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INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS

DEPARTAMENTO DE QUÍMICA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM QUÍMICA

ESTUDO E CARACTERIZAÇÃO DA CAMADA DIFUSORA EM CÉLULAS A


COMBUSTÍVEL DO TIPO PEM PARA DOMÍNIO DA METODOLOGIA DE
FABRICAÇÃO PARA PRODUÇÃO EM “SCALE UP”

Mestranda: Luciana de Souza Freire


(bolsista FAPEAM)

Orientador: Prof. Dr. Raimundo Ribeiro Passos


02/2012
Manaus
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Sumário
 Introdução

 Objetivos

 Revisão Bibliográfica

 Metodologia

 Cronograma

 Referências Bibliográficas
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Introdução
• Uma das principais forças motivadoras da pesquisa científica e
tecnológica é procurar soluções para os problemas que afetam a
sociedade, como, por exemplo, a geração de energia.

• O princípio das células combustível foi descoberto muito antes do


desenvolvimento da eletroquímica, em 1839 pelo físico britânico
William Robert Grove.

• Similares às baterias, as células a combustível são


compostas de dois eletrodos com um condutor
eletrolítico entre eles.

(KNIGHTS et al., 2004).


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Introdução
Poluição ambiental

Combustível + O2  H2O + CO2 + E (a maior parte na forma de calor)


Para cada 25 kg de hidrogênio utilizado, evita-se o
consumoCombustível
de um barril de petróleo;
(contém S) + ar (O , N )  H O + E +
2 2 2

CO2 aumento do efeito estufa


SO
Para cada kg de hidrogêniocausa
+ NO
utilizado em vez de petróleo,
a chuva ácida
x x
3Outros
kg de(CO,
CO2 hidrocarbonetos,
são evitados;
causa problemas respiratórios e
macropartículas de carbono,
cardíacos, etc.
aldeídos)

Célula a combustível
2H2 + O2 2H2O + E
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Introdução
Temperatura
Tecnologia Eletrólito Eficiência Potência
de Operação

AFC Hidróxido de Potássio 60-90°C 45%-60% até 20kW

Carbonato Fundido
MCFC Líquido 600-800°C 45-60% >1MW

PAFC Ácido Fosfórico Líquido 160-220°C 36-38% >50kW

Membrana de Troca de
PEMFC 60-80°C 40-60% Até 250kW
Prótons

SOFC Cerâmica 800-1000°C 50-65% Até 1MW

Tabela: Tipos de Célu las a combustível


Vantagens Desvantagens

1000º C
Lento start-up
Tolerância aos resíduos
SOFC 900

800 Materiais adequados

Cinética eletródica rápida 700 Aumento de corrosão


MCFC
600

500

400

300

PAFC/AFC 200 Intolerância a contaminantes

100 º C
Rápido start-up PEM

Tipos de células e suas vantagens e desvantagens em relação a temperatura

Fonte: Is a Fuel Cell in your Future. J. Eletroch. Soc. Interface, v. 6, n. 3, 26-32, 1997
Introdução
APLICAÇÕES
Móveis 25%

s
ia
ár
Po

on
rt

ci
át

ta
ei
s

Es
Celular: 40 dias
Notebook: 1 semana
Fornece energia 70 a
80h, utilizando 2,5L
etanol.
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Introdução

[Spinacé,2010]
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Objetivos
GERAL
Estabelecer e desenvolver pesquisas em Células a combustível
por meio de um estudo físico-químico destes sistemas, como
meio de geração alternativa de energia
ESPECÍFICOS

 Estudar a metodologia de fabricação do conjunto membrana-eletrodos,


com fins de domínio da metodologia para produção em “scale up”;

 Testar os componentes otimizados em células a combustível unitária;

 Produzir e caracterizar camadas difusoras de 25 cm2;

 Construir uma célula com características comerciais de alto


desempenho e eficiência.
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Revisão Bibliográfica
Células a Combustível

 São sistemas eletroquímicos capazes de converter a energia química de


um grande variedade de combustíveis diretamente em energia elétrica.
(Ticianelli & Gonzalez, 1989).
Forma limpa, silenciosa e eficiente de
conversão de energia;

Consiste, essencialmente, de dois


eletrodos separados por um eletrólito;

Uma força eletromotriz é produzida entre


o anodo e o catodo

H2 → 2H++ 2e– (anodo)


½O2 + 2H+ + 2e– → H2O (catodo)
H + ½O → H O
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Revisão Bibliográfica
Células a Combustível

• No Brasil, o crescimento em células a combustível tem


recebido apoio de vários planos nacionais.

Programa de Ciência, Tecnologia e Inovação para a Economia do Hidrogênio –MCT

Programa de Transporte Coletivo movido a Hidrogênio – MME

Empresas:

Fonte: IPEN
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Revisão Bibliográfica
PEMFC

Características:

Construção robusta e relativamente simples

Baixa temperatura de operação (≈ 80ºC)

Reposta rápida de acionamento e desligamento

Possibilidade da utilização direta de ar e combustível liquido.

Emissão zero/baixas quantidades de COx e NOx

Operando com hidrogênio/oxigênio puros apresentam elevadas densidades


de potencia 1Wcm-2
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Revisão Bibliográfica
PEMFC
A célula do tipo PEMFC constitui de:

Coletor de Corrente

Placa de
Alumínio/Grafite

Placa Separadora

H2 O2
MEA
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Revisão Bibliográfica
Placas Separadoras

 Distribuir o gás através da célula.

 Transportar o fluido refrigerante

 Devem coletar e conduzir a


corrente elétrica do anodo para o
catodo
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Revisão Bibliográfica
MEA

Formado por uma membrana polimérica, faceada por dois eletrodos de


difusão gasosa, os quais são compostos por uma camada catalisadora e
por uma camada difusora de gases (GDL).

Membrana

 A membrana mais utilizada é a Nafion® (DuPont)

 É sensível, com espessura geralmente entre 12 e 210 µm

 Responsável pela condução dos prótons

 É constituído de um polímero orgânico sólido, ácido poliperfluorosulfônico.


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Revisão Bibliográfica
Camada Catalisadora

 Formada por uma estrutura complexa de sítios catalíticos

Constituída de eletrocatalisador e ionômero

Cumpre a função de promover eficientemente a reação eletroquímica

Procesos de deposição:
pulverização (spray)
por impressão a tela
Bonifácio,2010  pintura com pincel.
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Revisão Bibliográfica
Camada Difusora

São constituidas a partir de substratos macro-porosa (tecido de


carbono) revestidos por uma camada micro-porosa (C+PTFE).

Carbono
Boa condutividade
Formação de poros

PTFE
Aumenta a hidrofobicidade
Indispensável ao balanço de água produzida

GURAU et al.,2006
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Revisão Bibliográfica
Camada Difusora

 Componente essencial das PEMFC

 Permitir que os reagentes se movam em direção à camada catalítica

 Fornecer caminho para que os elétrons fluam entre a camada catalítica e as placas
separadoras

 Importante na gestão da água dentro da célula

 Protege a estrutura delicada da camada catalisaddora

 Oferece resistência mecânica

 Aumenta a condutividade elétrica

GURAU et al.,2006
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Revisão Bibliográfica
Scale-Up

DOMÍNIO DA METODOLOGIA DE FABRICAÇÃO PARA


PRODUÇÃO EM “SCALE UP”

 A produção da camada difusora


 A produção de pasta catalítica
 Aplicação da camada catalítica
 A prensagem a quente
 A montagem de MEAs
 Novas configurações de placas separadoras
 Vedações e procedimentos operacionais.

Área ativa: 25cm2


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Revisão Bibliográfica
Polarização

1,23V

Transferências de
elétrons, absorção da
das espécies e a
natureza do
catalisador
Resistência
eletrônica e
componentes de
contato.

Resistência de
transporte de massa
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Revisão Bibliográfica
Voltametria Cíclica

A voltametria cíclica é utilizada freqüentemente para caracterizar um sistema


eletroquímico, tendo uma aplicação limitada em análise quantitativa.

Principais aplicações:
Avaliação do comportamento reversível ou irreversível de uma reação redox no
eletrodo;

Número de e- envolvidos na reação redox;

Determinação de constantes de formação de complexos e de velocidade de reação;

Estudo de mecanismos de reação;

Determinação de coeficientes de difusão.


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Revisão Bibliográfica
Voltametria Cíclica

ao
Processo de
oxidação da
Platina
seguido da
dissociação
da H2O e
adsorção de
espécies
oxigenadas

Região correspondentes a adsorção-dessorção do H;


Dupla camada elétrica

(Santos &Tremiliosi Filho, 2001)


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Metodologia
Preparação EDG
INÍCIO

Tratamento
da membrana
Camada
difusora

Camada
Catalisadora

Aspersão/Pintura
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Metodologia
Camada Difusora

Dispersão de PTFE + Pó de C
Diferentes % de PTFE
Mistura em ultrasom

Filtração sobre o tecido de carbono

Sinterização a 280°C por 1/2h +


330°C por 1/2 h

Camada difusora
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Metodologia
Camada Catalisadora

Mistura de Pt/C + Nafion®

Mistura em ultrasom

Pintura na Camada Difusora

80°C por 1 h

EDG
Metodologia
MEA

Membrana
EDG
Prensagem a quente MEA

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Montagem da Célula Unitária


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Metodologia
Testes Eletroquímicos

 Curva de Polarização- Estação

Sistema de umidificação
Célula unitária
(E vs. i)
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Metodologia
Testes Eletroquímicos

 Voltametria Cíclica - Potenciostato


 Potenciostato PGSTAT-30 (AUTOLAB)
O cátodo será o eletrodo de trabalho, o anodo como
contra eletrodo e eletrodo de referencia de hidrogênio
Os voltamogramas cíclicos serão obtidos com uma
variação de potencial de 0,075 a 1,2 V
 Passagem de nitrogênio pelo eletrodo de trabalho
Passagem hidrogênio no eletrodo de
referência/contra-eletrodo.
Velocidade de varredura de 20 mVs-1 à temperatura
ambiente.
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Cronograma

Legenda: EDGs (Eletrodos de Difusão Gasosa)


MEAs (Conjuntos Eletrodo-Membrana)
Referência Bibliográfica
 Bonifácio, R. N.; Linard, M.; Desenvolvimento de processos de produção de conjuntos eletrodo-
membrana-eletrodo para células a combustível baseadas no uso de membrana polimérica condutora
de prótons (PEMFC) por impressão a tela, Química. Nova, 34(1), 96-100, 2011
 Bortholin, E. C.; Preparação de ligas binárias e ternárias de Pt, W, e Os para oxidação de matanol
em células a combustível de baixa temperatura, Tese de doutorado, Universidade de São Paulo, São
 Gurau, V., Bluemle, M. J., Castro, E.S., Tsou, , Y.M., et al., "Characterization of transport
properties in gas diffusion layers for proton exchange membrane fuel cells 1. Wettability (internal
contact angle to water and surface energy of GDL fibers)", Journal of Power Sources, v. 160, n. 2,
pp. 1156-1162, 2006,
 Knights S. D., Colbow, K. M, St-Pierre, J; Wilkinson D. P,;"Aging Mechanisms and Lifetime,
PEFC and DMFC", J. Power Sources, 127 (2004) 127-134.
 Santos, V. P., Termiliosi Filho, G., Correlação entre a estrutura atômica superficial e o processo de
adsorção-dessorção reversível de hidrogenio em eletrdos monocristalinos PT(111), PT (100) e
PT(110), Química Nova, 24 (6), 856-863,2001.
 Smarssaro, T.R.; Simulação de Células a Combustível em MATLAB/SIMULINK., Monografia,
Universidade Federal do Espírito Santo, 2007.
 Spinacé, E. V,; A Pesquisa, o Financiamento Público e Privado e a Economia do Hidrogênio no
Brasil.P&D Rede de Células a Combustível PEMFC - ProH2, Painel Setorial Inmetro, 2010.
 Ticianelli, A. E., Gonzalez, R. E.; Células a combustível: uma alternativa promissora para geração
de eletricidade, Química Nova, 12 (3), 268-272, 1989.

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