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A hemiptera é dividida em 3 subordens e trabalhamos principalmente com heterópteras

(percevejos verdadeiros) sendo os hematófagos os de importância médica. Os hematófagos


heterópteros podem ser polyctenidae (morcegos, cimicidae ou reduviidae (onde há os
triatomíneos).

CIMICIDAE: O nome popular é percevejo de cama, atualmente pouco encontrado no Brasil,


teve um aumento de 500% na Inglaterra. É bastante di”verso e no BR possuímos duas
espécies (Cimex lectularius e Cimex
hemipterus). É um inseto pequeno (tamanho
de uma semente de maçã). Não possui asas,
apenas hemiélitros vestigiais assim não voa.
É paurometábulo (ovo, 5 ninfas e adulto)
sendo todas as fases hematófagas.
Sobrevivem até 1 ano, o ciclo dura 3 meses
e a fêmea põe até 540 ovos. Possui
importancia médica por ser um potencial
vetor de patógenos como T. cruzi, Wacheria
bancrofiti, etc ja tendo sido comprovado em
laboratório a capacidadade vetorial em mais
de 40 patógenos. Pode ainda causar anemia
em algumas pessoas. Porém, a grande
importância do cimicidio é o incômodo
(reações dermatológicas como urticária
pruriginosa, papular e difusa, erupções
bolhosas, etc) em indivíduos expostos a
grandes colônias. Possui o padrão de
alimentação café da manhã, almoço e jantar em que são feitas 3 picadas em sequência e
próximas. No brasil há principalmente Cimex hemipterus. Tem ocorrido um ressurgimento
das infestações com cimicidios com casos de resistência aos químicos atualmente
utilizados além do transporte desses por viagens internacionais. Existem poucos estudos
atualmente sobre, em Natal não havia nenhum registro até que em uma pesquisa em 2018
foram identificados em colchões e tomadas de hóteis com grande fluxo de pessoas (porém
em ambientes de baixas condições precárias a dispersão do inseto também pode ocorrer).
Foram encontrados até mesmo espécies incomuns no Brasil. O controle pode ser feito por
meio da verificação da presença de insetos, correta identificação de indícios de infestações,
educação e colaboração entre empresas controladoras de pragas e proprietários, uso de
inseticidas, vapor e congelamento.

REDUVIIDAE: Possuidores dos triatomíneos que possuem dois pares de asas, possuem
asa em hemiélitro podendo voar, possuem antenas, cório, conexivo (importante na
identificação de espécie), etc. É importante saber quais os triatomíneos hematófagos já que
são esses que possuem potencial de transmissão de doenças e são raros. É possível
identifica-los por meio do aparelho bucal: predadores possuem aparelho bucal curto,
robustos e curvo; fitófagos possuem aparelhos finos e longos e retos e hematófagos
possuem aparelho robustos, curto e retos. Os gêneros mais comuns entre hematófagos são
o ponstrongylus (com inserção da antena proxima aos olhos), rhodnius (com inserção da
antena longe dos olhos) e triatoma (com inserção da antena no meio do caminho). É
paurotábulo (ovo, 5 ninfas e adulto) as ninfas não tem asas, apenas o adulto, todas as fases
são hematófagas e o ciclo pode ser bastante demorado de 4 meses a 1 ano. Ninfas também
são vetores. Possui dismofirmo sexual tendo a fêmea ovipositor projetado no fim do
abdome.

A princípio todo triatomíneo pode ser vetor de T. cruzi porém para que isso ocorra o inseto
precisa ter uma boa adaptação ao ambiente humano, alto grau de antropofilia, curto espaço
de tempo entre a alimentação e o defecar ou urinar e uma larga distribuição geográfica. O T.
infestans antigamente era a principal espécie transmissora da doença. Ele foi bem
combatido no Brasil e em 2006 foi estabelecido a erradicação do inseto exceto na BA e RS.
Hoje em dia no nordeste a espécie mais importante é o T. brasiliensis por ser encontrado
em meio silvestre peridomiciliar e domiciliar (levando em conta que T. infestans não é daqui
e sim da Bolívia). Espécies que colonizam ambientes domiciliares e peridomiciliares
distribuem-se bem principalmente em casas de pau-a-pique ou mesmo as áreas silvestres
susceptíveis.
Na América latina o grande foco de transmissão é vetorial porém no brasil a transmissão
mais comum é a oral sendo o Rhodnius no geral associado por estar associado às
palmeiras (raramente pica humanos preferindo aves). A precariedade de habitações,
desmatamento, o armazenamento de madeira ou criações de animais peridomiciliares são
alguns fatores de risco.
Como controlar a transmissão oral e a transmissão por triatomíneos não domiciliados? É
preciso fazer a busca por novos indicativos de riscos reunindo grupos de pesquisa

PRÁTICA - HEMIPTERA (HETERÓPTERA)


CIMICIDAE: Achatados dorso-ventralmente, são pequenos, marrom-avermelhados, formato
oval, possui cerdas no corpo. Separado em cabeça, tórax, abdome, antenas, asas vestigiais
(atrofiadas e reduzidas) incapazes de voar.
Os ovos são claros podendo ficar rosados quando maduros
As ninfas [bug na gravação]
Os adultos possuem dimorfismo sexual com machos com órgão copulador e fêmeas com
arredondamento no fim com órgão de ribada e uma protuberância ovipositora.
REDUVIIDAE: Só triatominae tem importância médica (hematófagos). O aparelho bucal é o
diferenciador fitófagos (que por vezes
são muito coloridos), predadores e
hematófagos. Os hematófagos
possuem antena, olhos, ocelos (que
percebem a luminosidade), pescoço,
toráx, abdome, tres pares de pernas,
conexivo (a coloração colabora na
identificação de espécies). Existem 18
gêneros porém apenas triatoma,
panstrongylus e rhodnius possuem
importancia médica podendo ser
diferenciados pela inserção das
antenas: triatoma no meio,
pantrongylus próxima aos olhos (além
de ser normalmente maior e a cabeça
ser mais achatada), rhodnius longe
dos olhos (além de ser no geral menor
e com cabeça mais afilada). Possuem
boa distribuição pelo mundo (EUA,
am. central e sul, india, china e
australia). Panstrongylus, Rhodinius e
triatoma respectivamente:

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