Você está na página 1de 64

Atlas de microbiologia

Acadêmica Jessica Dornelles


Disciplina de microbiologia clinica

1
Sumário
Introdução ------------------------------------------------------------------------ 3
Meios de cultura em microbiologia----------------------------------------- 4-6
Coloração de gram – fluxograma -------------------------------------------- 7
Coloração de Ziehl Neelsen- fluxograma ----------------------------------- 8
Meios para prova de identificação ------------------------------------------ 9-12
Gênero Staphylococcus -------------------------------------------------------- 13
Esquema de identificação de cocos Gram positivos ------------------- 14-18
Streptococcus -------------------------------------------------------------------- 19-21
Esquema sorológico de grupagem de Lancefield ------------------------ 22-27
Enterococcus ---------------------------------------------------------------------- 28-32
Shigella sp -------------------------------------------------------------------------- 33-35
Salmonella sp --------------------------------------------------------------------- 36-38
Escherichia coli ------------------------------------------------------------------- 39-40
Klebsiella pneumoniae --------------------------------------------------------- 41-42
Proteus mirabilis ----------------------------------------------------------------- 43-44
Proteus vulgaris ------------------------------------------------------------------ 45-46
Enterobacter cloacae ----------------------------------------------------------- 47-48
Enterobacter aerogenes ------------------------------------------------------- 49-50
Fluxograma de identificação das enterobacterias ---------------------- 51
Pseudomonas aeruginosa ---------------------------------------------------- 52-53
Acinetobacter baumannii ----------------------------------------------------- 54-55
Neisseria gonorrhoeae -------------------------------------------------------- 56-57
Neisseria meningitidis --------------------------------------------------------- 57-58
Secreções vaginais ------------------------------------------------------------- 39-63
Referencias bibliográficas ----------------------------------------------------- 64 2
Introdução

A microbiologia estuda os principais agentes microbiológicos causadores de


patologias no ser humano. Os profissionais da área da saúde devem ter
conhecimento quanto aos agentes causadores de doenças infecto- contagiosas,
com o dever de saber isolar e identificar estes microrganismos relacionando os
sinais e sintomas com as provas bioquímicas e morfologia do crescimento
bacteriano.

Neste trabalho mostrarei a morfologia das colônias dos principais microrganismos


envolvidos em patologias e isolados na microbiologia laboratorial, com imagens do
microrganismo incubado em diferentes meios de cultura, suas principais
características e as principais patologias associadas, imagens de como se apresenta
no gram e como realizar sua identificação laboratorial.

3
Meios de cultura em microbiologia

Agar sangue (AS)–meio rico e não seletivo, diferencial para a hemólise, nele crescem a
maioria dos Gram negativo e Gram positivo, além de fungos filamentosos(bolores) e leveduras,
exceto algumas espécies de hemófilos e outros fastidiosos.

Ágar Thayer Martin Modificado (TMM)–meio seletivo pela adição de colistina,


vancomicina e nistatina. Inibe crescimento de enterobactérias, Gram positivos, fungos
e algumas espécies de Neisserias saprófitas. Enriquecido com a adição de
complementos para a recuperação de N.Meningitidis e N.gonorrhoeae.

4
Agar chocolate (AC) –meio rico e não seletivo, permite o crescimento da grande maioria das
bactérias aeróbias e facultativas. Quando incubado em CO2 dá suporte também ao crescimento
dos microaerófilos. Pode-se observar halos esverdeados com colônias alfa-hemolíticas. À base
do meio, é adicionado sangue de cavalo, carneiro ou coelho em temperatura alta, o que faz com
que as hemácias lisem, liberando hemina e hematina, compostos fundamentais para o
crescimento dos microrganismos.

ÁGAR CLED –CYSTINE LACTOSE ELECTROLYTE DEFICIENT: usado para isolamento e


quantificação de microrganismos presentes em amostras urina. A deficiência de eletrólitos inibe o
véu de cepas de Proteus. Empregado para isolar e quantificar microrganismos Gram positivos,
Gram negativos e leveduras.
NTERPRETAÇÃO
Cor original do meio: azul claro.
Colônias lactose positiva: cor amarela.
Colônias lactose negativa: cor azul.

5
Agar MacConkey (MC)–meio seletivo para Gram negativo e diferencial para a utilização de
lactose. O cristal violeta inibe o crescimento de microrganismos Gram positivos especialmente
Enterococos e Estafilococos.
•Lactose positiva–coloração avermelhada.
•Lactose negativa–coloração inalterada.
•Como exceção, eventualmente, podem crescer Enterococcus, Candida e Bacillus.

Ágar Salmonela-Shigella (SS)–meio seletivo para Salmonela e Shigella e diferencial para a


utilização
de lactose (coloração rósea) e produção de H2S (coloração negra); possuem componentes (sais de
bile, verde brilhante e citrato de sódio) que inibem microrganismos Gram positivos.

6
7
8
Meios para provas de identificação

Agar citrato: Verifica a capacidade da bactéria de utilizar o citrato de sódio como única fonte
de carbono;
Sais de amônia  alcalinizando o meio,
FUNÇÃO
Diferenciar gêneros e espécies de Enterobactérias e não fermentadores.

ÁGAR TSI – TRIPLO AÇÚCAR FERRO


Este meio contém três açúcares: 0,1%glicose, 1,0% lactose, 1,0% sacarose, vermelho de fenol para
detecção da fermentação de carboidratos e sulfato de ferro para detecção da produção de sulfato
de hidrogênio (indicado pela cor preta na base do tubo);
A fermentação é indicada pela mudança da cor do indicador de pH de vermelho para amarelo. O
ágar fundido é deixado solidificar, formando uma superfície inclinada;
Essa configuração origina duas câmaras de reação dentro do mesmo tubo;
A porção inclinada ou bico, exposta em toda sua superfície ao oxigênio atmosférico, é aeróbia. A
porção inferior, denominada profundidade ou fundo, está protegida do ar e é relativamente
anaeróbia;
FUNÇÃO
Diferenciar bacilos Gram negativos com base na fermentação de carboidratos, produção de sulfato
de hidrogênio e gás.

TSI - LEITURA
Reações ápice/base:
Púrpura/amarelo = fermentação apenas da glicose (lactose e sacarose negativos);
Amarelo/amarelo = fermentação da glicose + lactose e/ou sacarose (2 ou 3 açucares);
Presença de gás (CO²) = bolhas ou meio fragmentado;
H²S positivo = presença de precipitado negro;

9
Ureia: Determinar a habilidade do microrganismo de degradar a uréia em duas moléculas de
amônia pela ação da enzima urease;

Positivo  na alcalinização do meio;

Função
BGN fermentadores e não fermentadores  Staphylococcus e Haemophilus

10
PARA TESTE DE MOTILIDADE
A bactéria é móvel  flagelo;
Flagelos ocorrem nos bacilos Gram negativos, poucas formas de cocos são móveis;

FUNÇÃO
Determinar se o microrganismo é o não móvel;
Meios associados a outros testes:
-SIM (Sulfato, Indol, Motilidade);
-MILI (Motilidade, Indol, Lisina);
-MIO (Motilidade, Indol, Ornitina) utilizados para testes enterobactérias;

Indol +
Motilidade: -

PARA PROVA DE TOLERÂNCIA AO NaCl 6,5%


A tolerância ao NaCl a 6,5% é uma prova utilizada para verificar a capacidade de alguns
microrganismos crescerem em presença do sal;
Meio base utilizado é o BHI caldo, que é um meio nutritivo de uso geral, empregado para o
cultivo de muitas bactérias;
FUNÇÃO
Separa Enterococcus spp., que são NaCl 6,5 % positivo dos demais Streptococcus spp., que são
NaCl 6,5% negativos;
Na identificação de bacilos Gram negativos não fermentadores.

Meio THI a direita sem


inoculo, a esquerda já com
inoculo e turvação.
11
Meio LIA (Ágar lisina ferro)
Este meio contém como indicador o púrpura debromocresol:
Ácido: cor amarela -- pH < 5.2
Neutro a básico: cor púrpura -- pH = 6.8
Resultado
POSITIVO: purpura/ purpura: descarboxilização lisina +
purpura/ amarelo: lisina –
vermelho/ amarelo: desaminação lisina +

12
Morfologia das colônias bacterianas

ApÓs o crescimento bacteriano em placa com meio de cultura podemos visualizar colônias que
possuem características próprias do microrganismo isolado, estas características mudam conforme o
meio de cultura utilizado, porem a morfologia vista apresenta-se a mesma, como por exemplo a
klebsiela pneumoneae que possui colônias com aspecto mucoide, característico da bactéria.
A formação das colônias podem ser dividas quanto a forma, elevação e margens, segundo a imagem
abaixo.

13
Familia Micrococcaceae
Gênero sthaphylococcus
São células esféricas com 0,5 -1,5 μm de diâmetro; apresentam-se em arranjos
individuais, aos pares e em agrupamentos irregulares. São Gram positivos; imóveis;
não esporulados; aeróbios ou anaeróbios facultativos; quimiorganotróficos com metabolismo
respiratório e fermentativo.
São geralmente encontrados na pele e em mucosas do homem e de outros animais
As colônias são geralmente opacas, podendo variar sua coloração (branca, creme, amarela ou
laranja); geralmente catalase positiva com citocromo presente, mas geralmente oxidase
negativa. O teste de nitrato é geralmente reduzido a nitrito. Suscetível à lise pelo lisostafina, mas
não à lisozima; geralmente são halotolerantes (crescem a 10% de sal). A temperatura ótima
varia entre 30ºC a 37ºC.

(a)

(a) Coloração de gram de Staphylococcus,


cocos G+

(b)

(b) Colônias de Staphylococcus


aureus.

14
Staphylococcus aureus
• Cocos Gram +
• Coagulase positiva
• Catalase positiva
• Sensível a NOVABIOCINA
• Colônias amarelas ou brancas.
Pode ser encontrado na região da nasofaringe e também nas fossas nasais.
Causa: Foliculites, Furúnculo, Impetigo.

(a) (b)

(b) Colônias de Staphylococcus


(a) Gram do Staphylococcus, cocos G+
aureus.

(c) (d)

(c) Colônias de Staphylococcus aureus com (d) Colônias de Staphylococcus aureus em


coloração amarelo ouro característica. ágar sangue com coloração branca.

15
Staphylococcus epidermidis
• Cocos Gram +
• Catalase +
• Colônias brancas
• Coagulase –
• Sensível a NOVABIOCINA
Faz parte da flora normal da pele e da mucosa de seres humanos e animais superiores.
CAUSA: endocardite de válvulas cardíacas naturais, infecções produzidas por cateteres
endovenosos, bacteremia.

(a)

(a) Gram Staphycoccus.

(b) (c)

(c) colônias de Staphylococcus epidermidis


em ágar sangue, são mais pequenas e não
(b) Colônias de Staphylococcus são hemolíticas
epidermidis em ágar sangue.

16
(a)

( a) Comparação entre colônias de


Staphylococcus aureus e S. epidermidis em
ágar sangue.

(b)

(b) Teste de coagulase, diferencia S.


aureus de S. epidermidis, S. aureus
forma coagulase.

17
Staphylococcus saprophyticus

• Cocos Gram +
• Colônias brancas
• Coagulase –
• Resistente a NOVABIOCINA
Faz parte da microbiota normal da região periuretral do homem e da mulher e da pele.
Causa: infecção urinaria aguda, uretrites.

(a)

(a) Staphylococcus saprophyticus em ágar


sangue, mostrando resistência a
novabiocina.

(b)

(b) Colônias de S. saprophyticus em ágar sangue.

18
19
Catalase
Emulsionar uma alçada de uma colônia típica em uma gota de água oxigenada
(peróxido de hidrogênio) em uma lâmina de vidro . Observar a ocorrência de
borbulhamento imediato (teste positivo) ou não (teste negativo).

Coagulase
Transferir 3 mL de cada cultura obtida em BHI, para um tubo estéril em seguida
adicionar 3 mL de Coagulase plasma-EDTA (plasma de coelho com EDTA). Misturar
com movimentos de rotação, sem agitar os tubos para não interferir na coagulação.
Incubar a 35-37°C e observar ao final de seis horas se há formação de coágulo firme
que não se rompe quando o tubo é virado para baixo Quando ocorre a coagulação,
considera-se teste de coagulase positivo.

20
DNAse
O Ágar Dnase Teste Base sem DNA é usado pela detecção da atividade da
desoxirribonuclease de bactérias e fungos e particularmente da identificação de
Staphylococcus patogênicos.
Dissolver 40 gramas em 1000 mL de água destilada em seguida adicionar 2 gramas
de DNA, 0.025 gramas de azul de bromotimol e 10 gramas de manitol.
Ferver para dissolver o meio completamente. Esterilizar autoclavando entre 12 e
15lbs de pressão entre 118 e 121ºC por 15 minutos. Resfriar até 45°C e despejar em
placas de Petri estéreis.

21
Familia streptococcaceae
gênero streptococcus
Os estreptococos são bactérias Gram-positivas em forma de cocos que se dividem em apenas
um plano.
Como as bactérias não se separam facilmente após o plano de divisão, elas tendem a formar
cadeias e, assim, podem diferenciar-se dos estafilococos que comumente se dividem em
diferentes planos formando grupamentos semelhantes a cachos de uva.
Características:
• Cocos gram positivos
• Imóveis
• Catalase negativa
• Variam de ovóides a esféricos
• Ocorrem em pares ou cadeias
• Anaeróbios facultativos
• Crescem em presença de O2
• Necessitam de meio enriquecido
• Oxidase negativa

(a)

(a) Microscopia mostrando cadeias de


Streptococcus.

(b)

(b) Coloração de gram de Streptococcus,


mostrando suas cadeias longas. 22
Padrão de Hemólise

Hemólise alfa: hemólise parcial ao redor das colônias, ainda existindo hemácias
íntegras. Possui diâmetro maior do que a beta.

Hemólise beta: significa hemólise total ao redor das colônias. Embora com
diâmetro menor que a alfa, é mais intensa.

Hemólise gama: ausência total de hemólise.

23
Estreptococcus pyogenes
beta-hemolítico do grupo A
Cocos Gram positivos de 1 a 2 mm de diâmetro –cadeias, formam Colônias brancas com β
hemólise halo claro em volta de suas colônias de hemólise.
são imóveis e crescem otimamente a 37ºC e são inibidos em alta concentração de glicose.
As colônias são geralmente transparentes ou translucidas e sua superfície é brilhante ou fosca,
são convexas e tem bordas continuas. O halo da hemólise é geralmente 2 a 4 vezes maior que a
colônia.
Causa: faringite, escarlatina, sepse, pneumonia.

(a)

(a) Colônias de Streptococcus pyogenes em ágar sangue, apresentando o padrão β


hemólise.

(b) (c)

(c) Gram de Streptococcus .


(b) Colônias de Streptococcus pyogenes
em ágar sangue, β hemólise.

24
Streptococcus agalactiae
Beta hemolítico do grupo B
São anaeróbios facultativos, homofermentadores.
• Formam colônias maiores em meio de ágar, o halo da hemólise é menor que os demais
streptococcus β hemolitcos , sendo uma hemólise mais fraca e menos evidente .
• Possuem resistência aos antimicrobianos bacitracina e sulfametoxazol-trimetoprime é a única
espécie de estreptococo capaz de produzir o fator CAMP
Coloniza trato genital feminino.
Causa: infecções maternas em recém-nascidos.

(a)
(b)

(a) Colônias isoladas de Streptococcus (b) Imagem bem próxima de colônias de


agalactiae em ágar sangue. Streptococcus agalactiae em ágar sangue.

(c) (d)

(c) Colônias de Streptococcus agalactiae em (d) Gram de Streptococcus.


ágar sangue.
25
Streptococcus pneumoniae

• Cocos gram positivos


• Catalase negativos
• Dispõem-se aos pares
• Cocos em forma de ¨chama de vela¨ e encapsulados;
• Hemólise alfa, geralmente aparece como halo verde envolta das colônias.
Microbiota normal da naso e orofaringe.
Causa: pneumonia , meningite.
Apresenta diversos tipos de colônias, cujo aspecto depende do grau de capsulação, colônias com
grandes capsulas podem ter vários milímetros de diâmetro, são muito mucoides, de cor
acinzentada e podem parecer gotas de azeite sobre a superfície do ágar.

(a)

(a) α-Hemólise em meio Agar sangue. Colônias de Streptococcus


pneumoniae (Colônias pequenas, planas, bordas irregulares,
achatadas e brilhosas).

(b) (c )

(b) Colônias mucoides com padrão alfa hemólise (c ) colônias isoladas com alfa hemólise
em ágar sangue. em ágar sangue.
26
Esquema Sorológico de Grupagem de Lancefield
A classificação dos estreptococos em grupos sorológicos baseia-se nas características antigênicas
de um polissacarídeo de composição variável chamado carboidrato C, localizado na parede da
célula, que pode ser detectado por diferentes técnicas imunológicas como a precipitação em
tubo capilar.

Tomando por base esse polissacarídeo, os estreptococos foram divididos em 20 grupos


sorológicos (grupos de Lancefield) designados por letras maiúsculas do alfabeto ( A, B, C, D, E, F,
G, H, K, L, M, N, O, P, Q, R, S, T, U e V).

• Grupo A (beta-hemolítico): S.pyogenes


• Grupo B(beta-hemolítico): S. agalactiae
• Grupo C (alfa-hemolítico): S.equisimilis
• Grupo D (gama-hemolítico):S.bovis
• Grupo F (beta-hemolítico): S. milleri

27
Familia streptococcaceae
gênero Enterococcus
Constituintes do Grupo D de Lancefield, anteriormente classificadas como Streptococcus do
grupo D, comumente responsáveis por infecções hospitalares.
• Morfologicamente crescem em forma de diplococos ou cocos em cadeias;
• Apresentam catalase negativa;
• Gram positivas
• Não Hemolíticos;
• Fastidiosos;
• Anaeróbios facultativos;
• Altamente resistentes a antibióticos;
• Capazes de se desenvolverem em condições variadas de temperatura e Ph;
• Ótimo crescimento em 35°C a 37°C em ágar seletivo (Mueller Hinton);
Microbiota normal da flora intestinal.
Causa: Infecções do trato urinário, infecções de feridas, bacteremias, endocardites, infecções
pélvicas (intra-abdominais).

(a) (b)

(a) Coloração de gram de Enterococcus,


mostrando cocos G+. (b) Microscopia eletrônica mostrando
diplococos.

28
Enterococcus faecium

Resistência ao calor em até 60°C durante 30 minutos.


São anaeróbios facultativos crescentes otimamente a 35ºC . Eles crescem facilmente no meio de
ágar sangue, com o surgimento de grandes colônias brancas após 24 hrs. de incubação; colónias
são tipicamente não-hemolítico, mas pode ser hemolítica β α ou hemolítica, cultivada na
presença de 6,5% de NaCl, sais biliares e pode tolerar hidrolisar esculina.
Apesar de não ter fatores de virulência, pode causar doenças graves. Em parte, o seu papel na
doença é mediada por uma combinação de fatores de virulência, tais fatores regulam a adesão
de proteínas e hidrocarbonatos de aderência em células que revestem o intestino e vagina
humana.
normalmente isolados nas fezes de humanos e uma variedade de animais. Encontrado no
intestino delgado e do trato geniturinário.

(a)

(a) Colônias de Enterococcus


faecium em ágar sangue. (b)

(b) Morfologia das colônias de


Enterococcus faecium em ágar sangue.

29
Enterococcus faecalis

Normalmente aparece como pequenas colônias cor de cinza, sendo que há uma ausência de
células hemolisadas em torno da colônia.
São encontradas como microbiota normal no intestino.
Possui muita resistência a antibióticos.
• Tipicamente não hemolíticos (diferencia Streptococcus ssp.)
• Resistentes ao calor (60 graus por 30 minutos)
• Faixa de crescimento: 10 – 45 graus (ótimo: 35 graus em ágar não seletivo)
• Colônias não dissolvem quando expostas à sais biliares (diagnóstico diferencial com
Streptococcus pneumoniae)
• Halotolerantes (NaCl 6,5%)

(a)
(c)

(a) Morfologia das colônias de (c) Gram de Enterococcus faecalis.


Enterococcus faecalis em ágar
sangue.
(b)

(b) Colônias em ágar sangue de E. faecalis


30
Identificação de Enterococcus.
Cocos gram positivos aos pares ou em cadeias.

Cocos gram positivos

Cultura em ágar sangue - 37°C 24h


catalase
negativo

PYR motilidade pigmento E. casseliflavus

negativo negativo
Arabinose
e sorbitol E. gallinarum

ARA – ARA + ARA +


SOR + SOR - SOR +

E. faecalis E. faecium E. avium

Detecção da produção de ácido a partir de diferentes carboidratos: arabinose (Figura 1),


sorbitol (Figura 2)

(a) (b)

(a) Teste de arabinose. (b) Teste de sorbitol.

31
32
Familia enterobacteriaceae
gênero Shigella sp

É um bacilo Gram - , imóvel, não esporulado.


Colônias: Agar XLD – colónias vermelhas com 1-2 mm de diâmetro
DCA – colónias incolores (S. sonnei pode produzir colónias rosa pálido devido á fermentação
tardia da lactose.
A shigella consegue crescer em ambientes com temperaturas entre 10 e 45ºC e têm uma
temperatura óptima de crescimento (temperatura à qual a taxa específica de crescimento é
máxima) de 37ºC. A shigella não se multiplica à temperatura de refrigeração mas sobrevivem
durante a refrigeração e a congelação. A shigella é destruída por pasteurização.
Bioquimismo:
Citocromo oxidase :Negativo (10-20 seg.)
Catalase:Positivo
Fermentação da glicose :Positivo
Fermentação da lactose :Negativo
Fermentação da sacarose :Negativo
Fermentação do manitol :Resultados variáveis dentro do género
Produção de gás :Resultados variáveis dentro do género
Urease :Negativo
Libertação de H2S :Positivo
Indol: resultados variáveis dentro do gênero.

(a)
(b)

(a) Morfologia das colônias isoladas


de Shigella sp em meio SS, são (b) Placa com crescimento de Shigella, em
transparentes, translucidas e opacas ágar macconkey, são incolores e
transparentes e com aspecto esponjoso.

33
(c )

(e)

(e) Gram de Shigella sp

(c ) crescimento de Shigella em ágar macconkey,


aspecto esponjoso com colônias incolores e
translucidas.

(d) (e)

(d) Microscopia eletrônica de Shigella sp.


(e) Shigella fkexneri em Endo ágar.

34
Identificação de Shigella sp

Bacilos gram negativos

Crescimento em macconkey 37°C 24h

Colônias incolores
Lactose negativo

Bioquimismo

TSI LIA SIM CITRATO


GLICOSE: - DESCARBOX. MOTILIDADE: - neg
SACAROSE: - LISINA: - INDOL: + -
H2S: -

Shigella sp

35
Salmonella sp

Bacilo gram negativo , móvel, anaeróbio facultativo, não formador de esporos.


Causa: Gastroenterite, febre entérica, bacteremia, estado de portador crônico assintomático e,
incomumente, infecções extra intestinais localizadas (endocardite, arterite, osteomielite, entre
outras).
As salmonelas conseguem crescer em ambientes com temperaturas entre 7 e 48ºC e têm uma
temperatura óptima de crescimento (temperatura à qual a taxa específica de crescimento é
máxima) entre 35 e 37ºC. As salmonelas não se multiplicam à temperatura de refrigeração mas
são extremamente resistentes à congelação.
Indol: neg
H2S: +
Urease: neg
(a)
Motilidade: +
Lisina descarbx: +
Ornitina descarbo:+
Glicose: +
Lactose: neg
Sacarose: neg

(a) Imagem de microscopia


eletrônica de uma Salmonella.

(b)

(c)

(b) Colônias de Salmonella características em ágar


macconkey. (c) Morfologia das colônias
características transparentes com
centro preto em meio SS.

36
(d) (e)

(e) Colônias de Salmonella enterica


em Endo ágar.
(d) Placa de meio SS com colônias de
Salmonella características transparentes
com centro negro.

(g)
(f)

(f) Gram de Salmonella sp

(g) Placa de ágar macconkey com crescimento


(h) de Salmonella.

(h) Salmonella enterica em Deoxycholate


Citrate Agar.
37
Identificação de Salmonella

Bacilos gram negativos

Crescimento em maconkey 37°C 24h

Colônias incolores
Lactose negativo

Bioquimismo

TSI LIA SIM MIO


SACAROSE – DESCARBOX MOTILIDADE: + ORNITINA
GLICOSE + .LISINA: + INDOL: - DESCARBOX.: +
H2S: +

Salmonella

38
Escherichia coli
A Escherichia coli é uma bactéria na forma de bacilo Gram negativo e anaeróbia facultativa. Seu
habitat primário é o trato gastrintestinal de humanos e outros animais endotérmicos .
Células crescem individualmente ou em pares e algumas movem-se por meio de flagelos.
Algumas estirpes de E. coli conseguem crescer em ambientes com temperaturas entre 7 e 46ºC
e têm uma temperatura óptima de crescimento (temperatura à qual a taxa específica de
crescimento é máxima) entre 35 e 40ºC.
Causa: Gastrenterite, infecção urinária, síndrome hemolítico-urêmica , cistite, peritonite,em
neonatos pode causar meningite.
Indol: +
Citrato: neg
Gás sulfídrico: neg
Urease: neg
Glicose gás: +
Lactose: +
sacarose: variável
Arginina e ornitina: variável
Motilidade: variável

(a) (c)

(c) Colônias de Escherichia coli em


ágar macconkey.
(a) Colônias lactose + de E.coli em ágar macconkey.
Zona de bile precipitada (rosa fosco). Colônias médias,
foscas, irregulares e planas.

(b) (d )

(b) Morfologia das colônias de E. coli (d ) diferenças entre E. coli e K. 39


rosas. pneumoniae em macconkey
(e) (f)

(e) Gram de Escherichia coli. (f) Colônias isoladas de Escherichia coli


em ágar macconkey.

Identificação de Escherichia coli

Bacilos gram negativos


Crescimento em macconkey 37°C 24h

Colônias rosas
Lactose +

Bioquimismo

TSI LIA SIM


MOTILIDA CITRATO
GLICOSE: + DESCARBOX.
DE: + - Neg
SACAROSE: + - LISINA: + -
H2S: - INDOL: +

Escherichia coli

40
Klebsiella pneumoniae
Bacilo gram-negativo aeróbio facultativo, mas com melhor crescimento em condições aeróbias, não
esporulado e cujo tamanho varia de 0,3 a 1 μ de diâmetro e 0,6 a 6μ de comprimento, é imóvel,
produz colônias grandes e gomosas quando cultivadas em placas com nutrientes. No ágar
MacConkey, produz colônias róseas, brilhantes, com aspecto elevado e de consistência mucoide. As
colônias formadas são grandes devido à cápsula mucoide polissacarídica.
Fermenta glicose, reduz nitrato, lisina positiva, citrato e indol negativos, tríplice açúcar ferro (TSI)
positivo com produção de gás, ornitina negativa, metaboliza a lactose, utiliza o citrato como fonte de
carbono e também hidrolisa a uréia, formando gás ou não.
Coloniza o trato grastrointestinal.

(a) (d)

(a) Colônias de Klebsiella pneumoniae em ágar (d) Gram de Klebsiella


macconkey. pneumoniae.

(b)

(c)

(c) Morfologia das colônias, mucoides


e de cor rosa em ágar macconkey.
(b) Colônias mucoides de Klebsiella
pneumoniae em ágar macconkey. Colônias
grandes, mucoides, circulares, bordos inteiros,
convexas, brilhosas e rosas.
41
(e) (f)

(e) Colônias isoladas de Klebsiella (f) Colônias de Klebsiella pneumoniae e


pneumoniae em ágar macconkey. Salmonella enterica em comparação.

Identificação de Klebsiella pneumoniae


Bacilos gram negativos
Crescimento em macconkey 37°C 24h

colônias de cor rosa


Lactose +

Bioquimismo

TSI LIA SIM


GLICOSE: + DESCARBOX MOTILIDADE: - CITRATO: +
SACAROSE: + . LISINA: + INDOL: -
H2S: -

Klebsiella
42
pneumoniae
Proteus mirabilis
Bacilo Gram negativo, apresentam motilidade característica em forma de ondas
Não formador de esporos, não encapsulado.
Esta presente na microbiota normal.
Indol: neg
Citrato: variável
H2S: +
Urease: variável
Motilidade: positivo
Lisina descarboxilase: neg
Ornitina descarboxilase: +
Glicose gás: +
Lactose: neg

(a) (b)

(a) Crescimento de Proteus mirabilis, (b) Crescimento em véu do Proteus em ágar


mostrando a motilidade em forma de sangue.
ondas.

(c ) (d)

(c ) colônias isoladas de Proteus mirabilis em


(d) Proteus mirabilis em Deoxycholate
Deoxycholate Citrate Agar. 43
ágar.
(e)

(e) Gram de Proteus

Identificação de Proteus mirabilis


Bacilos gram negativos
Crescimento em macconkey 37°C 24h

Colônias incolores
Lactose negativa

Bioquimismo

TSI LIA SIM MIO


GLICOSE: + DESCARBOX. MOTILIDADE: + DESCARBOX.
SACAROSE: + - LISINA: - INDOL: - ORNITINA: +
H2S: +

Proteus mirabilis
44
Proteus vulgaris
bacilo Gram negativo, não esporulado, motilidade com característica de ondas, não esporulado.
Indol: +
Citrato: variavel
H2S: +
Urease: +
Motilidade: +
Lisina descarboxilacao: neg
Orinitina descarboxilacao: neg
Glicose: variavel
Lactose: neg

(a)

(a) Colônias de Proteus vulgaris em ágar sangue.

(b)
(c)

(b)

(c) Crescimento de Proteus vulgaris.


(b ) comparação entre as colônias de P.
mirabilis, salmonela enterica e E. coli 45
(d)

(d) Colônias de Proteus vulgares em


ágar macconkey.

Identificação de Proteus vulgaris

Bacilo gram negativo


crescimento em macconkey 37°C 24h

Colônias incolores
Lactose negativa

Bioquimismo

TSI
GLICOSE: + - LIA SIM MIO
SACAROSE: + DESCARBOX. MOTILIDADE: + DESCARBOX.
H2S: + LISINA: - INDOL: + ORNITINA: -

Proteus vulgaris
46
Enterobacter cloacae
Bacilo gram negativo, anaeróbio facultativo, flagelado.
Oxidase negativa e catalase positiva.
Habita naturalmente o trato gastrointestinal humano.
São patógenos hospitalares, causando infecções oportunistas.
Causa: bacteremia, infecções do trato respiratório inferior, infecções da pele e dos tecidos
moles, infecções do trato urinário, endocardite, infecções intra-abdominais, artrite séptica,
osteomielite, e infecções oftálmicas.
Indol: negativo
Citrato: +
H2S: +
Lactose: variável
Urease: variável
Motilidade: +
Lisina descarbo. : negativo
Ornitina descarb.: +
Glicose: +
Sacarose: +
(a) (b)

(a) Colônias de Enterobacter cloacae, (b) Colônias de Enterobacter cloacae.


lactose +, em ágar macconkey.
(d)
(c)

(c) Aspecto das colônias em ágar


macconkey. 47
(d) Gram de enterobacter.
Identificação de Enterobacter cloacae

Bacilos gram negativos


crescimento em ágar macconkey. 37°C 24h

Colônias de cor rosa ou


incolores.
Lactose + ou -

Bioquimismo

TSI LIA SIM CITRATO


GLICOSE: + DESCARBOX. MOTILIDADE: + +
SACAROSE: + LISINA: - INDOL: -
H2S: -

Enterobacter cloacae

48
Enterobacter aerogenes

Bacilo gram negativo, anaeróbio facultativo, flagelado.


Bactéria da flora intestinal.
Causa: bacteremia, osteomielite e artrite séptica, assim como as infecções do trato urinário,
trato gastrointestinal, trato respiratório e da pele.
Indol: negativo
Citrato:+
H2S: negativo
Urease: negativo
Motilidade: positiva
Lisina descarb.: +
Ornitina descarb.: +
Glicose: +
Lactose: +
Sacarose: +

(a) (b)

(a) Colônias de Enterobacter (b) Colônias de Enterobcater aerogenes.


aerogenes.
(c)

(c) Gram de Enterobacter.


49
Identificação de Enterobacter aerogenes
Bacilos gram negativos
crescimento em macconkey 37°C 24h

Colônias de cor rosa.


Lactose positiva

Bioquimismo

TSI LIA SIM CITRATO:


GlLICOSE: + DESCARBOX. MOTILIDADE: +
+
SACAROSE: + LISINA: + INDOL: -
H2S: -

Enterobacter aerogenes

50
51
Bacilos gram negativos não fermentadores
Pseudomonas aeruginosa
• Bactéria aeróbica, se apresenta em forma de bacilo gram negativo.
• Não fermentadora e oxidase positiva.
• Não esporulada e possui um único flagelo polar.
Encontrado naturalmente no solo, água, vegetais, animais, nos alimentos.
Também é encontrado em ambientes hospitalares.
Causa: infecções oculares, otite, foliculite, infecções em queimaduras.
Indol: negativo
hemolise: positivo
Lactose: negativo
Motilidade: positivo

(a)
(b)

(b) Colônias de pseudomonas aeruginosa


( a) Pigmento verde difusível de em aguar macconkey.
Pseudomonas aeruginosa. Colônias médias,
brilhosas, pouco mucoides, bordos
irregulares e translúcidas.

(c ) (d)

(d) Gram de pseudomonas


(c ) colônias de pseudomonas aeruginosa aeruginosa.
52
em aguar sangue.
(e)

(e) Colônias de Pseudomonas


aeruginosa em ágar macconkey

Identificação de Pseudomonas aeruginosa

Bacilo gram negativo


semeadura em placa

Incubação a 42°C
Crescimento - Crescimento +

Outra espécie de crescimento com morfologia característica,


Pseudomonas coloração esverdeada e odor de uvas
verdes.

Pseudomonas
aeruginosa

Oxidase: +

53
Acinetobacter baumannii
• Bactéria aeróbica;
• Gram-negativa;
• Não fermentadora, sendo oxidase-negativa.
Possui forma de cocobacilos gram negativo, porem quando sua fase de crescimento termina ela
adquire um formato mais curto e arredondado, parecendo com cocos.
• Sua motilidade é reduzida.
A .baumannii é uma bactéria encontrada naturalmente no solo e na água.
Causa: pneumonia nosocomial, infecção em feridas, é oportunista.
Citrato: +
Hemólise: negativa
Oxidase: negativa
Motilidade: negativa

(a) (b)

(a) Coloração de gram de Acinetobacter.

(b) Colônias de Acinetobacter.

(c ) (d)

(c) Colônias de Acinetobacter em ágar (d) Acinetobacter no ágar macconkey.


sangue. 54
Identificação de Acinetobacter baumannii

Cocobacilos gram negativos


semeadura em meio de cultura 37°C 24h

Em ágar sangue produz


hemólise

Motilidade: -

Acinetobacter
Oxidase: - baumannii

OF glicose:
Citrato : +
oxidativo

55
Neisseria gonorrhoeae

Diplococos gram-negativos com fastidiosas exigências de crescimento.


Oxidase e catalase positivo; produção de acido a partir da degradação oxidativa da glicose.
• Cresce melhor de 35 a 37o C em atmosfera úmida suplementada com CO2.
Causa: gonorreia

(a)
(b)

(a) Gram de secreção uretral, mostrando a (b) Coloração de gram com presença
presença de diplococos gram-negativos, de diplococos gram-negativos.
observa-se a presença destes dentro dos
leucócitos.

(d)
(c)

(c) Colônias de neisseria (d) Colônias de neisseria gonorrhoeae em


gonorrhoeae em ágar sangue. ágar chocolate

56
(a)

(a) Colônias de neisseria gonorrhoeae em placas de ágar chocolate (a esquerda) e ágar


sangue (a direta), ambas com 48 horas de incubação.

Neisseria meningitidis
Diplococos gram-negativos com fastidiosas exigências de crescimento.
Oxidase e catalase positivo; produção de acido a partir da degradação oxidativa da glicose.
• Cresce melhor de 35 a 37o C em atmosfera úmida suplementada com CO2.
Sua identificação é feita através do isolamento em LIQUOR.
Causa: meningite meningocócica.

(b)

(b) Coloração de gram de LIQUOR,


apresentando diplococos gram negativos.

(c)

(c) Colônias de neisseria meningitidis em ágar chocolate, a


esquerda com crescimento após 24 horas de incubação, a
direita após 48 horas de incubação, a direita as colônias são 57
maiores e com coloração marrom.
Identificação de Neisseria

LIQUOR SECREÇÃO URETRAL/VAGINAL

Diplococos gram positivos no interior


de leucocitos
crescimento fastidioso, requer meio e
condições de incubação ideais..

CATALASE + CATALASE +

OXIDASE + OXIDASE +

GLICOSE: + GLICOSE: +
MALTOSE: + MALTOSE: -

Neisseria Neisseria
meningitidis gonorrhoeae

58
Secreções vaginais
Vaginose bacteriana: É uma síndrome de etiologia polimicrobiana causada por
Gardnerella vaginalis associada a bactérias anaeróbias,principalmente Mobiluncus spp;
Clinicamente: secreção homogênea com odor fétido;

(b)
(a)

(a) Clue cell, celula recoberta por (b) Comparação entre célula normal e
Gardnerella. uma clue cell.

(c)
(d)

(c) Nas setas as clue cells, celulas epiteliais revestidas (d) Celulas com Gardnerella , clue cell.
de Gardnerella.

59
(e)

(e) Mobiluncus sp em secreção vaginal.

Diagnóstico laboratorial
• pH vaginal > 4.5,
• odor desagradável após a adição de KOH a 10% à secreção
• Coloração pelo Gram: ausência ou diminuição de leucócitos e de lactobacilos,
presença de “clue cells”, grande quantidade de bacilos Gram variáveis
•Cultura: isolamento em meio seletivo
•Pesquisa através de sondas de DNA

60
Candidíase : é causada por um fungo, as espécies de Cândida mais frequentemente
envolvidas com vaginites são: C. albicans (80%), C. glabrata (10 a 16%), C. tropicalis (5%).
Clinicamente:prurido,secreção vaginal branca com aspecto de leite talhado.

(a) (b)

(b) Hifas de Candida .

(a) Candida em secreção vaginal a fresco, é


possiveil ver leveduras, pseudo-hifas e hifas.

(b) (c)

(b) Gram mostrando hifas, leveduras e (c) Hifas de candida coradas com
pseudo-hifas. gram em secreção vaginal.

61
Tricomoníase: causada pelo agente Trichomonas vaginalis , é um parasita e considerado
como DST.
Clinicamente: secreção homogênea abundante, odor fétido e prurido.

(a) (b)

(a) Trichomonas vaginalis em secreção


vaginal.
(b) Trichomonas vaginalis em secreção
vaginal.

(c)

(c) Ao centro um Trichomonas vaginalis, pode-se


notar muitos leucócitos no campo.

62
Vaginose citolitica: Condição que resulta de um crescimento exacerbado de
lactobacilos, diminuição do pH;
Clinicamente: prurido,dispareunia,disúria vulvar e secreção vaginal branca não grumosa.
Sintomas são cíclicos e mais pronunciados na fase lútea do ciclo. Pode estar associado com
estresse;

(a)

(a) Células escamosas com bacilos de


Doderlein em seu interior.

(b)

(b) Células escamosas com bacilos de Doderlein


em seu interior..

63
Referencias bibliográficas

Imagens retiradas de fontes do google imagens.

enterococcus-faecium.blogspot.com

http://www.vetbact.org/

medicineforstudents.blogspot.com.br

Santos, Daniella Fabíola dos.


Características microbiológicas de Klebsiella pneumoniae isoladas no meio ambiente hospitalar
de pacientes com infecção nosocomial / Daniella Fabíola dos Santos. – 2006.

translate.google.com.adoptamicrobe.blogspot.com.br/2006_12_01_archive.html

users.med.up.p

www.fapi.br/conteudo/conteudo_programatico/farmacia/cpsp-neisseria_guilherme-silvia.pdf

www.chemicalpics.com/enterobacter-aerogenes-on-macconkey-agar

wikidenteshigella.blogspot.com

www.todabiologia.com

www.interlabdist.com.br

www.uftm.edu.br

64

Você também pode gostar