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ESCOLA E FACULDADE SENAI SUÍÇO-BRASILEIRA PAULO ERNESTO TOLLE

CURSO TCNÓLOGO EM MECÂNICA DE PRECISÃO

Processos de usinagem de polimento


Alunos: Caio José Alves / Natalino Souza Gama
Turma: 1°TE

São Paulo
2023
Sumario:

 Processos de usinagem de polimento

 Definição
 Histórico
 Características
 Aplicação
 Métodos e processos
 Manual
 Automatizado
 Abrasivos (tipos)
 Sólidos
 Pastosos
 Processo de usinagem de lapidação
 Definição
 Histórico
 Características
 Aplicação
Processos de Fabricação
Processos de usinagem de polimento
 O processo de polimento é uma fase determinante para a obtenção de moldes e ferramentas de boa qualidade. Entretanto
diversos fatores têm influência significativa para que um polimento adequado seja atingido. Entender os fundamentos desse
processo é fundamental para que se alcance um bom resultado.
O polimento representa um papel fundamental no tratamento final da superfície dos aços-ferramenta. Essa técnica é utilizada
para obter superfícies mais ou menos ásperas, de acordo com as características de acabamento requeridas nas peças
moldadas finais. O tratamento de polimento consiste em um processo de alisamento manual ou mecanizado da superfície com
o auxílio de tecidos, pastas abrasivas ou micro-esferas a fim de atingir um nível específico de rugosidade superficial. (NETO e
HELENO, 2011).
 Processo de Polimento de molde - YouTube
Histórico
 A Usinagem como Referencial Pré-Histórico

 A Pré-História compreende o período que vai desde o surgimento do homem até o aparecimento da escrita,
sendo subdividida em:
 Idade da Pedra Lascada (Paleolítico- fig. Machado de Pedra Lascada)

 Idade da Pedra Polida (Neolítico-fig. Foice de osso)

 Idade dos Metais (fig. Pontas de armas)

 Observe que a usinagem evoluiu juntamente com o homem, sendo usada como parâmetro de subdivisão de um
período
Características
 Reconhecidamente o processo de fabricação mais popular do mundo;

 Alta precisão;

 Envolve elevado número de variáveis;

 Bastante imprevisível; – Experiência; – Experimentação; – Modelos teóricos;

 Condições ideais: – Especificações de forma tamanho; – Acabamento; – Menor custo possível;

 Desvantagem - Material removido é descartado.


Aplicação
O polimento é a última etapa do processo mecânico de acabamentos superficiais, e a mais delicada. Esta é uma das
mais importantes na produção de peças, que tem o intuito de dar um acabamento superficial regular, sem
imperfeições e em alguns casos (dependendo do material em questão) realçar o brilho natural do material. Na
Figura pode-se observar as diferenças de uma peça metálica antes e depois de ser polida.
Maquinas Manuais
 O polimento normalmente é realizado com um disco de polimento, acompanhado por um produto (abrasivo ou
não abrasivo), que pode ser sobre a forma de massa, óleo, verniz, compostos, etc... Contudo, com a evolução
tecnológica já existem no mercado alguns discos de polimento capazes de trabalhar a seco. Estes são os mais
utilizados nos processos de automação. Quanto aos discos, como não é pretendido mudar a forma original da
peça, são feitos de materiais macios, que se adaptam a forma da peça, tais como algodões, esponjas, couro ou
fibras sintéticas.
Automatizado
 À medida que aumentam as exigências da qualidade da superfície de peças com formas complexas, como
turbinas de grandes dimensões, pás eólicas e hélices de veículos aéreos, o polimento está-se a tornar cada vez
mais complexo. Atualmente grande parte desse trabalho ainda é feito manualmente, por operadores muito
habilitados. Consequentemente, este processo acaba por ser dispendioso, lento e pouco eficiente, devido ao uso
intensivo de mão de obra. Para além de que tal ambiente pode ser prejudicial para a saúde humana, devido ao
ruído e poeiras associadas a este processo. Foi por estes mesmos motivos que se começaram a desenvolver
soluções automáticas de polimento, como máquinas de CNC (Controlo Numérico Computadorizado), robôs de
polimento e outros tipos de máquinas automáticas.
Máquinas Automatizadas

Máquinas de Polimento CNC – Draco


Zeeko IRP1200, máquina CNC de polimento,
(www.glyndwrinnovations.co.uk).
Lapidação x Polimento

 O processo da lapidação e o processo do polimento se diferem em dois aspectos principais:

 A lapidação é capaz de reduzir a rugosidade de valores relativamente elevados para valores bem reduzidos, ao
contrário do polimento, que já deve receber a peça para ser trabalhada com uma rugosidade relativamente
baixa, mas que apresenta qualidade superficial mais elevada.
 A lapidação pode dar, à peça, a forma da ferramenta utilizada, enquanto o polimento tem, como finalidade,
somente melhorar a qualidade superficial, vindo a remoção de material em segundo plano.
Abrasivos (tipos)
 Muitas vezes feitos a partir de minerais, os abrasivos são usados para dar forma ou acabamento a uma peça por
atrito. Este material faz com que parte do material seja desgastado, garantindo uma superfície lisa e reflexiva,
bem como o processo pode envolver rugosidade, como em acabamentos acetinados, foscos e frisados.
 Os abrasivos são bem comuns e muito usados em diversas aplicações industriais, domésticas e tecnológicas. Isso
proporciona uma grande variedade na composição e na forma física e química dos abrasivos. As principais
funções dos abrasivos são esmerilhamento, polimento, corte, perfuração, afiação, lapidação e lixamento.
Quais são os tipos de abrasivos?
 Os materiais abrasivos são cristais rígidos encontrados na natureza ou manufaturados. É bem comum
encontrarmos produtos feitos com óxido de alumínio, carboneto de silício, nitreto de boro cúbico e diamante.
Outros materiais como granada, zircônio, vidro e até cascas de nozes são usados ​para aplicações especiais.
 Basicamente, existem dois tipos de abrasivos: naturais e sintéticos. Os modelos naturais, como esmeril, corindo e
diamante, são usados em tipos especiais de rebolos e pedras de polir. Os abrasivos sintéticos são tão eficazes
quanto os abrasivos naturais. Isso porque, podem ser constituídos a partir do óxido de alumínio, carboneto de
silício, carboneto de boro e carboneto de titânio.
 Vale destacar que os abrasivos também podem ser colados ou revestidos. Os colados são fixados a uma matriz,
conhecida como aglutinante, da qual pode ser feita de argila, borracha, resina ou vidro. Já os abrasivos revestidos
são fixados a um material de suporte, como tecido, papel, resina, borracha, poliéster ou metal.
 Um dos abrasivos mais utilizados, por exemplo, é a lixa. Os abrasivos da lixa são revestidos de papel que podem
ser facilmente manuseados pelas próprias mãos. Desse modo, permite controlar a força de alisamento da
superfície ajustando a pressão e a velocidade do movimento da mão.
 Os abrasivos são importantes, pois todas as indústrias utilizam de alguma forma. Afinal, não seria possível polir
móveis com um design perfeito ou criar edifícios complexos sem o seu uso.
Sólidos
 Abrasivos sólidos são materiais abrasivos que possuem uma forma rígida e definida, como rebolos, discos de
corte, discos de desbaste, pontas montadas, limas de esmeril, etc. Eles são usados para dar forma ou
acabamento a uma peça por atrito, eliminando o excesso de material ou melhorando a qualidade do acabamento
superficial.
 Os abrasivos sólidos podem ser feitos de minerais naturais ou sintéticos, como óxido de alumínio, carboneto de
silício, nitreto de boro cúbico e diamante.
Pastosos
 Abrasivos pastosos são materiais abrasivos que possuem certa dureza e densidade, permitindo o polimento,
lixamento e outros serviços. Cada produto é classificado de acordo com a rigidez, tamanho do grão e material.
Dessa forma, a escolha do abrasivo correto é essencial para alcançar o resultado desejado.
 Os abrasivos pastosos são bem comuns e muito usados em diversas aplicações industriais, domésticas e

tecnológicas. Isso proporciona uma grande variedade na composição e na forma física e química dos abrasivos.
Processo de usinagem de Lapidação
 Lapidar é retificar superfícies de peças com elevado grau de
acabamento. Antes da lapidação, coloca-se um líquido, água ou óleo,
sobre uma placa metálica. Em seguida, espalha-se pó abrasivo sobre o
líquido. A seguir, passa-se a superfície da peça a lapidar sobre a placa
preparada, imprimindo-lhe movimentos circulares, conforme ilustra a
figura.
 Geralmente, usa-se o processo de lapidação em blocos-padrão, pinos
e furos. Existem machos especiais para lapidar. Eles possuem ranhuras
e dispositivos de formas variadas que servem para recolher o excesso
de pó abrasivo. Geralmente, usa-se o processo de lapidação em
blocos-padrão, pinos e furos. Existem machos especiais para lapidar.
Eles possuem ranhuras e dispositivos de formas variadas que servem
para recolher o excesso de pó abrasivo.
Histórico
 A lapidação é um dos processos de fabricação mais antigos da humanidade, remontando ao período da idade da
pedra, para confeccionar as ferramentas e os implementos utilizados pelo homem. No museu de Munique na
Alemanha encontram-se expostos artefatos rudimentares utilizados pelos homens primitivos, como um pedaço de
madeira que ao ser rotacionado e pressionado contra a areia como abrasivo, fazia um furo na pedra (STÄHLI,
1985).
 A Norma DIN 8589 define a lapidação como um processo de usinagem envolvendo grãos abrasivos dispersos em
um líquido ou pasta, capaz de transferir para a peça a forma da ferramenta de lapidação através da remoção
promovida pelos grãos que descrevem movimentos aleatórios sobre a superfície da peça (KÖNIG, 1980).
 Verspui & With (1997); Weigaertner & Crichigno Filho (2000) relatam que a combinação da variação de cada
elemento caracteriza a usinagem. Do ponto de vista das características da máquina -ferramenta e da operação, a
lapidação é um processo de fácil executabilidade. Entretanto, o domínio e a otimização dos parâmetros influentes
é uma tarefa dispendiosa, devido ao grande número de variáveis envolvidas no processo.
Aplicação

Processo de Usinagem: Lapidação - YouTube


Características
 É um processo de usinagem de baixa pressão que utiliza partículas abrasivas finas para realizar a ação de corte na
superfície.
 É capaz de reduzir a rugosidade de valores relativamente elevados para valores bem reduzidos, ao contrário do
polimento, que já deve receber a peça com uma rugosidade relativamente baixa.
 Pode dar à peça a forma da ferramenta utilizada, enquanto o polimento tem como finalidade somente melhorar
a qualidade superficial.
 Pode corrigir a forma de materiais de dureza elevadíssima, como o diamante.
 Pode produzir superfícies extremamente lisas e brilhantes, aumentando o valor e a beleza de uma joia. Pode
ganhar diferentes aspectos visuais, com novas colorações, dependendo da profundidade da lapidação.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
 AGOSTINHO, Oswaldo. Engenharia de fabricação mecânica, São Paulo: Elsevier, 2017
 FITZPATRICK, Michael; Introdução aos Processos de Usinagem Editora Bookman, 2013
 DINIZ, Anselmo Eduardo. Tecnologia da Usinagem dos Materiais. São Paulo: Artliber, 2010.
 MACHADO, Alisson Rocha et al. Teoria da Usinagem dos Materiais. ed. São Paulo: Edgard Blucher, 2012

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