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Plano de Provisão para

situações adversas nas PME


´s

Associação Brasileira de Consultores


Núcleo da Paraíba

2º CAFÉ COM
CONSULTORE
S
[20-10-2020
PARAÍBA 19:00]
Link da inscrição https://bit.ly/3kh6F6O
Ponto de Situação
 Desde o início da pandemia, as empresas tiveram que lidar com
mercados financeiros voláteis e incertezas sobre suas receitas e
fluxo de caixa atuais e futuros

 Com a preocupação com o crescimento de uma potencial recessão,


muitas empresas tomaram medidas para preservar o caixa -
incluindo demitir ou dispensar funcionários e encerrar a produção -
enquanto exploram linhas de financiamento alternativas ao crédito
bancário como empréstimos obrigacionistas entre outras maneiras
de manter a liquidez

 Por sua vez os Estados Centrais também introduziram um grande


pacote de estímulo, reduziram as taxas de juros, injetaram dinheiro
na Empresas com uma parcela a fundo perdido ou com prazos de
liquidação de prazo muito elevado e tomaram outras medidas para
aliviar a dor das empresas e garantir que o capital esteja
prontamente disponível.
As dúvidas Futuras
 Mas os efeitos adversos e a incerteza para as
empresas provavelmente persistirão por algum
tempo - com o pior ainda por vir - o que ressalta
a importância de as empresas preservarem o
caixa.

 Além de quaisquer ações que possam ter tomado


até agora, as empresas provavelmente precisarão
explorar outras soluções, individualmente e com
apoio do Estado não somente para esta pandemia
mas também para riscos futuros de eventuais
perigos.
As Medidas a Solo – Sem ajuda do Estado
As medidas que as Empresas podem tomar por si só são por exemplo :
Criar seguros de junto de Seguradoras sobre recebimentos futuros de
clientes ou de risco de atividade nomeadamente de falha de caixa,
nomeadamente :
 Constituição de Seguros de crédito comercial para proteger contas a
receber , normalmente as contas a receber representam
aproximadamente 35% a 40% dos ativos de uma empresa. O seguro
de crédito comercial pode ajudar uma empresa a proteger esses
ativos contra perdas causadas por insolvência sua ou dos clientes,
entre outros riscos potenciais, e ajudá-los a melhorar sua liquidez.
 Substituição de Empréstimos de curto prazo por longo prazo
negociando essa restruturação com a Banca e outros credores.
 Inscrição em futuros programas de incentivo á produção
provenientes do Estado Central com baixas taxas de juro e com
prazos de liquidação elevados.
As Medidas a Solo sem Ajuda do Estado
Outro exemplo poderá ser através do financiamento por Factoring

 O financiamento também pode ser fornecido por meio de um


contrato de Factoring apoiado por um seguro de crédito
comercial; ou seja vendendo as suas faturas de recebimentos
futuros aos bancos ou a empresas de Factoring que comprariam
as faturas das empresas e com o suporte de seguradoras sobre
exposições. Em caso de sinistro ou seja os clientes não pagarem ,
o seguro de crédito comercial pode indenizar o segurado em até
90% da perda.

 Negociar com os fornecedores. termos de pagamento estendidos.

 Lançamento de canais de distribuição digital em detrimento de


contato pessoal se possível e manter aberto mesmo depois de
passar a pandemia, etc...
A necessidade do Estado Regular no Futuro
Mas todos estes incentivos não passam de um adiamento do problema de um chute
para a frente dos problemas que mais á frente cairão no seu colo .

Estados Centrais deverão de ter iniciativas mais concretas que não irão implicar o
adiamento ou mesmo do aumento do endividamento das Empresas

Desta forma propõem-se a criação de um Grupo de Estudos que poderá se iniciar com
propostas concretas da ABCO aos Governos dos Estados e mesmo ao Governo Central
sobre a forma das seguintes propostas :

A. Permitir que a Empresas criem Provisões de Risco que sejam aceites como custos
da Empresa e que sejam reconhecidas fiscalmente, ou sejam dedutíveis á matéria
coletável. ( Matéria Coletável Resultado da Atividade da Empresa – Deduções =
Valor a pagar de Impostos ao Estado)

B. Permitir que as Empresas criem Reservas de Capital que sejam


igualmente dedutíveis á matéria coletável, ou seja que não sejam
sujeitas á coleta de impostos do Estado e mesmo que contribuam
para uma redução/dedução do montante de rendimento sujeito a
coleta do Estado.
Caso Português sobre Provisões

Notas : No Caso português não entrou ainda em consideração a


possibilidade de criar uma Provisão fiscalmente aceite para perdas futuras
com pandemias , com a duração por exemplo de 5 anos após um foco
mundial de contagio prevendo reincidências em caso de ausência de
tratamento prevista para 5 ou mais Anos ( tempo normal para uma vacina
se considerar clinicamente testada e segura) . E o Brasil ?

Lei Portuguesa - Provisões fiscalmente dedutíveis


“…Podem ser deduzidas para efeitos fiscais as seguintes provisões:
a) As que tiverem por fim a cobertura de créditos resultantes da atividade
normal que no fim do exercício possam ser considerados de cobrança
duvidosa e sejam evidenciados como tal na contabilidade;
b) As que se destinarem a cobrir as perdas de valor que sofrerem as
existências;
c) As que se destinarem a ocorrer a obrigações e encargos derivados de
processos judiciais em curso por factos que determinariam a inclusão
daqueles entre os custos do exercício;…”
Caso Português para Reservas

Já no que diz à criação d Reservas Legais o caso Português , já considera a


hipótese da Empresa criar uma Reserva com vista a garantir a integridade
do seu capital e prejuízos futuros , julgo que as Empresas Portuguesas
utilizarão este mecanismo do Estado para salvaguardar o seu Capital e
prejuízos futuros no fecho do ano Comercial de 2020 e o Brasil ?

Reserva legal Lei Portuguesa :

“…Tem a finalidade de assegurar a integridade e aumentar o Capital Social,


ou absorver prejuízos contábeis.
Essa reserva está disciplinada no art. 193 da Lei n° 6.404/1976:
“ Art. 193. Do lucro líquido do exercício, 5% (cinco por cento) serão
aplicados, antes de qualquer outra destinação, na constituição da reserva
legal, que não excederá de 20% (vinte por cento) do capital social.'''''§ 1º A
companhia poderá deixar de constituir a reserva legal no exercício em que o
saldo dessa reserva, acrescido do montante das reservas de capital de que trata o
§ 1º do artigo 182, exceder de 30% (trinta por cento) do capital social.
§ 2º A reserva legal tem por fim assegurar a integridade do capital social e
somente poderá ser utilizada para compensar prejuízos ou aumentar o
capital.”…”
Coordenação & Apresentação :

Consultor. Graduado pela Universidade Europeia com pós-graduação em Marketing e


Business Intelligence, Mestrado em Auditoria pelo Instituto de Contabilidade e
Administração de Lisboa e Bacharel em Contabilidade e Administração pelo Instituto
de Contabilidade e Administração de Lisboa. Conta com experiência de mais de 30
anos em Auditoria e Consultadoria Financeira & Organizacional, nomeadamente como
Diretor de Auditoria & Gestão de Risco na Cabire Group Angola, Manager de Auditoria
e de Análise de Rentabilidade no Carrefour Portugal , Espanha, França, Turquia, Grécia
e Polónia, Inspetor Bancário no Santander Totta (ex-Banif) e Senior de Auditoria e
Consultadoria pela KPMG Portugal.

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