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SERMÃO DO MONTE

Estudos no Sermão do Monte

Cristo, o Cristão e a Lei


A justiça do Cristão Mt 5.17-20
• M ateus 5:17- 20

- O ensino de Jesus e a Lei

Não penseis que vim revogar a Lei ou os Profetas; não vim para
revogar, vim para cumprir. (Mateus 5:17)

* Cumprimento Profético / Moral / Cerimonial / Judicial

- A Justiça de Cristo e a dos escribas e fariseus

Porque vos digo que, se a vossa justiça não exceder em muito a dos
escribas e fariseus, jamais entrareis no reino dos céus. (Mateus 5:20)
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“A justiça do cristão ultrapassa de longe a justiça dos
fariseus, em espécie mais do que em grau. Poderíamos
dizer que não é uma questão de os cristãos conseguirem
obedecer a 248 mandamentos enquanto os melhores
fariseus só conseguiram fazer 230 pontos. Não. A justiça
do cristão é maior do que a justiça dos fariseus porque é
mais profunda, porque é uma justiça do coração. (...) Os
fariseus contentavam-se com uma obediência externa e
formal, uma conformidade rígida à letra da lei; Jesus
ensina-nos que as exigências de Deus são muito mais
radicais do que isto. A justiça que lhe agrada é uma
justiça interna, de mente e de motivação, pois "o Senhor
(vê) o coração". (STOTT, John. A Contracultura Cristã) 1
Sm 16:7; cf. Lc 16:15.
A PUREZA
DE
MATEUS
CORAÇÃO5:21-
32
- Essa era já a promessa:

Porque esta é a aliança que firmarei com a casa de Israel, depois daqueles
diz odias,
Senhor: Na mente, lhes imprimirei as minhas leis, também no lha
coração inscreverei; eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo. s
(Jeremias 31:33)

Dar-vos-ei coração novo e porei dentro de vós espírito novo; tirarei de


vós o coração de pedra e vos darei coração de carne.
IGREJA BATISTAPorei dentro de vós o meu Espírito e farei que andeis nos meus
ESCOLA BÍBLICA -

FAROL
estatutos, guardeis os meus juízos e os observeis. (Ezequiel 36:26,27)
“Não devemos imaginar (como alguns pensam hoje em dia) que, quando
temos o Espírito, podemos dispensar a lei, pois o que o Espírito faz em
nossos corações é exatamente escrever neles a lei de Deus. Portanto,
"Espírito", "lei", "justiça" e "coração" todos se relacionam. Os fariseus
pensavam que uma conformidade externa à lei seria uma justiça
suficiente. (...)
Portanto é esta obediência profunda, que ê a justiça do coração e que só é
possível naqueles em quem o Espírito Santo operou a regeneração e nos
quais agora habita. É por isso que a entrada no reino de Deus é impossível
sem uma justiça maior (isto é, mais profunda) do que a dos fariseus. É
porque tal justiça é evidência do novo nascimento, e ninguém entra no
reino sem ter nascido de novo.” (STOTT, John. A Contracultura Cristã)
Calvino expressou corretamente, ao afirmar que Jesus não atuou "como um
novo legislador, mas como o fiel explanador da lei que já fora dada".
- Semelhantemente, no comentário da BKJ:

“Mateus 5.21 começa uma seção do Sermão do Monte geralmente


conhecida como as “Seis Antíteses”. O título pode parecer sugerir que
Jesus se opôs ao AT de alguma maneira, mas na verdade Ele sempre
sustentou a autoridade do antigo pacto. Em vez de contradizer ou
subverter os ensinos do AT, Jesus se opôs a interpretações equivocadas
dos escribas e fariseus. Esses homens se preocupavam apenas com
questões superficiais, mas Jesus foi mais profundo do que eles Jesus
argumentou que a lei proíbe não apenas o homicídio em si, mas também
atitudes homicidas. Semelhantemente, temperamentos violentos são
condenados da mesma forma que ações violentas.”
- Na mesma linha Stott:
“Mas os escribas e fariseus não se contentavam
simplesmente em restringir os mandamentos da lei para
que se adaptassem às suas conveniências; procuravam
atender às suas conveniências ainda mais, ampliando as
permissões. Assim, tentavam ampliar a permissão do
divórcio além do simples fundamento de "alguma
indecência" para incluir qualquer capricho do marido, e
alargar a permissão da vingança além dos tribunais para
incluir a vingança pessoal. (...) Este exame preliminar das
antíteses mostrou-nos que Jesus não contradisse a lei de
Moisés. Pelo contrário, os fariseus é que o estavam
fazendo. O que Jesus fez foi explicar o verdadeiro
significado da lei moral, com todas as suas implicações
inquietantes.”
A justiça do cristão:

Os doutores da lei haviam obscurecido a lei com suas


interpretações, tentando a todo custo rebaixar os padrões da lei
para torná-la mais fácil de obedecer. Jesus, por outro lado, afirmou
a autoridade da lei por ser a Palavra de Deus. Afirmou que veio
para cumprir as Escrituras e que sua vida era o cumprimento
delas. Assim, Jesus diz que a justiça do cristão deve “exceder em
muito” a dos fariseus. Como excede a justiça do cristão? Hoje
veremos exemplos práticos de como a nossa justiça, em Cristo,
pode exceder os padrões seculares. Começa aqui, neste
parágrafo, a apresentação de seis antíteses de Cristo;
• Exemplos dessa Justiça maior e mais profundas
- 0 6 ANTÍTESES: introduzidas pela mesma fórmula (com variações):
“Ouvistes que foi dito aos antigos” . . . “Eu, porém, vos digo”
* Mateus 5: 21-26 / 27-30 / 31-32 / 33-37 / 38-42 / 43-48

Com quem Jesus contrasta? Jesus está contradizendo a Lei as


perversões na sua interpretação e ensino. Jesus reafirma a Lei e
restabelece a sua verdade.
Nos versículos anteriores (Mt 5:17-20), Jesus já havia se manifestado;
Fórmula introdutória: Jesus usou o verbo errethé (aoristo, "foi dito");
quando se referia às escrituras usava gegraptai (perfeito, "está escrito")
ANTÍTESE
1. Figura pela qual se salienta a oposição entre
duas palavras ou ideias;
2. oposto;
3. contrariedade ou contradição entre proposições
ou afirmações. (Aurélio, 2001)
• Essas antíteses aparecem nas expressões
“Ouvistes o que foi dito” e “Eu, porém, vos digo”
• Versículos 21, 27, 31 33, 38 e 43.
Com essas antítese Jesus ensina a prática de
uma justa justiça:
A JUSTA DO CRISTÃO
Sem querer polemizar e gerar discussão, o 6º
mandamento citado por Jesus não é uma proibição
contra a supressão da vida humana em qualquer
circunstância. “Não matarás” fala única e
exclusivamente contra o homicídio ou assassinato. A
mesma lei de Moisés que, no decálogo, proíbe matar,
em outro lugar ordena a morte, tanto na forma de
pena capital como nas guerras. Esses questões ainda
deixarão perplexas as consciências de cristãos
sensíveis.
A JUSTA DO CRISTÃO
Sem querer polemizar e gerar discussão, o 6º
mandamento citado por Jesus não é uma proibição
contra a supressão da vida humana em qualquer
circunstância. “Não matarás” fala única e
exclusivamente contra o homicídio ou assassinato. A
mesma lei de Moisés que, no decálogo, proíbe matar,
em outro lugar ordena a morte, tanto na forma de
pena capital como nas guerras. Esses questões ainda
deixarão perplexas as consciências de cristãos
sensíveis.
Matamos o próximo não só quando o excluímos
da convivência de seus familiares e amigos,
tirando-lhe a vida. Mas, mesmo que o deixemos
vivos para os outros, o matamos para nós
mesmos com nossas palavras, atos, ira e
insultos. Jesus usa 3 palavras para mostrar como
matamos as pessoas:
A. “todo aquele que (sem motivo) se irar contra
seu irmão”: as palavras “sem motivo”
provavelmente são um comentário posterior, de
algum escrita. No entanto, expressam bem o que
Jesus quis dizer. Nem toda ira é maligna.
I“irai-vos e não pequeis...”
II. “não se ponha o sol sobre a vossa ira...”
III. “Todo homem seja pronto para ouvir e tardio
para falar...” Jesus, então, faz referencia à ira
injusta, baseada no orgulho, na vaidade, no
ódio, na malícia e na vingança.
B. “e quem proferir um insulto a seu irmão e quem
lhe chamar: Tolo”: as palavras no grego são raca
(insulto), um equivalente a uma palavra aramaica
que quer dizer “oco”. E more (tolo). Parece que são
um insulto à inteligência da pessoa, como se a
chamasse de “cabeça oca” ou “miolo mole”. Alguém
sem capacidade de raciocínio e incapaz de saber
entre o certo e errado. Essas palavras adquiriram
uma nuance religiosa e moral, e eram aplicadas no
VT com referência às pessoas que negavam a
existência de Deus. Era como dizer que alguém é
rebelde, apóstata ou renegado, por não saber usar
a cabeça e não crer em Deus.
Tasker diz assim: “O homem que diz a seu irmão que
este está condenado ao inferno, está ele mesmo em
perigo de ir para o inferno.” Essas palavras, talvez,
nunca se consumam em um homicídio, mas diante de
Deus são equivalentes ao homicídio. Conforme João
escreveria mais tarde: “Todo aquele que odeia a seu
irmão é assassino.” (1Jo.3:15). Porque matamos a
pessoa em nossa mente e em nosso coração. “Nossos
pensamentos, olhares e palavras indicam que, como
algumas vezes nos atrevemos a dizer, “gostaríamos
que morresse”. Um desejo assim é uma infração do
sexto mandamento.” John Stot
A RECONCILIAÇÃO COM DEUS Vamos ler
novamente os vv.23 a 26. Ora, se o insulto e a
ira são tão sérios e tão perigosos, então
devemos fugir deles como se fossem pragas e
tomar precauções o mais rápido possível. Daí
Jesus citar esses exemplos. Mas vamos lê-los de
uma forma mais contextualizada:
“Se você estiver na igreja, no meio de um culto de
adoração, e de repente se lembrar de que seu irmão
tem um ressentimento contra você, saia da igreja
imediatamente e vá fazer as pazes com ele. Não
espera que o culto termine. Procure seu irmão e peça-
lhe perdão. Primeiro vá, depois venha. Primeiro vá
reconciliar-se com seu irmão, depois venha e ofereça
sua adoração a Deus.
E, ainda: “Se você tiver uma dívida e o seu credor
levá-lo ao tribunal para receber o dinheiro dele de
volta, acerte as contas com ele rapidamente.
Entre num acordo antes de chegarem ao tribunal.
Faça-o enquanto ainda estiverem a caminho do
tribunal e pague a sua dívida. Caso contrário, ao
chegarem no tribunal, será tarde demais. O seu
acusador o processará diante do juiz e o juiz o
entregará à polícia e você acabará na cadeia.
Você não sairá de lá até que tenha pago o último
centavo. Por isso, o pagamento antes da prisão
seria muito mais sensato.”
Mas com que constância atendemos à chamada
de Cristo para a ação imediata? Quantas vezes já
saímos do culto e fomos resolver aquela
desavença? Sabendo que ele existe? Quantas
vezes tomamos a iniciativa? Jesus mostra que a
saúde do perdão não está em recebermos o
perdão, mas em termos a iniciativa de pedirmos
perdão. Há muito mais saúde nisso. Gera muito
mais vida! Qual é a mensagem principal de Jesus
aqui? RECONCILIAÇÃO.
“...vai primeiro reconciliar-te com teu irmão...” Esse é o
sentido de tudo o Jesus fez na cruz e de ter
ressuscitado dos mortos. Que antes fomos
reconciliados com Deus em Cristo Jesus e por isso
somos capazes de nos reconciliarmos. Temos sempre
a palavra de reconciliação. “...Deus, que nos
reconciliou consigo mesmo por meio de Cristo e nos
deu o ministério da reconciliação, a saber, que Deus
estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não
imputando aos homens as suas transgressões, e nos
confiou a palavra da reconciliação.” 2Coríntios 5:18-19
Se Deus foi capaz de reconciliar-se com você,
sabendo você como você é. Você não é mais
perfeito que Deus para manter-se afastado
daquele que Deus também ama

CONCLUSÃO: Assim, entendemos como exceder a


justiça dos homens. Enquanto o mundo exclui os
que pensam diferentes, nós agregamos as
diferenças do outro à nossa necessidade de
complemento. O outro me completa. O outro não
é tolo.
Talvez eu que esteja falhando naquilo que eu
deveria ensinar e testemunhar. Enquanto o
mundo paga “com a mesma moeda”, nós
andamos a segunda milha, entregamos o que
nos pedem e damos algo a mais, algo que nunca
é esperado. Fomos feitos novas criaturas para
surpreendermos o mundo. Nosso padrão não é o
mundo. Nosso padrão é Jesus que deu sua vida
por nós

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