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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO

PÓS-GRADUAÇÃO EM MUSCULAÇÃO E TREINAMENTO DE


FORÇA

Manuel Souza
João da Silva

Coorientador:Prof. Igor Nasser


Orientador: Prof. Dr. Humberto Miranda

Rio de Janerio, 22 de Novembro de 2017.


PRESSÃO ARTERIAL (P.A.)
Produto do volume
de ejeção pela
resistência
periférica total.

(Fleck,1988; Fleck 2003; Stone et al., 2001)


HIPERTENSÃO ARTERIAL DOENÇA ARTERIAL CORONARIANA
SISTÊMICA (HAS)

(SBC, 2007)
• FORMAS DE INTERVENÇÃO

- Treinamento de Força (TF) é uma das


opções não farmacológicas mais relevantes
utilizadas para o tratamento hipertensivo.
- Assim, a hipotensão caracteriza-se
quando ocorre queda de PA em relação a
valor tensional basal ou valores abaixo de
90/60 mmHg

(Mac Dougall et al., 1985)


- Embora ainda não consensual, dados
apontam quedas dos níveis pressóricos de
forma aguda logo após o término do esforço.

- ACSM, defende a eficácia do exercício em


portadores de hipertensão, promovendo uma
queda de PA de 5 a 7 mmHg após uma
sessão isolada de treinamento.

(Pickering et al., 2005; Simão, et al., 2005;


Fuchs et al., 2005; ACSM, 2004).
VARIÁVEIS DO TF

(Politto e Simão et al., 2008)


 Visto que a utilização de inúmeras variáveis de
treinamento acarretam respostas fisiológicas
diferentes e geram impacto direto no
comportamento da PA após a sessão de treino...

 O objetivo deste trabalho foi investigar o efeito


hipotensor do exercício físico em mulheres entre 18
e 30 anos, normotensas, buscando um programa de
exercício mais eficaz na redução da PAS.
 Dois protocolos de TF
◦ treino1, 2x10 com 80% de 1 RM
◦ treino 2, 4x10 com 80% de 1 RM
CARACTERÍSTICAS DA POPULAÇÃO:
 07 indivíduos do sexo feminino
 normotensas
 experiência prévia de no mínimo, 18 meses em TF.

 Todos os participantes assinaram o Termo de Consentimento Livre e


Esclarecido (TCLE) conforme a recomendação da Resolução 196/96
do Conselho Nacional de Saúde e todos responderam negativamente
ao questionário PAR- Q.
CRITÉRIOS DE EXCLUSÃO:
 problemas osteomioarticulares ou metabólicos que
limitassem ou contraindicassem a prática de
exercícios;
 quadro de infarto de pelo menos dois anos;
 insuficiência cardíaca;
 cardiopatia isquêmica ou angina instável;
 participação em outros programas regulares de
exercícios;
 uso de substâncias ergogênicas.
TESTES DE RM

- 2 dias não consecutivos


- Cadeira Extensora e Mesa Flexora
- Leg Press e Remada Fechada
TF E PA

Treino 1 Treino 2
2x10 com 80% de 1RM 4x10 com 80% de 1RM

 PA aferida em repouso e imediatamente ao


final da última série do último exercício
 Após a aferição, foi realizada a medida pós-

esforço em ciclos de 10min durante uma hora


TRATAMENTO ESTATÍSTICO
• Dados descritivos bem como variáveis dependentes (PAS e PAD)
foram calculadas: médias e desvio-padrão;
• Teste de Shapiro-Wilk: aplicado para verificar a normalidade das
variáveis dependentes.

• Para comparar o comportamento da PAS e PAD, após os protocolos


de treinamento realizados com intensidades iguais e volumes
diferentes foi utilizada ANOVA two-way (grupos x médias da PA)
com medidas repetidas para o segundo fator, seguido pelo post-hoc
de Tukey, quando necessário.

• Software SPSS v.20.0.


• O nível crítico de significância adotado para os testes foi p<0,05.
CARACTERÍSTICAS DA POPULAÇÃO ESTUDADA

Todos participantes eram normotensos e


possuíam experiência prévia em TF.
 Estudos são divergentes:
- Hardey e Tucker, 1999 (sedentários e
hipertensos)
- Kenney e colaboradores, 1993 (normo e hiper)
- obtiveram redução pressórica em repouso tanto
na PAS, quanto na PAD
 Mediano e colaboradores, 2005 (hipertensos
controlados)
- Variação de volume e mesma intensidade,
aponta HPE para o TF com maior volume
Fischer, 2001 (circuito 50% 1 RM) queda dos
níveis pressóricos até 60 min
 Focht e Koltyn, 1999 (50 e 80% de 1 RM)

resposta na PAD durante 20 min após sessão


com 50% 1 RM e não obtiveram resposta
trabalhando com 80% de 1 RM
 Hill e colaboradores, 1989, obtiveram

respostas positivas somente na PAD


 Maior e colaboradores, 2007 resposta

somente na PAS
Brown, 1995 (40 e 70% de 1 RM)
 Bermudes e colaboradores,2003, Rolstsch e

colaboradores,2001 (jovens normotensos)

 NÃO OBTIVERAM RESPOSTA HPE

 O’Connor e colaboradores, 1993,


registraram aumento na PAS com 80% de 1
RM
 Jennings,1986 (relação com altas
intensidades)

 Lizardo e Simões, 2005 (MMI x MMS)


 Um maior efeito hipotensor foi registrado na
PAS, imediatamente após o término da
sessão.....
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