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Nome : RODRIGO LUÍS DE SOUZA

• MESTRE EM ENGENHARIA DE MINAS – UNIVERSIDADE FEDERAL


DE PERNAMBUCO(UFPE) - 2020
• ESPECIALIZAÇÃO EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO
TRABALHO – UNIVERSIDADE DA CIDADE DE SÃO PAULO
(UNICID/SP) – 2019
• GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE MINAS – UNIVERSIDADE
FEDERAL DE PERNAMBUCO ( UFPE) – 2016
• TÉCNICO EM INSPEÇÃO DE EQUIPAMENTOS INDUSTRIAIS –
ESCOLA TÉCNICA ESTADUAL PROFESSOR AGAMENOM
MAGALHÃES – 2012
• Instrutor Assistente SENAI-PE ( 2018 – 2020)
• Instrutor Educacional Grau Técnico (2017 – 2020)
• Gerente da EMPRESA RL CONSULTORIA LTDA
• PROFESSOR do Curso Técnico em Mineração Instituto Federal
da Bahia (IFBA) desde 2021

E-mail para contato : rodrigo.luis@ifba.edu.br


OBJETIVOS DO CURSO
 O curso online Desmonte de Rochas com Explosivos e Operações
Mineiras aborda os tipos de explosivos existentes para utilização em
trabalhos típicos de detonação na mineração, como melhor selecioná-
los tendo em vista o objetivo proposto e a rocha a ser detonada e como
aplicá-los usando o método de desmonte de rochas mais adequado.
 O conhecimento dos explosivos levará à sua correta aplicação
tornando-os mais seguros e viáveis, seja do ponto de vista do seu
emprego em diferentes situações, seja do ponto de vista econômico e
ambiental.
 O Aluno também terá conhecimento a respeito do dimensionamento
de um plano de fogo , assim como as suas principais variavéis
existentes, e suas principais consequências no desmonte de rochas.
 Outro aspecto importante a ser visto é o impacto que as operações de
detonação exerce sobre as etapas de carregamento e transporte do
minério fragmentado e as principais tecnologias existentes.
Conteú do Programático 1° dia
Princípios do Desmonte de Rochas por Explosivos

Generalidades

Aplicações dos explosivos na indústria de mineração

Aplicações dos explosivos na indústria da construção

Histórico dos explosivos


Conteú do Programático 1° dia
Aspectos Teóricos das Detonações

Conceitos Básicos

Combustão

Deflagração

Detonação

Energia de ativação

Propriedades dos explosivos


Conteú do Programático 1° dia
Gases Nocivos

Densidade

Resistência à água

Velocidade de detonação

Pressão de Detonação

Pressão no furo
Conteú do Programático 1° dia
Propriedades dos maciços rochosos e suas influências no desmonte

Densidade

Porosidade

Fricção interna

Litologia

Descontinuidades

Presença de água

Resistência à tração e à compressão


Conteú do Programático 1° dia
Tipos de Explosivos

Explosivos nitroglicerinados
Agentes explosivos secos
ANFO
Principais Parâmetros que afetam a performance do ANFO
Condições de armazenagem e validade
ALANFO
Agentes explosivos úmidos
Hidrogéis
Emulsões Encartuchadas
Emulsões Bombeadas
HANFO (Heavy ANFO)
Bibliografia auxiliar para estudos (1° dia de curso)
Generalidades
O que é o desmonte de rochas ??

 O desmonte de rocha por explosão é uma atividade


essencial em operações de mineração e de construção civil,
em obras como túneis e galerias subterrâneas, cortes em
estradas, construção de barragens e de edificações;

 Ao longo do tempo, o projeto de desmonte de rocha por


explosão evoluiu de técnicas manuais simples para uma
ampla variedade de métodos que utilizam diferentes
tecnologias.
Tipos de explosivos
Tecnologia atual
• Melhor fragmentação das rochas, maior segurança no
manuseio e no armazenamento, menor tempo de
carregamento, maior resistência à água, menor agressão
ao meio ambiente e menor custo por unidade de rocha
desmontada.

• O desmonte de rochas, com o passar do tempo e o


advento da tecnologia vem sendo mais efetivo na
mitigação de problemas, provendo mais segurança para os
envolvidos e o meio ambiente.
Tipos de explosivos

No entanto nem sempre foi assim ao longo do contexto histórico.....


Histórico dos explosivos
Produção de um machado de mão na época da idade da pedra

13

Fonte : Encyclopedia Britannica, Inc. (2010)


Histórico dos explosivos

Figura : Criação da
pólvora pelos
chineses durante a
dinastia Tang no
século IX
Histórico dos explosivos

Figura : Acesso a
galerias através de A, B e C = Poços
C B A
poço vertical durante Verticais;
o século XVI D= Galeria

Fonte: Curi (2017)

15
D
Histórico dos explosivos

O cientista Alfred Nobel (1833 – 1896)


aperfeiçoou a Nitroglicerina e criou a
dinamite em 1867

16
Histórico dos explosivos

Os alemães Fritz Haber (dir.) e Carl Bosch (esq.) criaram a sintese da amônia em
1913
Histórico dos explosivos

Processo de síntese da amônia


Histórico dos explosivos

Mina de carvão na Inglaterra em 1871


Histórico dos explosivos

Trabalho infantil nas minas subterrâneas no final do século XIX


Histórico dos explosivos

Curso para operador de perfuratriz na mina subterrânea de New RavenWood ,


Austrália em 1905.
Histórico dos explosivos

Mineiros fazendo o trabalho de perfuração manual em uma mina subterrânea em


Yorkshire , Inglaterra , em 1924.
Histórico dos explosivos

Surgimento dos equipamentos de grande porte de


perfuração
Histórico dos explosivos

Acessórios para detonação


Histórico dos explosivos

Uso de iniciadores eletrônicos


Histórico dos explosivos

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Figura : Uso de Drones para levantamento topográfico na mineração
Histórico dos explosivos

Figura – Tomada aérea feito por drone em uma cava 27


Histórico dos explosivos

28
Figura – Calculo de volume de brita produzida
Histórico dos explosivos

Figura – Detonadores sem fio por transmissão Wireless 29


Histórico dos explosivos

30
Histórico dos explosivos

31
Figura –Uso de Software para plano de fogo
Aplicações do Explosivos na Mineração

 Mineração a céu aberto


 Mineração subterrânea
 Desmonte Subaquático
 Lavra de Pedreira de Rocha Ornamental
 Desmonte Secundário
 Lavra Garimpeira
Aplicações do Explosivos na Mineração

Desmonte de rochas Convencional com explosivos em mina a


céu aberto
Aplicações do Explosivos na Mineração

Perfuração de rochas em mina subterrânea para carregamento


dos furos
Aplicações do Explosivos na Mineração

Aplicação do desmonte subaquático (derrocagem)


Aplicações do Explosivos na Mineração

Uso de explosivos para a extração do mármore. Principalmente no


método de lavra por bancadas altas
Aplicações do Explosivos na Mineração

Uso do “fogacho” para desmonte secundário de


matacos através de encartuchado
Aplicações do Explosivos na Mineração

Uso de explosivos na lavra garimpeira


Aplicações do Explosivos na
Construção civil

 Implosão e demolição de prédios e demais construções


 Construção de túneis e galerias subterrâneas
 Abertura de frentes de estrada
 Construção de canais e hidrovias
Aplicações do Explosivos na
Construção civil

Implosão de prédios em centros urbanos


Aplicações do Explosivos na
Construção civil

Colocação de explosivos para desmonte em tuneis rodoviários


Classificação dos Explosivos

Classificação dos explosivos químicos industriais, apresentando


as suas características básicas, as substâncias constituintes e a
influência de diferentes parâmetros sobre a eficiência
alcançada em desmonte de rochas.
Classificação dos Explosivos
Classificados em dois grandes grupos (função da
velocidade da sua onda de choque):

a) Explosivos rápidos e detonantes. Com velocidades


entre 2.000 e 7.000 m/s; e
b) Explosivos lentos e deflagrantes. Com velocidade
menor de 2.000 m / s.
Classificação dos Explosivos
Os explosivos deflagrantes compreendem as pólvoras,
compostos pirotécnicos e compostos propulsores para artilharia e
foguetes, quase sem nenhuma aplicação em mineração e
engenharia civil, com a exceção de rochas ornamentais.

Pólvora negra do tipo


granulado
Classificação dos Explosivos
Os Explosivos detonantes são os industriais propriamente ditos,
que liberam grande quantidade de energia em altas
velocidades , na faixa entre 1200 a 7000 m/s, como as
dinamites, gelatinas, ANFO e Emulsões.

Dinamites usado
exclusivamente para o
desmonte de rochas
Classificação dos Explosivos
Processo de detonação e reação química dos explosivos

 Para uma melhor compreensão dos aspectos que envolvem


o desmonte de rochas, com utilização de explosivos, é
necessário o entendimento dos processos inerentes
fragmentação da rocha;

 A fragmentação inicia com a detonação do explosivo e a


partir desse momento ocorre uma interação da ação do
explosivo com a rocha (Próxima Figura);
Classificação dos Explosivos
Classificação dos Explosivos
Classificação dos Explosivos
Classificação dos Explosivos

Figura – Propagação das ondas de choque ao longo da face livre da bancada


Propriedades dos explosivos

Velocidade de detonação;
Densidade;
Gases;
Resistencia a água ;
Sensibilidade;
Sensitividade;
Força de ação;
Propriedades do explosivos
Velocidade de detonação

 É a velocidade em que ocorre a transformação da massa


explosiva, liberando energia e produzindo grande quantidade
de volume de gases em alta pressão;

 Normalmente, esta velocidade pode atingir faixas entre 2500 a


5000 m/s, alguns chegam até 7000 m/s nos explosivos
especiais a base de nitroglicerina.
Propriedades do explosivos
Propriedades do explosivos
Densidade

 Quanto maior, maior a concentração em um furo, e maior a


fragmentação;
 Na prática, a densidade de dinamites e gelatinas é medida pela
quantidade de cartuchos em uma caixa de 25 kg , mas como os
diâmetros variam, isto é discutível;
 A unidade de medida teórica é expressa em kg/dm3 ;
 Explosivos de maiores densidades , resulta no aumento da
razão de carregamento.
Propriedades do explosivos
Propriedades do explosivos
GASES

Volume de Gases: (na temperatura e pressão da explosão):


De baixa expansão gasosa (até 800 l/kg) e
De alta expansão gasosa (acima de 800 l/kg)

Emissão de Gases Tóxicos: sem grandes problemas nas explosões a céu


aberto, alguns explosivos podem causar intoxicações nas explosões
subterrâneas, provocando náuseas , dores de cabeça. Os gases são
chamados classe 1, 2 e 3, e os explosivos pelas categorias A, B, C,
respectivamente, conforme produzam –

Categoria A : até 22,6 l/kg de gases classe 1;


Categoria B: de 22,5 a 46,7 l/kg de gases classe 2; (qtde. elevada)
Categoria C: de 46,7 a 94,8 l/kg de gases classe 3 (qtde. elevada)
Propriedades do explosivos
Resistência à água: Alguns explosivos, como os de nitrato
de amônio, não detonam quando molhados. Por isso é
necessário saber se há água nos furos, para a escolha do
explosivo. A dinamite tem grande resistência à água. É
medida pelo número de horas que pode ficar submerso e
ainda assim iniciar com eficiência e detonar
completamente com a espoleta n.º 6.
Propriedades do explosivos
Quanto a resistência a água os explosivos industriais podem ser
classificados:

 Nenhuma resistência à água.

 Boa- Não perdem sua sensibilidade mesmo quando


submersos por um período de ate 24 horas em condições de
pressão hidrostática de ate 3 atmosferas.

 Ótima- Desenvolvem seu trabalho normal dentro de um


intervalo de 72 horas de submersão em condições de pressão
hidrostática de ate 3 atmosferas
Propriedades do explosivos

Classe Resistência à água (horas) Exemplos da marca Explog


1 Indefinida
2 32 a 71 Dinamon, SL 400, Bragel
3 16 a 31
4 8 a 15
5 4a7
6 1a3 Carbonita RX
7 Não resiste Explon I e IV
Propriedades do explosivos
SENSIBILIDADE – SENSITIVADADE – ESTABILIDADE

 A sensibilidade refere-se à detonação ou à propagação. A sensibilidade aos


agentes iniciadores aumenta com a diminuição da densidade do explosivo.

 A sensitividade é a capacidade de detonação por ondas de choques. A


nitroglicerina é extremamente sensitiva.

 A estabilidade é a capacidade do explosivo de se decompor a temperatura


ambiente. Relaciona-se com a energia de iniciação, ou seja, à temperatura e à
sensibilidade.

 A nitroglicerina, por exemplo, é estável à temperatura ambiente, com tempo


de meia vida de aproximadamente 1 milhão de anos, mas à temperatura de
200°C este tempo diminui para 1 segundo. Cada explosivo necessita de uma
determinada energia de ativação para iniciar o processo de deflagração, os
explosivos estáveis necessitam de uma energia grande para deflagrar .
Tipos de explosivos

Rochas Brandas – Constituída por materiais


compactos que exigem o emprego de explosivos de
baixa potência;
Exemplos : Argilitos , xistos, siltitos, arenitos , evaporitos ,
rochas carbonosas , etc.

Rocha dura – Rocha cujo desmonte só se torna


possível com empregos de alta potência.
Exemplos : Granito , mármore , Ardósia , Quartizitos, etc.
Tipos de explosivos
Os explosivos industriais para uso civil são subdivididos em
dois grandes grupos, que em ordem de importância por nível
de consumo e não de aparição no mercado são:

I. Pólvoras;
II. Explosivos Nitroglicerinados;
III. ANFO;
IV. ALANFO;
V. Hidrogéis;
VI. HANFO (Heavy ANFO);
VII. Emulsão Encartuchada (Gelatinosas ou Semi-
gelatinosas);
VIII. Emulsões bombeadas;
Tipos de explosivos
Pólvora

Tem seu emprego especial em lavras de granitos e


mármores , assim como também em fogo secundário
de matacões;

Possui baixa resistência a agua;

Possui baixa velocidade de detonação;

Comercializado em embalagens de 1 a 5 kg.


Tipos de explosivos

Perfil da pólvora negra usado em desmonte


Tipos de Explosivos
Pólvora Base Simples e Pólvora Base Dupla

 A Pólvora Negra e uma mistura mecânica do Nitrato de Potássio (ou Nitrato


de Sódio), Enxofre e Carvão. Sua composição standard e de 75% de
nitrato, 10% de enxofre e 15% de carvão.

 A composição química, a compressão, a granulometria e o polimento,


constituem as principais características de cada tipo de Pólvora Negra.

 As pólvoras químicas de base simples e base dupla são empregadas em


munições dos diversos calibres de uso militar e civil.

 As pólvoras de base simples têm nitrocelulose como princípio ativo e as


pólvoras de base dupla tem nitrocelulose e nitroglicerina como princípios
ativos.
Tipos de explosivos
Nitrato de Amônio
• A densidade do NA poroso ou a granel é cerca de 0,8 g/cm3. A
maior densidade de NA não é utilizado porque absorve combustível
e, portanto, reage de forma mais lenta com ele no processo de
detonação.
Tipos de explosivos
Tipos de explosivos
Tipos de explosivos
ANFO

 Qualquer substância combustível pode ser usada com o


NA para a produção de um agente explosivo.

 Nos Estados Unidos no final dos anos 50 se empregava


pó de carvão, mas mais tarde foi substituído por
combustíveis líquidos já que se conseguiam misturas mais
íntimas e homogêneas com o NA.

 O produto que mais se utiliza é o óleo diesel, que em


comparação com outros líquidos, tais como gasolina,
querosene, etc., tem a vantagem de não ter um ponto de
baixa volatilidade e, portanto, menor risco de explosões de
vapor.
Tipos de explosivos

O Anfo é o nitrato de amônio misturado com óleo


diesel na proporção de 3,0 a 3,5 L de óleo para cada
saco de 50 kg de nitrato;

A mistura é feito no próprio lugar aonde será feito a


detonação;

Atinge velocidades de detonação na ordem de 2500 a


5000 m/s;
Tipos de explosivos
Aplicações

É um explosivo de baixa densidade e alto volume gasoso, ideal


para rochas de baixo grau de dureza, pedreiras, minas e obras
públicas sem a presença de água no interior dos fundos.
Tipos de explosivos

Características Técnicas do ANFO


Fonte : ENAEX
Tipos de explosivos

Parâmetros
operacionais do ANFO
para comercializável

Fonte: ELEPHANT
Tipos de Explosivos

Influência da percentagem de combustível sobre a energia liberada


e velocidade de detonação
Tipos de Explosivos
Tipos de Explosivos
Diâmetro da carga: parâmetro de concepção que desempenha um
papel crucial na velocidade de detonação de ANFO.
Tipos de explosivos
Vantagens

Custo reduzido;
Maior segurança para estocagem;
Ocupa por totalidade o volume do furo;
Reduzida produção de gases tóxicos;
Altamente insensível ao choque.
Tipos de explosivos
Desvantagens

Falta de resistência a água;


Baixa densidade;
Alto poder destrutivo quando não calculado
corretamente.
Tipos de explosivos

ANFO estocado em sacos


Tipos de explosivos

Saco de ANFO para


venda

Fonte: EXPLOG
Tipos de explosivos

ANFO na forma granulada


Tipos de explosivos

Emulsão Encartuchada

 Explosivos alto resistente a água;

 É formado por nitroglicerina associado com outros compostos


como nitrato de amônio e nitrocelulose;

 Utilizado em desmonte a céu aberto e também nas escavações


subterrâneas e subáquaticas;
Tipos de explosivos

 É considerado por explosivo de alta velocidade ( podem atingir


por volta de 5000 m/s) e densidade média a alta;

 Fabricados em cartuchos rígido de plástico ou de papelão;

 Tamanhos de diâmetros entre 7/8” e 3 ½”

 Vendido sempre em caixas de 25kg.


Tipos de explosivos
Aplicação:
• Indicado para desmonte de rochas maciças de alta dureza.

• Também indicado como carga de fundo

Benefícios:
• Sua alta densidade e grande liberação de energia permite sua
utilização em rochas maciças com excelente grau de
fragmentação.
• Seguro quanto ao manuseio, transporte e armazenagem.

• Não tem cheiro nem causa qualquer efeito fisiológico.


Tipos de explosivos
Recomendações de uso

 Sua resistência à água, permite a utilização em barreiras


inundadas;
 Sensível ao detonador número 08 e cordel NP 10;
 Não aplicar em presença de gás grisu ou pó inflamável;
 A temperatura de armazenagem e uso do produto deve oscilar
entre 10 à 60°C;
 Ver instruções de uso incluído na caixa do produto.
Tipos de explosivos

Emulsão encartuchada
Tipos de explosivos

Emulsão encartuchada
Tipos de explosivos
Tipos de explosivos

Figura – Medidas numéricas


referentes as emulsões
encartuchadas
Tipos de explosivos
Emulsão bombeada

 Útil para o desmonte de grande quantidade de rochas em grandes


minas e pedreiras;
 Para a sua utilização como explosivo , a emulsão oxidante é
carregado em um caminhão tanque ;
 Mistura emulsão ( caminhão tanque ) + nitrito de sódio (unidade
misturadora)
Tipos de explosivos
 Caracterizada por ser uma carga a granel, a Emulsão
Bombeada permite encher completamente as minas
perfuradas ocupando todo o espaço útil, tornando
possível a redução de custos nas operações de
desmontes e perfurações;

 O explosivo bombeado, por ser uma carga oxidante e


transportada a granel, não é um explosivo sensibilizado
que oferece risco de explosão durante o manejo.
Tipos de explosivos
Recomendações de uso

 Pastas explosivas, emulsões ou granulados, bombeados


diretamente de caminhões para os furos.

 Seguros no transporte, porque só se tornam explosivos


após mistura (nos furos).

 Exigem reforçador (booster) na explosão iniciante.

 Inconveniente: vazam, quando a rocha é fraturada.


Tipos de explosivos
Aplicação:
• Carregamento nas minerações através de unidades móveis de
bombeamento, diretamente nos furos.

Benefícios:
• Preenchimento total dos furos, mesmo com presença de água.
• Emulsão de alta potência.
• Bombeável através de unidades móveis autônomas.
• Reduz custos de mão-de-obra.
• Menor tempo de carregamento.
• Permite aumento da malha de perfuração reduzindo o custo final da
operação de desmonte.
• Apresenta densidade variável de acordo com o tipo de aplicação
Tipos de explosivos

Unidade Bombeadora Móvel


Tipos de explosivos

Características da emulsão bombeada


Tipos de explosivos

Fonte: Orica
Tipos de explosivos

Relação entre densidade média


da emulsão bombeada e a
altura da carga de explosivo e o
diâmetro do furo.

Fonte: Orica
Tipos de explosivos
Tempo de espera entre o carregamento e a detonação

 O tempo máximo de espera recomendado entre o


carregamento e a detonação é de 7 dias.

 O tempo de espera depende de fatores tais como:

 Diâmetro do furo;
 Densidade;
 Condições de água no furo;
 Tipo de rocha e
 Sistema de iniciação.
Tipos de explosivos

Nitrito de sódio pronto para a mistura com a


emulsão
Tipos de explosivos

Carregamento dos furos com a emulsão


Tipos de explosivos
Hidrogeis

 O hidrogel é uma dispersão de sólidos em uma solução espessa.


Esta substância está constituída por água, agentes espessantes,
agentes sensibilizantes (sais orgânicos e alumínio), combustível e
um ou vários oxidantes como, por exemplo, o nitrato de amónio e
o nitrato de sódio.
 Uma típica composição de hidrogel contém de 20% a 30% de
peso de nitrogénio, o qual está presente em duas formas muito
solúveis em água: amónio e iões de nitrato.
 Os hidrogéis possuem a peculiaridade de não levarem em sua
composição nenhum produto que seja, por si só, de natureza
explosiva.
Tipos de explosivos
Vantagens

As características mais notáveis deste tipo de explosivo são:

 Alta pressão de detonação;


 Bons valores de densidade;
 Velocidade de detonação;
 Elevada resistência a agua;
 Baixos índices de toxicidade dos gases.
Tipos de explosivos
Tipos de explosivos

Figura : Cartucho de
Hidrogel

Fonte: MAXAM
Tipos de explosivos
Lamas Explosivas

 São misturas de nitratos diluídos em água e agentes


sensibilizantes na forma de pastas;

 Também conhecidos como “slurries” (ou, no singular,


“slurry”);

 Possuem alta densidade e boa plasticidade;

 Alta razão linear de carregamento.


Tipos de explosivos
Uso e Aplicações

 Carga de fundo ou alternando com ANFO em carga de coluna;

 É usado em qualquer tipo de rocha;

 Vendidos em Cartuchos de polietileno de tamanho que variam


entre 2 a 5 “;
Tipos de explosivos
ANFO PESADO (HANFO)

 É uma variante do ANFO Tradicional , no entanto com maior


energia de detonação;

 É formado pela mistura : Nitrato amoníaco (Granulado) +


combustível líquido de alta energia ( Nitroparafina , Metanol ou
Nitropropano) ;

 É Comercializado também na forma granulado ( Assim como o


ANFO tradicional);

 Os vazios formados pelos granulados , ou seja , os interstícios, são


preenchidos pelo explosivo líquido.
Tipos de explosivos

Figura: Estrutura
física de formação
do ANFO PESADO
Tipos de explosivos
Vantagens

 Maior energia de detonação;

 Melhores características de sensibilidade;

 Boa ou pouca resistência à agua ( Depende da % de emulsão na


mistura) ;

 Possibilidade de efetuar cargas explosivas com variação de


energia de acordo com o tamanho do diâmetro do furo;

 Fabricação relativamente fácil.


Tipos de explosivos

Figura: Características
técnica do ANFO
PESADO

Fonte: ENAEX
Tipos de explosivos
Tipos de explosivos
Aplicação e Recomendações de uso

 Uso exclusivo em mineração a céu aberto;

 Diâmetro crítico do furo a carregar é no máximo 3”;

 Iniciação recomendada : X-Booster 90 ;

 Pode ter bom desempenho em furos com água.


Propriedades dos explosivos
ESCOLHA DO EXPLOSIVO: Levar em conta:

Condições de entorno: Dureza da rocha(dura, média ou


branda), tipo de rocha (ígnea, metamórfica, sedimentar),
natureza da rocha (homogênea, fraturada), presença de
água, região de aplicação (coluna, fundo), diâmetro dos
furos, custo .
Características do explosivo: Pressão de explosão,
velocidade de detonação (para cada diâmetro), volume de
gases, energia absoluta e relativa, razão linear de energia
(para cada diâmetro), potência disponível (p/ cada
diâmetro) .
Propriedades dos explosivos
De forma geral , temos a seleção dos explosivos em
relação ao tipo de rochas :

I. Rochas duras e tenazes como granitos , gnaisses


e basaltos - Explosivos velozes e alta densidade.
Ex: Emulsão bombeada e Emulsão cartuchada;

II. Rochas mais frágeis como arenito , calcário ,


formação muito alterada , fraturada ou
estratificada - Explosivos mais lentos e de baixa
densidade . Ex: Pólvora e Explosivo granulado
( pequena quantidade ) .
Propriedades dos explosivos

Figura : Relação entre as forças de compreensão e tensão de


algumas rochas
Força a
compreensão Força a tensão
Tipo de Rochas
(Kg/cm²) (Kg/cm²)

Granito 2000 – 3600 100 - 300


Mármore 1500 - 1900 150 – 200
Calcário 1300 – 2000 170 – 300
Propriedades dos explosivos

Maciço com pouca dureza Maciço bastante duro


 Um maciço mais “mole”  Em maciços duros um
absorve mais a força do carregamento irregular de
explosivo e se o carregamento explosivos resulta em blocos de
for excessivo dificilmente
grandes dimensões porque a
vamos ter projeções de rochas
fragmentadas em pilhas não rocha encontra‐se encaixada,
apropriadas; sendo difícil a sua
fragmentação .
 Por outro lado se o
carregamento for menor  Mas se, o carregamento for
consegue‐se a fragmentação maior, existe uma grande
pretendida e uma melhor probabilidade de ocorrência de
projeção de pilha. projeções de pilha ideais e de
melhor distribuição de ondas
sismicas.
Propriedades dos explosivos

inclinação dos furos em relação a posição e ângulo de inclinação das fraturas


Problemas de fragmentação de rochas
Problemas de fragmentação de rochas
Problemas de fragmentação de rochas

Situações prováveis para desmonte de rocha com explosivos


Problemas de fragmentação de rochas
Problemas com pilhas de fragmentação pós desmonte :
Problemas de fragmentação de rochas
Problemas com pilhas de fragmentação pós desmonte :
Problemas de fragmentação de rochas
Problemas de fragmentação de rochas

Fluxograma com as principais exigências e restrições dos subsistemas de


mineração
Seleção dos Explosivos
Na seleção de explosivos, os seguintes itens devem ser
observados:

a) Presença de água nos furos.


b) Custo unitário.
c) Tonelagem a ser consumida.
d) Possibilidade de fabricação na própria mina.
e) Resistência da rocha e tipos litológicos.
f) Presença de fendas e cavernas no maciço rochoso.
g) Diâmetro da perfuração.
h) Interferências com o meio ambiente.
Métodos de desaguamento
• Em algumas operações, quando a altura da coluna d’água é
pequena (até 0,5 m) utiliza-se bombas d’água para retirar a
mesma, permitindo assim, o uso de explosivos secos
(granulados), próxima figura (esquerda).

• Recomenda-se que após a retirada da água os furos sejam


encamisados (filme plástico), para que o explosivo não venha
a ser contaminado e, consequentemente, venha falhar
próxima figura (direita).
Métodos de desaguamento

Método de bombeamento da agua nos furos ( à esquerda) e Método de


encamisamento dos explosivos granulados (à direita )
Acessórios para detonação

Os iniciadores tem uma influência significativa na eficiência


do desmonte. Entre os parâmetros de avaliação podemos
destacar:

 Fragmentação e distribuição granulométrica;


 Característica da pilha;
 Distribuição de teores;
 Danos causados sobre a rocha remanescente;
 Efeitos sobre a operação subsequentes ( carregamento,
transporte, manuseio e cominuição );
 Custos ;
 Impactos ambientais.
Acessórios para detonação
Iniciadores : São artefatos necessários para se conseguir a
iniciação e a detonação do explosivo colocado em um furo, e
também fazer uma ligação entre os diversos furos a detonar em
uma mesma frente de lavra. Os principais são :

 Estopim de segurança;
 Espoletas;
 Conectores para estopim;
 Cordel detonante ;
 Cordão ignitor;
 Reforçadores;
 Iniciadores de pressão ( nonel );
 Iniciadores eletronicos ;
Acessórios para detonação
• Estopim de segurança: aspecto de cordão. Núcleo
de pólvora negra de nitrato de potássio, revestido
com tecido impermeabilizante. Queima com
velocidade uniforme, conhecida (145 m/s ±10s) .
Para detonar pólvora negra, precisa espoleta, o
mesmo ocorrendo para gelatinas e dinamites.
Usado para iniciar cargas a distancias curtas e
cordéis detonantes.
Acessórios para detonação

Figura : Características
técnicas dos diversos
tipos de Estopim

Fonte: ENAEX
Acessórios para detonação

Figura : Perfil interno do


Estopim

Fonte: ENAEX
Acessórios para detonação

Estopim de iniciação
Acessórios para detonação
Espoletas simples : cápsulas de alumínio com
tetranitrato de penta-eritritrol (ou nitropenta) e carga
iniciadora de azida de chumbo. Ligam o explosivo ao
estopim comum por pressão de alicate especial.
Usadas quando se quer ou pode haver seqüência de
explosão, não quando o fogo é simultâneo.
Acoplamento perigoso, porque a carga explosiva está
aberta ao ligar.
Acessórios para detonação
Uso e Recomendações

Seu uso é indicado para iniciação de explosivos e acessórios em:

 Mineração a céu aberto;


 Mineração Subterrânea;
 Pedreiras e
 Construção civil em geral.
Acessórios para detonação

Figura : Perfil interno de uma Espoleta Simples


Acessórios para detonação
Acessórios para detonação

Conjunto Estopim-Espoleta
Acessórios para detonação
Processo de Funcionamento Esquema Estopim – Espoleta

1° Iniciamento o Estopim é aceso de forma Manual ;

2° Após aceso , o Estopim queima a uma velocidade de


aproximadamente 180 segundos por metro;

3° Em seguida , após a queima, O Estopim aciona a Espoleta, no qual


contém uma pequena carga explosiva, colocada na sua extremidade;

4° A Espoleta detona e assim prova a detonação do explosivo ( ou de


outro acessório de ligação) , o qual tem contato;
Acessórios para detonação

Espoleta simples
Acessórios para detonação

Figura: Características
Técnicas da Espoleta

Figura: ENAX
Acessórios para detonação
Acessórios para detonação

Figura: Operações de Amolgamento


Acessórios para detonação
Modos de uso correto das espoletas

Fonte: Orica
Acessórios para detonação
Modos de uso incorreto das espoletas

Fonte: Orica
Acessórios para detonação
Conectores para estopim: mesmo princípio do estopim,
providenciam a ligação destes com o cordão ignitor. Núcleo
é um misto pirotécnico.

Cordão ignitor: cordão fino e flexível , revestido com


polietileno, que queima com chama firme. Usado para
acender linhas de estopins em qualquer quantidade.
Acessórios para detonação

Conector para o sistema de Estopim


Acessórios para detonação
Cordéis detonantes:

Tubo flexível preenchido com nitropenta, RDX ou


HMX, destinado a transmitir a detonação do ponto de
iniciação até a carga explosiva; seu tipo mais comum
é o NP 10, ou seja, aquele que possui 10 g de
nitropenta/RDX por metro linear.
Acessórios para detonação
 O cordel detonante é usado para iniciar cargas explosivas
simultaneamente, ou com retardos em lavra a céu aberto e/ou
subsolo.

 A sua velocidade de detonação é de, aproximadamente, 7000 m/s.

 Muito embora a alta velocidade e violência de explosão, o cordel


detonante é muito seguro no manuseio e impermeável.

 A iniciação do cordel se faz com espoletas simples ou instantâneas,


firmemente fixadas ao lado do cordel detonante com fita adesiva, e
com sua parte ativa, isto é, o fundo, voltado para a direção de
detonação.
Acessórios para detonação

Conjunto de ligação Espoleta – Cordel Detonante


Acessórios para detonação

Ligações corretas
Acessórios para detonação
Benefícios e características

 Cordéis resistentes e flexíveis.


 Insensíveis a detonação prematura ou acidental por efeito de calor,
impacto, fricção, descargas elétricas ou outras condições normalmente
encontradas em minerações.
 O baixo peso das caixas facilita o manuseio e o empilhamento em paióis.
 Cor e alta visibilidade facilitam identificação.
 Excelente compatibilidade de produto a produto.
 Alta resistência à tração.
 Alta resistência à abrasão.
 Excelente flexibilidade e capacidade de conexões através de nós.
Acessórios para detonação

Figura: Características
Técnicas do Cordel
Detonante

Fonte: ENAEX
Acessórios para detonação

Figura: Características
Técnicas do Cordel
Detonante

Fonte: ENAEX
Acessórios para detonação
Acessórios para detonação

Tubo de cordel detonante


Acessórios para detonação
Modos de uso correto dos cordéis detonantes

Fonte: Orica
Acessórios para detonação
Modos de uso incorreto dos cordéis detonantes

Fonte: Orica
Acessórios para detonação
Retardos de iniciação

 São dispositivos semelhantes aos estopins comuns,


normalmente com revestimento de corpo plástico, que
proporcionam atraso controlado na propagação da onda de
choque.

 São empregados na montagem de malhas que necessita de


uma defasagem na iniciação do explosivo em diferentes
pontos ou de detonações isoladas, a fim de oferecer maior
segurança à operação e também qualidade do desmonte de
rocha.
Acessórios para detonação

Aspectos de esquema de ligação entre os cordéis detonantes


Acessórios para detonação

Exemplo de ligação Retardo – Cordel detonante


Acessórios para detonação

Exemplo de ligação Retardo – Cordel detonante ( Esquema em Linhas)


Acessórios para detonação

Retardos para cordéis detonantes


Acessórios para detonação

Principais tipos de retardos


Acessórios para detonação

Figura: Características
Técnicas do Sistema de
Retardo

Fonte: ENAEX
Acessórios para detonação
Modos de uso correto dos sistemas de retardo

Fonte: Orica
Acessórios para detonação
Modos de uso incorreto dos sistemas de retardo

Fonte: Orica
Acessórios para detonação

SISTEMA NONEL : Também conhecido como linha


silenciosa , uma vez que é totalmente antiestatico( não
elétrico ) , que pode substituitir o cordel detonante ; o
sistema é composto por espoleta ( detonador )
acionada por pressão a um tubete de plástico de
pequeno diâmetro com variado , de acordo com a
distancia entre os furos a serem detonados. Quando
iniciado , este gás produz uma forte pressão interna ,
que aciona a espoleta colocada no fundo do furo.
Acessórios para detonação
 Propicia ótimos resultados graças à precisão dos seus tempos e sua
iniciação pontual, seja em mineração a céu aberto, subterrânea,
pedreiras e construção civil.

 Fabricado com o tubo Thermotube, que possui tecnologia


diferenciada em que não se utiliza explosivo. Diferente dos tubos
convencionais que emitem uma onda de choque, no Thermotube há
emissão de uma centelha fundida de alta temperatura.
Acessórios para detonação

 A iniciação, acionamento de furos carregados com


NONEL de coluna e interligado por NONEL de
retardo, pode ser feito simplesmente com um
estopim e espoleta de queima ( mantopim );

 São fabricados normalmente nos tempos de retardo


em 9, 17, 25 , 42 e 84 m/s.
Acessórios para detonação
Acessórios para detonação

Figura: Características
Técnicas do Sistema
NONEL

Fonte: ENAEX
Acessórios para detonação
Modos de uso correto do sistema NONEL

Fonte: Orica
Acessórios para detonação
Modos de uso incorreto do sistema NONEL

Fonte: Orica
Acessórios para detonação
Reforçadores (boosters): cargas explosivas de alta
potência usadas para iniciar a explosão de explosivos
de baixa sensibilidade, como anfos, pastas
detonantes, e para assegurar a continuidade da onda
explosiva ao longo da coluna. Combinam alta
velocidade de detonação (VOD) com alta energia
(AWS). Geralmente são iniciados com cordel
detonante, espoleta simples ou elétrica. Aumentam a
segurança contra detonações falhas.
Acessórios para detonação
Acessórios para detonação
Acessórios para detonação
Acessórios para detonação

Figura: Sistema de Fixação da Espoleta no


Booster.
Acessórios para detonação

Tipos principais de booster


Acessórios para detonação

Figura: Características
Técnicas dos
Reforçadores

Fonte: ENAEX
Acessórios para detonação

Figura: Características
Técnicas dos
Reforçadores

Fonte: ENAEX
Acessó rios para detonação
Usos e Recomendações

 Utilizar como iniciador mínimo um cordel detonante de 10


g/m.

 Utilizar como iniciador até dois (02) Detonadores Nº 8, não


elétrico, elétrico e eletrônico.

 Utilizado para iniciação agentes explosivos como ANFO e


Emulsão Granel.
Acessórios para detonação

Iniciadores eletrônicos : Estes modernos acessórios ,


apesar dos altos custos de aquisição, permitem melhor
adequação aos tempos de retardos em relação ao tipo
geomecânico do maciço rochoso. São espoletas
eletroeletrônicas que são colocados nos furos e
interligados em rede. Os tempos de retardos são
automáticos de acordo testes sísmicos de simulação
preliminar e que são feitos na mesma frente de lavra a
detornar.
Sistema eletrônico
de transmissão
Acessórios para detonação

Iniciadores eletrônicos de detonação


Sistema de Carregamento dos Furos
1° PASSO
Sistema de Carregamento dos Furos
2° PASSO

1° 2°
1° Colocar a
espoleta junto com
o explosivo a ser
utilizado

2° Amarrar com
sistema de ligação
(NONEL OU
CORDEL)

3° 4° 3° Colocar a carga
de fundo na
sequencia

4° Colocar o carga
de coluna por
último
Sistema de Carregamento dos Furos
EVITAR !!!
Sistema de Carregamento dos Furos
3° PASSO
Sistema de Carregamento dos Furos
4° PASSO
Sistema de Carregamento dos Furos
5° PASSO
Sistema de Carregamento dos Furos
6° PASSO
Sistema de Carregamento dos Furos
6° PASSO
Desmonte de rochas em
bancadas
Desmonte de rochas em bancadas
Desmonte de rochas em bancadas
Desmonte de rochas em bancadas
Desmonte de rochas em bancadas
Desmonte de rochas em bancadas

A profundidade dos furos também deve ser levado em


consideração o tipo de perfuratriz existente:
Desmonte de rochas em bancadas
Desmonte de rochas em bancadas

Perfil de um frente de lavra a ser trabalhada


Fragmentação da rocha – Plano de fogo

Fragmentação de rocha pós-desmonte


Projeto executivo – Plano de fogo
Plano de Fogo

Ciclo das operações de desmonte de rochas com


explosivos
Plano de Fogo

Percentual de investimento na etapa de desmonte de rochas


Plano de Fogo

Leva-se em consideração

• Tipo de rocha;
• Características geológicas;
• Equipamento de perfuração disponível;
• Capacidade da caçamba da carregadeira (pá
mecânica);
• Altura da bancada;
• Produção necessária;
• Equipamento de britagem;
• Proximidade com habitações e estradas;
• Segurança dos desmontes.
Plano de Fogo

Esquematização do processo de detonação do


maciço rochoso
Variáveis do Plano de Fogo
Terminologia
• BANCADA: forma dada ao terreno rochoso pelos fogos
sucessivos e constantes, composta de topo, praça e face;
• ALTURA DA BANCADA: é a altura vertical medida do
topo à praça da bancada;
• AFASTAMENTO: distância entre a face da bancada e a
primeira linha de furos ou distância entre linhas;
• ESPAÇAMENTO: distância entre furos da mesma linha;
• PROFUNDIDADE DO FURO: é o comprimento total
perfurado que devido á inclinação e da sub–furação, será
maior que a altura da bancada;
• SUB- FURAÇÃO: é o comprimento perfurado abaixo da
praça da bancada ou do “greide” a ser atingido;
• CARGA DE FUNDO: é uma carga reforçada, necessária
no fundo do furo onde a rocha é mais presa;
• CARGA DE COLUNA: é a carga acima da carga de fundo;
não precisa ser tão concentrada quanto à de fundo já que a
rocha desta região não é tão presa;
• TAMPÃO: parte superior do furo que não é carregado com
explosivos, mais sim com material inerte, brita (mais
aconselhável), tendo como finalidade evitar que os gases
provenientes da detonação escapem pela boca do furo,
diminuindo a ação do explosivo, ultra quebra;
• RAZÃO DE CARREGAMENTO: é a quantidade de
explosivo usada para detonar um certo volume de rocha;
Elementos de um plano de fogo
Fonte de pressão acústica no desmonte de rochas
Projeto executivo – Plano de fogo
AFASTAMENTO

Afastamento (A) - É a menor distância que vai do furo à face livre


da bancada ou a menor distância de uma linha de furos a outra.
De todas as dimensões do plano de fogo essa é a mais crítica.
Projeto executivo – Plano de fogo
AFASTAMENTO MUITO PEQUENO - A rocha é lançada a uma
considerável distância da face. Os níveis de pulsos de ar são altos e
a fragmentação poderá ser excessivamente fina.

AFASTAMENTO MUITO GRANDE - A sobreescavação (backbreak) na


parede é muito severa.

AFASTAMENTO EXCESSIVO - Grande emissão de gases dos furos


contribuindo para um ultralançamento dos fragmentos rochosos a
distâncias consideráveis, crateras verticais, alto nível de onda
aérea e vibração do terreno. A fragmentação da rocha pode ser
extremamente grosseira e problemas no pé da bancada podem
ocorrer.
Projeto executivo – Plano de fogo

Problemas com fragmentação grosseira (surgimento de blocos


excessivamente grandes)
Projeto executivo – Plano de fogo
ESPAÇAMENTO (E)

É a distância entre furos da mesma linha. A relação prática para


seu dimensionamento está ligada diretamente ao Afastamento.
Tal que:

E= 1,3A

O espaçamento nunca deve ser menor que o afastamento, caso contrário, o


número de matacões será excessivo.

Observação: as Malhas Alongadas possuem elevada relação E/A, geralmente


acima de 1,75. São indicadas para rochas friáveis/macias.
Projeto executivo – Plano de fogo
Exemplo

Calcule a malha de perfuração para o desmonte de rochas em


um maciço rochoso de granito usando emulsão bombeada como
explosivo principal ?

Dados : Densidade explosivo = 0,9 g/cm³


Densidade Granito = 2,75 g/cm³
Diâmetro do furo= 2 ½”
Projeto executivo – Plano de fogo
Calculando o Afastamento (A), temos que:

A= 0,0123x De

A= 0,0123x 63,5

A= 1,68 metros
Projeto executivo – Plano de fogo
Calculando o Espaçamento(E), temos que:

E= 1,3XA

E= 1,3 x 1,68 metros

E= 2,19 metros

Logo, a malha de perfuração é M = ExA , M= 1,68m x 2,19m


M= 3,68 m²
Projeto executivo – Plano de fogo

Calcule a malha de perfuração para o desmonte de rochas em


um maciço rochoso de quartzito usando ANFO como explosivo
principal ?

Dados : Densidade explosivo = 0,8 g/cm³


Densidade quartzito = 2,6 g/cm³
Diâmetro do furo= 2”
Fragmentação da rocha – Plano de fogo
Projeto executivo – Plano de fogo
SUBPERFURAÇÃO (S) - É o comprimento perfurado abaixo da
praça da bancada ou do greide a ser atingido. A necessidade da
subperfuração decorre do engasgamento da rocha no pé da
bancada. Caso não seja observada esta subperfuração, a base
não será arrancada segundo um angulo de 90° e o pé da
bancada não permanecerá horizontal, mas formará o que é
conhecido como “repé”.

S= 1/3 A
Projeto executivo – Plano de fogo
É o comprimento total perfurado que, devido a inclinação e a
subperfuração (S), será maior que a altura da bancada.
O comprimento do furo aumenta com a inclinação, entretanto, a
subperfuração (S) diminui com esta. Para calcular (Hf) utiliza-se a
seguinte expressão:

Hf =
Projeto executivo – Plano de fogo
TAMPÃO

É a parte superior do furo que não é carregada com explosivos,


mas sim com terra, areia ou outro material inerte bem socado a
fim de confinar os gases do explosivo.

T= 0,7A

T < A risco de ultra lançamento da superfície mais alta aumenta.


T > A produzirá mais matacões, entretanto o lançamento será menor ou eliminado.
Fragmentação da rocha – Plano de fogo
Fragmentação da rocha – Plano de fogo

Esquematização do funcionamento de um tampão


Fragmentação da rocha – Plano de fogo

Mecanismo de ação do tampão


Fragmentação da rocha – Plano de fogo
RAZÃO DE CARGA LINEAR DE CARREGAMENTO (RL)

RL (kg.m) = ( ) xPe
Fragmentação da rocha – Plano de fogo
Altura da carga de fundo (Hcf )

A carga de fundo é uma carga reforçada, necessária no fundo do


furo onde a rocha é mais presa. Alguns autores sugerem que Hcf
deve ser um valor entre 30 a 40% da altura da carga de
explosivos (Hc). A tendência, a depender dos resultados dos
desmontes, é de reduzi-la cada vez mais para diminuir os custos
com explosivos.

Hcf = 0,4 Hc

Sendo que Hc = Comprimento do furo – tampão


Fragmentação da rocha – Plano de fogo
Altura da carga de coluna (Hcc )

Carga de coluna é a carga acima da de fundo; não precisa ser tão


concentrada quando a de fundo, já que a rocha desta região não é
tão presa.
A altura da carga de coluna é igual a altura total da carga (Hc)
menos a altura da carga de fundo (Hcf):

Hcc (m) = Hce (Altura da carga de explosivos) – Hcf (Altura da carga de


fundo)
Fragmentação da rocha – Plano de fogo
Carga total de fundo (Ctf)

Ctf(m) = Razão de carga linear de carregamento (RL) x Altura da carga de


fundo ( Hcf)

Carga total de coluna (Ctc)

Ctc (m) = Razão de carga linear de carregamento (RL) x Altura de carga da


coluna (Hcc)

Carga Total (Ct)

Ct = Carga total de fundo + Carga total de Coluna


Fragmentação da rocha – Plano de fogo

Calculo da carga de explosivo por furo (Cef)

Cef(kg) = Razão de carga linear de carregamento (RL) x Cálculo da altura da


carga do explosivo (Hce)

Calculo de carga explosivo total = Calculo da carga de explosivo por furo (Cef)
x quantidade de furos

Cálculo do volume de rocha por furo (Vf)

Vf( m³) = x Afastamento (A) x Espaçamento (E)

Cálculo do volume de rocha total (Vft)

Vtf ( m³) = Cálculo do volume de rocha por furo (Vf) x n° furos


Fragmentação da rocha – Plano de fogo
Razão de Carga Total

É a quantidade de explosivos a ser utilizada por metro cubico de


rocha a desmontar em uma detonação. Teoricamente, quanto
maior a razão de carga em utilização, maior será a fragmentação
de rocha, se a malha for projetada corretamente.

RC (Kg/m³) =
Fragmentação da rocha – Plano de fogo
Fragmentação da rocha – Plano de fogo
Cálculo da perfuração especifica (PE)

Define-se como perfuração especifica (PS), a relação entre comprimento


total perfurado por volume total a ser desmontado.

PE(m/m³) =
Fragmentação da rocha – Plano de fogo
Exemplos – Sala de aula

Construa um plano de fogo calculando os parâmetros necessários para


a detonação , assim como também os custos com explosivos e
acessórios.
Temos os seguintes dados abaixo :
Altura da bancada = 12 metros
Número de furos= 60
Inclinação dos furos= 10°
Diâmetro da perfuração = 4”
Densidade da rocha (granito) = 2,75 g/cm³
Explosivo: Emulsão bombeada ( Densidade = 0,9 g/cm³)
Fragmentação da rocha – Plano de fogo
Calculando o Afastamento (A), temos que:

A= 0,0123x De

A= 0,0123x 101,6

A= 2,69 metros

Calculando o Espaçamento(E), temos que:

E= 1,3XA

E= 1,3 x 1,68 metros

E= 3,50 metros
Fragmentação da rocha – Plano de fogo
Subfuração

S= 1/3A = S= 1/3 X 2,69 = S = 0,90 metros

Comprimento do Furo

Hf =

Hf = = Hf = 13,03 metros
Fragmentação da rocha – Plano de fogo
Tampão

T= 0,7 x A = T = 0,7 x 2,69 metros = T = 1,88 metros

RAZÃO DE CARGA LINEAR DE CARREGAMENTO (RL)

RL (kg.m) = ( ) xPe = RL = ( ) x0,9 = RL = 7,29 Kg.m

Altura da carga da explosivo

Hce = Comprimento do furo – Tampão = Hce = 13,03 – 1,88 =


11,14 metros
Fragmentação da rocha – Plano de fogo

Altura da carga de fundo

Hcf = 0,4 Hce = Hcf = 0,4 x 11,14 metros = Hcf = 4,45 metros

Altura da carga de coluna

Hcc (m) = Hce (Altura da carga de explosivos) – Hcf (Altura da carga de


fundo)

Hcc(m) = 11,14 m – 4,45 m = 6,69 metros


Fragmentação da rocha – Plano de fogo

Carga total de fundo (Ctf)

Ctf(m) = Razão de carga linear de carregamento (RL) x Altura da carga de fundo ( Hcf)
Ctf = 7,29 Kg.m x 4,45 m = 32,44 Kg

Carga total de coluna (Ctc)

Ctc (m) = Razão de carga linear de carregamento (RL) x Altura de carga da coluna
(Hcc)
Ctc = 7,29 Kg.m x 6,69 m = 48,77 Kg

Carga Total (Ct)

Ct = Carga total de fundo + Carga total de Coluna


Ct = 32,44 Kg + 48,77 Kg = Ct = 81,21 Kg
Fragmentação da rocha – Plano de fogo

Calculo de carga explosivo total = Calculo da carga de explosivo por furo (Cef) x
quantidade de furos

= 81,21 Kg x 60 = 4.872,6 Kg de explosivos

Cálculo do volume de rocha por furo (Vf)

Vf( m³) = x Afastamento (A) x Espaçamento (E)


Vf (m³) = 13,03 m x 2,69 m x 3,50 m = 122,68 m³

Cálculo do volume de rocha total (Vft)

Vtf ( m³) = Cálculo do volume de rocha por furo (Vf) x n° furos

Vtf = 122,68 m³ x 60 = 7360,65 m³ de rocha


Fragmentação da rocha – Plano de fogo

Razão de carregamento por volume

RC (Kg/m³) =

RC (Kg/m³) = = 0,66 Kg /m³

Perfuração Especifica

PE(m/m³) =

PE (m/m³) = = 0,11 m/m³


Carregamento e ligação entre furos
Carregamento e ligação entre furos
Carregamento e ligação entre furos
Carregamento e ligação entre furos
Carregamento e ligação entre furos

Exemplos de sequencias de retardos em um plano de fogo


Observações importantes
 A geometria da malha de perfuração pode ser organizada de
diferentes formas: quadrada, retangular ou pé-de-galinha. De
um modo geral, a configuração em pé-de-galinha permite uma
melhor distribuição dos efeitos dos explosivos.

 O sequenciamento da detonação, também, é fator


extremamente importante para o sucesso do desmonte de
rocha.

 O tempo de detonação de cada furo tem implicações na


fragmentação do material, no lançamento e forma da pilha de
desmontado, na geração de vibrações no terreno e ruídos
Observações importantes
Observações importantes
Observações importantes

O surgimento de grandes blocos no desmonte de bancadas


pode ser provocado por:

 Malhas inadequadas, principalmente grandes


afastamento;
 Tampões muito profundos;
 Explosivos e razão de carga mal dimensionados;
 Geoestrutura do maciço rochoso – plano de fraturas e
xistosidade;
 Retardos e ligações incorretas entre furos.
Estocagem e manuseio de explosivos e
acessórios
A aquisição, armazenamento e manuseio de explosivos e
acessórios para detonação possui uma legislação especifica,
com normas e procedimentos que devem ser adotados e
seguidos para que sua utilização seja feita de maneira
produtiva e segura. Dentre essas normas e procedimentos ,
podemos destacar:

I. Paióis;
II. Manuseio.
Estocagem e manuseio de explosivos e
acessórios
Paióis

 É um tipo de edificação apropriado para a armazenagem


de explosivos e acessórios a serem utilizados em uma
mesma obra e/ou mineração;

 A sua construção deve ser de acordo com a legislação


especifica e aprovado e controlado pelo Ministério do
Exército conforme normas militares.
Estocagem e manuseio de explosivos e
acessórios

Essa fiscalização leva em consideração:

a) As cargas a serem armazenadas e suas quantidades;


b) A distância mínima dos paióis em relação a habitações,
estrada e canteiros de obra;
c) As especificações quanto a construção;
d) Os sistemas de proteção e vigilância.
Estocagem e manuseio de explosivos e
acessórios

Paiol especifico para armazenagem de acessórios


Estocagem e manuseio de explosivos e
acessórios

Paiol especifico para armazenagem de Explosivos


Procedimentos de Segurança em Detonações

 Apesar dos altos riscos envolvidos, a utilização de


explosivos no Brasil não figura entre as causas mais
frequentes de acidentes do trabalho;

 No entanto a maioria dos acidentes ocorrem devido a


alguma falha humana previsível no manuseio, utilização
ou mesmo na armazenagem dos explosivos

 As normas de segurança devem ser sempre seguidas para


evitar potenciais tragédias.
Procedimentos de Segurança em Detonações

 Não transportar explosivos juntos com outros materiais,


utilizar sempre veículos especialmente adaptados;
 Não utilize acessórios elétricos em dias de tempo
bastante nublado;
 De preferência, isole antecipadamente uma área de
segurança, envolvendo o local onde vai ser empregado os
explosivos;
 O fumo deve ser totalmente proibido em locais próximos
aos paióis ou na área de carregamento dos furos;
 Leve para o local do carregamento as cargas explosivas
em quantidade previamente estabelecidas , de acordo
com o plano de fogo;
Procedimentos de Segurança em Detonações

 Não execute serviços de perfuração de rocha em local,


próximo aos furos já carregados;
 Só inicie o carregamento dos furos apenas quando tiver
um horário programado para a detonação;
 Afaste todas as pessoas da frente a detonar para uma
posição segura inclusive os operários. A distância do
local da detonação ( baricentro ) deve obedecer a um
raio mínimo de 300 metros.
Procedimentos de Segurança em Detonações

• Durante a atividade de carregamento nenhum veículo, exceto


os contendo explosivos e acessórios, deverá trafegar na área
do carregamento;
• É vedado o trânsito, na área de carregamento, de pessoas não
autorizadas.
• Nunca coloque uma broca, em caso de repasse, num furo sem
ter absoluta certeza de que não existe explosivo no seu
interior.
• Quando for carregar verifique se o furo está desentupido até o
fundo.
• Não fique próximo, ou de costas para a face livre da bancada
Procedimentos de Segurança em Detonações

Isolamento da área através de fita de sinalização


Procedimentos de Segurança em Detonações

 Sempre que estiver carregando, coloque os explosivos e os


acessórios bem distantes um do outro.
 Não force o explosivo, principalmente o cartucho-escorva
através de obstruções.
 Sempre faça as ligações de cordéis detonantes bem firmes,
evite os cruzamentos da linha tronca sobre as derivações, e
evitar ângulos reversos.

Possibilidade de formação de ângulo reverso


Procedimentos de Segurança em Detonações

Medidas que devem ser tomadas quando da falha de furos

 Manter todos os acessos interditados.


 Sinalize o lugar onde se encontram os furos falhados.
 Eliminar os furos falhados antes de reiniciar os trabalhos de
perfuração, carregamento e transporte em áreas próximas.
 Destinar o pessoal mais qualificado nos trabalhos de neutralização e
eliminação de explosivos nos detonadores.
 Não tentar retirar os explosivos do furo por meio mecânico. Sugere-se
um jato de água (ar comprimido + água) para retirar ou dessensibilizá-
lo.
 Cuidados adicionais deverão ser tomados se o explosivo ainda estiver
escovardo.
Procedimentos de Segurança em Detonações

Destruição de explosivos

A utilização de explosivos conduz frequentemente ao aparecimento de


explosivos deteriorados devido a:

 Armazenagem em locais demasiadamente úmidos


 Vencimento do prazo de validade
 Molhagem acidental dos explosivos
 Tiros falhados
 Embalagens rasgadas ou deterioradas
 Exsudação da nitoglicerina/nitroglicol
Procedimentos de Segurança em Detonações

Método da palha seca para destruição de


explosivos a base de nitrato
Procedimentos de Segurança em Detonações

Distância segura para a combustão de explosivos


Detonação Secundária

• Corresponde à operação de desmonte realizada


após a detonação principal, visando a
fragmentação irregular das rochas;
• Geralmente são detonados bloco de rochas
grandes ( os chamados matacões );
• Tem por objetivo facilitar a remoção do material
detonado e sua introdução no britador.
No entanto é preciso evitar problemas como esses :
Início da ruptura
Bloco Perfurado
Método João de Barro
Após a Ruptura
Desmonte secundário – Parâmetros
 Normalmente para o fogacheamento de blocos de rochas
consideramos a utilização de marteletes pneumáticos leves,
perfurado com brocas integrais de 0,50 a 0,80 m de extensão;

 A razão de perfuração (RP) deve estar 0,5 e 0,80 m/m³;

 A razão de carga (RC) será de aproximadamente 0,15 kg/m³;

 A iniciação pode ser através de estopins e espoletas de queima, ou


então interligando diversos blocos a fogachear com cordel
detonante e/ou iniciadores de pressão.
Drop ball
O Drop Ball é uma esfera de aço-manganês de 3 toneladas e é lançado
sobre os blocos maiores de rocha, através de escavadeira hidráulica,
provocando assim o fraturamento e quebrando em pedaços menores,
com o objetivo de adequar emprego no britador primário.

Drop Ball - Vantagens


Fácil manutenção
Baixo custo

Drop Ball - Desvantagens


Geração de finos
Fuga da esfera
Ultra-lançamento
Perfil da esfera usado na técnica do drop ball
Rompedor Hidráulico
 O porte dos rompedores deve ser escolhido conforme algumas
características do trabalho, como material a ser rompido, prazo de
execução e escavadeira ou retroescavadeira disponível para portá-
los;

 Não adianta utilizar um rompedor hidráulico de peso maior que o


suportado pela máquina portadora.

 Esse equipamento não deve pesar mais do que 10% do peso da


máquina, caso contrário, pode interferir na estabilidade da
retroescavadeira ou da escavadeira e causar tombamento.
Rompedor Hidráulico
Rompedor Hidráulico

Fonte : Atlas Copco


Rompedor Hidráulico
Rompedor Hidráulico
Rompedor Hidráulico
Rompedor Hidráulico
Argamassa Expansiva

Como é feito o desmonte de rocha a frio com argamassa expansiva?

 Feito todo o projeto e estudo de área a ser escavada ou


demolida, os pontos de perfuração podem ser feitos por
equipamentos manuais, elétricos ou com auxílio da
perfuratriz hidráulica;
 Quando se chega à profundidade esperada, a limpeza do
furo é realizada de forma a eliminar poeira, água e todos
resquício do buraco. Assim feito, aplica-se a argamassa
expansiva.
Argamassa Expansiva

 Com isso, até 10 minutos a argamassa começa a reagir


formando pressão dentro dos furos;
 A reação química provoca uma dilatação da mistura que deve
ser feita com água, aumentando o volume de água em até 4
vezes, alcançando uma pressão de 8000 ton/m² na superfície
dos furos onde foi colocada;
 A quantidade de energia liberada lentamente, faz a rocha se
fragmentar até quebrar.
Argamassa Expansiva
Argamassa Expansiva

Bloco de rocha a ser fraturado


Argamassa Expansiva

Carregamento dos furos com a argamassa


expansiva
Corte com argamassa Expansiva
Corte com argamassa Expansiva

Após o corte
Corte com argamassa Expansiva

Além das vantagens econômicas demonstradas, como:

 Preservação da integridade física


 Mecânica da rocha;
 Maior regularidade das superfícies cortadas;
 Maior taxa de recuperação das pedreiras, com menor
geração de rejeitos;
 Maior flexibilidade do processo produtivo;
 Maior produtividade;
 Menores custos de produção.
Vibração e Ruído em Desmonte
de Rochas
Desmonte de Rochas
Subterrâneo
Antes de falarmos sobre Desmonte de rocha em mineração subterrânea, é
necessário entender que o ciclo operacional para esse tipo de lavra é
composto por :

1. Desmonte do Minério;
2. Carregamento do minério e limpeza nas frentes de lavra para retirada
do estéril residual;
3. Transporte horizontal ( material desmontado) em subsolo e vertical
do subsolo a superfície.
Desmonte de Rochas
Subterrâneo

Resumo do ciclo de operações do desmonte subterrâneo de rochas


Desmonte de Rochas
Subterrâneo
Entretanto para a execução dessas operações é necessário
que:

1. Providenciar a estabilização das aberturas;


2. Preparar o ambiente subterrâneo para o acesso e o
trabalho humano;
3. Manutenção de um ambiente saudável e seguro no
subsolo;
4. Suprimento de água , energia e materiais de apoio;
5. Atividades de apoio operacional.
Equipamentos
Equipamentos

Perfuratriz manual
Equipamentos

Perfuratriz de esteira de furo horizontal


Equipamentos
Equipamentos
Equipamentos

Equipamento de perfuração para furos longos


Equipamentos

Equipamento de perfuração para furos longos


Equipamentos

Equipamento de perfuração para furos longos


Equipamentos

Jumbo de perfuração
Equipamentos

Jumbo de perfuração
Equipamentos
Equipamentos

Equipamento de bate choco para mina subterrânea


Equipamentos

Equipamento de bate choco para mina subterrânea


Plano de fogo
 Diferentemente do desmonte a céu aberto , não temos a
presença da frente livre;

 Essa frente livre terá de ser fabricada após cada


detonação ou avanço;

 Utilização de furos devidamente posicionados na seção


da escavação, os chamados pilões;

 A detonação dos furos de pilão será executada


utilizando-se os tempos iniciais da série de retardos;
Plano de fogo
Os furos são conhecidos como :

 Furos do pilão;
 Furos do alívio;
 Furos de soleira;
 Furos de contorno.
Plano de fogo
Plano de fogo
Plano de fogo
Plano de fogo
Plano de fogo
Pilão tipo burn cut
Plano de fogo
Pilão tipo burn cut
Plano de fogo
Pilão tipo V
Plano de fogo
Pilão tipo norueguês
Plano de fogo
Diâmetros do furos
 Geralmente os diâmetros dos furos para abertura e avanço
de galeria são entre 38 e 55 mm.

Malha de perfuração
 A distribuição dos furos não podem seguir a mesma regra
do método a céu aberto como , por exemplo, afastamento ,
espaçamento e malha;
 Na prática esses furos são projetados conforme o seu tipo e
posicionamentos.
Plano de fogo
Essa distribuição de furos segue os seguintes parâmetros
abaixo:

 Tipo de rocha (litologia);


 Classificação geomecanica do maciço;
 Área da seção da escavação;
 Avanço projetado por detonação.
Plano de fogo
Plano de fogo
Avanço por fogo / profundidade dos furos

 O avanço projetado para cada detonação também depende das


condições geológicas e geomecanicas da maciço rochoso encontrado
na frente de lavra;

 Quanto mais adversas as condições geológicas da rocha a ser


perfurada , menor o comprimento do furo e o avanço;

 Quanto mais reduzida a seção da galeria , menor também o avanço


projetado por detonação;

 Normalmente, em túneis e galerias, são utilizados perfuração com


furos de 1,60 a 5,20 m de profundidade;
Plano de fogo

Equipamento Avanço ( metros )


Perfuratriz pneumática até 3,20 m
manual
Perfuratriz de furo longo ou Acima de 3,20 m
jumbo de perfuração
Plano de fogo
Plano de fogo
Plano de fogo
Explosivos e acessórios

 Para as escavações subterrâneas usar explosivos de classe I


( não produz gás tóxicos) ;
 Velocidade de detonação acima de 4000 m/s;
 Densidade na faixa de 1,1 a 1,3 g/cm³;
 Resistência total a presença de água;
 Alta sensibilidade.
Plano de fogo
Razão de carga (RC)

 Furos do pilão e soleira : de 1 a 1,2 kg/m por furo;


 Furos de alívio : de 0,8 a 1kg/m por furo;
 Furos de contorno: Nesses furos não deve ser utilizados o
explosivo bombeado e sim, os encartuchados, com baixa
densidade e espaçado nos furos com razão linear de
carregamento de 0,15 a 0,30 kg/m de furo.
Plano de fogo
Elementos que devem conter em um plano de fogo:

 Área da seção da escavação em m³;


 Diâmetro dos furos (mm);
 Profundidade dos furos (m);
 Número de furos ( unidade);
 Metragem total a furar (m);
 Avanço média projetado (m);
 Volume de rocha (m³);
 Razão de perfuração (m/m³);
 Tipo / classe de explosivo;
 Tipo e distribuição dos retardos;
 Total de explosivos por fogo (kg);
 Razão de carga (kg/m³).
Atividades auxiliares de
escavação
Marcação topográfica

 Os métodos empregados nas determinações topográficas no


subsolo pouco diferem dos métodos tradicionais, porém com as
implicações de um trabalho realizado dentro de uma mina ou
galeria;

 Da mesma forma que nos levantamentos topográficos


convencionais, os levantamentos topográficos subterrâneos
podem ser divididos em planimétricos, altimétricos e, quando
associados, planialtimétricos.
Atividades auxiliares de
escavação
Diversos são os exemplos de aplicação da topografia subterrânea,
entre eles destacam-se:

- Locação de poços, túneis ou galerias;


- Metrôs, redes viárias;
- Controle de extração (questões de exploração fora dos limites
de concessão);
- Galerias de serviços;
- Etc.
Atividades auxiliares de
escavação
 Outra questão importante é a iluminação. Caso seja
necessário deve-se dispor de fontes de luz para a
realização das medições;

 Em determinados modelos de equipamentos ópticos-


mecânicos ou automáticos os conjuntos de espelhos
utilizados na iluminação do limbo podem ser substituídos
por um sistema de iluminação acessório do teodolito ou,
na ausência deste, pode-se empregar lanternas;

 Alguns equipamentos digitais dispõem de sistemas de


iluminação interna dos retículos e do display.
Atividades auxiliares de
escavação
Atividades auxiliares de
escavação
Atividades auxiliares de
escavação
Ventilação subterrânea

A ventilação de mina subterrânea é um importante recurso,


dentro da mineração, que tem por objetivo assegurar que o
ar puro seja levado para dentro das minas, criando e
garantindo, desta forma, melhores condições para o
trabalho bem como prevenindo toda a estrutura de
quaisquer explosões e demais consequências à reação do
acúmulo de pós e gases explosivos.
Atividades auxiliares de
escavação
o sistema de ventilação de mina subterrânea garante o
controle, a qualidade e a quantidade de ar que circula
internamente sendo que, sua falta, pode provocar graves
danos à saúde dos trabalhadores mineiros, além de
predispor a mina a explosões.
Atividades auxiliares de
escavação
Alguns dos principais motivos para aplicar a ventilação de
mina subterrânea:

 Levar oxigênio puro para os trabalhadores;


 Retirar gases nocivos de dentro da mina;
 Remover o calor produzido pelas máquinas e pelos
homens; e
 Manter a temperatura mais baixa para maior conforto do
mineiro.
Atividades auxiliares de
escavação
 Além da ventilação que ocorre por meio de processos
naturais, existem dois métodos de ventilação
comumente usados ​em minas subterrâneas. Estas são a
ventilação principal e a ventilação secundária.

 Existem também as ventilações auxiliares de ventilação


que podem ventilar galerias que ainda estão em
desenvolvimento ou fortalecer a parte do circuito
principal onde quase não há entrada de ar.
Atividades auxiliares de
escavação

Sistema de ventilação em perfil


Atividades auxiliares de
escavação
Atividades auxiliares de
escavação
Atividades auxiliares de
escavação
Tipo de suportes de escavações

 Os fatores de segurança (ou a abordagem de probabilidade de


risco) em projetos diferem em relação à função da escavação, de
sua vida útil (principalmente no caso da mineração).

 As obras subterrâneas civis são projetos para uma existência


superior a 100 anos.

 Para a extração de minérios, a forma geométrica da escavação


geralmente não tem a simplicidade da de túneis, sendo muitas
vezes de configuração irregular, exigindo vãos de dimensão mais
considerável.
Atividades auxiliares de
escavação
 A caracterização do material sobre o qual se construirá (solo,
rocha, material inconsolidado e presença de descontinuidades,
água e sismicidade) é fundamental para orientar a construção, as
necessidades futuras de manutenção e os riscos durante o uso;

 Não há como elaborar um método de análise universal para a


determinação de um projeto de suportes e avaliação de
estabilidade de escavações, pois cada projeto é específico;

 O projeto de suporte em mineração depende de custo, do método


de lavra e de fatores locais como: profundidade (tensões),
presença de água, escala e comportamento do maciço rochoso
(descontinuidades).
Atividades auxiliares de
escavação
As escavações podem necessitar de nenhum suporte artificial
(autosuportante) ou de mais sistemas:

 Concreto projetado (shotcrete);


 Arcos (cambotas);
 Tirantes;
 Malhas de aço;
 Concreto reforçado com fibras de aço;
 Enfilagens, injeções, etc.
 O campo das injeções químicas tem se ampliado com novos
produtos.
Atividades auxiliares de
escavação

Aplicação de concreto projetado


Atividades auxiliares de
escavação
Atividades auxiliares de
escavação

Sistema por cambotas


Atividades auxiliares de
escavação
Sistema de tirantes
Atividades auxiliares de
escavação
Atividades auxiliares de
escavação
Atividades auxiliares de
escavação

Sistema de malha de aço com tirante


Atividades auxiliares de
escavação

Concreto reforçado com fibras de aço


Atividades auxiliares de
escavação

Fixação do sistema de enfilagem tubular


Atividades auxiliares de
escavação
Atividades auxiliares de
escavação
Atividades auxiliares de
escavação
Equipamentos para carga e transporte

 As operações de limpeza da frente de escavação, carga e


transporte estão diretamente relacionados com a extensão e a
seção dos tuneis a escavar e com a classificação dos maciços
rochosos;
 Para escavações em maciços rochosos com condições
geomecanicas favoráveis deve ser previstos equipamentos de
alta produtividade ;
 Já para escavações em maciços com condições adversas ,
quando os avanços mais lentos, estes equipamentos poderão
ser menos produtivo.
Atividades auxiliares de
escavação
 Para tuneis e galerias com escavação de portes médio a
grande, poderão ser utilizados equipamentos
rodoviários, como pás carregadeira de pneus ou mesmo
escavadeiras hidráulicas carregando caminhões
basculantes no interior da mina;

 Dependendo da largura da seção do túnel ou galeria,


poderá se tornar necessário a escavação de nichos de
manobra e carga ao longo das vias de acesso.
Atividades auxiliares de
escavação
Atividades auxiliares de
escavação
Carregadeira tipo LHD

 Usado principalmente para túneis e galerias com seção de


escavação reduzido e média;
 Tem capacidade de transportar o material até distancias de 300 a
400 metros;
 Carregam caminhões rebaixados especiais e vagonetes;
 As carregadeiras articuladas com tração nas quatro
rodas ,variando de 2 a 10 toneladas, foram projetadas tendo como
prioridade segurança do operador, produtividade e confiabilidade.
 O modelo simples e robusto exige pouca manutenção e tem uma
longa vida útil, com recursos e opcionais impressionantes que
ajudam a minimizar os custos de operação.
Atividades auxiliares de
escavação
Atividades auxiliares de
escavação
Atividades auxiliares de
escavação

Carregadeira tipo LHD


Atividades auxiliares de
escavação
Atividades auxiliares de
escavação

LHD carregando caminhões adaptados


Atividades auxiliares de
escavação
Caminhões subterrâneo

 Inclui modelos com capacidades de carga útil de 20 a 65


toneladas.
 Os caminhões articulados subterrâneos apresentam uma alta
relação potência-peso que proporciona excelente velocidade
em rampas acentuados.
 É uma potência projetada para transporte rápido e produtivo
em operações substanciais de mineração e construção, onde é
necessária a navegação através de túneis mais estreitos.
 Os operadores trabalham com conforto com controles
ergonômicos e ar-condicionado opcional, reduzindo a fadiga e
aumentando a produtividade.
Atividades auxiliares de
escavação

Caminhão basculante articulado


Atividades auxiliares de
escavação
Atividades auxiliares de
escavação
HANGLOADERS

 São também utilizadas as escavadeiras de carregamento


continuo, as hangloaders, que trabalham praticamente
estacionadas na frente de serviço;

 Escavam a pilha de rocha detonada e por um sistema de


transportador de correia e alimentador , integrante do próprio
equipamento, vão carregando caminhões e vagonetes;

 Podem ter acionamento a diesel ou elétrico.


Atividades auxiliares de
escavação
Atividades auxiliares de
escavação
Atividades auxiliares de
escavação
Shuttle train

 Composição ferroviária formado por um certo número


de vagões especiais que são acoplados formando um só
vagão ;

 Composição dotada de sistema de transportador


continuo posicionado no fundo, facilitando as operações
de carga e descarga da rocha, sem a necessidade de
serem escavados nichos para manobras.
Atividades auxiliares de
escavação
Atividades auxiliares de
escavação
Atividades auxiliares de
escavação
Shuttle car

 Apresentado pela primeira vez em 1938, os carros de transporte do


tipo shuttle car continuam a ser padrão de referencia para veículos
de transporte em larga escala na indústria de mineração
subterrânea.
 Esses carros de transporte são conhecidos por sua confiabilidade
excepcional, seus baixos custos operacionais e altos níveis
constantes de produtividade.
 São projetados para trabalhar como um sistema com os
mineradores contínuos, removendo de forma eficiente o material
cortado da face de trabalho e maximizando a produtividade de toda
a seção.
Atividades auxiliares de
escavação
Atividades auxiliares de
escavação
Atividades auxiliares de
escavação
Vagonetas

 A vagoneta é uma ferramenta de transporte para


movimentação de minério e materiais no processo
de mineração.

 Carrinhos de mina não são mais usados em operações


modernas.

 Em forma de grandes baldes retangulares, carrinhos de mina


são postos sobre trilhos de metal, de maneira a ficarem
muito mais leve que o seu conteúdo, para que possam ser
empurrados ou puxados (por homens, animais ou motores).
Atividades auxiliares de
escavação

Vagonetas para acoplamento


Atividades auxiliares de
escavação

Vagonetas usadas na década de 50 em uma mina de carvão em SC


Perfuração de Rochas
 Ao falar de desmonte de rochas, a perfuração é a primeira
operação a ser realizada para obtenção de furos no maciço
rochoso capazes de alojar as cargas explosivas e os acessórios
iniciadores.
 O método mais simples para se executar furos em uma rocha é
golpeá-la, batendo a ponta de uma barra de aço contra a
superfície rochosa, e procurando girar um pouco a barra entre
dois golpes sucessivos.
 Este é o princípio básico da percussão, aliado á rotação da
ferramenta.
Perfuração de Rochas

Principio do sistema haste – broca


Perfuração de Rochas
A perfuração de rocha é o perfeito sincronismo de quatro
movimentos:

Impacto ou percussão – sua função é de provocar o


cisalhamento do material a ser perfurado (rocha ou refratário). O
impacto ou percussão é gerado pelo movimento do pistão, e é
transmitido pelo punho para as hastes, para a coroa e para o
material que está sendo perfurado.

Rotação – Sua função é reposicionar as pastilhas da coroa,


abrindo toda a área do furo. A rotação é feita através de motores
e redutores.
Perfuração de Rochas
Avanço – Tem como função manter as ferramentas
constantemente em contato com a rocha ou refratário, evitando-
se assim a flutuação das hastes (aço). Uma perfuratriz pneumática
trabalha normalmente com 23 a 27 libras de pressão de avanço.

Limpeza – Tem como finalidade manter o furo limpo. Furo com


detritos prejudica a perfuração, quanto mais limpo o furo maior a
velocidade de penetração.
Perfuração de Rochas

Perfuratriz de esteira em ação


Perfuração de Rochas
 A perfuração de rocha é extremamente importante no sucesso
do desmonte de rocha com explosivos.

 Uma perfuração incorreta no maciço pode acarretar uma série


de problemas, tais como fragmentação deficiente, excesso de
vibrações, excesso de ruídos, ultra-lançamento e etc.
Perfuração de Rochas

Escavadeira trabalhando no carregamento de rochas


fragmentadas pós desmonte
Perfuração de Rochas

Custo da etapa de perfuração de rocha em relação ao desmonte


Perfuração de Rochas
Perfuração de Rochas
Perfuração de Rochas
Principais métodos

Existem três principais métodos de perfuração para o


desmonte de rochas com explosivos utilizados na
mineração:

 Perfuração Percussiva,
 Rotopercussiva e
 Rotativa.
Perfuração de Rochas
Perfuração percussiva

 Reproduz o trabalho manual de perfuração em rocha. A


maioria dos modelos de perfuratriz é acionada por ar comprimido
apesar de existirem modelos acionados a gasolina, diesel, etc.;
 O principio básico de um funcionamento destas perfuratrizes é o
deslocamento linear , ou seja , vaivém de um pistão dentro de uma
câmera cilíndrica, com uma velocidade da ordem 10 m/s ou
superior;
 O pistão em movimento bate contra o punho da ferramenta,
impulsionando contra a superfície da rocha;
 Simultaneamente ocorre a introdução de ar ou água de
limpeza.
Perfuração de Rochas
As peças que compõe o conjunto são feitas de aço de alta resistência
conforme a Figura.
Perfuração de Rochas
A Perfuração percussiva é utilizada em várias áreas da operação
unitária:

• Perfuratrizes manuais (marteletes): utilizados em perfurações


auxiliares esporádicas, exploração de pedreira de pequeno porte,
desmonte de matacões, cortes rodoviários de pequeno porte;
• Perfuratrizes de grande porte: são montadas em carretas
de perfuração automotrizes, sobre pneus ou esteiras.
• Rompedores : Pode ter acionamento pneumático, elétrico ou
hidráulico. Transmitem á broca a percussão, mas não
promovem a rotação da mesma. Tem ampla utilização na
fragmentação de rochas, principalmente em blocos isolados e
matacões
Perfuração de Rochas

Martelete Pneumático
Perfuração de Rochas

Perfuratriz percussiva ZT44


Perfuração de Rochas

Rompedores hidráulicos
Perfuração de Rochas

Esquema da perfuratriz percussiva para colocação de estaca


Perfuração de Rochas
Perfuração rotopercussiva

 Segundo Jimeno (1995), a perfuração a rotopercussão é


o sistema mais clássico de perfuração de bancadas e sua
aparição no tempo coincide com a evolução industrial do
século XIX;

 As perfuratrizes rotopercussiva têm sua aplicação


limitada a pequenas e médias minerações, perfuração
secundária, trabalhos de desenvolvimento e
desmonte secundário.
Perfuração de Rochas
 Isto se deve aos diâmetros dos furos das perfuratrizes
percussivas que variam entre 2 1/2” a 6” (62mm a 150mm), não
alcançando diâmetros maiores, tais como 9” a 10 1/2” (229 mm
a 267 mm), que têm grande aceitação nas operações de grande
porte;

 A taxa de penetração das perfuratrizes percussivas decresce


com o aumento do diâmetro dos furos e com o aumento da
resistência das rochas;
Perfuração de Rochas
As perfuratrizes rotopercussivas apresentam rotação contínua, além
de percussões sobre a coroa, e se baseia na combinação das
seguintes ações:

• Percussão: os impactos produzidos pelas batidas do pistão do


martelo produzem ondas de choque que são transmitidas à rocha;
• Rotação: com esse movimento se faz girar a broca para que se
produzam impactos sobre a rocha em diferentes posições;
• Pressão de avanço: para se manter a ferramenta de perfuração
em contato com a rocha é exercida uma pressão de avanço sobre a
broca de perfuração;
• Fluido de limpeza: o fluido de limpeza permite extrair os detritos
do fundo do furo
Perfuração de Rochas
Em resumo:

• Golpeamento de broca;
• Rotação da broca em pequeno arco de círculo;
• Introdução de água ou ar para limpeza.
Perfuração de Rochas

Perfuratriz rotopercussiva
Perfuração de Rochas
Os equipamentos rotopercussivos se classificam em dois
grandes grupos, segundo a posição do martelo:

 Martelo de fundo de furo (Down the Hole);

 Martelo de superfície (Top Hammer);


Perfuração de Rochas
Perfuratrizes de Martelo de Fundo (DTH – Down the Hole)

 Executam furos com diâmetros ainda maiores e profundidades, operando


por meio de movimentos independentes de percussão e rotação.

 Nas DTH a percussão é feita por uma perfuratriz de acionamento


pneumático que atua com alta pressão sobre a rocha (até 250 MPa).

 Esta perfuratriz desce dentro do furo durante sua execução,


acoplada diretamente à ferramenta de perfuração. A pressão de trabalho
e a rotação necessárias são fornecidas por um sistema hidráulico que
permanece em superfície.
Perfuração de Rochas
 O mecanismo de percussão, ao invés de ficar na superfície, localiza-se
junto à coroa.

 Segundo Ricardo e Catalani (1997), desta maneira, quase toda


energia do ar comprimido, convertida em percussões, é aplicada
na perfuração, ficando praticamente eliminadas as dissipações ao
longo da coluna de hastes conforme apresentado na Figura ( próximo
slide).

 Sua principal aplicação é a perfuração em rochas duras quando se usa


brocas de 152 a 229 mm (6” a 9”). Atualmente, podem executar furos
de cinco a trinta e duas polegadas de diâmetro. O método necessita
de moderada força de avanço (250 a 500 lbf/in de diâmetro de
broca).
Perfuração de Rochas
Perfuração de Rochas
 Não tem necessidade de hastes pesadas e altas pressões de
avanço. Requer menor torque de rotação e a velocidade de
rotação (rpm) que o método rotativo. A faixa normal de
operação é de 10 a 60 rpm;

 As ondas de choque passam em alta velocidade, e a forma


geral depende do desenho do pistão. Por conta das dissipações
de energia, uma parte é transformada nas ondas de choque
(energia cinética) e outra parte se perde em forma de calor
(energia térmica).
Perfuração de Rochas
Perfuração de Rochas
As vantagens da perfuração com martelo de fundo de furo com
relação a outros métodos são:

 A velocidade de percussão se mantém praticamente constante


com o aumento da profundidade;

 Os desgastes das coroas são menores que nas perfuratrizes de


martelo de superfície;

 A vida útil das hastes é maior que das hastes e punhos utilizados
nas perfuratrizes com martelo de superfície;

 Os desvios dos furos são pequenos;


Perfuração de Rochas
 A menor energia por impacto, e alta freqüência do golpe
favorecem seu emprego em formações intemperizadas ou com
pouca estratificação;

 O custo por metro linear em diâmetros grandes e rochas duras


é menor que na perfuratriz rotativa;

 O consumo de ar é mais baixo que na perfuratriz de martelo de


superfície;

 O nível de ruído é menor, pois o martelo fica localizado dentro


do furo.
Perfuração de Rochas
Entretanto, as desvantagens são:

 Velocidade de penetração baixa;

 Risco de se perder o martelo dentro do furo;

 Necessidade de compressores de alta vazão com elevados


consumos energéticos.
Perfuração de Rochas
Perfuração de Rochas
Perfuração de Rochas

Perfuratriz DTH com acionamento a diesel


Perfuração de Rochas
Perfuração de Rochas

Carreta de perfuração down the hole


Perfuração de Rochas
Perfuração com martelo de superfície (Top Hammer)

 Nessas perfuratrizes, os dois sistemas básicos de acionamento,


rotação e percussão, são transmitidos através das hastes para a
coroa de perfuração.

 Os martelos podem ter acionamento pneumático ou


hidráulico, e são localizados na superfície sobre a lança da
perfuratriz .
Perfuração de Rochas
Perfuratrizes Pneumáticas

Nas perfuratrizes pneumáticas o martelo é acionado por ar comprimido e


possui basicamente:

 Um cilindro com uma tampa dianteira que dispõe de uma abertura


axial, onde são colocados o punho e as hastes de perfuração;
 Um pistão que golpeia, com movimento alternado, o punho da
perfuratriz, transmitindo a onda de choque às hastes;
 Uma válvula que regula a passagem de ar comprimido de forma
alternada para a parte anterior e posterior do pistão;
 Um mecanismo de rotação para girar a haste de perfuração;
 Um sistema de limpeza do furo que permite a passagem do ar pelo
interior da haste
Perfuração de Rochas
Perfuração de Rochas
 A aplicação das perfuratrizes pneumáticas de martelo de
superfície tem diminuído constantemente em operações que
apresentam furos com profundidades entre 3 a 15m e
diâmetros entre 50 a 100 mm.

 Isto ocorre, fundamentalmente, por dois fatores: o primeiro se


refere ao alto consumo de ar comprimido, aproximadamente
2,4m³ /min para cada cm de diâmetro.

 O segundo é o elevado desgaste das ferramentas de perfuração:


hastes, punhos, coroas, mangueiras etc., em função da
freqüência de impacto e a forma de onda de choque do pistão
de grande diâmetro
Perfuração de Rochas

Perfuratriz pneumática top hammer


Perfuração de Rochas
Diferença entre os métodos DTH ( Down the hole ) e Top Hammer
Perfuração de Rochas

Diferenças entre os métodos de perfuração


Perfuração de Rochas
Perfuratriz Hidráulica

 Os martelos hidráulicos surgiram no final dos anos 60 e início dos


anos 70, como um grande avanço tecnológico, proporcionando
um novo impulso à perfuração percussiva, ampliando seu campo
de aplicação;

 O princípio de funcionamento é basicamente o mesmo das


perfuratrizes pneumáticas;

 Para produzir o movimento alternativo do pistão do martelo,


utiliza-se um grupo de bombas que acionam esses componentes
através de fluidos hidráulicos
Perfuração de Rochas
Perfuração de Rochas
As perfuratrizes hidráulicas possuem melhor desempenho que
as perfuratrizes pneumáticas por diversas razões :

 Menor consumo de energia: as perfuratrizes hidráulicas


consomem 1/3 da energia por metro perfurado, quando
comparadas com as perfuratrizes pneumáticas;
 Menor desgaste dos acessórios de perfuração;
 Maior capacidade de perfuração: devido à melhor
transmissão de energia, as velocidades de penetração em
perfuratrizes hidráulicas são 50 a 100% maiores que nas
perfuratrizes pneumáticas;
Perfuração de Rochas
 Melhores condições ambientais: a ausência de escape de ar
resulta em menores níveis de ruído quando comparadas com
as perfuratrizes pneumáticas;
 Maior flexibilidade de operação: é possível variar a pressão de
acionamento do sistema, a energia por impacto e a freqüência
de percussão;
 Maior facilidade de automatização: os equipamentos são mais
aptos para automação das operações, tais como, troca de
haste, mecanismos antitravamento etc. A maior desvantagem
desse equipamento, quando comparado com as perfuratrizes
pneumáticas, é o seu maior investimento inicial.
Perfuração de Rochas

Perfuratriz hidraulica top hammer


Perfuração de Rochas
Perfuração rotativa

O início das grandes explotações de carvão nos Estados Unidos na


década de 50, e a descoberta do ANFO (explosivo barato e de
grande eficiência energética), foram acontecimentos que
impulsionaram a fabricação de perfuratrizes de grande porte,
capazes de alcançar grandes profundidades e velocidades de
penetração;
Perfuração de Rochas
Simultaneamente, começaram a utilizar na mineração as brocas
denominadas tricônicas de acordo com a Figura abaixo, e a aplicar
o ar comprimido como fluido de evacuação dos detritos formados
durante a perfuração;
Perfuração de Rochas

Brocas triconicas de alto desempenho


Perfuração de Rochas
 Jimeno (2003) afirma, ainda, que esse método de perfuração é
muito versátil, e que é aplicável a uma grande gama de rochas,
desde as mais brandas até as mais duras.

Os diâmetros dos furos variam entre 2” a 17 1/2” (50 a 444


mm), sendo a faixa de aplicação mais frequente na mineração a
céu aberto de 6” a 12 1/4” (152 a 311 mm).

É utilizada em aquíferos granulares , aberturas de poços


artesianos e grandes minerações a céu aberto.
Perfuração de Rochas
 Neste método enquanto a broca perfura o solo ou a rocha, um
fluido é injetado por dentro da haste e coluna de perfuração, sai
pelo orifício da broca e retorna à superfície trazendo fragmentos
da rocha ou solo.
 Os fragmentos passam pelo espaço entre o a parede do poço e a
coluna de perfuração.
 Na perfuração rotativa direcionada (perfuração direcional) é
composto por uma broca que contém uma peça cavada em forma
de cunha chamada de pá direcional, possibilitando um
direcionamento para qualquer lado e desvio de profundidade
chegando ao seu destino principal conforme o projeto que
chamamos de plano de furo.
Perfuração de Rochas

Perfuratriz direcional
Perfuração de Rochas

Esquematização do funcionamento da perfuração direcional


Perfuração de Rochas
 Na perfuração rotativa vertical avança com acoplamento
de barras, chamada de hastes de perfuração por meio de
rotação e roscas.

 Usamos na broca de perfuração um dispositivo


energizado que transmite a um receptor na superfície
sinais capazes de informar a profundidade, a direção e
angulação da broca.
Perfuração de Rochas

Perfuratriz rotativa a diesel


Perfuração de Rochas

Esquematização da perfuração pelo método rotativo


Perfuração de Rochas

Perfuratriz rotativa sob esteira


Perfuração de Rochas

Resumo dos fatores


de seleção para
perfuratrizes
Perfuração de Rochas
Ferramentas de perfuração

 As ferramentas de perfuração, devidamente acopladas ao


corpo das perfuratrizes, recebem a energia produzida nestas
máquinas, percussão e rotação, e a transferem para a rocha,
executando os furos com suas profundidades e diâmetros
variados;
 As ferramentas quando utilizadas para execução de furos
menores são peças únicas como as brocas integrais utilizadas
em perfuratrizes manuais mais leves e nos marteletes. São
fabricadas com barra de aço especial com diâmetros que
variam de ¾” a 1”.
Perfuração de Rochas
 Quando os furos a serem realizados são maiores, com
diâmetros entre 38 e 102 mm, utiliza-se um equipamento
seccionado que inclui coroa de perfuração, hastes e luvas
de acoplamento.

 O conjunto das peças acopladas é chamado “coluna de


perfuração”.

 Este tipo de equipamento é utilizado em perfuratrizes de


maior potência, montadas sobre jumbos de perfuração e
carretas auto propulsoras.
Perfuração de Rochas
Punho

 É a peça que entra em contato com a perfuratriz e transmite os


impactos e a rotação aos demais componentes da coluna de
perfuração.

 Nas perfuratrizes pneumáticas os impactos podem atingir


até 22t de força, com frequência de 30/40 Hz, enquanto
nos modernos equipamentos hidráulicos os impactos são da
ordem de 60 t, com frequência de 60 Hz.
Perfuração de Rochas
Perfuração de Rochas
Haste

 São barras de aço, de seção circular ou hexagonal que


possibilita a execução de furos a maior profundidade.
 Seu comprimento deve ser adequado ao porte da perfuratriz.
 Possuem um orifício central para a passagem de fluidos de
limpeza.
 As hastes são fabricadas normalmente nos diâmetros de 28,
32, 38, 45 e 51 mm, e comprimentos variando entre 1,20
e 4,70 m.
Perfuração de Rochas

Haste de perfuração
Perfuração de Rochas
Roscas

 São responsáveis pela união das hastes, de maneira que a


energia de impacto se mantenha e reduzindo a sua perca
durante a transmissão de movimento.
 Quando bem mantidas e lubrificadas permite a vida útil de
outros componentes do sistema de perfuração como punhos,
hastes, luvas e coroas.
 Sua fabricação e os modelos disponíveis seguem padrões e
normas internacionais existentes, e os tipos atualmente são:
Corda - R, FI-38, T-38, C, T, GD entre outras sendo que cada uma
delas possuem diâmetros distintos.
Perfuração de Rochas

Sistema rosca – luva para haste perfuração


Perfuração de Rochas
Luvas

Além de promover o acoplamento através de roscas


especiais, as luvas possuem em sua parte mediana um
separador (batente) que proporciona perfeito contato de
topo entre as duas hastes acopladas, minimizando as
perdas de energia ao longo da coluna de perfuração.
Perfuração de Rochas
Brocas de Perfuração

 A coroa ilustrada pela Figura recebe através das hastes e


do punho, a energia fornecida pela perfuratriz e a transforma
no trabalho de perfuração.

 Recebe também o fluxo de ar ou água de limpeza que passa


através da perfuratriz e do punho, desce pelo furo central da
haste e é lançado no furo através de orifícios criteriosamente
colocados, de modo a proporcionar a máxima remoção de
detritos possível, além de controlar a poeira, refrigerar as
coroas e estabilizar as paredes dos furos.
Perfuração de Rochas
Perfuração de Rochas
Perfuração de Rochas
 No mercado atual são encontradas brocas com diâmetros de
38, 45, 51, 64, 76, 89 e 102 mm de diâmetro, para trabalhar
com perfuratrizes de superfície, percussivas, ou
rotopercussivas.
 Com o advento dos Top Hammers, mais potentes, já é
possível encontrar brocas com diâmetros de até 152 mm.
Perfuração de Rochas
Perfuração de Rochas
Perfuração de Rochas
Perfuração de Rochas
Desgaste

 A maioria das brocas tende a perfurar mais devagar com o tempo


de acordo com o desgaste dos botões que são continuamente
reduzidos durante a perfuração.
 A maior parte do desgaste é causada por abrasão contra o fundo
e as paredes do furo quando a broca gira.
 Com o desgaste a taxa de penetração diminui e os botões e o
resto do equipamento sofrem esforços excessivos. Até mesmo a
perfuratriz sofrerá os efeitos nocivos da execução de um furo com
brocas mal afiadas, pois a alta energia de impacto produzida no
equipamento não conseguirá quebrar a rocha da forma esperada
e assim surgirão energias reativas em sentido inverso.
Perfuração de Rochas
A via útil de uma broca é determinada pelo desgaste de seus botões,
laterais e rolamentos. Este desgaste pode ser:

 Frontal – Ocorre principalmente em rocha dura. Os botões da


periferia são mais prejudicados que os frontais, por percorrerem
maior distância sob a abrasão da rocha.
 Lateral – É comum em certos tipos de rocha como o quartzito. O
maior desgaste também se dá na periferia. Com o tempo o ângulo de
limpeza da broca desaparece, e a broca só pode voltar a ser utilizada
depois do ângulo ser reestabelecido.
 Pele de cobra – É formado por rochas que provocam pouca abrasão. A
camada superficial do botão sofre fadiga e se desgasta até ficar
parecido com pele de cobra. Essa camada deve ser removida antes
que as trincas penetrem ainda mais no botão.
Perfuração de Rochas
Perfuração de Rochas
Perfuração de Rochas
Propriedades das rochas que afetam a perfuração
Segundo Jimeno (2003), as principais propriedades físicas das
rochas que influenciam no mecanismo de penetração e
consequentemente, na escolha do método de perfuração são:

• Dureza.
• Resistência à compressão.
• Deformabilidade.
• Abrasividade.
• Textura.
• Estrutura.

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