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Tratamentos de parasitoses e seus efeitos

nos animais

Autor:
Jaaziel Bulques de Toledo Ferreira
Sumário
1. Introdução
2. Metodologia
3. Resultados
4. Discussão
1. Helmintose
1. Nematóides
2. Cestódeos
5. Tratamentos
6. Conclusão
7. Citações
1. Introdução

Parasitoses
Doenças causadas por parasitos de várias espécies.
Acometem animais e seres humanos.

Alta prevalência no Brasil, mesmo com tratamentos eficazes, devido ao clima do país.
Tabela 1 - Relação de amostras negativas e positivas de fezes de bovinos estudados em 2018.

Fonte: DALLMAN, Paola et al, 2018

Val da Silva et al, 2020; DALLMANN, Paola et al, 2018; IVP Marmitt et al, 2020
1. Introdução
Objetivo
Índices altos de contaminação no país levam a importância de um conhecimento maior sobre
o assunto.

● Parasita - Agente causador da doença:


Anatomia e Fisiologia.
● Tratamento - Procedimentos pelos quais o animal irá se recuperar:
Fármacos e grupos de princípios ativos.
● Profilaxia - Como evitar a proliferação e recontaminação pelo agente:
Contágio e combate.

E.H. Delayte et al, 2006; M.C. Patricia, 2016


2. Metodologia
Foram usados oito Artigos do Google Scholar e o Livro de M. A. Taylor “Parasitologia Veterinária, 4 ed”
Intervalo de dezenove anos, em português, excluindo qualquer artigo que não abordasse parasitose no meio
veterinário.

Analise:
● Prevalência
● Fisiologia e Morfologia
● Tratamentos
● Profilaxia
3. Resultados

Um estudo realizado com animais domésticos na região de São José dos Campos
(2010), fez uma relação da presença ou não de parasitos nas fezes de cães:
11% (Jardim Motorama) e 37% (Vila Letônia).

Parasitas encontrados:
Ancilostomídeo, Hymenolepis, Ascaris, Trichuris e Strongyloide, além de protozoários,
como Entamoeba.

Barbosa, L. C. et al, 2010


3. Resultados

Quadro 1 - Ocorrência em (%) de vários endoparasitas encontrados em cães em vários estados Brasileiros.

três parasitas mais comuns:


Ancylostoma, Toxocara,
Trichuris. (Nematóides)

Seguido de: Dipylidium


(Cestódeo)

Fonte: Boletim Bayer Vet, 2015

Gennari, Solange Maria, 2015


4. Discussão
1. Helmintose

Helmintos

São parasitas (Maioria) que infectam principalmente o trato gastrointestinal.


Podem infectar outros órgãos, pulmão, coração, cérebro.

Infecção é assintomática devido ação do sistema imune.


Queda de imunidade = Aumento da carga parasitária = Sintomas
Filhotes mais propensos a infecções agudas.

Animais de produção preferíveis com uma baixa carga de parasitas - Imunidade


adquirida.
Animais de companhia preferíveis sem parasitas - imunidade menor.

M. A. Taylor et al, 2017;R. M. Vitor, 2004; Gennari, Solange Maria, 2015.


4. Discussão
1. Helmintose
●Formato cilíndrico.
1. Nematóides
● Dimorfismo sexual.
Imagem 1 - Nematóides de diferentes famílias e suas diferenças.
●Revestidos por uma cutícula, que os
garante proteção (fagocitose, suco gástrico,
enzimas digestivas.)
●Sistema digestório simples, boca tubular,
esôfago, reto, anus.

Principais Famílias:
●Ascaridoidea - Ascaris e Toxocara: Grandes
de cor branca, intestino delgado.
●Ancylostomatidae - Ancylostoma: Cinzas,
hematófagos (ficam vermelhos ao se
alimentar), intestino delgado.
●Trichuridae - Trichuris: Vermes chicote,
brancos, intestino grosso.
fonte: Blog do Enem https://blogdoenem.com.br/lombriga-filaria-ancilostomo-nematodeos/

M. A. Taylor et al, 2017; M. C. Patricia, 2016; R. M. Vitor, 2004


4. Discussão
1. Helmintose
2. Cestódeos
●Formato de fita, achatado dorsoventralmente.
Imagem 1 - Platelminto da classe cestoda e suas estruturas.a
●Segmentados: Escólex (Cabeça), Proglotes
jovens e estróbilos (Proglotes maduras).
●Sem sistema digestório, absorção de
nutrientes pela pele.

Dipylidiidae - Dipylidium Caninum: Acomete cães e


gatos, transmitido por pulgas, intestino delgado,
pode chegar até 60cm.

Fonte: Mundo educação https://mundoeducacao.uol.com.br/doencas/teniase.htm

M. A. Taylor et al, 2017; M. C. Patricia, 2016; R. M. Vitor, 2004; Gennari, Solange Maria, 2015
5. Tratamentos
Preferencialmente químico sendo administrados compostos Anti-Helmínticos.
Inibição do metabolismo ou sistema nervoso = Paralisia, morte por inanição.
Tratamentos cirúrgicos para a retirada de parasitos obstruindo o lúmen intestinal em casos extremos.

O uso das drogas anti-helmínticas como um agente quimioprofilático ou quimioterapêutico.


Quimioprofilático - Evitar contaminação.
Quimioterapêutico - Tratar a infecção.

As principais propriedades de um composto anti-helmíntico:


Não ser tóxico para o hospedeiro.
Ser metabolizado e excretado rapidamente.
Profilaxia
Eficiente contra todos os estágios parasitários de uma determinada espécie.
Manter em mente o modo de contaminação do
De fácil administração e com preço razoável.
parasita, ovos em fezes ou vetores.
● Limpar fezes.
Podem ser de:
● Controle de vetores.
Amplo espectro - Afetam vários tipos de parasitas.
● Limpeza dos locais de convivência animal.
Específicos - Afetam com mais eficácia apenas um tipo de parasita.
● Evitar predadorismo.
● Esquema de vermifugação.

M. A. Taylor et al, 2017; R. M. Vitor, 2004; Gennari, Solange Maria, 2015; Matos e Madeira, 2013
5. Tratamentos
Principais Grupos:

Benzimidazóis/Pró-benzimidazóis Imidazotiazóis/Tetraidropirimidinas Avermectinas/Milbemicinas

Agem se ligando a tubulina da Afetam receptores nicotínicos da Se sabe que atuam bloqueando
mitocôndria, afetando o metabolismo, acetilcolina como agonista, causando uma estímulos interneuronais motores,
levando a paralisia e morte por inanição. paralisia espástica reversível. potencializando a ação do GABA,
causando paralisia flácida.
●Baixa toxicidade, dose 10x maior se ●Toxicidade relativa.
preciso. ●Anti Nematódeo. ●Baixa toxicidade
●Amplo espectro. ●Pode estimular o sistema imune. ●Se mantém biodisponível por muito
●Ovicida. Sua aplicação parenteral pode causar tempo.
Tem criado resistência em helmintos inflamação. ●Ovicida.
por uso frequente, mas ainda muito Ivermectina Altamente Tóxico para
usado. raças Collie.

M. A. Taylor et al, 2017; R. M. Vitor, 2004; Matos e Madeira, 2013


6. Conclusão
Conclui-se que:
Para o bom manejo de animais de produção e cuidar melhor da saúde do animal de companhia, é muito importante conhecer
os agentes das patologias parasitárias.
Acometem muitos animais, mesmo com formas muito eficientes de combatê-los.

É importante conhecer os Anti-Helmínticos:


● Funções.
● Forma de ação.

Formas de profilaxia são extremamente recomendadas para evitar a contaminação do animal pelo parasita, evitando
possíveis parasitoses que podem levar o animal ao óbito.
7. Citações
SOUZA, Patricia Moura da Cunha. Prevalência e fatores de risco associados às parasitoses intestinais em cães e gatos de Hospital Veterinário e de cães do Programa de
Controle de Leishmaniose. Coordenadoria de Controle de Doenças da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, São Paulo (in Portuguese), 2016.

DA SILVA, Verônnica Amaral Lacerda. Prevalência de Doenças Parasitárias de Potencial Zoonótico em Cães Residentes em Leopoldina, Minas Gerais Prevalence of Parasitic
Diseases with Zoonotic Potential in Dogs living in Leopoldina, Minas Gerais.

MARMITT, Iuri Vladimir Pioly et al. Prevalência de doenças parasitárias diagnosticadas em ruminantes e suínos abatidos em estabelecimentos de inspeção estadual do Rio
Grande do Sul, Brasil. Brazilian Journal of Development, v. 6, n. 8, p. 58589-58600, 2020.

DALLMANN, Paola et al. PREVALÊNCIA DE PARASITOS GASTRINTESTINAIS, EM FEZES DE BOVINOS ANALISADAS NO LABORATÓRIO DE DOENÇAS
PARASITÁRIAS/UFPEL. Anais do Salão Internacional de Ensino, Pesquisa e Extensão, v. 10, n. 2, 2018.

MATOS, Mariana Santos; MADEIRA, Doutor Luís. Anti‑helmínticos em animais de companhia: quando o fim justifica o meio. Revista Clínica Animal, p. 18-22, 2013.

GENNARI, Solange Maria. Principais helmintos intestinais em cães no Brasil. Boletim BayerVet, 2015.

RIBEIRO, Vitor Márcio. Controle de helmintos de cães e gatos. Rev Bras Parasitol Vet, v. 13, n. Suppl 1, p. 88-95, 2004.

BARBOSA, L. C. ; Oliveira M.A. ; OLIVEIRA, R. F. . Prevalência de Parasitismo em Animais de Estimação e Moradores de Bairros de São José dos Campos - SP. In: VIII
Congresso de Saúde e Qualidade de VIda do Cone Leste Paulista, 2010, São José dos Campos. Prevalência de Parasitismo em Animais de Estimação e Moradores de Bairros
de São José dos Campos - SP, 2010.

Taylor, M. A. ; Coop, R. L. ; Wall, R. L. . Parasitologia veterinária, 4. ed. Rio de janeiro: Guanabara Koogan, 2017.
Obrigado pela atenção!

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