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ANTECEDENTES HISTORICOS E SOCIAIS

DO NOVO TESTAMENTO
PERIODO INTERBÍBLICO
O final do Antigo Testamento e o inicio do
Novo Testamento, foram profetizados pelo
Profeta Daniel (Daniel Cap. 7-8) e
teveram lugar aproximadamente entre 424
aC. à 5 aC.
PRINCIPAIS ACONTECIMENTOS
DO PERIODO PERSA (536-331 AC.)
 Cumprimento da profecia de Isaias 44:28-45:4. Ciro ascende ao poder
fazendo com que Judá voltasse do exilio para Jerusalém. Ciro permitiu
que aproximadamente 50.000 exilados retornassem para a palestina por
volta de 536 aC. com o sacerdote Zorobabel (Esdras 1:1-11)
 Esdras, o escriba, retorna a Jerusalém , com o segundo grupo de exilados
provavelmente, em 457 aC. e promove diversas reformas civis e
religiosas (Esdras 7:10).
 Retorno do terceiro grupo de exilados sob liderança de Neemias em 444
aC. (Neemias Cap. 1 e 2).
 Ministério dos profetas Ageu, Zacarias e Malaquias, marcado o fim do AT.
CARACTERISTICAS DO
PERIODO PERSA
 Decadência espiritual denunciada por Ageu e Malaquias
 Desenvolvimento do poder do sumo sacerdote
 Inclusão da Judeia na Província da Síria. O sumo
sacerdote se tornou governador na Judeia e autoridade
da Síria. Houve fusão dos poderes políticos e religiosos.
 Inicio das atividades dos escribas, com um exagerado
interesse na letra da Lei.
PRINCIPAIS ACONTECIMENTOS
ATÉ AO NASCIMENTO DE CRISTO

Até ao nascimento de Jesus Cristo, pelo menos


7 eventos são destacados:
PRINCIPAIS ACONTECIMENTOS
ATÉ AO NASCIMENTO DE CRISTO
1- Surgimento do Império Grego
2- Helenização
3- Divisão do Imperio (Os Ptolomeus e Selêncidas)
4- A Revolta dos Macabeus
5- A Expansão Romana
6- Governo de Herodes o Grande
7- Nascimento de Cristo
1
SURGIMENTO DO IMPÉRIO GREGO
SURGIMENTO DO IMPÉRIO
GREGO
Os quatro séculos entre o final da história do Antigo Testamento e
os primórdios da história do Novo Testamento compreendem o
período intertestamentário. (ocasionalmente chamados "os
quatrocentos anos de silêncio", devido ao hiato, nos registros
bíblicos, e ao silenciamento da voz profética). Durante esse hiato é
que Alexandre o Grande se tornou senhor do antigo Oriente Médio,
ao infligir sucessivas derrotas aos persas, quando das batalhas de
Granico (334 a.C.), Isso (333 a.C.) e Arbela (331 a.C.).
SURGIMENTO DO IMPÉRIO
GREGO
Filipe da Macedónia uniu os estados gregos para
combater e expulsar os persas da asia menor. Porem, em
337 a.C. morreu assassinado numa festa. Alexandre , seu
filho, com grande capacidade de liderança, educado sob o
famoso Aristóteles e devotado a cultura grega toma o
lugar do pai e comanda o ataque aos persas.
SURGIMENTO DO IMPÉRIO
GREGO
Alexandre dominou a Grécia e a Pérsia. Em 334
a.C. penetrou na asia menor, com apenas 22 anos
conquistou Sardes, Mileto, Éfeso e Halicarnaso,
estabelecendo em cada centro a democracia e a
cultura grega.
SURGIMENTO DO IMPÉRIO
GREGO
Em 333 a.C. derrota Dário, o persa, na batalha de
Isso e chegou ao Egipto sem resistência. Em 332
a.C. Domina tiro e em 331 a.C. vence
definitivamente Dario. Alexandre morreu com 33
anos em 323 a.C.
2
HELENIZAÇÃO
HELENIZAÇÃO
A cultura grega, intitulada helenismo , há
tempos se vinha propagando mediante o
comércio e a colonização dos gregos, mas as
conquistas de Alexandre proveram um impulso
muito maior do que havia antes.
HELENIZAÇÃO
O idioma grego tornou-se a principal língua, a língua comumente
usada no comércio e na diplomacia. Ao aproximar-se a época do
Novo Testamento, o grego era a língua comumente falada nas ruas
até da própria Roma, onde o proletariado indígena falava o latim,
mas onde a grande massa de escravos e de libertos falava o grego.
Alexandre fundou setenta cidades, moldando-as conforme o estilo
grego. Ele e os seus soldados contraíram matrimônios com
mulheres orientais. E assim foram misturadas as culturas grega e
oriental.
3
OS PTOLOMEUS E SELÊNCIDAS
OS PTOLOMEUS E SELÊNCIDAS
Premida entre o Egito e a Síria, a Palestina tornou-se vitima das
rivalidades entre os Ptolomeus e os Selêucidas. A princípio os
Ptolomeus dominaram a Palestina por cento e vinte e dois anos
(320-198 a.C.). Os judeus gozaram de boas condições gerais
durante esse período. De acordo com uma antiga tradição, foi
sob Ptolomeu Filadelfo (285-246 a.C.) que setenta e dois
eruditos judeus começaram a tradução do Antigo Testamento
hebraico para o grego, versão essa que se chamou Setuaginta.
OS PTOLOMEUS E SELÊNCIDAS
As tentativas dos Selêucidas para conquista da Palestina, quer por
invasão quer por alianças matrimoniais, deram em fracasso, até que
Antíoco III derrotou o Egito, em 198 a.C. Entre os judeus surgiram
duas facções, "a casa de Onias" (pró-Egito) e "a casa de Tobias'" (pró-
Síria). Antíoco IV ou Epifânio (175-163 a.C.), rei da Síria, substituiu ao
sumo sacerdote judeu Onias III pelo irmão deste, Jasom, helenizante, o
qual planejava transformar Jerusalém em uma cidade grega. Foi erigido
um ginásio com uma pista de corridas adjacente. Ali rapazes judeus se
exercitavam despidos, à moda grega, para ultraje dos judeus piedosos.
4
A REVOLTA DOS MACABEUS
A REVOLTA DOS MACABEUS
A resistência judaica fez-se sentir prontamente. Na aldeia de
Modim, um agente real de Antíoco instou com um já idoso
sacerdote, de nome Matatias, a que desse exemplo aos
habitantes da aldeia oferecendo um sacrifício pagão. Matatias se
recusou a tal. E quando um outro judeu deu um passo à frente
em anuência, Matatias tirou-lhe a vida, matou o agente real,
demoliu o altar e fugiu para a região montanhosa na companhia
de cinco de seus filhos e de outros simpatizantes.
A REVOLTA DOS MACABEUS
E foi assim que teve início a Revolta dos Macabeus, em
167 A.C., sob a liderança da família de Matatias,
coletivamente chamados de Hasmoneanos , por causa de
Hasmom, bisavô de Matatias, ou de Macabeus , devido
ao apelido "Macabeu" ("Martelo"), conferido a Judas, um
dos filhos de Matatias.
A REVOLTA DOS MACABEUS
Judas Macabeu encabeçou uma campanha de guerrilhas de
extraordinário sucesso, até que os judeus se viram capazes de derrotar
os sírios em campo de batalha regular. A Revolta dos Macabeus,
entretanto, foi também uma guerra civil deflagrada entre os judeus pró-
helenistas e anti-helenistas. O conflito prosseguiu mesmo após a morte
de Antíoco Epifânio (163 A.C.). Finalmente, os Macabeus recuperaram
a liberdade religiosa, consagraram novamente o templo, conquistaram a
Palestina e expeliram as tropas sírias da cidadela que ocupavam em
Jerusalém.
5
A EXPANSÃO ROMANA
A EXPANSÃO ROMANA
O século VIII AC viu a fundação de Roma, e no século V
A.C. houve a organização de uma forma republicana de
governo ali sediada. Dois séculos de guerras com a cidade
rival de Cartago, na África do Norte, chegaram ao fim com
a vitória romana (146 A.C.). As conquistas feitas na
extremidade oriental da bacia do Mediterrâneo, sob o
comando de Pompeu, como também na Gália, por Júlio
César.
A EXPANSÃO ROMANA
Expandiram o domínio romano. Após o assassinato de Júlio
César, Otávio, que mais tarde veio a ser conhecido como
Augusto, derrotou as forças de Antônio e Cleópatra, na
batalha naval de Ácio, na Grécia, em 31 A.C., tornando-se
então o imperador de Roma. Dessa maneira, pois, Roma
passou de um período de expansão territorial para outro, de
paz, o que se tornou conhecido como Pax Romana .
A EXPANSÃO ROMANA
A província da Judéia interrompeu essa
tranqüilidade mediante grandes revoltas, que os
romanos esmagaram nos anos de 70 e 135 D.C.
Contudo, a unidade prevalente e a estabilidade
política do mundo civilizado sob a hegemonia de
Roma facilitaram a propagação do cristianismo,
quando de seu aparecimento.
6
GOVERNO DE HERODES O GRANDE
GOVERNO DE HERODES O
GRANDE
Os romanos permitiam a existência de governantes nativos vassalos
de Roma, na Palestina. Um desses foi Herodes o Grande, que
governou o país, sob os romanos, de 37 a 4 A.C. Seu pai, Antípater,
tendo subido ao poder contando com o favor dos romanos, lançara-o
numa carreira militar e política. O senado romano aprovou o ofício
real de Herodes, mas ele foi forçado a obter o controle da Palestina
mediante o poder das armas. Tendo por antepassados os idumeus
(descendentes de Edom, ou Esaú), por isso mesmo não era visto com
bons olhos pelos judeus.
GOVERNO DE HERODES O
GRANDE
Herodes era indivíduo astuto, invejoso e cruel; assassinou a
duas de suas próprias esposas e pelo menos a três de seus
próprios filhos. Foi ele quem ordenou a matança dos infantes de
Belém, em consonância com a narrativa da natividade por
Mateus. De certa feita Augusto disse que era melhor ser um
porco de Herodes que um filho seu (jogo de palavras, porquanto
no grego as palavras que significam porco e filho são muito
parecidas).
GOVERNO DE HERODES O
GRANDE
Mas Herodes era igualmente um governante eficiente e um
consumado político, tendo conseguido sobreviver às lutas pelo poder
nas camadas mais altas do governo romano. Por exemplo, ele trocou
de lealdade a Marco Antônio e Cleópatra em prol de Augusto, e
conseguiu convencer a este último de sua sinceridade. A
administração de Herodes se caracterizava por polícia secreta, toque
de recolher e pesados impostos, apesar de também ser distribuído
cereal gratuito em períodos de fome e vestes grátis quando de outras
calamidades.
GOVERNO DE HERODES O
GRANDE
Entre seus muitos projetos de edificação, sua maior
contribuição para os judeus foi o embelezamento do templo de
Jerusalém. Isso não expressava sua participação na fé judaica
(ele não acreditava nela), mas foi uma tentativa de conciliar
seus súditos. O templo de Jerusalém, decorado com mármore
branco, ouro e pedras preciosas, tornou-se proverbial devido ao
seu esplendor: "Quem jamais viu o templo de Herodes, nunca
viu o que é belo."
GOVERNO DE HERODES O
GRANDE
Herodes o Grande morreu de hidropsia e câncer nos
intestinos, em 4 A.C. Ele baixara ordens para que fossem
executados determinados líderes judeus por ocasião de
seu falecimento, a fim de que, embora não houvesse
lamentações por motivo de sua morte, pelo menos as
houvesse quando da morte dos líderes judeus (durante o
período de sua morte). Mas tal ordem pereceu juntamente
com ele.
7
NASCIMENTO DE CRISTO
GOVERNO DE HERODES O
GRANDE

Belém - Nascimento de Jesus, cerca de 6 A.C.

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