Socialização e Vida Comunitária.
Preâmbulo – Aspectos Metodológicos do IF-BrA

2- Determinação de pontuação do nível de independência para cada


atividade, baseada no modelo da Medida de Independência Funcional
- MIF, com os níveis de dependência de terceiros agrupados em quatro
níveis de pontuação (25, 50, 75 e 100 pontos), visando à facilitação do
emprego do instrumento.
Preâmbulo – Aspectos Metodológicos do IF-BrA

3- Identificação das barreiras externas, a partir de fatores externos


definidos pela CIF:
• Produtos e Tecnologia(P e T)
• Ambiente Natural e Mudanças Ambientais feitas pelo ser
humano(Amb);
• Apoio e Relacionamentos(A e R);
• Atitudes(At);
• Serviços, Sistemas e Políticas(SS e P).
Preâmbulo – Aspectos Metodológicos do IF-BrA

4- Elaboração da Folha de Identificação;

5- Elaboração da História Clínica e História Social;

6- Elaboração da Matriz do Índice de Funcionalidade Brasileiro


(IFBrA);

7- Classificação do Grau de Deficiência em Leve, Moderado e Grave.


PRISMA
1- IDENTIFICAÇÃO DA AVALIAÇÃO
1.1 - Data da avaliação
1.2 - Nome completo do avaliador
1.3 - Local da avaliação
1.4 - Assinalar quem prestou as informações
PRISMA
2 - IDENTIFICAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DO AVALIADO
2.1 - Nome completo
2.2 - Assinalar o sexo
2.3 - Idade
2.4 - Cor ou Raça
2.5 - Diagnóstico Médico (a ser preenchido pelo perito médico) CID10
2.6 - Tipo de impedimento (a ser preenchido pelo perito médico)
Impedimento Auditivo - Impedimento Intelectual/Cognitivo -
Impedimento Físico/Motor - Impedimento sensorial Visual - Impedimento
Mental
PRISMA
2 - IDENTIFICAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DO AVALIADO
2.7 – Fixação da Data do Início do Impedimento(DIIMP), e Data de Alteração do
Impedimento(DA), (se houver), a ser preenchido pelo perito médico

• A DIIMP é obrigatória e será fixada por ocasião da avaliação do perito médico


• O mesmo fará a análise da data provável de início das alterações do corpo (estruturas
e funções), motivadoras do benefício, que tenham conduzido a uma efetiva alteração
na funcionalidade do indivíduo (desempenho e participação)
• Para tanto, o perito deverá munir-se de documentos que o subsidiem em seu
raciocínio clínico, de modo a estimar a data provável de início das alterações
corpóreas
• A comprovação da deficiência anterior à data da vigência da Lei Complementar nº
142, de 08 de maio de 2013, será instruída por documentos que subsidiem a avaliação
médica e funcional, VEDADA a prova exclusivamente testemunhal.
PRISMA
2 - IDENTIFICAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DO AVALIADO
2.7 - Fixação da Data de Início do Impedimento (DIIMP) e da Data de
Alteração (DA)
• A DA refere-se a um período em que se observou a melhora ou o agravamento da
funcionalidade do segurado provocada por uma alteração corpórea/física ou
mesmo dos fatores ambientais envolvidos
• A fixação desta data não é obrigatória, devendo ocorrer apenas quando houver
alteração da funcionalidade do indivíduo ou que haja a adição de outro
impedimento, de forma que esta adição também conduza a uma modificação real
de sua funcionalidade
• Assim como a DIIMP, a DA necessita ser fixada com embasamento não
exclusivamente testemunhal
PRISMA
2 - IDENTIFICAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DO AVALIADO
2.7 - Fixação da Data de Início do Impedimento (DIIMP) e da Data de
Alteração (DA)

• Importante lembrar que a fixação destas datas pelo perito, baseada na alteração
da funcionalidade, não se constitui em determinação da deficiência ou de seu
grau, fato que somente ocorrerá após a avaliação de ambos os profissionais

• Tais procedimentos visam tão somente nortear o perito para adequada fixação
das datas, evitando-se assim a abertura de múltiplos períodos sem impacto
significativo na avaliação da deficiência
PRISMA
2 - IDENTIFICAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DO AVALIADO
2.7 - Fixação da DIIMP e da DA
• NOTA 01: Após a avaliação pela perícia médica e pelo serviço social, uma vez somadas
as pontuações e sendo comprovada deficiência para fins de aposentadoria pelo RGPS,
a DIIMP será utilizada para fixação Data de Início da Deficiência

• NOTA 02: Quando não houver qualquer documentação para embasamento clínico da
fixação da DIIMP, o médico perito deverá solicitá-la ao segurado, somente dando
sequencia à sua avaliação após cumprida esta exigência

• NOTA 03: Quando o segurado apresentar impedimento(s) que inicialmente, não


sinalize(m) repercussões efetivas sobre sua funcionalidade, desde que o mesmo
apresente documento comprobatório (ex. laudo médico), a DIIMP, excepcionalmente,
deverá ser fixada na data dos sinais/sintomas/doença motivadora do pedido de
benefício, justificando-se o fato no campo para descrições.
PRISMA
3 - HISTÓRIA CLÍNICA E SOCIAL
3.1 - História Clínica
3.2 - História Social
4. APLICAÇÃO DO INSTRUMENTO (MATRIZ)
4.1- Pontuação do nível de independência das atividades funcionais

a) Título da Atividade

b) Descrição da Atividade e dos 04 níveis de independência com exemplos

c) O avaliador deverá compreender a descrição e os exemplos das atividades e


utilizar na sua análise, as opções de respostas com níveis de independência. Essa
descrição foi feita para o examinador compreender todo o escopo da atividade com
todas as suas etapas.
4. APLICAÇÃO DO INSTRUMENTO (MATRIZ)
4.1- Pontuação do nível de independência das atividades funcionais

d) A partir da descrição das atividades e das respostas com níveis de


independência e exemplos, o avaliador deverá investigar, o nível de independência
do indivíduo naquela atividade. Com suas próprias palavras, ele poderá utilizar
exemplos para abordar a atividade junto ao avaliado
e) A pontuação deverá se basear na informação disponível mais confiável (do
avaliado, de uma pessoa de convívio próximo, de um profissional de saúde, do
prontuário)
f) A pontuação dos níveis de independência de cada atividade deverá refletir o
desempenho do indivíduo e não a sua capacidade
4. APLICAÇÃO DO INSTRUMENTO (MATRIZ)
4.1- Pontuação do nível de independência das atividades funcionais

g) O desempenho é o que ele faz em seu ambiente habitual, e não o que ele é
capaz de fazer em uma situação ideal ou eventual
h) Se o nível de independência varia em função do ambiente, da hora do dia,
pontue o escore mais baixo (o nível de maior dependência).
4. APLICAÇÃO DO INSTRUMENTO (MATRIZ)
4.1- Pontuação do nível de independência das atividades funcionais

i) A única exceção a essa regra é se a pessoa responder que não realiza a atividade
por um motivo pessoal, ou seja, a pessoa pode desempenhar a atividade, pois não
encontra barreiras ou as barreiras encontradas podem ser superadas sem
adaptações ou auxílio de terceiros. A pessoa não realiza a atividade por opção
pessoal ou por não ser demandada. Observação: Questões relacionadas à cultura,
costumes, valores pessoais, ideologias e religiosos são considerados barreiras
relacionadas à atitude.
4. APLICAÇÃO DO INSTRUMENTO (MATRIZ)
4.1- Pontuação do nível de independência das atividades funcionais

ATENÇÃO: Todas as atividades deverão ser pontuadas. EXCETO: quando não houver
qualquer forma confiável para avaliação de determinada atividade (o próprio
segurado, parentes, pessoas de convívio próximo, profissionais de saúde),
esgotadas todas as possibilidades de investigação (visitas domiciliares, hospitalares,
ao local de trabalho ou outros ambientes e/ou avaliação de documentos através da
solicitação de informações adicionais), deve-se pontuar 100.
4. APLICAÇÃO DO INSTRUMENTO (MATRIZ)
4.1- Pontuação do nível de independência das atividades funcionais

Escala de Pontuação do IF-BrA – de acordo com os níveis de independência

1. Pontuação 25: totalmente dependente


2. Pontuação 50: dependência parcial
3. Pontuação 75: independência modificada
4. Pontuação 100: independente
Escala de Pontuação do IF-BrA
Pontuação 25
• Não realiza a atividade ou é totalmente dependente de terceiros para realizá-la
em todas as etapas da atividade

• Não participa de nenhuma etapa da atividade. Se for necessário o auxílio de duas


ou mais pessoas em algumas das etapas da atividade, o escore também deve ser
25: totalmente dependente.

• As barreiras, quando encontradas, impedem a realização da atividade ou


requerem dependência de terceiros para a execução de todas as etapas da
atividade
Escala de Pontuação do IF-BrA
Pontuação 25 – Barreiras

1. A pessoa com deficiência não possui acesso a produtos e


tecnologias(P e T), o que traz graves restrições de participação social.

2. O ambiente natural e físico(Amb), que circundam a pessoa com


deficiência não fornece acessibilidade e/ou privacidade e/ou
salubridade.

3. Inexistência de apoio e relacionamentos(A e R), ou estes são vitais em


todas as etapas da atividade.
Escala de Pontuação do IF-BrA
Pontuação 25 – Barreiras

4. Vivencia situações preconceituosas, discriminatórias ou negligentes


que constituem barreiras para o seu desempenho(At).

5. A pessoa com deficiência não dispõe de atendimento da rede de


serviços, sistemas e políticas garantidoras de proteção social pela
distância ou inexistência do serviço na rede pública e/ou
indisponibilidade financeira para o acesso à rede privada(SS e P).
Escala de Pontuação do IF-BrA
Pontuação 50

• Realiza a atividade com o auxílio de terceiros.


• O indivíduo participa de alguma etapa da atividade. Inclui preparo e
supervisão.
• Nesta pontuação, sempre há necessidade do auxílio de outra pessoa
para a atividade ser realizada: quando alguém participa em alguma
etapa da atividade, ou realiza algum preparo necessário para a
realização da atividade ou supervisiona a atividade.
• Nessa pontuação, o indivíduo que está sendo avaliado deve participar
de alguma etapa da atividade.
Escala de Pontuação do IF-BrA
Pontuação 50

• Supervisão: quando há necessidade da presença de terceiros sem a


necessidade de um contato físico.
• Exemplo: a pessoa necessita de incentivo, de pistas para completar
uma atividade, ou a presença de outra pessoa é necessária como
medida de segurança.
Escala de Pontuação do IF-BrA
Pontuação 50

Preparo: quando há necessidade de um preparo prévio para a atividade


ser realizada.
Exemplo: a colocação de uma adaptação para alimentação, colocar
pasta na escova de dente.
As barreiras, quando encontradas, são superadas pelo auxílio de
terceiros em uma ou mais etapas que funcionam como facilitadores
para a realização da atividade.
Escala de Pontuação do IF-BrA
Pontuação 50 - Barreiras
1. O acesso a produtos e tecnologias(P e T) é insuficiente e compromete a
participação social.
2. O ambiente natural e físico(Amb), que circundam a pessoa com deficiência não
atende satisfatoriamente às condições de acessibilidade e/ou privacidade e/ou
salubridade.
3. O apoio e relacionamentos(A e R), são necessários para a realização de
alguma(s) etapa(s) da atividade.
4. Dispõe de uma rede de serviços, sistemas e políticas(SS e P), garantidoras de
proteção social que são indispensáveis à superação das barreiras no
atendimento de suas necessidades.
Escala de Pontuação do IF-BrA
Pontuação 75

• Realiza a atividade de forma adaptada, sendo necessário algum tipo


de modificação ou realiza a atividade de forma diferente da habitual
ou mais lentamente.
• Para realizar a atividade, necessita de algum tipo de modificação do
ambiente ou do mobiliário ou da forma de execução como, por
exemplo, passar a fazer uma atividade sentado que antes realizava em
pé; ou de alguma adaptação que permita a execução da atividade
como, por exemplo, uma lupa para leitura ou um aparelho auditivo.
Escala de Pontuação do IF-BrA
Pontuação 75

• Com as adaptações e modificações, não depende de terceiros para


realizar a atividade: tem uma independência modificada.
• Nessa pontuação, o indivíduo deve ser independente para colocar a
adaptação necessária para a atividade, não dependendo de terceiros
para tal.
• As barreiras, quando encontradas, são superadas por modificações
no ambiente que funcionam como facilitadores para a realização da
atividade.
Escala de Pontuação do IF-BrA
Pontuação 75 - Barreiras
1. O acesso a produtos e tecnologias(P e T), constitui um facilitador
que atende às necessidades da pessoa com deficiência.
2. O ambiente natural e físico(Amb), que circundam a pessoa com
deficiência atende às condições de acessibilidade e/ou privacidade
e/ou salubridade.
3. A pessoa com deficiência dispõe de apoio e relacionamentos.
4. Dispõe de uma rede de serviços, sistemas e políticas(SS e P),
garantidoras de proteção social que são indispensáveis à superação
das barreiras no atendimento de suas necessidades.
Escala de Pontuação do IF-BrA
Pontuação 100

• Realiza a atividade de forma independente, sem nenhum tipo de


adaptação ou modificação, na velocidade habitual e em segurança.
• Não tem nenhuma restrição ou limitação para realizar a atividade da
maneira considerada normal para uma pessoa da mesma idade,
cultura e educação.
• Realiza a atividade sem nenhuma modificação, realizando-a da forma
e velocidade habitual.
Escala de Pontuação do IF-BrA
Pontuação 100 – Barreiras

• As barreiras não são encontradas ou, quando presentes, não


ensejam modificações/adaptações ou auxílio de terceiros para que
seja realizada a atividade de forma plena e em segurança.
• Os fatores ambientais que circundam a pessoa com deficiência
constituem facilitadores, que melhoram o seu desempenho, quais
sejam: produtos e tecnologias; condições de moradia; apoio e
relacionamentos; atitudes (costumes, práticas, ideologias, valores e
normas); rede de serviços, sistemas e políticas garantidoras de
proteção social.
4.2 - Identificação de Barreiras Externas: Fatores Ambientais
• A funcionalidade humana não depende apenas de aspectos
diretamente ligados às funções e estruturas do corpo.
• O contexto tem um papel fundamental sobre a forma como as
pessoas desempenham suas atividades habituais.
• Os Fatores Ambientais constituem o ambiente físico, social e de
atitudes em que as pessoas vivem e conduzem suas vidas, em seu
contexto.
• Esses fatores são externos aos indivíduos e tem um impacto sobre a
sua funcionalidade.
• Os fatores externos podem aumentar a funcionalidade atuando como
facilitadores, ou podem ser limitantes, agindo como barreiras.
4.2 - Identificação de Barreiras Externas: Fatores Ambientais

• A existência de barreiras ambientais e atitudinais podem ter impactos


sobre a efetiva participação social das pessoas com deficiência, e
refletem no nível de independência funcional.

• A inexistência de recursos e tecnologia assistiva gera impactos sobre a


restrição no desempenho das atividades, na medida em que pode
exigir maior dependência da presença de terceiros, diante da
ausência de facilitadores.
4.2 - Identificação de Barreiras Externas: Fatores Ambientais
Os fatores ambientais são divididos em 05 categorias:
1. Produtos e Tecnologia
2. Ambiente
3. Apoio e Relacionamentos
4. Atitudes
5. Serviços, Sistemas e Políticas
4.2 - Identificação de Barreiras Externas: Fatores Ambientais
• Atenção: Se alguma atividade pontuar 25 (quer dizer, quando o
indivíduo não realiza a atividade ou necessita do auxilio de terceiros
para realizá-la), deve-se investigar se alguma barreira externa é a
causa dessa pontuação.
• Se o que impede o indivíduo de pontuar acima de 25 é uma ou mais
barreiras externas, deve-se assinalar ao lado dessa atividade qual é ou
quais são essas barreiras.
• A pontuação é mantida (25).
• Se alguma atividade pontuar 50, significa que podem existir barreiras
externas que impactam sobre a necessidade de dependência de
terceiros para o desenvolvimento de alguma etapa das atividades.
Formulário 01: Identificação do Avaliado e da
Avaliação
Formulário 02: Funções corporais acometidas
Formulário 3: Aplicação do Instrumento
(Matriz)
4.3 - Aplicação do Método Linguístico Fuzzy

• Utiliza-se três condições que descrevem o grupo de indivíduos, em


situações de maior risco funcional para cada tipo de impedimento
(Auditivo; Intelectual - Cognitivo e/ou Mental; Motor e; Visual):

1. Determinação dos Domínios que terão mais peso para cada grupo de
funcionalidade;

2. Definição de questões emblemáticas;

3. Não disponibilidade do auxílio de terceiros.


4.3 - Aplicação do Método Linguístico Fuzzy

• Havendo resposta afirmativa para as condições 2 ou 3 anteriormente citadas,


OU

• Havendo pontuação 25 ou 50 em alguma atividade, OU

• pontuação 75 para todas as atividades dos domínios apontados como


relevantes para aquela deficiência,

• será automaticamente atribuída a menor pontuação identificada em cada um


dos domínios relacionados àquele impedimento, corrigindo, assim, a nota
final.
Quadro 2: Condições do modelo linguístico Fuzzy
4.3 - Aplicação do Método Linguístico Fuzzy

• O modelo Fuzzy vai ser utilizado para, uma vez constatada qualquer
uma das situações emblemáticas, baixar a pontuação dos 02 (dois)
domínios, referidos, para a menor nota que foi atribuída naqueles
domínios.

• Existem 02 (dois) domínios principais em cada tipo de deficiência.


4.3 - Aplicação do Método Linguístico Fuzzy

• Exemplo 01: deficiência mental -> domínios principais: vida doméstica


e socialização
• Pontuação atribuída pelo profissional:
• Vida doméstica: tudo 75
• Socialização e vida comunitária: 50, 75, 100, 100, 100, 75, 50, 75
• Aplicando-se o FUZZY:
• Vida doméstica : MANTEM tudo 75
• Socialização e vida comunitária: 50,50, 50, 50, 50, 50, 50, 50
4.3 - Aplicação do Método Linguístico Fuzzy

• Exemplo 02: deficiência motora -> domínios mobilidade e cuidados


pessoais
• Mobilidade: tudo 100
• Cuidados pessoais: tudo 75
• Aplicando-se o FUZZY:
• Mobilidade: tudo 100
• Cuidados pessoais: tudo 75
4.4 - Cálculo do escore dos Domínios e Pontuação Total:

• As atividades estão divididas em sete domínios.


• Cada domínio tem um número variável de atividades, totalizando 41
atividades.
• A pontuação Total é soma da pontuação dos domínios que, por sua
vez, é a soma da pontuação das atividades.
• A pontuação final será a soma das pontuações de cada domínio
aplicada pela períciaa médica e serviço social que utilizarão o mesmo
instrumento observada a aplicação do modelo Fuzzy.
4.4 - Cálculo do escore dos Domínios e Pontuação Total:

• A Pontuação total mínima é de 2.050: 25 x 41= 1.025 x 2= 2.050

• A Pontuação total máxima é de 8.200: 100 x 41= 4.100 x 2= 8.200


4.5 - Classificação da Deficiência em Grave, Moderada e
Leve
• Deficiência Grave quando a pontuação for menor ou igual a 5.739.

• Deficiência Moderada quando a pontuação total for maior ou igual a


5.740 e menor ou igual a 6.354.

• Deficiência Leve quando a pontuação total for maior ou igual a 6.355 e


menor ou igual a 7.584.

• Pontuação Insuficiente para Concessão do Benefício quando a


pontuação for maior ou igual a 7.585.
Domínios e atividades

1. Sensorial(2)
2. Comunicação(5)
3. Mobilidade(8)
4. Cuidados Pessoais(8)
5. Vida Doméstica(5)
6. Educação, Trabalho e Vida Econômica(5)
7. Socialização e Vida Comunitária(8)
_________________________________________
41
Domínio mobilidade
Domínio mobilidade
Domínio mobilidade
Domínio mobilidade
Domínio mobilidade
Domínio mobilidade
Domínio mobilidade
Domínio mobilidade
A verdadeira deficiência é aquela que prende o ser humano por dentro
e não por fora, pois até os incapacitados de andar podem ser livres para
voar.
Thaís Moraes

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