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EDUCAÇÃO E

CULTURA CORPORAL
2023/1
APONTAMENTOS INICIAIS
O CORPO PODE SER MOLDADO?
O CORPO PODE CONTAR HISTÓRIAS?
O CORPO PODE PASSAR POR DIFERENTES
TRAJETÓRIAS?
diferentes ambientes, diferentes
propostas, diferentes contextos
EDUCAÇÃO
DANÇA JOGOS ARTE
FÍSICA

PERFORMANCE EDUCAÇÃO GINÁSTICA BRINQUEDO

DINÂMICAS BRINCADEIRAS
Hasse (2002) compreende que “a educação é o processo
pelo qual as sociedades asseguram a transmissão dos
conhecimentos, e dos valores fundamentais, das gerações
mais velhas para as gerações mais novas. Até hoje, em cada
sociedade e independentemente do seu estádio de
desenvolvimento ou dos modelos de educação concebidos,
este é o meio que assegura a cultura”.
Na minha caminhada, muitas coisas eu vi. O choro triste e o lamento de dor, Ainda
permanecem em minha memória, De um povo com o qual fiz a minha história, Para
que hoje possam escutar seu grito, seu clamor.

Quando jovem, muitas lutas travei, Valente guerreiro me tornei, Na defesa do meu
povo, me dediquei, Para alcançar grandes conquistas, o título de TUXAUA
conquistei.

Hoje, mesmo com a idade avançada, trago vivo na lembrança, as lutas pela terra,
pela vida dos que restaram Seguindo com fé, força e esperança de manter a nossa
cultura, ensinando as crianças.

Antes de chegar a velhice, muitas coisas ensinei: Cantos, danças, lendas, tudo isso
repassei, para que quando já cansado e não poder mais andar, Possam contar minha
história, o meu legado, o que deixei, Lembrando-se de que TUXAUA KAMBEBA, para
Nada está solto ou largado.
Nada está fora do prumo.
Segundo Denise Sant’Anna (1995, p. 243) “talvez tenhamos uma idéia vaga sobre aquilo
que somos e sobre aquilo que representamos no mundo em que vivemos. Mas o que
move essa tendência da história, aqui rapidamente mencionada, é menos a ambição de
responder à questão “quem somos nós” e muito mais a saber como foi possível tornar
habitual, normal e adequado a nós certas práticas outrora inadequadas ou sem sentido.
Trata-se, portanto, de fazer a história de nossos receios e de nossos desejos, daquilo
que nos é familiar ou perigoso. Neste sentido, talvez fosse interessante começar por
aquilo que possuímos de mais concreto e banal e que, ao mesmo tempo, não cessa de
ser reconstruído e modificado ao longo dos anos. Ou seja, começar pelo corpo,
tomando-o como fio condutor para o estudo da subjetividade, segundo uma
perspectiva histórica.
Forma-se no século XIX, de um modo mais preciso
que em outros momentos da história do homem
ocidental, uma pedagogia do gesto e da vontade,
configurando-se, assim, uma “educação do corpo”, já
reconhecida como importante.
Hasse (2003) considera que “a preparação para a vida supõe a educação
física, um conjunto mais ou menos extenso e complexo de princípios, de
métodos e de técnicas a partir dos quais se estruturam maneiras de fazer,
verdadeiro know-how indispensável a vida humana e social”
Na Europa, ao longo de todo o século XIX, a ginástica científica afirma-se
como parte significativa dos novos códigos de civilidade (SOARES, 2005, p.
17).
O corpo reto e o porte rígido comparecem nas introduções dos estudos
sobre a ginástica no século XIX. Estes estudos, carregados de descrições
detalhadas de exercícios físicos que podem moldar e adestrar o corpo,
imprimindo-lhe este porte, reivindicam com insistência seus vínculos com a
ciência e se julgam capazes de instaurar uma ordem coletiva. Com estes
indícios, a ginástica assegura, neste momento, o seu lugar na sociedade
burguesa (SOARES, 2005, p. 18).
DESDOBRAMENTOS
POSSÍVEIS
Relações do corpo ao longo do século XIX (1801 a 1900)

Ênfase na atuação da ginástica em determinados países europeus, como:


França, Suécia, Inglaterra e Alemanha
Perspectivas de desejo, força, energia, vitalidade, coragem, motivação,
determinação
Relações entre Guerra e Indústria

Aspectos gregos envolvendo beleza, saúde e força

Relações sociais, formação de cárater e disciplina


Abarcando uma enorme gama de práticas corporais, o termo ginástica,
pertencente ao gênero feminino, de designação feminina e que historicamente
se constrói a partir de atributos culturalmente definidos como masculinos -
força, agilidade, virilidade, energia/têmpera de caráter, entre outros – passa a
compreender diferentes práticas corporais. São exercícios militares de
preparação para a guerra, são jogos populares e da nobreza, acrobacias,
saltos, corridas, equitação, esgrima, danças e canto (SOARES, 2005, p. 20).
Quando os círculos científicos se debruçam sobre o
seu conteúdo, desejam então aprisionar todas as
formas/linguagens das práticas corporais sob uma
única denominação: ginástica (SOARES, 2005, p. 20).
Sua origem etimológica vem do grego gymnikos, adjetivo que e
relativo aos exercícios do corpo, e de gimn(o), elemento de
composição culta que traduz a ideia de nu, do grego gymnós, "nu,
despido", não coberto, que se limita a ser alguém ou alguma coisa,
puro e simples, sem acessórios ou sem modificações... que não
traz vestuário exterior, que só traz a roupa interior, a túnica; sem
armadura ou armas (MACHADO, 1977, p. 151)
Composição baseada em harmonia e equilíbrio

Desejos, sensações e atenções

Formas e traços

Proporção e simetria
Segundo Ivan Corrêa (2012, p. 82) “a compreensão de cultura
corporal, como objeto de estudo da Educação Física escolar,
perpassa os debates teóricos da Educação Física brasileira
desde a década de 1980 (SOUZA JUNIOR, 2011) e culmina com a
publicação do livro Metodologia do ensino de Educação Física
(SOARES et al., 1992). A obra, escrita por seis autores que se
intitulam Coletivo de Autores, conceitua a Educação Física como
área de conhecimento que trata de cultura corporal, manifestada
em atividades como “Jogo, Esporte, Capoeira, Ginástica e
Dança” (SOARES et al., 1992, p. 64)”.
De acordo com a professora Denise Sant’Anna (2021), pensar no
corpo e na história do corpo é pensar não apenas em um terreno,
mas em um amplo terreno de pesquisa, onde entram relações
das pessoas com elas próprias, com seus corpos, com a saúde,
com o amor e com a dor.
PLANOS POSSÍVEIS:
A DISCIPLINA E SUAS
PERSPECTIVAS
Reflexões acerca do corpo e suas formas de subjetivação. Infância,
pensamento e aspectos da contemporaneidade. Relação entre corpo e
escola. Concepções de corpo e suas relações com a infância, educação e
cultura corporal de movimento na história da educação infantil,
aproximando perspectivas brasileiras (e de outros países também). Jogo,
brinquedo e brincadeira no cruzamento com a cultura. Metodologia do
ensino das práticas corporais historicamente constituídas e historicamente
desenvolvidas: Jogo, Ginástica, Lutas, Dança e Jogos Teatrais (linguagem
corporal dramática).
OBJETIVOS
• Geral:

• Compreender estudos sobre o corpo na formação humana, considerando o viés pedagógico e o


pensamento crítico

• Específicos:

• Analisar as dimensões socioculturais pertinentes a temática sobre o corpo;

• Possibilitar experiências, envolvendo leitura, contextualização e produção em diferentes campos do


conhecimento sobre o corpo;

• Exercitar o planejamento e formas de ações a partir de ambientes, momentos e contextos


envolvendo o corpo.
DESVIOS METODOLÓGICOS
Conceitos, fragmentos históricos e
aproximações pedagógicas;

Relações sobre o corpo e suas


perspectivas
Educação e Cultura Corporal a partir
da História, da Educação Física, da
Dança e das Artes Visuais;
Educação e Cultura Corporal em diferentes espaços de
formação;

Processos na educação; o formal, o não-formal e o


informal

Reflexões críticas sobre aspectos do passado e da


contemporaneidade
Dinâmicas e ações corporais

Práticas em campo

Brincadeiras e jogos

Relações subjetivas, cognitivas e a formação humana


Aspectos
Corpo e Participação
corporais e
sociedade e interação
inclusão
AVALIAÇÃ
O [EM]
CURSO
N1
01 ponto de participação em sala de aula
03 pontos nas dinâmicas de grupo (leituras e comentários de textos em momentos
específicos)
06 pontos para elaboração de um plano com base em brincadeiras e jogos
(direcionados, preferencialmente, ao público infantil, mas com possibilidade para
outros perfis/grupos também).

N2
01 ponto de participação em sala de aula
03 pontos nas dinâmicas de grupo (leituras e comentários de textos em momentos
específicos)
06 pontos para execução do plano de brincadeiras e jogos (direcionados,
preferencialmente, ao público infantil, mas com possibilidade para outros

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