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Lei de Terras da RAEM

Outubro 2023

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Em Macau, os prédios conquistam-se ao Mar

Historicamente, o território de Macau


totalizava 2,78 km²

Em 1910 = 11,6 km²

Em 2013 = 29,2 km²

Em 2019 = 32,9 km²


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Projecto para 2040, de acordo com o Plano


Director apresentado em Setembro de 2020.

A cidade de Macau terá 36,8km²


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Artigo 6.º da Lei Básica da RAEM

O direito à propriedade privada é protegido por lei na Região Administrativa


Especial de Macau.
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Artigo 7.º da Lei Básica da RAEM

Os solos e os recursos naturais na Região Administrativa Especial de Macau são propriedade do


Estado, salvo os terrenos que sejam reconhecidos, de acordo com a lei, como propriedade
privada, antes do estabelecimento da Região Administrativa Especial de Macau. O Governo da
Região Administrativa Especial de Macau é responsável pela sua gestão, uso e desenvolvimento,
bem como pelo seu arrendamento ou concessão a pessoas singulares ou colectivas para uso ou
desenvolvimento. Os rendimentos daí resultantes ficam exclusivamente à disposição do Governo
da Região Administrativa Especial de Macau.
6 A área total de terrenos da RAEM em 2013 era de 29,2 km²

 4% - Terrenos de propriedade privada

 37% - Terrenos concessionados

 27% - Terrenos utilizados pela Administração

 32% - Montes, águas, barragens, terrenos disponíveis


7 Terrenos da RAEM e Terrenos do Estado

LEI DE TERRAS – LEI N.º 10/2013

Artigo 3.º
(Distinção de terrenos segundo o seu regime jurídico)

1. Os terrenos na RAEM incluem terrenos do Estado e terrenos que sejam reconhecidos, de


acordo com a lei, como propriedade privada, antes do estabelecimento da RAEM.

2. Os terrenos do Estado são classificados em domínio público e domínio privado.


8 Concessão por arrendamento

Lei de Terras – Lei n.º 10/2013

Artigo 27.º
(Concessão por arrendamento)

São concedíveis por arrendamento:

1) Os terrenos urbanos e de interesse urbano;


2) Os terrenos rústicos.
9 A concessão por arrendamento e subarrendamento

Artigo 42.º
Conteúdo (Excerto)

1. O direito resultante da concessão por arrendamento ou subarrendamento de terrenos urbanos ou


de interesse urbano abrange poderes de construção, transformação ou manutenção de obra, para os
fins e com os limites consignados no respectivo título constitutivo, entendendo-se que as construções
efectuadas ou mantidas permanecem na propriedade do concessionário ou subconcessionário até à
extinção da concessão por qualquer das causas previstas na presente lei ou no contrato.

2. A propriedade das construções referidas no número anterior pode ser transmitida,


designadamente no regime da propriedade horizontal, observados os condicionalismos da presente
lei sobre a transmissão de situações resultantes da concessão ou subconcessão.
10 Hipoteca

Artigo 42.º
Conteúdo (Excerto)

3. Sem prejuízo do disposto nos números seguintes, os direitos referidos no n.º 1 podem ser objecto
de hipoteca.
4. Em caso de concessão provisória, a constituição de hipoteca dos direitos referidos no n.º 1 só pode
destinar-se a garantir o financiamento para a concretização do aproveitamento do terreno.
5. Em caso de concessão provisória ou de concessão definitiva cuja transmissão das situações dela
resultantes esteja sujeita a autorização prévia do Chefe do Executivo, a hipoteca dos direitos referidos
no n.º 1 só pode ser constituída a favor de instituições de crédito legalmente autorizadas a exercer
actividade na RAEM.
6. No contrato de concessão pode ser proibida a constituição de hipoteca dos direitos referidos no n.º
1 ou impostas restrições na sua constituição, por motivo da natureza especial da concessão.
7. A hipoteca constituída em violação do presente artigo é nula.
11 Exemplo de cláusula de aproveitamento no contrato de concessão

Cláusula terceira – aproveitamento e finalidade do terreno


1.O terreno é aproveitado com a construção de um edifício, em regime de propriedade
horizontal, compreendo 48 (quarenta e oito) pisos, incluindo 1 (um) piso de refúgio e 4
(quatro) pisos em cave.
2.O edifício referido no número anterior é destinado às seguintes finalidades de utilização:
1)Habitação: com a área bruta de construção de 38 020 m² (excluída a área do piso de
refúgio);
2)Comércio: com a área bruta de construção de 1 986 m²;
3)Estacionamento: com a área bruta de construção de 20 623 m²;
4)Área livre (com equipamentos): com a área de 264 m²;
5)Área livre (sem equipamentos): com a área de 1 849 m².
3.As áreas referidas no número anterior podem ser sujeitas a eventuais rectificações, a
realizar no momento da vistoria, para efeito de emissão da licença de utilização respectiva.
12 A concessão por arrendamento e subarrendamento

Artigo 44.º
Concessão provisória e definitiva

A concessão por arrendamento é inicialmente dada a título provisório, por prazo a fixar em
função das características da concessão, e só se converte em definitiva se, no decurso do
prazo fixado, forem cumpridas as cláusulas de aproveitamento previamente estabelecidas e o
terreno estiver demarcado definitivamente.
13 CONTRATO DE CONCESSÃO

satop-32-97.pdf
14 FALTA DE APROVEITAMENTO DO TERRENO

despstop-42-2018.pdf
15 APROVEITAMENTO DO TERRENO

TDM:

https://www.facebook.com/Canal.Macau/videos/terreno-do-parque-oce%C3%A2nico-reverte-ao-governo/959
026187619637/

https://m.facebook.com/Canal.Macau/videos/pedidos-de-indemniza%C3%A7%C3%A3o-sobre-terrenos/1024
365721750119/

ACÓRDÃO:

https://www.court.gov.mo/sentence/pt-
882f405c16a8e8e4.pdf
16 Constituição da Propriedade Horizontal

Código Civil
Artigo 1317.º (excerto)
(Princípio Geral)

1.A propriedade horizontal pode ser constituída por negócio jurídico, acto administrativo,
usucapião ou decisão judicial.
2.A constituição da propriedade horizontal por acto administrativo dá-se nos casos de
destinação do prédio à construção em fracções autónomas, valendo como título constitutivo a
memória descritiva das fracções autónomas que acompanha o projecto de construção, logo
que este esteja aprovado pela entidade competente.
17 Constituição da Propriedade Horizontal

Código Civil
Artigo 1314.º
(Âmbito do condomínio)
1. O condomínio pode ser integrado por um único edifício ou por um conjunto de edifícios.
2. Para que um conjunto de edifícios possa integrar um mesmo condomínio é necessário que
os edifícios que o compõem estejam funcionalmente ligados entre si pela existência de partes
comuns ao conjunto dos edifícios afectadas ao uso de todos ou parte dos condóminos.
3. No caso referido no número anterior, é considerado edifício cada bloco ou corpo distinto
dotado de autonomia funcional e saída própria para uma parte comum do condomínio ou
para a via pública, ainda que seja construído sobre pódium comum.
4. Entende-se por prédio, para efeitos do disposto no presente capítulo, o solo e o edifício ou
conjunto de edifícios que integram o condomínio.
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Obrigada a todos!

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