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 A segurança e a higiene são duas atividades

que estão relacionadas com o objetivo de


garantir condições de trabalho capazes de
manter um nível de saúde dos colaboradores
e trabalhadores de uma Empresa.
 As atividades de Segurança, Higiene e Saúde no
Trabalho (SHST), visam garantir a prestação do
trabalho em condições adequadas ao bem-estar
físico e psíquico dos trabalhadores.
 A verificação de condições de higiene e
segurança consiste

“num bem-estar físico, mental e social e não


somente a ausência de enfermidade.”
 Propõe-se combater as doenças profissionais,
identificando os fatores que podem afetar o
ambiente do trabalho e o trabalhador

 Eliminar ou reduzir os riscos profissionais


(condições inseguras de trabalho que podem afetar a saúde,
segurança e bem estar do trabalhador)
 A segurança do trabalho propõe-se:

combater os acidentes de trabalho,


eliminando as condições inseguras do
ambiente;

educando os trabalhadores a utilizarem


medidas preventivas.
 Além disso, as condições de segurança, higiene e
saúde no trabalho contribuem:

 Aumento da segurança (estudo, avaliação e controlo dos riscos


de operação)
 Aumento da higiene (identificar e controlar as condições de
trabalho que possam prejudicar a saúde do trabalhador)
 Prevenir a doença profissional (doença em que o trabalho é
determinante para o seu aparecimento)
 O Código do Trabalho (aprovado pela Lei 7/2009,
de 12 de Fevereiro, com a terceira alteração
efetuada pela Lei 23/2012, de 25 de Junho),
obriga as entidades empregadoras a organizar as
atividades de SHST, as quais constituem, ao nível
da empresa, um elemento determinante na
prevenção de riscos profissionais e de promoção e
vigilância da saúde dos trabalhadores.
 A Lei 102/2009, de 10 de Setembro,
Regulamenta o regime jurídico da
promoção da segurança e saúde no
trabalho, de acordo com o previsto no
artigo 284.º do Código do Trabalho.
 Pessoa singular que,
mediante retribuição, se
obriga a prestar serviço a
um empregador, incluindo
a Administração Pública, os
institutos públicos e demais
pessoas coletivas de direito
público.
 O principiante,
 o estagiário e
 o aprendiz e
 os que estejam na dependência económica
do empregador em razão dos meios de
trabalho e do resultado da sua atividade,
embora não titulares de uma relação jurídica
de emprego, pública ou privada.
 Pessoa eleita nos
termos definidos na lei
para exercer funções
de representação dos
trabalhadores nos
domínios da segurança,
higiene e saúde no
trabalho.
 Pessoa singular ou
coletiva com um ou
mais trabalhadores ao
seu serviço e
responsável pela
empresa ou pelo
estabelecimento.
 Todo o lugar em que o
trabalhador se encontra, ou
donde ou para onde deve
dirigir-se em virtude do seu
trabalho, e em que esteja,
direta ou indiretamente,
sujeito ao controlo do
empregador.

Sónia de Freitas
 Os locais de trabalho;
 O ambiente de trabalho;
 As ferramentas;
 As máquinas e materiais;
 As substâncias e agentes químicos, físicos e
biológicos;
 Os processos de trabalho e a organização do
trabalho.

Sónia de Freitas
EMPREGADOR
 O princípio geral que preside ao tema da formação é
o de que todos os trabalhadores têm direito à
prestação de trabalho em condições de segurança,
higiene e de proteção da saúde.
 Sempre que cabe ao empregador uma obrigação,
 cabe aos trabalhadores um direito (e vice versa) em
matéria de higiene, segurança e saúde.
 “o empregador é obrigado a assegurar aos
trabalhadores condições de segurança, higiene e
saúde em todos os aspetos relacionados com o
trabalho”.
 O empregador é obrigado tacitamente a
estabelecer uma política de prevenção na
empresa devidamente programada e planificada,
dotada de meios

permitindo aos trabalhadores dispor de


instruções sobre as situações em que devam
cessar a sua atividade em caso de perigo grave e
eminente.
Independentemente da sua dimensão, qualquer empresa
deve ter uma estrutura interna que assegure:
 As atividades de primeiros socorros,
 De combate a incêndios,
 E de evacuação de trabalhadores em situações de
perigo grave e iminente,
 Devendo ser designados os trabalhadores responsáveis
por essas atividades.
 Quando o empregador não reúna as competências
internas necessárias para a garantia da prevenção de
riscos profissionais e promoção da vigilância da saúde
dos trabalhadores, e desde que não esteja legalmente
obrigado a organizar serviços internos, pode contratar
outras entidades para a prestação de serviços externos
de Segurança, Higiene e/ou Saúde no Trabalho.
 A utilização de serviços externos não isenta o
empregador das responsabilidades que lhe são
atribuídas pela legislação em matéria de SHST.
 Adotando esta modalidade, o empregador deve
designar, em cada estabelecimento, um trabalhador
com formação adequada que o represente para
acompanhar e coadjuvar na adequada execução das
atividades de prevenção.
 Identificar os riscos aquando
da conceção das instalações,
dos locais de trabalho e
processos de trabalho:
 combatê-los;
 anulá-los, ou;
 limitá-los.
 Avaliar os riscos integrando-os no conjunto das
atividades e adotar medidas de prevenção;

 Assegurar que as exposições aos agentes químicos,


físicos e biológicos não constituem um risco para a
saúde dos trabalhadores;
 Planificar a prevenção;

 Organizar os meios para aplicação das medidas


de prevenção tendo em consideração a evolução
da técnica;
 Dar prioridade à prevenção coletiva em
detrimento da proteção individual;

 Organizar o trabalho, eliminar os efeitos do


trabalho monótono e o trabalho cadenciado;
 Estabelecer as medidas que devem ser adotadas
em matéria de:
 primeiros socorros,
 combate a incêndios e evacuação dos
trabalhadores;
 identificação dos responsáveis
pela sua aplicação;
 Assegurar a vigilância da saúde;
 Limitar o acesso a zonas de
risco grave, apenas
permitindo o acesso a
trabalhadores com aptidão e
formação adequada;
 Cooperarem entre si quando várias entidades
desenvolvam simultaneamente atividades no
mesmo local.
 No que respeita à informação ela terá de ser
sempre atualizada e respeitante aos
seguintes temas:

 Descrição dos riscos inerentes ao tipo de


trabalho e à empresa ou serviço;
 Medidas de proteção
e prevenção, e forma
como se aplicam;
 Medidas e instruções a adotar em
caso de perigo grave e eminente;

 Medidas de primeiros socorros, de


combate a incêndios e de evacuação
dos trabalhadores.
 admissão na empresa;
 mudança de posto de trabalho ou de funções;
 introdução de novos equipamentos, ou
 alteração das existentes;
 adoção de uma nova tecnologia e;
 em atividades que envolvam trabalhadores de
várias empresas.
 Os trabalhadores podem apresentar propostas
no sentido de minimizar qualquer risco
profissional, sendo-lhes facultado o acesso à
informação técnica e aos dados médicos
coletivos, bem como às informações de outros
organismos competentes.
 Devem receber
formação adequada e
suficiente consoante
as funções e o posto
de trabalho;
 Deve ser assegurada
formação permanente
aqueles cuja função é a
organização das
atividades de Segurança e
Saúde no Trabalho;
TRABALHADOR
 Cumprir as
prescrições de HSST
e as instruções do
empregador sobre
esta matéria;
 Zelar pela sua
segurança e saúde e
de outras pessoas que
possam ser afetadas
pelas suas ações ou
omissões no trabalho;
 máquinas;
 aparelhos;
 instrumentos;
 substancias perigosas;
 equipamentos de proteção coletiva e individual.
(EPI’s e EPC’s)
 Cumprir os procedimentos de trabalho
estabelecidos;

 Cooperar para a melhoria do sistema de SHST;


 Comunicar imediatamente avarias e
deficiências por si detetadas que se lhe
afiguram suscetíveis de originarem perigo
grave e iminente,

 assim como qualquer defeito verificado nos


sistemas de proteção;
 Em caso de perigo
grave e iminente adotar
as medidas e instruções
estabelecidas para tal
situação.
 Prestar informações, no momento da admissão, que
permitam avaliar a sua aptidão física e psíquica;

 Tomar conhecimento da informação e participar na


formação sobre segurança e saúde do trabalho;

 Comparecer aos exames de saúde;

 Realizar os testes que visem garantir a segurança e a


saúde no trabalho;
 Os trabalhadores só
serão prejudicados se
agirem com dolo ou
negligência grave.
 Fazer propostas relativas à Saúde e Segurança do
Trabalho;

 Apelar às autoridades competentes,


nomeadamente à ACT – Autoridade para as
Condições do Trabalho;

 Cessar o trabalho em caso de perigo grave e


iminente que não possa ser evitado;
EM CASO DE

ACIDENTE DE TRABALHO
 O direito à reparação compreende as
seguintes prestações:

 Em espécie

 Em dinheiro
Em espécie:

 Prestação de natureza médica ;


 Cirúrgica;
 Farmacêutica e hospitalar;
 Outras acessórias ou complementares;
Em dinheiro:
 Indemnizações por incapacidade temporária
para o trabalhador;
 Indemnizações por incapacidade permanente;
 Pensões aos familiares da vítima;
 Despesas de funeral no caso de morte.
EM CASO DE

DOENÇA PROFISSIONAL
 A doença profissional surge como consequência da
exposição aos fatores nocivos a que os
trabalhadores, habitual e continuamente estão
sujeitos;
 Doenças diretamente relacionadas pela
atividade profissional;

 Doenças decorrentes de uma situação de


acidente de trabalho;

 Doenças ligadas ao trabalho.


 A lesão corporal, perturbação funcional ou
doença não incluída na lista, resultante de
causa que atue continuamente, e indemnizável
desde que se prove ser consequência,
necessária e direta, da atividade exercida e não
represente normal desgaste do organismo.
 Haverá assim, direito à reparação emergente de
doenças profissionais quando cumulativamente
se verifiquem as seguintes condições:
 Estar o trabalhador afetado da correspondente
doença profissional;

 Não ter decorrido, desde o termo da exposição ao


risco e até à data do diagnóstico da doença, o
prazo para o efeito fixado.
 Ter estado o trabalhador
exposto ao respetivo risco
pela natureza da indústria,
atividade ou ambiente de
trabalho.
 São responsáveis pela reparação emergente de
doenças profissionais, as entidades
empregadoras por conta de quem a vítima
trabalhou ou as instituições de seguro que
cobriam o risco.
Intervenção
 Medicina do trabalho é a especialidade médica
que se dedica :
 à prevenção e controlo da doença e incomodidade
do trabalho;
 da promoção da saúde;
 e produtividade dos trabalhadores
 a vigilância da saúde dos trabalhadores, com o
objetivo de prevenção das doenças profissionais,
constitui a atividade da Medicina do trabalho.
 De todas as atividades da Medicina do trabalho
reveste-se de particular importância a que
respeita aos exames médicos aos trabalhadores,
com especial destaque para os de admissão e os
periódicos.
 O exame médico é fundamental para a
prevenção da doença profissional a nível
individual, contribuindo para a saúde da
população ativa e, por reflexo, na saúde de
toda a comunidade.
 Devem assegurar que o trabalhador está apto para
ocupar determinado posto de trabalho;
 Devem permitir uma vigilância do estado de saúde
ao longo da sua vida profissional;
 Devem contribuir para o tratamento da doença
profissional.
 Fundamental para a manutenção dos postos de
trabalho saudáveis;

 Possibilidade de intervenção no posto de trabalho,


quer implementando meios de prevenção, quer
mudando de postos de trabalho o trabalhador mais
sensível.
Principais objetivos
 Prevenção das doenças profissionais

 Atividades são complementares às da medicina do


trabalho.
 “ambiente” na “organização”;

 Ou seja, envolvente do indivíduo H.T.

 Programas de vigilância da saúde


individual e de grupo.
M.T.
 Visa controlar os riscos ambientais e o contacto com
agentes nocivos;

Criando postos de trabalho mais saudáveis e


contribuindo para a competitividade das empresas,

aumento da
produtividade melhoria da sua
imagem.
Efeitos na saúde:
Agente agressor:

• Carga física Alterações músculo-


• Posturas esqueléticas
• Trabalho repetitivo

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