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TUTOR| TURMA

O que é Economia Política?


A economia trata-se de uma ciência
social [...] Preocupa-se, portanto,
com a sociedade e os indivíduos
escolhendo empregar os recursos
produtivos que são escassos na
produção de bens e serviços, de
modo a distribuí-los entre a
sociedade com a finalidade de
satisfazer as necessidades de todas
as pessoas dentro de uma
determinada sociedade.

Fonte: Disponível em:https://sites.google.com/site/economiapoliticacontemporanea/_/rsrc/1468855054402/config/app/


images/crise.gif. Acesso em 06 set 2017.
Recursos produtivos
escassos e
necessidades
ilimitadas O que e
quanto
produzir?

Como
produzir?

Para quem
produzir?

Fonte: Disponível
em:http://economia.culturamix.com/blog/wp-content/galle
ry/introducao-a-economia6/introducao-a-economia-18.jpg.
Acesso em 06 set 2017.
Problemas O que produzir e quanto produzir?
Considerando a escassez dos recursos de produção, a sociedade deverá escolher, dentro das
econômicos possibilidades de produção, quais produtos irá produzir.

fundamentais
Como produzir?

A sociedade deverá ainda escolher utilizará para produzir bens e serviços dado o nível
tecnológico; dessa forma, os produtores tendem a escolher o método que tiver menos custo
na produção desses bens e serviços.

Para quem produzir?

Neste ponto a sociedade deve decidir como seus membros participarão da distribuição dos
resultados de sua produção. A distribuição leva em conta fatores como salários, rendas da
terra, dos juros, e dos benefícios do capital, ou seja, fatalmente a produção se destinará para
quem tem rendas.
Fluxo circular da
renda
Problemas econômicos fundamentais

Grécia: Aristóteles, Platão e Xenofonte – elaboração estudos sobre aspectos


econômicos, porém não concebiam a economia como pensamento independente.

Roma: Assim como os gregos não desenvolveram um pensamento econômico


independente. Concentraram seus esforços nas questões políticas.

Idade Média: Pensamento mercantilista. Nessa concepção a administração pública


tinha por objetivo o aumento da riqueza da nação e do príncipe.
Transição em direção a uma
economia capitalista de Transição do feudalismo para o capitalismo.
mercado
Aumento do comércio exterior + intensificação das atividades comerciais.

Fortalecimento das cidades industriais e comerciais para servir o comércio –


enfraquecimento das relações com a terra.

A ampliação do comércio levou a necessidade de ampliação da produtividade.

O século XVI marcou a passagem do feudalismo para o capitalismo.

Capitalismo: baseado na propriedade privada e no acumulo de riquezas.


Principais percursores da Economia Política Clássica

» Seu principal argumento se baseava na livre concorrência e no


equilíbrio dos agentes como resultado da ação da mão invisível.

» Adam Smith: A Riqueza


das Nações -> leis de
mercado, aspectos
monetários, distribuição e
rendimentos da terra.

Fonte: Disponível:https://resistir.info/mexico/imagens/mao_invisivel.gif. Acesso em 06 set. 2017


David Ricardo

Teoria do valor-trabalho

Todos os custos são os custos do trabalho. Os preços das mercadorias seriam


proporcionais aos preços do trabalho nelas incorporado.

Teoria das vantagens comparativas

Cada país deveria se especializar na produção de bens para os quais possuía


vantagens (comércio exterior: exportar bens facilmente produzidos e importar
bens que possuem custos elevados para aquele país).
Thomas Malthus

Contexto da Revolução
Industrial:
a máquina passa a ser central
no processo de produção e
ampliação das desigualdades
sociais.

Fonte: Disponível em:http://www.sohistoria.com.br/resumos/revolucaoindustrial_clip_image001.jpg. Acesso em 11 set 2017.


Thomas Malthus

Teoria da população: controle do crescimento populacional.

Fonte: https://sites.google.com/site/sabendomaiscg/_/rsrc/1472779335824/teorias/TEORIA%20DE%20MALTHUS.jpg. Acesso em 23 mai 2017


Stuart Mill • Teoria do trabalho: o trabalho era o
mais determinante do valor, mas não o
único.

• A teoria do valor-trabalho só seria real


se todas as empresas apresentassem as
mesmas razões capital e trabalho.
Jean-Baptiste Say

• O preço ou valor de troca da mercadoria dependia


inteiramente do seu valor de utilidade. Não é o trabalho que é
fonte de valor, mas sim a utilidade da mercadoria.

• Lei de Say: a oferta cria a demanda; ajuste automático dos


mercados livres, incluindo o trabalho – pleno emprego.
A economia se torna uma ciência
A crise da especializada, deixando de lado as questões
Economia Política históricas e sociais.
Clássica

Conflitos de classe – burguesia e trabalhadores

Fonte: Disponível em:https://cursosabrafordes.com.br/webroot/img/cur_cursos/foto_1490995078.jpeg.


Acesso em 11 set 2017.
Crítica da Economia Política – Karl Marx

As teses de Karl Marx contrariavam as teorias econômicas


clássicas

Elaborou a crítica dos


trabalhos clássicos de Os diferentes modos
Smith e Ricardo – das produtivos têm
teorias do valor e dos características comuns.
lucros.
Crítica da Economia Política – Karl Marx

Suas reflexões contemplavam os desafios da


produção e distribuição de riquezas na
sociedade capitalista, pois mesmo diante do
constante aumento das riquezas produzidas as
desigualdades sociais permaneciam.

Fonte: Disponível
em:https://i.pinimg.com/originals/e0/40/ec/e040ec44fb52722e63af1cb6a15742c9.jpg.
Acesso em 11 set 2017.
Crítica da Economia A riqueza das sociedades capitalistas é determinada
por uma coleção de mercadorias.
Política – Karl Marx
Cada coisa útil deve ser considerada através da quantidade e da
qualidade.

Valor de uso: realiza-se no uso e no consumo das mercadorias.


Valor de troca: troca de valores de uma espécie por outra que variam no
tempo e no espaço.

Trabalho útil: qualidades particulares são necessárias para produzir valores


de uso.
Trabalho abstrato: desconsidera as particularidades e cria valor de troca.
Crítica da Economia
Política – Karl Marx
A sociedade capitalista é
contraditória, pois há um
conflito de classes.

Fonte: Disponível em:http://www.sociologia.com.br/wp-content/uploads/2013/04/mais_valia.jpg. Acesso em


11 set 2017.
Crítica da Economia Política – Karl Marx

Os proprietários querem Mais-valia é a disparidade entre o salário


maximizar os lucros pago e o valor produzido.
produzindo com menor custo De um lado, a ampliação da mais-valia
produtivo, inclusive impulsiona o capitalismo. De outro, os
remunerando o mínimo trabalhadores buscam melhores condições de
possível. vida.

Acumulação primitiva: separação dos trabalhadores dos meios de produção.


Crítica da
Suas obras deram origem as teorias no campo da economia
Economia Política da inovação.
– Joseph
Schumpeter O desenvolvimento de uma nação se daria
pela capacidade de gerar novas tecnologias.

Inovação: introdução de novos produtos e/ou


processos ou novas técnicas para sua produção ou
funcionamento.
O desenvolvimento decorre das “novas combinações”.
Crítica da Economia
Ciclos
Política – Joseph Empresários econômicos:
Schumpeter longos (vários
decênios), médios
Inovação (de dez anos) e
curtos (de 40
meses).
O impulso para
Difusão da Inovação novos ciclos vem
da inovação.

Exaustão ou Crise

A destruição criadora é fundamental para o capitalismo e o protagonista é o


empresário inovador.
A mudança tecnológica é um processo
Crítica da Economia A inovação tecnológica é a base
para o desenvolvimento da
social que integra diferentes atores e
instituições com ênfase ao empresário e
Política – sociedade capitalista. a empresa que inovam.
Neoschumpeterianos
DADE 2
Unidade 2
O papel do Estado na economia

O Papel do Estado na Economia A Teoria Desenvolvimentista


O Estado de Bem-estar Social
A Teoria da Regulação A Contribuição da CEPAL na
América Latina e no Brasil
O papel do Estado na Economia - Keynes

Teoria Geral do Emprego, do Juro e da Moeda


Contexto social: Grande Depressão

O pressuposto de autorregulação Keynes sugeriu a


intervenção estatal na
da economia foi desafiado pela
economia para resolver os
crise econômica. problemas gerados pela
crise.
O papel do Estado na Economia - Keynes
Contrariou a premissa de que a
oferta criava a própria demanda
(Lei de Say).

A demanda (as necessidades dos


indivíduos) que influenciaria a
oferta.

Para solucionar os problemas da


crise (como o desemprego) eram
necessárias políticas econômicas
de estímulo a demanda efetiva.
Fonte: Disponível: <https://image.slidesharecdn.com/mdind-130928080734-
phpapp02/95/md-ind-20-638.jpg?cb=1380355716>;> Acesso em 26 mai 2017.
O papel do Estado na Economia - Keynes

Na crise os empresários teriam dificuldade para ampliar os investimentos, por


isso o Estado deveria intervir na economia.

O aumento dos gastos do governo aumentaria a demanda


agregada e a mão de obra empregada.

O que altera o volume de emprego é a procura de mão de obra


e não sua oferta.

O investimento é o fator dinâmico da economia que promove


o pleno emprego e assegura a renda.
Postulados clássicos Postulados keynesianos

Predomínio da oferta sobre a demanda. Predomínio da demanda sobre a oferta.

Considera que alguns mercados de fatores podem estar em


Equilíbrio de todos os mercados de fatores de uma economia. desequilíbrio, como no caso do mercado de trabalho.

Sustenta uma situação de pleno emprego dos recursos da economia Sustenta ser possível chegar à condição de equilíbrio sem o pleno
como condição de equilíbrio. emprego dos recursos de uma economia.

Baseia-se nas soluções de longo prazo para os problemas Baseia-se nas soluções de curto prazo.
econômicos.

Não dá muita importância aos gastos do governo em uma


economia. Sustenta que os gastos da iniciativa privada Os gastos do governo assumem papel importante para alavancar o
(investimento das empresas, consumo dos indivíduos, entre outros) crescimento econômico, principalmente em momentos de crise.
contribuem de forma decisiva para o crescimento econômico.

Não considera que o mercado venha a se autorregular sempre,


Tem suas premissas baseadas no conceito de laissez-faire, ou seja, sendo necessária a intervenção estatal. Sugere uma política
de livre mercado, que se autorregula. macroeconômica de estímulo à demanda efetiva da economia.

Sua ênfase é na microeconomia. Sua ênfase é nos agregados macroeconômicos.


Críticas e influências
Simplificação da realidade econômica e social, favorecimento das classes dominantes através do
estímulo ao consumo e falta de posicionamento sobre a natureza das classes do Estado.

A continuidade de seus estudos se deu através de três grupos:

Monetaristas: controle maior da moeda e baixa/nenhuma intervenção estatal


(Escola de Chicago e Friedman).

Fiscalistas: políticas fiscais ativas e acentuada intervenção estatal (Tobin,


Yale e Samuelson, Harvard e MIT).

Pós-keynesianos: defende que o papel da moeda e da política monetária


não foi neglicenciado, tratam da especulação financeira e defendem a
intervenção estatal na economia (Robinson, Minsky, Davison e Vercelli).
Estado de bem-estar social – Welfare State – Estado
assistencial
Tem a política da Grã-Bretanha no pós-Segunda Guerra como exemplo.

O contexto posterior a Grande Depressão


levou a ampliação dos investimentos
estatais para manter o emprego e as
condições de vida da população.

Garantia da universalidade dos direitos a


todos os cidadãos, independente da sua
idade, renda e posição social.

Fonte: Disponível em:http://jornalggn.com.br/sites/default/files/u7694/estado_de_bem_estar.jpg.Acesso em


13 set 2017.
O Estado de Bem-estar “liberal”

Os mecanismos de mercado são As classes mais altas, por não terem


acesso aos serviços, questionam os
mais evidentes.
gastos sociais e o aumento dos
impostos.

Os serviços não são estendidos a A solução dos problemas


toda população, somente aos mais socioeconômicos fica com o
pobres. mercado.

Foco no mercado
O Estado de Bem-estar conservador

Modelo de proteção social


baseado nas transferências -> O mercado de trabalho é fundamental,
benefícios são proporcionais a pois quanto maiores os salários,
maiores as contribuições.
contribuição.

O papel do Estado é subsidiário, cabe


A proteção sobre aqueles que estão as famílias garantir os direitos através
excluídos do mercado é insuficiente. das contribuições.

Foco na transferência.
O Estado de Bem-estar democrata

Os serviços vêm da esfera


pública, sem dependência do Garantia de renda para todos,
mercado de trabalho. polícias de emprego, educação e
prestação de serviços contra riscos
sociais.
A dependência do mercado é menor em
relação aos outros modelos, porém é
fundamental investir no pleno-emprego
para reduzir as transferências do governo. Não exige comprovação de
pobreza, basta ser cidadão para ter
acesso aos serviços públicos.

Marcado pela solidariedade: os serviços


públicos (saúde, educação,
aposentadoria) são universais.

Foco nos serviços universais.


Modelo Liberal Modelo Conservador Modelo Democrata

As famílias, através de sua posição no


As forças do mercado têm centralidade O Estado assume centralidade na
mercado de trabalho, têm a primazia
não provisão dos direitos sociais provisão dos direitos sociais
na provisão dos direitos sociais
fundamentais dos indivíduos. fundamentais dos indivíduos.
fundamentais dos indivíduos.

O Estado é mínimo. O Estado exerce função subsidiária. O Estado tem papel central.

Benefícios à população são universais.


Programas assistencialistas aos pobres Políticas de saúde, educação, emprego,
Programas assistencialistas aos pobres
e os benefícios aos cidadãos têm renda, previdência, entre outros, são
e incentivo a planos privados
ligação com prévia distribuição de alta qualidade e ofertados a todos,
(previdência, saúde, entre outros).
(aposentadoria, por exemplo). independente da renda e posição
social.
Crise no modelo de Bem-estar
Crise fiscal – dificuldade (nos países desenvolvidos) de equilibrar
os gastos públicos e o desenvolvimento econômico.

Recursos destinados às demandas da


população + défict público = instabilidade
econômica e social (inflação, por exemplo).

Exemplo: Grã-Bretanha –
Margareth Thatcher (Partido
Conservador): a principal
marca do governo foram as
privatizações. -> Influenciou
o restante do mundo –
incluindo a políticas do
governo brasileiro na década
de 1990.
O Estado de Bem-estar Social no Brasil
O modelo brasileiro foi diferente daquele experienciado nos países nórdicos.
As primeiras iniciativas próximas ao Estado de Bem-estar social remetem ao governo Vargas da
década de 1930.

A regulamentação das relações de trabalho


poderia ser enquadrada no modelo de
Estado de Bem-estar social conservador.

Sistema de proteção social marcado pelo


autoritarismo. Entre 1930 e 1950 a
intervenção estatal na área trabalhista e
previdenciária foi crescente e a proteção
social atingia, essencialmente, os
trabalhadores urbanos.
Fonte: Disponível
em:http://www.resumov.com.br/wp-content/uploads/2015/05/img_5553663f4a5b4.png. Acesso em 13
set 2013.
O Estado de Bem-estar Social no
Brasil
Outro momento a se destacar é a Ditadura Militar com a extensão de alguns direitos.

Instituto Nacional de Previdência Social (INPS), Fundo de Assistência ao Trabalhador Rural (FUNRURAL),
Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e Ministério da Previdência e Assistência Social.

Apesar de criado para atender a toda a população o sistema público acabou se tornando seletivo.

A Constituição de 1988 provocou reformas que levaram o Estado brasileiro ao patamar de Welfare State.

O direito social está atrelado à cidadania.

Sistema Único de Saúde (SUS), seguro desemprego e evolução da previdência social (sistema unificado com a
previdência urbana e incorporação das mulheres).
A teoria da regulação

Três correntes:

“Ortodoxia” regulacionista: teoria do


Capitalismo Monopolista de Estado e ligados ao
Partido Comunista Francês.

“Heteredoxia” regulacionista: regulacionistas parisienses


(Aglietta e Benassy).

Grupo Heterogêneo: vários autores que podem


ser apresentados como institucionalistas.
A teoria da regulação
Preceitos básicos

Concordavam com o esgotamento das propostas keynesianas, mas criticavam a opção


neoliberal.

Buscavam compreender os processos de acumulação e crise do capitalismo contemporâneo.

Categorias desenvolvidas: modelo de desenvolvimento, paradigma tecnológico, regime de


acumulação, modo de regulação, fordismo periférico, pós-fordismo.

A proposta regulacionista foi usado para: 1) Desenvolver um referencial teórico da economia


para além dos neoclássicos e marxistas e 2) Explicar o fenômeno da estagflação.

O sistema capitalista é instável e suas contradições e antagonismos são frutos das relações entre
os indivíduos.
A teoria da regulação
O conceito de regime de acumulação

A forma específica que o processo de acumulação


capitalista assume. Esse procura garantir a
continuidade de acumulação do capital e evitar
desequilíbrios e crises.

Forma extensiva: crescimento econômico com baixo


dinamismo tecnológico – predomina a mais-valia
absoluta.

Forma intensiva: crescimento com progresso


tecnológico – predomina a mais-valia relativa. Fonte: Disponível
em:https://i.pinimg.com/originals/fa/a5/78/faa
578f50c4d6b12b5673f6e83526657.jpg. Acesso
em 13 set 2017.
A teoria desenvolvimentista
Surgiu no final dos anos 1940 como uma estratégia nacional de desenvolvimento visando a
industrialização em países periféricos como o Brasil.

Fundamentos teóricos: Escola Histórica Alemã (Max Weber),


macroeconomia de Keynes e Kalecki e Escola Estruturalista do
Desenvolvimento Econômico. Na América Latina tem destaque a
CEPAL, através das contribuições de Raúl Prebisch e Celso Furtado.

Fomenta o desenvolvimento econômico através de estratégias para


criar oportunidades de investimento lucrativo à iniciativa privada e
melhorar as condições de vida da população.

Considera o mercado uma instituição capaz de coordenar a ação de


setores competitivos, salvo quando coordena setores monopolistas.

O Estado é responsável por parte dos investimentos em áreas


estratégicas e a iniciativa privada pelo restante.
A teoria desenvolvimentista
O Brasil e América Latina

Entre os anos de 1950-1970 assumiu a forma de “nacional-desenvolvimentismo” e foi exitoso ao


fomentar a industrialização e desenvolver as forças capitalistas do mercado.

Papel do Industrializa
Estado ção

Nacionalismo
A teoria desenvolvimentista
O novo desenvolvimentismo

Com a crise das políticas liberais nos anos 1990 o debate sobre o
desenvolvimentismo ressurge nos anos 2000.

Previa a desregulamentação completa das economias para atrair investimentos


externos e possibilitar a livre mobilidade de capitais.

Base teórica: pressupostos keynesianos e estruturalistas e novos modelos


econômicos desenvolvidos a partir da experiência dos países asiáticos.

As políticas públicas seguem como responsabilidade do Estado.

Prioridades: desenvolvimento econômico, taxa de câmbio competitiva no mercado


internacional, responsabilidade fiscal e aumento da carga tributária para financiar gastos
sociais.
A teoria desenvolvimentista
Luiz Carlos Bresser Pereira e o novo desenvolvimentismo

Desindustrialização

Empresa nacional
Equilíbrio
macroeconômico

Coalizão de Classe
DESENVOLVIMENTISMO NOVO DESENVOLVIMENTISMO

Pretende conservar a autonomia nacional e promover um


Pretendia realizar a revolução nacional e industrial dos países
crescimento econômico com taxas mais elevadas que dos
periféricos.
países ricos. Isso a partir da base industrial já consolidada.

Sustentava a proteção da indústria nacional (considerada Considera a indústria nacional madura e capaz de competir
frágil) através de tarifas elevadas. no mercado internacional.

Sustenta uma estratégia equilibrada de crescimento do PIB e


das exportações. A natureza das exportações. A natureza das
Apoiava-se na política de substituição de importações.
exportações deve ser de bens manufaturados e não de
commodities.

Tinha no Estado o grande investidor das obras de Procura um equilíbrio entre os investimentos dos setores
infraestrutura e na indústria de base. Isso porque considerava privado e estatal. Embora sustente a manutenção dos
a iniciativa privada nacional com falta de capacidade para tal. investimentos públicos em áreas estratégicas.

Muitos afirmam que o desenvolvimentismo dos anos 1950 foi


vítima de um “keynesianismo vulgar” (fez interpretações O novo desenvolvimentismo afirma e defende a
equivocadas das teorias de Keynes) e mesmo de um responsabilidade fiscal.
populismo fiscal (anos 1980).
Os Indicadores de Desenvolvimento
É uma unidade de medida parcial a respeito da realidade. Exprime apenas um aspecto da realidade,
que é bem mais complexa.

Indicadores de desenvolvimento são variáveis que representam aspectos parciais de determinados


processos de desenvolvimento.

Aspectos ligados ao
desenvolvimento econômico podem
ser quantificados de forma direta.

Aspectos ligados ao
desenvolvimento social são um
pouco mais complexos, a
mensuração é indireta.
Fonte: Disponível em:https://www.humorpolitico.com.br/economia/brasil-6-
economia-do-mundo-84-no-idh/. Acesso em 13 set 2017.
Usos para os indicadores de desenvolvimento

Realizar diagnósticos das condições de


desenvolvimento social e setorial;

Ser uma fonte de informação importante sobre


problemas sociais;

Ser base para a formulação de políticas públicas,


metas diversas e decisões políticas;

Ser um instrumento de avaliação de políticas de


desenvolvimento, de estratégias, entre outras.
Principais indicadores de Desenvolvimento

PIB
Indicadores PIB per
educacionais capita

Indicadores
habitacionais IDH

Indicadores Indicadores de
ambientais alimentação

Indicadores de
saúde
Políticas públicas para o desenvolvimento

Os indicadores são fundamentais para a elaboração e


avaliação de políticas de desenvolvimento.

Requisitos: simples, dinâmico, sensível, holístico, confiável,


participativo e combinar aspectos gerais com específicos.

Política pública como forma que o poder público age na


sociedade.

Tem por objetivo atender as demandas da população.


Envolve vários
atores e diferentes
níveis de decisão,
porém se
materializa em nível
de governo. Caráter abrangente,
Distinção entre o não se limita a leis e
que o governo faz e regras.
pretende fazer.

Síntese dos
elementos das
políticas públicas
Tem impacto no curto É intencional, com
e longo prazo. objetivos a alcançar.

É um processo (após a
proposição:
implementar, executar
e avaliar).
A contribuição da CEPAL na América Latina e no Brasil

Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL) foi criada em


1948 e é ligada a Organização das Nações Unidas (ONU).

Elaborar alternativas para o desenvolvimento dos países da América Latina,


conhecidos como subdesenvolvidos.

Causa do atraso no desenvolvimento: especialização da região em fornecer produtos


primários aos países desenvolvidos e importar produtos industrializados.
A escola cepalina – uma escola de pensamento

Teoria predominante sobre desenvolvimento: a superação do subdesenvolvimento se daria pela


superação de etapas, nos moldes da história dos Estados Unidos.

A CEPAL criticava essa teoria afirmando que a divisão internacional do trabalho que impedia o
desenvolvimento dos países mais pobres.

Proposição 1 Proposição 2

O desenvolvimento era impedido pelas


estruturas econômicas com baixo grau de Os países centrais, com maior
diversificação e pouco integradas em um desenvolvimento tecnológico,
setor agrário exportador dinâmico. acumulam vantagens provenientes do
comércio internacional.
A escola cepalina – uma escola de pensamento

“Centro versus periferia”: efeitos da divisão internacional do trabalho na relação entre


países ricos e pobres. O progresso técnico se dá de forma desigual ampliando a
desigualdade.

“Deterioração dos termos de troca”: teoria das vantagens comparativas de David


Ricardo. Desvantagem comparativa – os preços dos produtos primários se desvalorizam
constantemente, enquanto os produtos industrializados se valorizam.

Inflação como “problema estrutural”: para os liberais a inflação é um problema


conjuntural, mas para a CEPAL é estrutural. Inclusive, é um problema característico dos
países subdesenvolvidos.

Importância do “Planejamento e do Protecionismo”: o planejamento voltado ao


protecionismo previa o melhor aproveitamento dos recursos das economias dos países
periféricos.
A escola cepalina – uma escola de pensamento

“Tendência ao desemprego”: havia uma tendência estrutural ao desemprego,


pois a oferta de mão de obra é abundante e o capital é escasso.

“Tendência ao desequilíbrio externo”: relação comercial com os países


desenvolvidos: instabilidade dos preços e necessidade de importação de
produtos industrializados.

“Substituição de importações”: estratégia de desenvolvimento pautada na


criação de barreiras de importação de produtos estrangeiros que seriam
produzidos na indústria nacional.
UNIDADE 3
O DESENVOLVIMENTO DO
CAPITALISMO
CONTEMPORÂNEO

O Imperialismo UNIDADE 2
O DESENVOLVIMENTO DO
CAPITALISMO CONTEMPORÂNEO
Os Processos De Globalização

Aspectos Desafiadores Das Sociedades Contemporâneas


Imperialismo
Imperialismo: transformações no capitalismo nos últimos 30 anos do século
XIX.

Objeto de estudo
de Karl Marx.

Fonte: Disponível em:< https://i2.wp.com/www.lectualbeldrio.com.ve/wp-content/uploads/2016/06/riqueza-y-pobreza.jpg?


resize=640%2C371>. Acesso em 21 set 3017.
Imperialismo
Três estágios do capitalismo:

1. Capitalismo comercial ou mercantil: da acumulação primitiva até o controle do capital sobre


o trabalho humano. Surgimento da burguesia. Tendência a mundialização do capital.

2. Capitalismo concorrencial: consolidação das relações econômicas e sociais. Principais


características: o controle da força de trabalho pelos detentores dos meios de produção e a
mercantilização de tudo e de todos; reificação ou coisificação das relações sociais. Criação do
mercado mundial. Sistema econômico mundial.

3. Imperialismo: Surgimento dos monopólios e a modificação do papel dos bancos. Origem do


capital financeiro.
Os processos de globalização
Três períodos específicos do desenvolvimento do capitalismo:

1. Etapa liberal - ao longo do século


XIX;

2. O capitalismo “organizado” - entre


1930 e 1980;

3. Globalização –
período recente.
A globalização é marcada pela ideologia neoliberal na orientação
política dos territórios.

Terceirização. Ampliação dos fluxos econômicos para o nível mundial.

Financeirização. Diluição das fronteiras nacionais.

Estruturação de blocos supranacionais (União Europeia, NAFTA, ALCA e ALBA).

Caráter plural:
Países centrais – alta tecnologia e flexibilização da produção.
Países periféricos – formas de produção atrasadas e avançadas, valorização do papel do Estado.
Reestruturação produtiva
Fim dos anos dourados:

- declínio das taxas de lucro;


- redução do crescimento econômico;

- declínio das taxas de lucro;

- colapso do ordenamento
financeiro mundial;
- choque do petróleo.
Fonte: Disponível:
<http://wp.clicrbs.com.br/otavioauler/files/2013/10/linha-montagem-
ford.jpg> Acesso em 27 set 2017.

Tripé: reestruturação produtiva, ideologia neoliberal e financeirização do capital.


Reestruturação produtiva
Ataque ao movimento sindical Acumulação flexível

Fonte: Disponível: Fonte: Disponível:


<httphttp://www.sinpaf.org.br/wp-content/uploads/2012/11/09131241.jpg> <https://esquerdasocialista.com.br/wp-content/uploads/2015/05/terceiriza
Acesso em 27 set 2017. %C3%A7%C3%A3o1.jpg> Acesso em 27 set 2017.

Flexibilidade dos processos de trabalho e de produção, dos mercados de trabalho, dos produtos e dos padrões
de consumo.
Reestruturação produtiva
Just in time

Fonte: Disponível: <https://www.citisystems.com.br/wp-content/uploads/2012/08/Just-in-Time-Manufatura.png> Acesso


em 27 set 2017.
Neoliberalismo

Destituição das garantias sociais e de trabalho


adquiridas no decorrer dos governos de Estado
de Bem-estar social.

A ideologia neoliberal tem como projeto romper com


as restrições e regulamentações sociopolíticas que
limitam a liberdade do mercado.

Fonte: Disponível: <http://s2.glbimg.com/udLRRCcsYLx5x88-


TSBVAqS2OSY=/0x0:312x306/300x294/s.glbimg.com/po/ek/f/original/
2014/04/30/uerj-questao-53.png> Acesso em 28 set 2017.

A economia mesmo nos parâmetros neoliberais não funciona


sem a intervenção estatal.
Neoliberalismo

Desregulamentação das relações de trabalho.

Desnacionalização da economia:

1. aumento das remessas de lucro


para fora do país.
2. aumento das importações.
3. estagnação tecnológica.

Fonte: Disponível: <http://brasilescola.uol.com.br/sociologia/o-trabalho-futuro.htm> Acesso em 28 set 2017.


Financeirização do capital
Avanços nos
recursos Concentração
informacionais bancária.
.

Integração e
Aumento do dependência
desemprego. dos mercados
internacionais.

Crises
econômicas e
financeiras.
Capitalismo contemporâneo

 Final do século XX e início do XXI.  Evolução nos meios de transporte.

 Renovação do mercado e dos produtos do  Desemprego, subemprego e emprego


mercado como os eletrônicos. precarizado.

 Alteração nas formas do comércio com o  “Cidadão consumidor”.


shopping center e o e-commerce.
 Aumento das taxas de lucro e diminuição das
 Atualmente tudo pode ser transformado em taxas de crescimento.
mercadoria.
 Ampliação da distância entre países ricos e
 Aumento da velocidade da troca de países pobres.
informações.
Aspectos desafiadores das sociedades contemporâneas

Desigualdades
relacionadas à
raça.

Relações de Desigualdade na
trabalho entre distribuição dos
raças rendimentos.

Classe média de
trabalhadores
assalariados.
Relação entre a
ocupação dos
indivíduos e o
prestígio nas
relações sociais.
Violência e juventude

Grandes aglomerações
urbanas.

Violência está relacionada com a coerção


ou força e com o dano que se produz ao
Desigualdade regionais nos índices de
indivíduo ou a um grupo de indivíduos de
violência.
determinada classe social de gênero ou
étnica.

Presença maior da
violência na morte de
jovens.
Justiça socioambiental

Conflitos envolvem diferentes


grupos sociais: agricultores
familiares, moradores de
encostas e favelas, garimpeiros,
trabalhadores da indústria,
seringueiros.

Diferentes questões:
violência por demarcação
de terras indígenas,
alteração do uso e
Diferentes conflitos nas
ocupação do solo, luta
áreas urbanas e rurais.
por direito à saúde e
educação, exposição a
produtos químicos entre
outros.

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