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TEMA: MOTORES MARÍTIMOS

 Discentes:

ISAEL LOPES ALVES,

IURI WILLIAN JAQUES DINIZ,

FELIPPE KAIQUE GONZAGA DA SILVA,

HELIARDO CORRÊA DEMÉTRIO,

ROBERT RYAN SOUZA SANTOS

 Orientador: Me. Ronaldo Moura


Introdução
 Em 1900, Rudolf Diesel obteve a patente de um motor de combustão interna que apresentava
notável eficiência em comparação com outros dispositivos motores então existentes. Os
motores a ciclo Diesel, caracterizados pela ignição por compressão, operam mediante a
compressão do ar a uma temperatura elevada, seguida pela introdução do combustível por
meio de injetor específico no ambiente aquecido.

 No curso da história do Brasil, diversos tipos de embarcações têm sido empregados em


diferentes épocas. Após a Revolução Industrial, com o advento de veículos automotores
dotados de motores alimentados por combustíveis fósseis, houve uma crescente demanda por
derivados de petróleo como fonte energética.

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Motores Diesel
 Motor Diesel de quatro tempos
No contexto do motor Diesel de quatro tempos, cada ciclo compreende uma sequência específica de fases. Durante
o primeiro e segundo tempos, observa-se, respectivamente, a fase de admissão do ar no cilindro e a subsequente
compressão desse mesmo ar. Nos terceiro e quarto tempos, delineia-se a fase de combustão, onde ocorre a injeção
e ignição do combustível, seguida pela fase de exaustão, caracterizada pela expulsão dos gases resultantes do
processo de combustão.

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Motores Diesel
 Motor Diesel de dois tempos
No contexto do motor diesel de dois tempos, cada ciclo compreende duas fases distintas. Durante o primeiro curso,
observa-se a consecução da fase de combustão, seguida pela exaustão dos gases resultantes desse processo. No
segundo curso, ocorre a fase de admissão do ar, subsequente à qual se desencadeia a fase de compressão.

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Motores Diesel
 Processo de combustão ao ciclo de motores diesel
.

1 → 2: Compressão isentrópica;
2 → 3:P constante (isobárico);
3 → 4: Expansão isoentrópica;
4 → 1: Rejeição de calor a
volume constante

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Motores Diesel
Motor de Alta Rotação
 Rotação
 Aplicação
 Diferenças

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Motores Diesel
Motor de Média Rotação
 Rotação
 Aplicação
 Diferenças

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Motores Diesel
Motor de Baixa Rotação (Wärtsilä X35)
 Rotação
 Aplicação
 Diferenças

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Motores Diesel
Descrição do motor utilizado
 Motor da empresa Finlandesa
Wärtsilä. Fazendo parte da família
de motores diesel Wärtsilä 46.
 Modelo escolhido é o 12V46.
 Opera no ciclo de quatro tempos.
 Opera com óleo pesado e diesel
marítimo .
 Diâmetro de cilindro é de 46 cm.
 Velocidade de 500 rpm (média
rotação)
 Potência de 12.600 kW

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Praça de Máquinas

 Um dos principais compartimentos que compõe o um navio é a praça


de máquinas.
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Praça de Máquinas
 Na sala de máquinas, encontram-se instalados os equipamentos componentes dos sistemas de
propulsão principal e auxiliar, além dos sistemas de controle, ventilação e refrigeração.
Também estão presentes os tanques destinados ao armazenamento do lubrificante, o sistema
de esgoto, o sistema de combate a incêndios, entre outros elementos relevantes.
 Os principais sistemas auxiliares de propulsão são:
1. Sistemas de combustível.
2. Sistemas de lubrificação do motor e da engrenagem.
3. Sistemas de resfriamento do motor.
4. Sistema de admissão do ar e sistema de exaustão dos gases de escape.
5. Sistema de ar de partida

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Sistema de Combustível
 O sistema suplementar de combustível desempenha a função de
prover combustível a diversos equipamentos integrantes dos sistemas
da embarcação, tais como o motor principal de propulsão, a caldeira
para geração de vapor, bombas, entre outros.

 Em navios de grande porte equipados com motores diesel, é habitual


a utilização de dois tipos distintos de combustíveis: o óleo pesado
(HFO), empregado em condições normais de operação, e o óleo
diesel marítimo (óleo leve), reservado para situações de partida,
chegada e manobras.

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Sistema de Combustível

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Sistema de Óleo Lubrificante
 O sistema de lubrificação de um motor fornece um
suprimento de óleo lubrificante para as várias partes móveis
do motor.

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Sistema de arrefecimento da água
 O sistema de arrefecimento do motor fornece um meio para retirar calor das camisas do
cilindro, cabeças de cilindro, válvulas de escape, entre outros. Sua principal função é manter
a temperatura das várias partes que compõem o motor, o que permite a recuperação do calor
perdido no motor, a redução do desgaste das peças e o controle de temperatura dos motores
auxiliares e dos sistemas auxiliares.

 Esse sistema pode apresentar dois tipos, o sistema de arrefecimento aberto e fechado.

 No sistema de água aberto, água do mar entra em contato com o motor para retirar calor
dele.

 No sistema fechado, água doce entra em contato direto com o motor para a retirada de calor,
a água doce quente que sai do motor troca calor com a água em trocadores de calor a bordo
da embarcação.

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Sistema de arrefecimento da água
 Na figura seguir, é mostrado uma ilustração do sistema de arrefecimento de água
na embarcação, onde o circuito em azul é o de baixa de temperatura, o circuito
em vermelho é o de alta temperatura e em preto é o de temperatura média.

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Sistema de refrigeração do motor
 A partir dos dados obtidos no catálogo Wartsila 46 Project Guide, onde foi escolhido o
motor de 12 válvulas, é obtido os dados iniciais para o dimensionamento do circuito de
refrigeração do motor, conforme ilustrado na figura.

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Sistema de refrigeração do motor
 Na tabela a seguir, é mostrado as temperaturas de cada fluido em cada trecho do sistema de
refrigeração.
Localização Temperatura
(°C)
Circuito óleo antes do cárter 63
Circuito óleo depois do cárter 78
Saída do gás exaustão 380
Entrada no motor da água de 74
alta
Saída do motor da água de alta 82
Saída do trocado do ar de 91
entrada
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SISTEMA DE AR DE PARTIDA
 Para que serve ?
 Aplicação nos motores marítimos:
O ar comprimido proveniente do reservatório de partida é direcionado ao motor e
distribuído de maneira oportuna aos distintos cilindros por meio de válvulas de partida e de
um mecanismo de distribuição. As válvulas de partida, situadas nos cabeçotes dos cilindros,
são ajustadas de modo a se abrirem quando o pistão se encontra no início do curso de
expansão, permanecendo abertas por aproximadamente 80 graus. No caso de motores
marítimos, o mecanismo de distribuição é comumente acionado pelo próprio ar comprimido.

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SISTEMA DE EXAUSTÃO
 Aquecedor de óleo combustível;
 Tanque de óleo combustível;
 Purificador de óleo combustível;
 Tanque de óleo lubrificante;
 Purificador do óleo lubrificante;
 Sistema de arrefecimento do motor de alta
temperatura;
 Sistema HVAC(Heating, Ventilating and Air
Conditioning);
 Tanque de dreno.

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BALANÇO DE ENERGIA
Figura Gráfico do balanço de energia do motor Wartisila 12V46
Balanço de Energia

5% 5%
1%
10%
29%

4%

46%

Perda no resfriamento dos cilindros Perda no óleo de lubrificação do motor


Radiação Resfriamento do Radiador- Sistema de alta

Resfriamento do Radiador-Sistema de baixa Potência de saída do motor


Potência dos gases de exaustão

Fonte: Guia de projeto Wartsilla 12V46

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CONCLUSÃO
Com o avanço tecnológico e a globalização da indústria naval, tornou-se cada vez mais comum a utilização de grandes
embarcações no transporte internacional de contêineres, movimentando mercadorias entre diferentes regiões do mundo.
Esse aumento na atividade demanda uma considerável quantidade de recursos energéticos para impulsionar as
embarcações, frequentemente obtidos por meio de geradores elétricos que consomem combustíveis fósseis.

Uma estratégia promissora para mitigar o consumo de combustíveis é aprimorar a eficiência energética nos sistemas
auxiliares do motor, aproveitando os calores residuais gerados nesses processos. Para tal, foram concebidos trocadores de
calor no sistema de água de refrigeração, visando recuperar o calor dissipado durante o resfriamento do motor. Esse calor
recuperado é então empregado no aquecimento do óleo lubrificante do motor e na provisão de água aquecida para os
diversos sistemas a bordo da embarcação.

Dado que os gases de escape constituem a maior parcela do calor perdido durante a combustão, reutilizar uma parte
significativa desse calor não apenas aumentaria a eficiência global, mas também reduziria a dependência de geradores
elétricos que consomem combustíveis fósseis.

Os resultados obtidos indicam que, ao empregar um Ciclo Rankine Orgânico com água como fluido e uma turbina de
condensação, é possível aproveitar 49% de todo o calor disponível nos gases de escape do motor principal da
embarcação. Na sala de máquinas em análise, operando com carga máxima, a potência gerada no eixo de propulsão
atinge 12.600 kW, e a inclusão do ciclo de reaproveitamento do calor residual resulta em uma geração adicional de 21
eletricidade de 10.200 kW.
Referências

1. Wärtsilä 46: Project guide for marine applications. 2001.ESPINDOLA, R. Estudo


da recuperação do calor residual em uma praça de máquinas operando com motor
diesel marítimo.
2. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Engenharia Naval) - Universidade
Federal de Pernambuco, Recife, 2017.BRUNETTI Franco
3. Motores de Combustão Interna – volume 1. São Paulo: EDGARD BLÜCHER,
2013.

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