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Licenciatura em Enfermagem

Ano Letivo: 2022/2023


Unidade Curricular de Ética e

Código Deontologia Profissional


1º Ano – 1ºSemestre

Deontológico do
Enfermeiro
Artigos nº 111, 112 e
113
Bruna Andrade nº2388
Joana Teixeira nº2368
Sara Caires nº2345
Sara Mendes nº2326
Simone Fiqueli nº2330
Taísa Silva nº2344

Docente: Tânia Lourenço


1
Índice

1 2 3
Enquadramento Código
Introdução
Ético Deontológico do
Enfermeiro

4 5 6
Artigo nº111
Artigo nº112 Reflexão Ética Conclusão
Artigo nº113

2
Introdução
3
Introdução

Com a elaboração deste trabalho temos como principais objetivos


desenvolver competências no âmbito de Ética, essencialmente sobre
os conceitos que a temática engloba. Enquanto grupo, pretendemos
adquirir o máximo de conhecimento possível de forma a aprofundar
os nossos conhecimentos, nomeadamente perceber um pouco mais
acerca do código deontológico do enfermeiro, compreender a
importância da ética profissional, assim como a moral e da
deontologia, percebendo desta forma a influência que estas trazem à
profissão 4
Enquadramento Ético-Deontológico da Enfermagem em
Portugal
Moral
“A moral tem uma
dimensão imperativa,
porque obriga a cumprir
um dever fundado num
valor moral imposto por
uma autoridade.” A ação é
orientada pela disciplina e
motivada pela convicção.

(Carapeto & Fonseca, 2012)5


Enquadramento Ético-Deontológico da Enfermagem em
Portugal
Ética

“É uma filosofia prática


que procura regulamentar
a conduta tendo em vista
o desenvolvimento
humano.”
Pretende que o Homem
aja de acordo com o bem
e a verdade.

(Carapeto & Fonseca, 2012)6


Enquadramento Ético-Deontológico da Enfermagem em
Portugal
Deontologia
Rege “os comportamentos dos
membros de uma profissão para
alcançar a excelência no
trabalho, tendo em vista o
reconhecimento pelos pares,
garantir a confiança do público
e proteger a reputação da
profissão.” Trata-se de um
conjunto de deveres
profissionais, presentes no
Código Deontológico.
(Carapeto & Fonseca, 2012)7
Enquadramento Ético-Deontológico da Enfermagem em
Portugal
A profissão de Enfermagem tem como principal objetivo prestar cuidados de enfermagem:

1 2 3

Ao ser humano quer Ao longo de todo o


Aos grupos sociais
esteja são ou doente ciclo vital

8
Enquadramento Ético-Deontológico da Enfermagem em
Portugal
Deste modo o enfermeiro encontra-se em constante relação com as pessoas a quem presta cuidados, sendo:

Simultaneamente possuidor de
1 uma consciência moral

2 Possuidor de liberdade e vontades

Com ideologias e suas próprias


3 convicções

9
Enquadramento Ético-Deontológico da Enfermagem em
Portugal

A enfermagem tem registado, ao longo do


tempo, uma evolução, seja a nível da
formação de base, como da complexificação
e, ainda, sobre a dignificação do exercício
profissional. Para além disso, a
compreensão e o interesse para a
responsabilidade ética e deontológica dos
enfermeiros têm sofrido, também, um
grande desenvolvimento.

(Ordem dos enfermeiros, 2015)


10
Enquadramento Ético-Deontológico da Enfermagem em
Portugal

REPE Código
Deontológico
(1996) Ordem dos (1998)
Enfermeiros
(1998)

(Ordem dos enfermeiros, 2015)


11
Enquadramento Ético-Deontológico da Enfermagem em
Portugal
REPE Ordem dos Enfermeiros

“Clarifica conceitos, procede à É a associação pública profissional que


caracterização dos cuidados de representa os que exercem a profissão
enfermagem, especifica a de enfermeiro, de acordo com o
competência dos profissionais Estatuto e suas disposições legais
legalmente habilitados a prestá- aplicáveis. Permitiu estabelecer
los e define a responsabilidade, condições de autonomia responsável da
os direitos e os deveres dos profissão e apresenta personalidade
mesmos profissionais.” jurídica, sendo independente dos outros
órgãos de Estado.

(Ordem dos enfermeiros, 12


Enquadramento Ético-Deontológico da Enfermagem em
Portugal

Entre os vários objetivos,


estes documentos apresentam
como fim esclarecer algumas
dúvidas e evitar alguns
equívocos que possam surgir,
seja pelos profissionais de
saúde como, também, pela
população, em geral.

(Ordem dos enfermeiros, 13


Código Deontológico do Enfermeiro
O que é o Código Deontológico do Enfermeiro?

O Código Deontológico
é um pilar essencial
para a prática dos
enfermeiros em
Portugal.

(Ordem dos enfermeiros, 14


Código Deontológico do Enfermeiro
O que é o Código Deontológico do Enfermeiro?

Os enfermeiros fazem parte de


um grupo profissional
específico, tendo então diversos
deveres para com a profissão e
para com a sociedade, que
divergem dos outros cidadãos,
ou seja, aos deveres enquanto
cidadão acrescentam-se deveres
extra.
(Ordem dos enfermeiros, 15
Código Deontológico do Enfermeiro
No Código Deontológico enumeram-se :

Enraizados nos Deveres


profissionais.
direitos dos
cidadãos. Enraizados das
comunidades a quem
dirigem-se os cuidados
de enfermagem.

(Ordem dos enfermeiros, 16


Código Deontológico do Enfermeiro

Os enfermeiros em
Portugal realçam o código
deontológico para que este
possa contribuir para uma
melhoria contínua da
assunção do mandato
social, como enfermeiros e
como profissionais de
saúde.
(Ordem dos enfermeiros, 17
Artigo nº 111
Dos deveres para com a profissão

Ser solidário com os outros


membros da profissão em
ordem à elevação do nível
profissional;

1 2 3
Proceder com correção e
Manter no desempenho urbanidade, abstendo-se de
das suas atividades, em qualquer crítica pessoal ou
todas as circunstâncias, um alusão depreciativa a
padrão de conduta pessoal colegas ou a outros
que dignifique a profissão; profissionais;
(Ordem dos enfermeiros, 18
Artigo nº 111
Dos deveres para com a profissão

Recusar a participação em
atividades publicitárias de
produtos farmacêuticos e
equipamentos técnico-sanitários.

4 5
Abster-se de receber
benefícios ou
gratificações além das
remunerações a que
tenha direito;
(Ordem dos enfermeiros, 19
Artigo nº 111
Dos deveres para com a profissão

1 Manter um padrão que dignifique a profissão

➔ Tornar a profissão digna, através das suas ações, seja durante os


cuidados prestados como a nível pessoal, ou seja, não agir de forma a
depreciar a profissão;

➔ Cumprir o compromisso de agir sempre em função dos interesses do


utente, respeitando a deontologia; promovendo a qualidade de vida e
dos cuidados e garantindo a continuidade dos mesmos;

(Ordem dos enfermeiros, 20


Artigo nº 111
Dos deveres para com a profissão

1
➔ O enfermeiro é sempre responsável pelas suas ações, logo assume a
responsabilidade das atividades que pratica;

➔ As intervenções são efetuadas de modo a garantir a liberdade e


dignidade tanto do paciente como do profissional de saúde;

➔ Ajudar de acordo com as suas competências profissionais;

(Ordem dos enfermeiros, 21


Artigo nº 111
Dos deveres para com a profissão

Ser solidário com os outros membros


2
➔ Valoriza a solidariedade e o respeito pelo o outro;

➔ É a partilha de conhecimentos e valores de modo a promover


melhores cuidados e um melhor desempenho profissional;

➔ Apoiar e ajudar na formação e desenvolvimento dos colegas, estando


ao lado de quem errou;

(Ordem dos enfermeiros, 22


Artigo nº 111
Dos deveres para com a profissão

2
➔ Todos os profissionais são importantes e responsáveis, logo devem
ser leais para os colegas, ajudando-os;

➔ Agir com os colegas de acordo com uma conduta ética,


independentemente dos juízos pessoais sobre cada um;

➔ Agir em cooperação com os colegas para alcançar um benefício


comum e atingir o maior grau de excelência e perfeição;

(Ordem dos enfermeiros, 23


Artigo nº 111
Dos deveres para com a profissão

Abster-se de qualquer crítica


3
➔ Abstinência de conduta imprópria, valorizando o respeito, a cortesia e a
disponibilidade em aceitar as diferenças dos outros;

➔ A cortesia é “uma pequena coisa que prepara os grandes”, ou seja, é apenas


um valor mas que se for usada está a formar grandes pessoas e
profissionais;

➔ Uma boa gestão das diferenças permite enriquecer as relações entre


colegas e o desempenho enquanto equipa, por isso não deve haver
qualquer crítica depreciativa em relação a outros profissionais;

(Ordem dos enfermeiros, 24


Artigo nº 111
Dos deveres para com a profissão

3
➔ Exigência de posturas correção e urbanidade nos relacionamentos entre equipa,
de modo a atingir um objetivo comum que é cuidar do outro;

➔ “A moral começa por ser polidez”, segundo Comte-Sponville;

➔ Respeito gera respeito, logo o enfermeiro ao respeitar o outro profissional


também está a se respeitar a si mesmo;

(Ordem dos enfermeiros, 25


Artigo nº 111
Dos deveres para com a profissão
Abster-se de receber benefícios

4 ➔ Procura a imparcialidade do profissional, rejeitando qualquer tipo de


benefício monetário extra e o equilíbrio entre as relações profissionais e
privadas;

➔ Diferenciação das condutas usadas nas relações profissionais e nas


particulares, sendo que nas últimas a pessoa pode receber qualquer tipo
de presentes, sem nenhuma sanção, enquanto que nas primeiras o
profissional está sujeito a uma punição, visto que está a incorrer numa
infração;

➔ Numa visão jurídica, é um dever que guia-nos para os tipos penais de


corrupção passiva, sejam ações lícitas ou ilícitas, presentes nos Artigos
372º e 373º do Código Penal; (Ordem dos enfermeiros, 26
Artigo nº 111
Dos deveres para com a profissão
Recusar a participação em publicidades farmacêuticas

5
➔ Pretende preservar a imparcialidade e independência do profissional na
exposição de informação de caráter publicitário no que respeita a produtos
farmacêuticos e equipamentos técnico-sanitários, de modo a não conceder
credibilidade a um produto por ser um enfermeiro a publicitá-lo;

➔ O não cumprimento do dever põe em risco o princípio de isenção do


enfermeiro;

➔ Relacionado com os Artigos 19º e 25º do Código da Publicidade,


realçando a proibição de propaganda de tratamentos médicos e
medicamentos sujeitos a receita médica;

(Ordem dos enfermeiros, 27


Artigo nº 111
Reflexão Ética do Grupo

O Código Deontológico do Enfermeiro


evidencia os deveres que os profissionais de
saúde têm para com a sua profissão, assim
como para com os seus colegas.

(Ordem dos enfermeiros, 28


Artigo nº 111
Reflexão Ética do Grupo

Este artigo pretende clarificar os


profissionais de saúde sobre o dever de
dignificar a sua profissão, de modo a
assegurar a integridade da mesma, dos
enfermeiros e dos utentes e assim, evitar
situações que comprometam a forma como a
profissão é vista pela sociedade.

(Ordem dos enfermeiros, 29


Artigo nº 111
Reflexão Ética do Grupo

Na enfermagem, todas as ações praticadas


refletem-se em toda a profissão, seja nos
colegas de trabalho, como também, na
qualidade dos cuidados prestados aos utentes,
evidenciando a necessidade de ser praticada
com grande responsabilidade.

(Ordem dos enfermeiros, 30


Artigo nº 111
Reflexão Ética do Grupo

Podemos relacionar este artigo com os


direitos dos utentes uma vez que estes
influenciam os cuidados prestados e devem
ser tidos em consideração no ato de
enfermagem.

(Ordem dos enfermeiros, 31


Artigo nº 111
Reflexão Ética do Grupo

Os enfermeiros devem agir sempre em


função dos interesses dos utentes, tendo em
conta os seus direitos, valores e crenças, de
modo a respeitá-los e poder exercer a sua
profissão na sua plenitude sem afetar a
suscetibilidade dos seus pacientes.

(Ordem dos enfermeiros, 32


Artigo nº 111
Reflexão Ética do Grupo
Artigo 8º: Direito à assistência espiritual e religiosa

“O utente tem direito à assistência religiosa,


independentemente da religião que professe”.

“Às igrejas ou comunidades religiosas, legalmente


reconhecidas, são asseguradas condições que permitam o
livre exercício da assistência espiritual e religiosa aos utentes
internados em estabelecimentos de saúde do SNS, que a
solicitem, nos termos da lei em vigor.”

(SNS 24, 33
Artigos nº 112
Dos deveres para com outras profissões

Ver

34
Artigos nº 112
Dos deveres para com outras profissões

Atuar com responsabilidade Integrar a equipa de


na sua área e reconhecer a saúde no serviço que
especificidade de outras trabalhe colaborando
Trabalhar em conjunto
profissões que constituem a com as suas
com os restantes
saúde, respeitando os responsabilidades, na
profissionais de saúde
limites delineados por cada promoção da saúde,
uma prevenção, tratamento e
recuperação da doença

(Ordem dos enfermeiros, 35


Artigos nº 112
Dos deveres para com outras profissões

Promovendo desta forma a qualidade dos


serviços

(Ordem dos enfermeiros, 36


Artigo nº 112
Dos deveres para com outras profissões

➔ Os enfermeiros devem demonstrar sempre consideração para com todos


os membros que constituem a equipa na qual estão integrados, como a
participação na tomada de decisão;

➔ Sendo que esta deve abranger um vasto número de alternativas, de forma


a estabelecer melhor amplitude de decisão, procurando escolher sempre a
mais adequada.

(Deodato, 37
Artigo nº 112
Dos deveres para com outras profissões

➔ A enfermagem é uma área profissional onde a sua prática é sobretudo a


nível multiprofissional, permitindo que os profissionais que constituem a
equipa de saúde possam dar o seu contributo na tomada de decisão ética de
enfermagem;

➔ Sabendo que a equipa segue o modelo pluriprofissional, o enfermeiro tem


a possibilidade de uma perspetiva mais ampla e diversificada.

(Deodato, 38
Artigo nº 112
Reflexão Ética do Grupo

A enfermagem é uma profissão que não só


complementa como também é
complementada por outras disciplinas que
constituem a área da saúde

39
Artigo nº 112
Reflexão Ética do Grupo

Para que o enfermeiro consiga fornecer o


tratamento mais adequado ao utente é
essencial que todos os profissionais
envolvidos saibam respeitar o seu campo de
ação, capacidades e competência de uma
forma diligente e cooperativa.

40
Artigo nº 112
Reflexão Ética do Grupo

Sendo ainda importante referir que na equipa


cada especialidade, assim como área
profissional são importantes, contendo cada
uma as suas próprias responsabilidades,
devendo por esta maneira haver a partilha de
informação de forma clara e assertiva.

41
Artigo nº 112
Dos deveres para com outras profissões
Relações interpessoais em equipas de saúde

Equipa
42
Artigo nº 112
Dos deveres para com outras profissões
Relações interpessoais em equipas de saúde

Uma equipa é um conjunto de indivíduos com os mesmo


objetivos que agem em concordância de metas
específicas.

Perante a formação de uma equipa deve haver um


processo de avaliação de competências individuais
necessária para o desenvolvimento de tarefas e o
cumprimento de metas.

(Unicef, 2015) 43
Artigo nº 112
Dos deveres para com outras profissões
Relações interpessoais em equipas de saúde

Relações
Interpessoais
(Alves, 2011) 44
Artigo nº 112
Dos deveres para com outras profissões
Relações interpessoais em equipas de saúde

As relações interpessoais é um conceito que constitui o


âmbito da psicologia e sociologia que tem o significado de
relação entre duas ou mais pessoas.

(Alves, 2011) 45
Artigo nº 112
Dos deveres para com outras profissões
Relações interpessoais em equipas de saúde

No contexto de trabalho os relacionamentos interpessoais são


de extrema importância, pois um relacionamento interpessoal
favorável contribui para um bom ambiente da instituição,
resultando desta forma em um aumento de produtividade.

(Alves, 2011) 46
Artigo nº 112
Dos deveres para com outras profissões
Relações interpessoais em equipas de saúde

Relacionando
47
Artigo nº 112
Dos deveres para com outras profissões
Relações interpessoais em equipas de saúde

O artigo 112º do código deontológico do enfermeiro


defende que o profissional de saúde deve exercer
reconhecendo os seus limites e especificidades, respeitando
sempre as dos outros. Além disso, deve trabalhar em equipa
com outros profissionais e ainda colaborar e participar em
todas as suas decisões e objetivos de equipa.

(Ordem dos enfermeiros, 2015) 48


Artigo nº 112
Dos deveres para com outras profissões
Relações interpessoais em equipas de saúde

As relações interpessoais entre os membros da equipa de


saúde irão favorecer os tratamentos prestados aos utentes,
assim como vão permitir um melhor conhecer entre
profissionais em diversos aspetos.

(Vicente, 2011); (Alves, 2011)


49
Artigo nº 112
Dos deveres para com outras profissões
Relações interpessoais em equipas de saúde

Comunicação
(Vicente, 2011) 50
Artigo nº 112
Dos deveres para com outras profissões
Relações interpessoais em equipas de saúde

A comunicação integra uma dinâmica como um papel


estratégico no envolvimento interpessoal de todos os
profissionais, proporcionando melhores cuidados.

(Vicente, 2011) 51
Artigo nº 112
Dos deveres para com outras profissões
Relações interpessoais em equipas de saúde

A comunicação interdisciplinar, além de ser uma exigência


hoje em dia, também representa um grande desafio para todos
os profissionais, instituições e organismos que estão
aplicados na cooperação intersetorial em saúde.

(Vicente, 2011) 52
Artigo nº 112
Dos deveres para com outras profissões
Relações interpessoais em equipas de saúde

Sendo que esta só é possível se a equipa e os seus membros


constituintes conhecerem tanto as suas capacidades como as
dos outros, podendo estabelecer uma relação de cooperação.

(Vicente, 2011) 53
Artigo nº 112
Dos deveres para com outras profissões
Relações interpessoais em equipas de saúde

Dito isto, consideramos que as relações interpessoais em


equipas de saúde é um dos aspeto importante para haver um
cumprimento dos objetivos apresentados no artigo 112º do
código deontológico do enfermeiro.

54
Artigo nº 113
O que é o direito à objeção de consciência?

O direito à objeção de
consciência autoriza a um
cidadão de não obedecer a
determinadas obrigações
legais em virtude de
convicções de natureza
filosófica, moral,
humanística ou mesmo
religiosa.

(Santos, 2021) 55
Artigo nº 113
A objeção de consciência é um direito na
enfermagem?

Os enfermeiros têm o direito de


recusar a prática de um ato na
sua profissão.
É essencial e extremamente
necessário reconhecer e utilizar
o direito de legítima e positiva
atitude da objeção de
consciência.
(Santos, 2021) 56
Artigo nº 113

Exercer de acordo com os


regulamentos internos
1

Da objeção de Deveres do Declarar a qualidade de objetor


enfermeiro de consciência
2
consciência

Respeitar as convicções 3

(Ordem dos enfermeiros, 2015) 57


Artigo nº 113
É dever do enfermeiro considerar-se objetor de consciência se este deparar-se com:

Leis ou pedidos que Leis ou pedidos que não Leis ou pedidos que vão
estejam contra os seus estejam de acordo com o contra determinados
princípios Código Deontológico princípios morais/éticos.

(Ordem dos enfermeiros, 2015) 58


Artigo nº 113
O enfermeiro no exercício da sua profissão deverá cumprir com:

O Código
A fidelidade
Deontológico
A obrigações que
aceitou ao iniciar a
sua profissão

(Ordem dos enfermeiros,2015) 59


Artigo nº 113

Prejuízo Pessoal 1

Enfermeiro não
Da objeção de pode sofrer
consciência prejuízo

Prejuízo Profissional 2

(Ordem dos enfermeiros,2015) 60


Artigo nº 113
Artigo nº5
Objeção de consciência no contexto do local de trabalho:

O enfermeiro deve anunciar por escrito ao


seu superior hierárquico a sua objeção de
consciência.
A decisão de recusa da prática de um
determinado ato da sua profissão, deverá
ser explicada, citando os motivos pelos
quais a prática entra em conflito com a
sua consciência.

(Ferreira,2017) 61
Artigo nº 113
Artigo nº5
Objeção de consciência no contexto do local de trabalho:

Anunciar a decisão de recusa


Anunciar a decisão de recusa deve ser
deve ser feita atempadamente, de
feita atempadamente, de forma a que
forma a que sejam garantidos, no
sejam garantidos, no mínimo
mínimo indispensável, os
indispensável, os cuidados a prestar para
cuidados a prestar para ser
ser possível recorrer a outro profissional
possível recorrer a outro
caso seja necessário.
profissional caso seja necessário.

(Ferreira,2017) 62
Artigo nº 113
Artigo nº6
Informação à Ordem

Sem dispensar
Por carta o
(48 Horas) cumprimento
da instituição

Com identificação,
número de cédula
profissional, …
(Ferreira,2017) 63
Artigo nº 113
Artigo nº9
Ilegitimidade da objeção de consciência

É ilegítima a objeção de consciência quando é


comprovado que o exercício anterior ou
contemporâneo realizado pelo enfermeiro, de
ação semelhante ou mesmo igual aquela que
pretende recusar.

(Ferreira,2017) 64
Artigo nº 113
Objetores de Consciência :
Aborto

A Ordem dos Enfermeiros de Portugal (OEP) ainda antes


da entrada em vigor da nova lei em 2007 , recebeu 35
comunicações de profissionais de enfermagem que
declararam-se como objetores de consciência para o aborto
a pedido da mulher.

Esta ordem criou uma base de dados com os profissionais


que permitiu conferir, em caso necessário, a existência de
enfermeiros objectores em serviço público que fazem
abortos no serviço privado.

(Araujo,2007) 65
Artigo nº 113
Objetores de Consciência :
Aborto

Os enfermeiros objetores têm de comunicar à Ordem que o


aborto é contra a sua consciência , tendo como prazo um
máximo de 48 horas, após a apresentação da recusa para
realizar o procedimento.

Mas, esta obrigação só se aplica se forem confrontados com


a necessidade de realizarem interrupções pois se os serviços
de saúde onde trabalham, conseguirem organizar-se já não
contando com os objectores para essa realização, não é
necessário que eles comuniquem.

(Araujo,2007) 66
Artigo nº 113
Objetores de Consciência :
Aborto

Um cidadão/utente que seja confrontado com um NÃO de um


enfermeiro pode confirmar junto da Ordem se este declarou-
se ou não como objector de consciência. No caso de não
constar na lista, este incorre em processo disciplinar.

(Araujo,2007) 67
Artigo nº 113
Curiosidades:
Aborto

Em 2007, não foi identificado nenhum caso de


objeção de consciência por parte de enfermeiros
relativamente ao aborto na Ilha da Madeira.
Já nos Açores foram 18, 12 no Norte de
Portugal Continental e 5 no Sul de Portugal
Continental

(Araujo,2007) 68
Artigo nº 113
Objetores de Consciência :
Eutanásia

As práticas da eutanásia e de ajuda ao suicídio,


não estão ainda legalizadas em Portugal mas, ao
serem legalizadas, não tornam-se
automaticamente um dever dos enfermeiros ou de
outros profissionais de saúde, se tal fosse, delas
poderiam, por razões pessoais, surgir um pedido
de recusa da prática.

(n.d,2020) 69
Artigo nº 113
Objetores de Consciência :
Eutanásia

Como consequência, a figura de objetor de


consciência, prevista no Projeto de Lei para
salvaguardar as situações em que os médicos e
enfermeiros se recusarem a intervir, enquanto
profissionais, no processo de satisfazer o pedido
do doente para morrer, não tem aplicabilidade.

(n.d,2020) 70
Artigo nº 113
Objetores de Consciência :
Eutanásia

O enfermeiro ou outro profissional de saúde, não


necessita de fundamentar o motivo da sua
objeção de consciência visto que não consta esta
obrigação no Código Deontológico, pois esta não
se encontra ainda legalizada.

(n.d,2020) 71
Artigo nº 113
Reflexão Ética do Grupo

Na vida quer pessoal quer profissional muitas


das vezes encontramo-nos em situações e
pedidos que não compactuam com as nossas
convicções, as nossas crenças, os nossos
padrões e os nossos princípios.

72
Artigo nº 113
Reflexão Ética do Grupo

Na opinião do nosso grupo, eticamente não é


correto incentivar ou forçar alguém a agir
contra os seus princípios e suas crenças
comprometendo de certa forma o seu bem-
estar e a sua dignidade.

73
Artigo nº 113
Reflexão Ética do Grupo

Assim consideramos o artigo nº113 do


Código Deontológico de Enfermagem de
elevada importância pois é este que
salvaguarda a dignidade dos profissionais
respeitando assim todos os princípios,
padrões, crenças e convicções de cada
profissional ao permitir que o enfermeiro na
sua atividade diária invoque a condição de
objetor de consciência cumprindo os
requisitos e procedimentos necessários para o
realizar.

74
Conclusão
75
Conclusão

A elaboração desta temática permitiu uma aquisição de


múltiplos conhecimentos, principalmente acerca do
código deontológico do enfermeiro, mais
especificamente alguns artigos constituintes do mesmo,
compreendendo ainda um pouco mais acerca dos
termos ética, moral e deontologia, percebendo a sua
constituição e importância no âmbito profissional.
Com a elaboração deste trabalho tínhamos como principais
objetivos abordar e compreender alguns artigos que
compõem o código deontológico, a sua influência e
importância na profissão. Dito isto concluímos que embora as
diversas dificuldades apresentadas ao longo de todo o
processo do trabalho, pensamos ter conseguido atingir todos
os nossos objetivos de maneira sucinta e ordenada de forma a
poder não só reter conhecimento, mas também transmitir.

76
Obrigada pela vossa
atenção !

77
Referências Bibliográficas
● Ordem dos Enfermeiros, (2015). Deontologia Profissional de Enfermagem.
https://www.ordemenfermeiros.pt/media/8887/livrocj_deontologia_2015_web.pdf

● Ordem dos Enfermeiros, (2015). Estatuto da Ordem dos Enfermeiros e REPE.


https://www.ordemenfermeiros.pt/arquivo/publicacoes/Documents/nEstatuto_REPE_29
102015_VF_site.pdf

● Carapeto C. & Fonseca F., (2012). Ética e Deontologia. Manual de Formação.


https://www.oet.pt/downloads/informacao/Etica_Deontologia-Manual_Formacao.pdf

● Santos, (2021). O que é o direito à objeção de consciência.


https://ffms.pt/pt-pt/direitos-e-deveres/o-que-e-o-direito-objeccao-de-consciencia

78
Referências Bibliográficas
● N.d, (2020). Conselho nacional de Ética para as ciências da vida.
https://app.parlamento.pt/webutils/docs/doc.pdf?path=6148523063484d364c79396863
6d356c6443397a6158526c6379395953565a4d5a5763765130394e4c7a464451554e455
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2cb-87c2-b2463ae4f64b.pdf&Inline=true

● Araújo, (2017). 35 enfermeiros declararam objeção de consciência na Ordem.


https://www.dn.pt/dossiers/sociedade/lei-do-aborto/noticias/35-enfermeiros-declararam
-objeccao-de-consciencia-na-ordem-1046985.html

● Ferreira, (2017). Regulamento do exercício do direito à objeção de consciência.


https://www.ordemenfermeiros.pt/arquivo/legislacao/Documents/LegislacaoOE/Regula
mento344_2017_RegExercObjConsciencia.pdf 79
Referências Bibliográficas
● Vicente j., 2011. As relações interpessoais em equipas de saúde.
https://estudogeral.sib.uc.pt/bitstream/10316/17822/1/Disserta%C3%A7%C3%A3o_Jos%C3
%A9_Vicente_MISIE_2011.pdf

● Alves a., 2011. Competências interpessoais em saúde.


https://run.unl.pt/bitstream/10362/9585/3/RUN%20-%20Disserta%C3%A7%C3%A3o%20d
e%20Mestrado%20-%20Ana%20Isabel%20Alves.pdf

● SNS 24, (2022). Direitos e deveres do utente.


https://www.sns24.gov.pt/guia/direitos-e-deveres-do-utente/

● ERS, (2023). Direito à assistência espiritual e religiosa.


https://ers.pt/media/h0ynqeid/direito-%C3%A0-assistencia-espiritual-e-religiosa.pdf

80
Fóruns da Disciplina de Ética e Deontologia
Conceito: Ética, Moral e Deontologia

81
Fóruns da Disciplina de Ética e Deontologia
Valores Éticos

82
Fóruns da Disciplina de Ética e Deontologia
Direitos e Deveres dos Utentes

83
Fóruns da Disciplina de Ética e Deontologia
Código Deontológico do Enfermeiro

84
Fóruns da Disciplina de Ética e Deontologia
Seminário “Questões Éticas no Início da Vida”

85
Fóruns da Disciplina de Ética e Deontologia
Seminário “Questões Éticas no Fim da Vida”

86
Fóruns da Disciplina de Ética e Deontologia
Seminário “Testemunhas de Jeová”

87
Licenciatura em Enfermagem
Ano Letivo: 2022/2023
Unidade Curricular de Ética e

Código Deontologia Profissional


1º Ano – 1ºSemestre

Deontológico do
Enfermeiro
Artigos nº 111, 112 e
113
Bruna Andrade nº2388
Joana Teixeira nº2368
Sara Caires nº2345
Sara Mendes nº2326
Simone Fiqueli nº2330
Taísa Silva nº2344

Docente: Tânia Lourenço


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