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Comercialização de produtos agrícolas

AULAS 21 E 26/09
Prof. Margarete Boteon (LES 560)

RESUMO DA DISCIPLINA COMERCIALIZAÇÃO AGRÍCOLA


Prof. Responsável: Mirian R. P. Bacchi
Prof. Colaborador: Mauro Osaki
Recados

 MARCAR PRESENÇA NO STOA


 TEM EXERCICIO DURANTE A AULA NO STOA
 BAIXAR O ARQUIVO ABAIXO:

Universidade de São Paulo


Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”
Departamento de Economia, Administração e Sociologia
DEFINIÇÕES

 CANAL DE COMERCIALIZAÇÃO
 FUNÇÃO DE DEMANDA
 ELASTICIDADE
– PREÇO DA DEMANDA
– RENDA

 FUNÇÃO DE OFERTA
ELASTICIDADE PREÇO DA OFERTA
 Margens de comercialização

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Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”
Departamento de Economia, Administração e Sociologia
Referencial teórico

(1) MARQUES, P.V. & AGUIAR, D. R. D.


Comercialização de Produtos Agrícolas. São Paulo:
Editora da Universidade de São Paulo, 1993. Parte IV
(142-165).

(2) BARROS, G. S. de C. Economia da


Comercialização Agrícola. Piracicaba,
FEALQ,1987,Cap 2 (p.37-96).

(3) MENDES, J T G COMERCIALIZAÇÃO AGRÍCOLA


Ministério da Educação - Universidade Tecnológica
Federal do Paraná (Campus Pato Branco/Curso de
Agronomia. 2007. 100 p.

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CANAL DE
COMERCIALIZAÇÃO

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Comercialização

Definição: série de funções e atividades de


transformação e adição de utilidade, onde os
bens e serviços são transferidos dos produtores
aos consumidores (Barros, 1987).

1 Produtor 2 Comercia
lização 3 Consumidor

Transforma bens e produtos agrícolas em estado


bruto em bens e produtos capazes de proporcionar
satisfação ao consumidor
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Utilidades produzidas com bens e serviços na comercialização

A comercialização de produtos agrícolas


compreende um sistema de atividades produtivas
que adicionam utilidade de:
Forma - produto bruto em processado
Tempo - armazenagem e estocagem
Espaço - transporte
Posse - transferência de propriedade

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Exemplo de comercialização: Trigo

Produção Padronização Armazenamento

Alimentos prontos Transformação Beneficiamento

Consumo domestico Empacotamento

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Níveis de mercado

Insumos

Produtor oferece sua produção para


Produtores intermediário, varejista e consumidor final

Refere-se aquele segmento do mercado onde


Atacadistas concentra grande volume de transação de
mercadoria.

Varejistas Trata-se do local onde os consumidores adquirem


suas mercadoras.

Consumidores

Fonte: Barros (1987) - adaptado

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DEMANDA

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Demanda de produtos agrícolas

Definição

Demanda é a relação entre o preço


e o total de produtos que os
consumidores estão dispostos a
adquirir num determinado período
de tempo.

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Função demanda

q = f (p y, ps, pc, E, O)
Onde:
q = quantidade demandada
P = preço do produto
y = renda disponível
ps = preços dos produtos substitutos
pc = preços dos produtos complementares
E = expectativas
O = Outros fatores (gostos, preferencias, composição familiar, etc)

A quantidade demandada é uma função de preço dado os fatores renda


disponível, preços do produto disponível, preços do produtos complementares,
expectativas de preços e renda futura e preferencia (permanecem inalterados)

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Curva de Demanda

p q = a - bp Elasticidade da demanda (η) é a


resposta relativa da quantidade
demandada às variações de preços
? ou renda.
 A elasticidade pode ser expressa
como razão do preço e a quantidade
p* multiplicada pela declividade da
D curva de demanda.
 Ela mede quão sensível é a
demanda perante algum tipo de
q* ? q/t variação de PREÇO OU RENDA.

Cada ponto da curva representa o preço máximo que o consumidor


está disposto a pagar, por cada unidade, por unidade de tempo.

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p
Tipos de q = a - bp
Elasticidades
?
Como a elasticidade-preço da demanda
mede o quanto a quantidade demandada
responde ao preço, ela se relaciona
p*
estreitamenteà INCLINAÇÃO D
da curva de demanda.

q* ? q/t
Ep Variação proporcional na quantidade demanda
=
Variação proporcional no preço

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Cálculo da Elasticidade-Preço da Demanda

A elasticidade-preço da demanda é calculada como a


mudança percentual na quantidade demandada
dividida pela mudança percentual no preço.

Ep Variação proporcional na quantidade demanda


=
Variação proporcional no preço

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Classificação da Elasticidade – preço da demanda

 Demanda Elástica (| η | > 1): a quantidade do produto agrícola é


muito sensível a variação de preço. “Se você aumentar o preço em
1%, a quantidade demandada diminuirá em mais de 1%”.

 Demanda com elasticidade unitária (| η | = 1): a quantidade do


produto agrícola é indiferente a variação de preço. “Se você
aumentar o preço em 1%, a quantidade demandada é exatamente
1%.

 Demanda Inelástica (| η | < 1): a quantidade do produto agrícola


não é sensível a variação de preço. “Se você aumentar o preço em
1%, a quantidade demandada diminuirá em menos de 1%”.

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Elasticidade-Preço da Demanda:

 Elasticidade-preço da demanda é a medida da


intensidade da resposta da quantidade
demandada a alterações no preço do bem.
 É calculada como a variação percentual da
quantidade demandada dividida pela variação
percentual no preço.

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EXERCÍCIO

Se o preço da BATATA sobe de R$ 4,00 para $4,80 e a


quantidade que você compra cai de 1 kg para 0,9 kg,
então sua elasticidade de demanda pode ser calculada
da seguinte maneira:

(𝟎 , 𝟗 −𝟏)
Δq ∆ 𝒒=
𝟏
×𝟏𝟎𝟎=− 𝟏𝟎 %
(%) = - 0,5
Δp ( 𝟒 , 𝟖− 𝟒 , 𝟎)
(%) ∆ 𝒑=
𝟒
×𝟏𝟎𝟎=𝟐𝟎 %

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Fatores que afetam a elasticidade-preço

 Disponibilidade de substitutos próximos


 Grau de essencialidade do produto
 Proporção da renda gasta no produto
 Horizonte temporal

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DECLIVIDADE DA CURA DE DEMANDA - PREÇO

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Perfeitamente Inelástica

Perfeitamente Elástica

Fonte: Imagens da Internet


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Demanda tende a ser mais elástica:

 Se o bem for supérfluo.


 Quanto mais longo for o horizonte
temporal.
 Quanto maior for o número de bens
substitutos próximos.

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(𝟑𝟗 −𝟑𝟎)
Δq ∆ 𝒒=
𝟑𝟎
×𝟏𝟎𝟎=+𝟑𝟎 %
(%) = - 1,5
Δp ( 𝟏𝟔 −𝟐𝟎)
(%) ∆ 𝒑=
𝟐𝟎
×𝟏𝟎𝟎 =−𝟐𝟎 %

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PERGUNTA IMPORTANTE

Por que o comportamento da demanda


dos produtos agrícolas é importante
para a comercialização?

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Previsão da Receia

 Porque muitas vezes o


produtor/comerciante de alimentos
tem a sensação que ganha mais em
receita quando há quebra de safra?

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Receita Total e Elasticidade – Preço de Demanda

Sabe-se que:
Receita total = preço do produto (p) x quantidade vendida (q)

p
p

D
D

O q/t O q/t

Preço aumenta - Receita total Preço aumenta - Receita total cai


aumenta

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Receita Total e Elasticidade – Preço de Demanda

Sabe-se que:
Receita total = preço do produto (p) x quantidade vendida (q)

p
p

D
D

O q/t O q/t

Preço aumenta - Receita total Preço aumenta - Receita total cai


aumenta Preços sobem menos que a
Preços sobem mais que a queda da demanda
queda da demanda

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Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”
Departamento de Economia, Administração e Sociologia
Receita total para diferentes elasticidade da demanda

Variações esperadas na receita total (RT) para diferentes


elasticidade-preço da demanda
Receita Total
Demanda -∞<η<0 P↑ P↓
Elástica <-1 RT ↓ RT ↑
Inelástica >-1 RT ↑ RT ↓
Unitária =-1 RT Constante

PRODUTOS AGRÍCOLAS:
Geralmente inelásticas às variações de preços
p­ Þ queda proporcional do consumo é menor que o aumento do preço
– essencialidade dos produtos

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Departamento de Economia, Administração e Sociologia
Com uma curva de demanda
inelástica, um aumento no preço
(𝟖𝟎 −𝟏𝟎𝟎 )
Δq ∆ 𝒒=
𝟏𝟎𝟎
×𝟏𝟎𝟎=− 𝟐𝟎 % provoca uma redução
proporcionalmente menor na
(%) = - 0,1 quantidade demandada. Portanto, a
Δp ( 𝟑− 𝟏)
receita total aumenta.
(%) ∆ 𝒑=
𝟏
×𝟏𝟎𝟎=+𝟐𝟎𝟎 %
Fonte: Imagens internet
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Departamento de Economia, Administração e Sociologia
Com uma curva de demanda
(𝟐𝟎 −𝟓𝟎)
Δq ∆ 𝒒=
𝟓𝟎
×𝟏𝟎𝟎=−𝟔𝟎 % elástica, um aumento no
preço provoca uma redução
(%) = -2,4 proporcionalmente maior na
Δp ( 𝟓− 𝟒) quantidade demandada.
(%) ∆ 𝒑=
𝟒
×𝟏𝟎𝟎=+ 𝟐𝟓 % Portanto, a receita total
diminui.

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Receita total para diferentes elasticidade da demanda

Variações esperadas na receita total (RT) para diferentes


elasticidade-preço da demanda
Receita Total
Demanda -∞<η<0 P↑ P↓
Elástica <-1 RT ↓ RT ↑
Inelástica >-1 RT ↑ RT ↓
Unitária =-1 RT Constante

PRODUTOS AGRÍCOLAS:
Geralmente inelásticas às variações de preços
p­ Þ queda proporcional do consumo é menor que o aumento do preço
– essencialidade dos produtos

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ELASTICIDADE DE RENDA CONSUMO
Curva de renda consumo

A curva de renda consumo é uma função que relaciona


a quantidade consumida de uma mercadoria para um
dado nível de renda monetária.

Renda
y2

y1

q1 q2 q/t

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Cálculo da Elasticidade-Renda

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Relação entre Renda e Consumo

 Bens Normais (0<ηy<1):  Renda ­ Consumo


Ex: maioria dos produtos

 Bens de luxo (ηy>1): D consumo mais que


proporcional à variação na renda.
Ex. frutas importadas

 Bens inferiores (ηy<0): Consumo  a medida que a


renda aumenta ()
Ex: arroz

Universidade de São Paulo


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Departamento de Economia, Administração e Sociologia
Elasticidade-Renda - Tipos de Bens:

 Produtos básicos tendem a ter elasticidades-


renda baixas.  Exemplos: alimentos,
vestuário.
 Bens supérfluos tendem a ter grande
elasticidade-renda. Exemplos: caviar, casacos
de pele.

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Departamento de Economia, Administração e Sociologia
Universidade de São Paulo
Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”
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Geralmente bens normais
Produtos (alguns inferiores)
Agrícolas motivo: saturação num
nível baixo de consumo

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Departamento de Economia, Administração e Sociologia
EXERCÍCIO DO STOA PARA REALIZAÇÃO EM AULA

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Exercício em aula

EXERCÍCIO 1) Qual é a elasticidade renda (média) de 2017/18 e compare com


2008/09 dosdeprodutos
Universidade São Paulo acima?
Qual
Departamento é a sua
de Economia, conclusão?
Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”
Administração e Sociologia
Exercício em aula

EXERCÍCIO 2) Qual é o impacto das frutas e as carnes com os três principais


grupos de renda (I=menor
Universidade de São Paulo e III=maior)?
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Departamento de Economia, Administração e Sociologia
Exercício em aula

 3) Avalie a tabela como um todo, e dê exemplos


de (inclua o valor da elasticidade): a) bens de
luxo/superior ; b) bens normais; c) bem inferior
d) bem igual a zero.

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Departamento de Economia, Administração e Sociologia
Exemplos de elasticidade-renda

EXERCÍCIO 3) Qual é a elasticidade renda (média) de 2017/18 e compare com


2008/09 dosdeprodutos
Universidade São Paulo acima?
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Universidade de São Paulo
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Mercados e Preços agrícolas
Aula 2 – 28/09/2020

Prof. Responsável: Mirian R. P. Bacchi


Prof. Colaborador: Mauro Osaki

Fone: 55 19 3429-8853
Fax: 55 19 3429-8829
E-mail: mrpbacch@usp.br ou mosaki@.usp.br
http://www.cepea.esalq.usp.br
REVISÃO

Tipos de
CURVA DE DEMANDA
Elasticidades p q = a - bp
Como a elasticidade-preço da demanda
mede o quanto a quantidade demandada
responde ao preço, ela se relaciona ?
estreitamenteà INCLINAÇÃO
da curva de demanda.
p*
D
Variação proporcional na
quantidade demanda
Ep =
Variação proporcional no q* ? q/t
preço

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Classificação da Elasticidade – preço da demanda

 Demanda Elástica (| η | > 1): a quantidade do produto agrícola é


muito sensível a variação de preço. “Se você aumentar o preço em
1%, a quantidade demandada diminuirá em mais de 1%”.

 Demanda com elasticidade unitária (| η | = 1): a quantidade do


produto agrícola é indiferente a variação de preço. “Se você
aumentar o preço em 1%, a quantidade demandada é exatamente
1%.

 Demanda Inelástica (| η | < 1): a quantidade do produto agrícola


não é sensível a variação de preço. “Se você aumentar o preço em
1%, a quantidade demandada diminuirá em menos de 1%”.

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Receita total para diferentes elasticidade da demanda

Variações esperadas na receita total (RT) para diferentes


elasticidade-preço da demanda
Receita Total
Demanda -∞<η<0 P↑ P↓
Elástica <-1 RT ↓ RT ↑
Inelástica >-1 RT ↑ RT ↓
Unitária =-1 RT Constante

PRODUTOS AGRÍCOLAS:
Geralmente inelásticas às variações de preços
p­ Þ queda proporcional do consumo é menor que o aumento do preço
– essencialidade dos produtos

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Departamento de Economia, Administração e Sociologia
Curva de renda consumo

A curva de renda consumo é uma função que relaciona


a quantidade consumida de uma mercadoria para um
dado nível de renda monetária.

Renda
y2

y1

q1 q2 q/t

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Relação entre Renda e Consumo

 Bens Normais (0<ηy<1):  Renda ­ Consumo


Ex: maioria dos produtos

 Bens de luxo (ηy>1): D consumo mais que


proporcional à variação na renda.
Ex. frutas importadas

 Bens inferiores (ηy<0): Consumo  a medida que a


renda aumenta ()
Ex: arroz

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Mercados e Preços agrícolas
Aula 2 – 28/09/2020

Prof. Responsável: Mirian R. P. Bacchi


Prof. Colaborador: Mauro Osaki

Fone: 55 19 3429-8853
Fax: 55 19 3429-8829
E-mail: mrpbacch@usp.br ou mosaki@.usp.br
http://www.cepea.esalq.usp.br
A OFERTA DE PRODUTOS AGRÍCOLAS

28/09/2020
Lei da oferta

p S

?
p*

q* q/t
Lei da Oferta – Quanto maior é o preço de mercado maior é
a quantidade de um bem ou serviço que um produtor está
disposto a oferecer para a venda por intervalo de tempo.

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Elasticidade de oferta

Es Variação proporcional na quantidade ofertada


=
Variação proporcional no preço

q p p S
Es 
p q
p

Classificação
Es  1 unitária q q/t

Es  1 inelástica q = a + bp
Es  1 elástica dq p
Es 
dp q

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Políticas

Ex: sabe-se que a elasticidade-preço da oferta do


feijão é de 0,5. Qual deveria ser o aumento de
preço para estimular um aumento de 10% na
quantidade ofertada do feijão.

Es Variação proporcional na quantidade ofertada


=
Variação proporcional no preço

0,5x=10

p=20%

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CÁLCULO

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ELASTICIDADE DA OFERTA

OFERTA INELÁSTICA
OFERTA ELÁSTICA

ELASTICIDADE
UNITÁRIA

Fonte: Imagens de Internet

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ELASTICIDADE DA OFERTA

Perfeitamente elástica

Perfeitamente inelástica

Fonte: Imagens de Internet


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Departamento de Economia, Administração e Sociologia
Fatores que afetam a inclinação da curva de oferta

Fatores que afetam a inclinação da curva de


oferta:
 curtíssimo prazo: oferta vertical (todos insumos
fixos: o produtor dispõe de certa quantidade do
produto que tem que vender a qualquer preço);
 curto-prazo: oferta inclinada (pelo menos um
dos insumos pode variar.
 longo prazo: oferta é mais inclinada (todos os
insumos são variáveis; a empresa pode ajustar
a produção).

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Departamento de Economia, Administração e Sociologia
ANÁLISE: Mercado do petróleo no curto e médio prazo

Fonte: Imagens de Internet

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Tempo disponível para ajustar-se ao preço

D
p
C

q/t

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Elasticidade-preço da oferta

AGRICULTURA

 A oferta de produtos agrícolas tende a ser


inelástica em relação à preço

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Elasticidade da oferta de produtos agrícolas

A oferta de produtos agrícolas no Brasil


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AC Pastore - Estudos
EscolaEconômicos (São
Superior de Agricultura Paulo),
“Luiz de Queiroz” 1971 - revistas.usp.br
Departamento de Economia, Administração e Sociologia
Elasticidade-preço da oferta

PROCESSADOS X IN NATURA
 A oferta de alimentos tende a ser menos
elástica que a de produtos industrializados

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Elasticidade preço da oferta

Elasticidade
Produto
Curto prazo Longo prazo
Arroz 0,232 0,547
Feijão 0,096 0,111
Milho 0,113 0,273
Consumo interno 0,147 0,212
Alimentos 0,138 0,274
Industrializados 0,411 0,533

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Fatores que afetam a elasticidade de oferta

 Maiores elasticidades estão associadas à:

 Facilidade de armazenagem do produto

 Baixo custo para aumentar a produção

 Maior disponibilidade dos insumos e facilidade de


transferência.

 Tecnologia

 Maior acesso a mercados e a informações

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Função Oferta

Qi = f(Pi/ Pr, Pf, T, E) p S


Pi = preço do produto i p2
Pr = preço de produtos relacionados
Pf = preço de fatores de produção p1
T = tecnologia
E = expectativa

q1 q2 q/t

Universidade de São Paulo


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Deslocamento da função oferta

PREÇO DE INSUMO CAI

p S S’

q1 q2 q/t

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Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”
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Deslocamento da função oferta

ADOÇÃO DE TECNOLOGIA

p S S’

q1 q2 q/t

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EXERCÍCIOS DE ELASTICIDADE OFERTA - STOA

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Departamento de Economia, Administração e Sociologia
Mercados e Preços agrícolas
Aula 4

Prof(a). Responsável: Mirian R. P. Bacchi


Prof. Colaborador: Mauro Osaki

Fone: 55 19 3429-8853
Fax: 55 19 3429-8829
E-mail: mrpbacch@usp.br ou mosaki@.usp.br
http://www.cepea.esalq.usp.br

75
Preços de Mercado

76
Preço de mercado

 Preço de equilíbrio num mercado


competitivo: preço no qual a quantidade
demandada se iguala à quantidade ofertada.
 No equilíbrio, o preço máximo que os
consumidores estão dispostos a pagar
coincide com o preço mínimo que os
produtores estão dispostos a receber
p
S

D
q/t
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77 Departamento de Economia, Administração e Sociologia
Tipos de choques no mercado agrícola
(DESLOCANDO AS CURVAS DE OFERTA E DEMANDA)

78
AUMENTO OU QUEDA NA OFERTA

Diminuição da
oferta

S
Qi = f(Pi/ Pr, Pf, T, E) p
Pi = preço do produto i p1
Pr = preço de produtos relacionados
Pf = preço de fatores de produção ps
Aumento da
T = tecnologia
E = expectativa p2 oferta

q1 qs q2 q/t

Universidade de São Paulo


Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”
Departamento de Economia, Administração e Sociologia
Tipos de choques no mercado agrícola

80
Deslocamentos das curvas

Deslocamento da curva de Demanda


 Aumento da Renda
 Retração da demanda (notícia negativa)

Deslocamento da curva de Oferta


 Geada ou seca (Frost or Drought)
 Supersafra (oversupply)
 Tecnologia
 Impostos
 Subsídios

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Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”
81 Departamento de Economia, Administração e Sociologia
Deslocamento da demanda

p
S
B

A
pe

D’
D

O q/t

Se a demanda desloca-se, surge um excesso de demanda


e o preço de equilíbrio estabelece-se em nível mais alto.

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Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”
82 Departamento de Economia, Administração e Sociologia
Efeito de deslocamento da demanda

Aumento da renda

p p
S p S
S
p 2”
p 2’
p2
p1

D’ D’
D’
D D D
O q/t O
qe qe’ qe qe ’ q/t O qe q/t

Longo prazo Prazo intermediário Curto prazo

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Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”
83 Departamento de Economia, Administração e Sociologia
Efeito de deslocamento da demanda

Retração da demanda

p p
S p S
S
p 2”
p 2’
p2
p1

D’ D’
D’
D D D
O q/t O
qe qe’ qe qe ’ q/t O qe q/t

Longo prazo Prazo intermediário Curto prazo

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84 Departamento de Economia, Administração e Sociologia
IMPACTOS DO DESLOCAMENTO DA CURVA
DE OFERTA

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Deslocamento da oferta

S
p S’

pe

D
O
q/t

Se a oferta desloca-se, surge um excesso de oferta e o preço de


equilíbrio estabelece-se em nível mais baixo.
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Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”
86 Departamento de Economia, Administração e Sociologia
Efeito de deslocamento na oferta

Quebra de safra (geada ou seca)

p p S’
S’ S’ p S
S S
p2’` p 2”
p2

p1

D
D D

O q e’ q e q/t O q e’ q e q/t O q e’ q e q/t

Demanda + elástica Demanda elástica Demanda inelástica


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87 Departamento de Economia, Administração e Sociologia
Efeito de deslocamento na oferta

Excesso de produção (oversupply)

p p S
S
S p S’
S’ S’
p1’` p 1”
p1

p2

D
D D

O qe q1 q/t O q e’ q 2 q/t O qe’’ q2 q/t

Demanda + elástica Demanda elástica Demanda inelástica


Universidade de São Paulo
Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”
88 Departamento de Economia, Administração e Sociologia
Tecnologia

89
Inovação tecnológica – teoria do “Treadmill”

Curto Prazo

S
p p

pm D pm D

q q2
q q
Produtor Mercado

Universidade de São Paulo


Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”
90 Departamento de Economia, Administração e Sociologia
Inovação tecnológica – teoria do “Treadmill”

Longo Prazo

S
p p

pm Perda
D pm
Ganho

D
q2 q3
q q
Produtor Mercado

Universidade de São Paulo


Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”
91 Departamento de Economia, Administração e Sociologia
Efeito treadmil

Tecnologia
 A demanda do produto agrícola é inelástica;
 O produtor pioneiro na inovação apropria-se da
maior rentabilidade da atividade;
 No longo prazo, o ganho de produtividade é
transferido para o setor jusante.

Universidade de São Paulo


Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”
92 Departamento de Economia, Administração e Sociologia
Produtividade
Investimento em
tecnologia
Fora do mercado

Universidade de São Paulo


Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”
93 Departamento de Economia, Administração e Sociologia
Efeito de intervenção no mercado agrícola

94
Intervenção do governo

Curva de oferta

1
Impostos

2
Subsídios

Universidade de São Paulo


Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”
95 Departamento de Economia, Administração e Sociologia
Impostos

p
S’

Pe e Qe = equilíbrio
pd
1) Imposto eleva o custo e reduz a receita
pe líquida, levando a diminuição da produção
2) Preço aumenta para pd , que é o valor pago
po pelo consumidor;
3) O preço recebido pelo produtor é po.
4) Com o ajuste o governo arrecada o valore
D (pd-po).

O
qe’ qe
q/t

Universidade de São Paulo


Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”
96 Departamento de Economia, Administração e Sociologia
Impostos e repartições dos custos

Efeito sobre a curva de demanda mais inelástica

p
S’
S
Pe e Qe = equilíbrio
pd
Arrecadação do governo = (pd - po).
pe
Repartição dos custos
po
Valor pago pela sociedade = pd - pe

Valor pago pelo produtor = pe - po

D
O SE A CURVA DE DEMANDA MAIS
qe’ qe q/t INELÁSTICA QUE A CURVA DE OFERTA,
O CONSUMIDOR ARCA COM MAIOR
PARTE DO AJUSTE FISCAL.

Universidade de São Paulo


Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”
97 Departamento de Economia, Administração e Sociologia
Fonte: Imagem da internet
IMPACTO DA REFORMA TRIBURÁRIA

Universidade de São Paulo


Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”
Departamento de Economia, Administração e Sociologia
Deslocamentos das curvas

Deslocamento da curva de Demanda


 Aumento da Renda
 Retração da demanda (notícia negativa)

Deslocamento da curva de Oferta


 Geada ou seca (Frost or Drought)
 Supersafra (oversupply)
 Tecnologia
 Impostos
 Subsídios

Universidade de São Paulo


Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”
99 Departamento de Economia, Administração e Sociologia
Deslocamento da demanda

p
S
B
Pe´
A
pe

D’
D

O q/t

Se a demanda desloca-se, surge um excesso de demanda


e o preço de equilíbrio estabelece-se em nível mais alto.

Universidade de São Paulo


Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”
100 Departamento de Economia, Administração e Sociologia
Efeito de deslocamento da demanda

Aumento da renda

p p
S p S
S
p 2”
p 2’
p2
p1

D’ D’
D’
D D D
O q/t O
qe qe’ qe qe ’ q/t O qe q/t

Longo prazo Prazo intermediário Curto prazo

Universidade de São Paulo


Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”
101 Departamento de Economia, Administração e Sociologia
Deslocamento da oferta

S
p S’

pe

D
O
q/t

Se a oferta desloca-se, surge um excesso de oferta e o preço de


equilíbrio estabelece-se em nível mais baixo.
Universidade de São Paulo
Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”
102 Departamento de Economia, Administração e Sociologia
Efeito de deslocamento na oferta

Quebra de safra (geada ou seca)

p p S’
S’ S’ p S
S S
p2’` p 2”
p2

p1

D
D D

O q e’ q e q/t O q e’ q e q/t O q e’ q e q/t

Demanda + elástica Demanda elástica Demanda inelástica


Universidade de São Paulo
Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”
103 Departamento de Economia, Administração e Sociologia
Tecnologia

104
Efeito treadmil

Tecnologia
 A demanda do produto agrícola é inelástica;
 O produtor pioneiro na inovação apropria-se da
maior rentabilidade da atividade;
 No longo prazo, o ganho de produtividade é
transferido para o setor jusante.

Universidade de São Paulo


Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”
105 Departamento de Economia, Administração e Sociologia
INVESTMENTO EM TECNOLOGIA

Produtividade
Investimento em
tecnologia
Fora do mercado

Universidade de São Paulo


Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”
106 Departamento de Economia, Administração e Sociologia
30 minutos...exercício

TEM EXERCÍCIO NO STOA


PARA FAZER EM AULA

Universidade de São Paulo


Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”
Departamento de Economia, Administração e Sociologia

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